O FENÔMENO DA VIOLÊNCIA CONTRA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA NOS MUNÍCIPIOS QUE COMPÕEM A AMREC

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No que se refere às barreiras geográficas, a pesquisa chamou atenção para a distância entre, de um lado, os locais de tratamento e, do outro lado, a

Transcrição:

O FENÔMENO DA VIOLÊNCIA CONTRA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA NOS MUNÍCIPIOS QUE COMPÕEM A AMREC Joseane Nazario joseanenazario@hotmail.com Cláudia da Rosa Assist.social@live.com Resumo: Presenciamos um século de transformações, porém observamos, ainda, um cenário de violência. O objetivo desta pesquisa é identificar a incidência das violências notificadas pelo SINAN contra pessoas com deficiência nos doze municípios que compõem a AMREC. A pesquisa é de caráter quantitativo e descritivo. Foi realizada um levantamento no banco de dados do sistema SINAN 1 expedida pela 12 Regional de Saúde do município de Criciúma do ano 27 até 215. Nos resultados, Criciúma se destacou com 645 casos registrados e o de menor ocorrência foi Lauro Miller com 6 casos. Nos 596 casos, a violência ocorreu na residência e a idade mais atingida, é de a 4 anos. O agressor é do sexo feminino e as vítimas possuem transtornos mentais e comportamentais. Estima-se que a maioria das ocorrências não são registrados, visto que a população negligencia os fatos e os profissionais que não notificam. Percebe-se a necessidade de maior proximidade entre profissionais e comunidade no contexto da prevenção da violência. Palavras-chave: Violência; Deficiência; Prevenção; Denúncia Introdução A deficiência não é um obstáculo para desfrutar de uma vida plena de direitos, de participar na comunidade, de ter acesso à educação de qualidade, um trabalho digno, entre outras necessidades; porém a pessoa com deficiência depara-se com barreiras na criação de ambientes facilitadores, o desenvolvimento de serviços de suporte e reabilitação, uma garantia de uma adequada proteção social e programas de inclusão como fazer cumprir as 1 Sistema de Informação de Agravos de Notificação

normas e a legislação - existentes ou novas - para o benefício das pessoas com deficiência e da comunidade como um todo. De acordo com Giddens (212) 1% da população mundial são deficientes; 8% vivem em países em desenvolvimento (Índia e China por exemplo) que possuem como causa a pobreza, o saneamento inadequado, dieta deficiente e habitação precária. Em países desenvolvidos, as causas da deficiência são decorrentes de doenças crônicas e limitações de longo prazo. Ressalta ainda o autor que a maioria dos países não possuem legislação para proteger os direitos das pessoas com deficiência, expondo-os, assim, em um grupo de risco para serem vítimas de violência. A violência é todo ato ou omissão capaz de causar danos à integridade da vítima (Guerra, 1998). Segundo Williams (23), o indivíduo com deficiência seja visual, auditiva, física ou mental - encontra-se em uma posição de grande vulnerabilidade, sendo exposta pela incapacidade de discernir seus direitos e situações abusivas. Estima-se que tem crescido abruptamente os casos de violência contra pessoas com deficiência, porém o medo da denúncia mascara os números que podem ser maiores. Desse modo percebe-se a importância deste trabalho no sentido de estreitarmos as relações entre a comunidade e os profissionais das áreas da saúde, da educação e da assistência social para que seja possível uma proximidade maior da realidade sobre a violência ocorrida contra pessoas com deficiências. Dentre as violências notificadas destacam-se a violência doméstica, a violência sexual e violência física. E entre as vítimas estão pessoas com deficiência física, deficiência mental, deficiência visual, deficiência auditiva, transtornos mentais, transtornos comportamentais e outras. Devido ao crescente número de violências que vem ocorrendo também vem acontecendo mobilizações acerca da proteção das pessoas com deficiências. Um exemplo disso é a OAB/SC que juntamente com a Assembleia Legislativa querem incluir um campo específico nos boletins de ocorrência policial quando as situações envolverem pessoas com deficiências, com o objetivo de facilitar o

monitoramento dos níveis de violência e auxiliar na identificação da vítima como pessoa com deficiência, como já ocorre nos Estados de São Paulo e Minas Gerais. Hoje além dos disque denúncias também há sistemas onde são registrados as situações de violência, como por exemplo, o Sistema SINAN, que foi implantado em 27. O SINAN Net tem como objetivo coletar, transmitir e disseminar dados gerados rotineiramente pelo Sistema de Vigilância Epidemiológica das três esferas de Governo, por meio de uma rede informatizada, para apoiar o processo de investigação e dar subsídios à análise das informações de vigilância epidemiológica das doenças de notificação compulsória. Sua utilização efetiva permite a realização do diagnóstico dinâmico da ocorrência de um evento na população, podendo fornecer subsídios para explicações causais dos agravos de notificação compulsória, além de vir a indicar riscos aos quais as pessoas estão sujeitas, contribuindo assim, para a identificação da realidade epidemiológica de determinada área geográfica. Para que o número de casos esteja mais próximo da realidade é preciso que a sociedade se sensibilize e não deixe de denunciar os abusos de violência contra as pessoas com deficiências. A pesquisa é de caráter quantitativo e descritivo. Como coleta de dados foi realizada um levantamento no banco de dados do sistema SINAN expedida pela 12 Regional de Saúde do município de Criciúma desde a implantação do sistema em 27 até o ano de 215. Este estudo disponibilizará dados sobre a violência no contexto da deficiência, referentes aos doze municípios da AMREC. Tais dados são de extrema relevância para que se possa detectar uma situação-problema e, assim em um futuro próximo, elaborar uma intervenção com vítimas com deficiência ou suas famílias. Resultados/ Discussão

Os resultados obtidos revelaram que dentre esses municípios o que mais se destacou foi Criciúma com 645 casos registrados e o de menor ocorrência foi Lauro Miller com 6 casos de denúncias. É importante ressaltar que não foram disponibilizados do sistema dados do município de Orleans. Gráfico 1 Local de ocorrência da Violência 6 4 2 Residência Habitação Coletiva Escola Local esportivo Bar Via Pública Comércio Emprego outros Criciúma B. Rincão Cocal do Sul Forquilhinha Içara Lauro Miller Morro da Fumaça Nova Veneza Siderópolis Treviso Urussanga Podemos observar, no gráfico 1, que a maior incidência de violência ocorrem na própria residência da vítima com 596 casos preenchido na notificação. Gráfico 2 16 14 12 1 8 6 4 2 Faixa etária das vítimas -4 anos 5-9 anos 1-14 naos 15-19 anos 2-29 anos 3-39 anos 4-49 anos 5-59 anos 6-69 anos 7 anos +

No gráfico 2, analisamos que a faixa etária mais atingida pela violência são crianças de a 4 anos (21 casos) e, em seguida, os adultos-jovens de 2 a 29 anos (157 casos) com a maior incidência de notificação no município de Criciúma. Gráfico 3 35 3 25 2 15 1 5 Perfil do Agressor Masculino Feminino Ambos os sexos Podemos destacar como perfil do agressor, exibido no gráfico 3, indivíduos do sexo feminino (441 casos) como autor da maioria das notificações registradas. Gráfico 4 45 4 35 3 25 2 15 1 5 Tipo de Deficiência/Transtorno Def.Física Def.Mental Def.Visual Def.Auditiva Transtorno Mental Trans.do Comportamento

No gráfico 4, podemos observar, que indivíduos com Transtorno Mental (65 casos) e do Comportamento (31 casos) são as vítimas mais notificadas entre os municípios destacados. Conclusão/ Considerações finais O presente estudo buscou reunir informações sobre a violência sofrida por pessoas com deficiência. Usualmente, nas pesquisas sobre violência, observa-se uma dificuldade de descortinar a conspiração do silêncio que encobre os fatos por parte dos envolvidos no cenário de violência. Tal realidade ocorre por causa do bloqueio que as vítimas sentem ou da comodidade dos agressores. Constatou-se a necessidade de maior proximidade de profissionais de todos os setores e comunidade, no contexto da prevenção e detecção da violência e o fomento de pesquisas nesta linha de investigação. Referências GIDDENS, A. Sociologia. 6 ed. Porto Alegre: Penso, 212. GONÇALVES, H.S. Infância e violência no Brasil. Rio de Janeiro: UFRJ, 23. GUERRA, V. N. A Violência de Pais Contra os Filhos: a tragédia revisitada. São Paulo: Cortez, 1998. WILLIAMS, L. C de A. Sobre deficiência e violência: reflexões para uma análise de revisão de área. Revista Brasileira de Educação Especial, 2, 141-154, 23.