IMPLANTAÇÃO DAS DIRETRIZES DA EJA E DAS DIRETRIZES CURRICULARES PARA A INCLUSÃO DA HISTÓRIA E CULTURA AFRO- BRASILEIRA E AFRICANA



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Transcrição:

IMPLANTAÇÃO DAS DIRETRIZES DA EJA E DAS DIRETRIZES CURRICULARES PARA A INCLUSÃO DA HISTÓRIA E CULTURA AFRO- BRASILEIRA E AFRICANA CLEONICE BRANDÃO SILVA Graduanda do curso de Pedagogia/Bolsista do PIBID/ CAPES Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) / Centro de Formação de Professores (CFP) Campus - Amargosa BA Cristal_cleo@hotmail.com LUCIANE SANTANA SOUSA Graduanda do curso de Pedagogia/ Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) / Centro de Formação de Professores (CFP) Campus - Amargosa BA lussousa@hotmail.com Orientador: Prof. Dr. Claudio Orlando Costa do Nascimento 1 RESUMO Resumo apresentado ao componente Currículo, vinculado à Matriz Curricular do Curso de Licenciatura em Pedagogia do Centro de Formação de Professores (CFP) da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). Onde abordamos as políticas e práticas concernentes às Diretrizes Curriculares para Educação de Jovens e Adultos (EJA), contrastando-as com as Diretrizes para a Inclusão da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana (Lei 10.639/03). A pesquisa teve como objetivos: Analisar como estão sendo implantadas as Diretrizes Curriculares da EJA e as Diretrizes para a Inclusão da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana (Lei 10.639/03) no currículo de uma escola estadual do município Amargosa- BA e Apresentar as percepções/ compreensões dos estudantes e professores no que concerne às experiências de implantação dessas Diretrizes Curriculares. A metodologia utilizada foi um breve estudo de caso numa escola pública no município de Amargosa- BA, com o propósito de produzir dados qualitativos relativos ao tema, para tal utilizamos questionários fechados e questionários semi-abertos aplicados junto aos professores e alunos da EJA. Diante do que foi pesquisado, entendemos que em parte a temática: Diretrizes Curriculares para a Inclusão da História e Cultura Afro- Brasileira e Africana (Lei. 10639/03), aparece como tema transversal. No entanto ficou claro que para os professores, esta temática 1 Professor Adjunto UFRB/Pesquisador do NEAB-UFRB e do FORMACCE em Aberto-UFBA Tutor do Programa de Educação Tutorial - PET-SESu-MEC

precisa ser melhor trabalhada (esclarecida). Uma das professoras explicou que a temática só apareceu no 3º Festival das Nações Oficiais e influenciadas pela língua inglesa e Aquarela Cultural, evento que aconteceu na própria escola. No entanto as Diretrizes da EJA e as Diretrizes Curriculares para a Inclusão da História e Cultura Afro- Brasileira e Africana (Lei. 10639/03) não estão presente no cotidiano da escola pesquisada, uma das hipóteses levantadas com base nos questionários é o fato das Diretrizes Curriculares serem implantadas recentemente. Palavras chave: Alunos; Diretrizes Curriculares; Professores. INTRODUÇÃO Trabalho elaborado pelas discentes: Cleonice Brandão Silva, Luciane Santana Sousa, 2 no componente Currículo, vinculado à Matriz Curricular do Curso de Licenciatura em Pedagogia do Centro de Formação de Professores (CFP) da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). Onde procuramos discutir as Diretrizes da Educação de Jovens e Adultos (EJA) e as Diretrizes Curriculares para Inclusão da História e Cultura Afro- Brasileira e Africana (lei 10.639/03), ampliando nossos conhecimentos sobre as Diretrizes e a importância da sua introdução nas escolas públicas. No desenvolver da pesquisa, procuramos nos embasar em fundamentação teórica, a fim de ampliarmos nossos conhecimentos a respeito do tema abordado e assim comparar as experiências que os discentes e docentes trazem do seu cotidiano para sala de aula e as vivencias no meio acadêmico. Para então, trazer discussões relacionadas ao campo da disciplina Currículo sob orientação do Professor Dr. Claudio Orlando. Realizamos um breve estudo de caso numa escola pública no município de Amargosa-BA, com o propósito de produzir dados qualitativos relativos ao tema, para tal utilizamos questionários fechados que foram aplicados junto aos professores e alunos da EJA. Após aplicação de questionários aos professores e alunos dos referidos cursos: 1º e 2º ano; 3º ano; 5ª e 6ª série e 7ª e 8ª série da EJA, selecionamos 04 alunos e 03 professores, para nossa análise e 2 Graduandas do curso de pedagogia 3 semestre pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), Centro de Formação de Professores (CFP).

pesquisa. A partir das discussões em grupo e resultados dos questionários iniciamos nossa analise. Nossa pesquisa apóia-se nos estudos de Petrônio Domingues (2008), que discute as relações raciais e Frente negra no Brasil; Procedendo com o artigo produzido por Jaci Maria Ferraz de Menezes (2007), no qual a mesma vem discutir e apresentar o Projeto Memória da Educação na Bahia desenvolvida pelo grupo de pesquisa CNPQ/UNEB; Com o livro Documentos de identidades de Tomaz Tadeu da Silva (2007) serviu para compreendermos a questão de currículos entendendo como acontece as construções de identidades dos indivíduos; Compreender/ Mediar A Formação o fundante da educação (Roberto Sidnei Macedo (2010)), onde o autor considera a formação como a experiência profunda e ampliada do ser humano, mas que há dificuldades a serem enfrentadas em encontrar uma temática, elegendo o currículo e a formação trabalhando questões sócio-educativas; Lei 10.639/03 e Parecer 11_2000 trabalhados pelo componente curricular Currículo que falam sobre o tema para melhor compreensão. Fazer uma análise acerca das vivências, expectativas e experiências dos discentes e docentes com relação ao curso da EJA e a disciplina Currículo não é tarefa fácil. Pensamos primeiramente que cada estudante tem uma razão para estarem nessa modalidade de ensino. Desta forma questões nos instiga constantemente: EJA forma para que? O que leva as pessoas a estarem na EJA? Nesta ordem de raciocínio, a Educação de Jovens e Adultos (EJA) representa uma dívida social não reparada para com os que não tiveram acesso a e nem domínio da escrita e leitura como bens sociais, na escola ou fora dela, e tenham sido a força de trabalho empregada na constituição de riquezas e na elevação de obras públicas. Ser privado deste acesso é, de fato, a perda de um instrumento imprescindível para uma presença significativa na convivência social contemporânea. (PARECER CNE/CEB 11/2000 HOMOLOGADO) Diante da informação entendemos que a EJA possibilita que uma parcela da população que não teve acesso a educação regular retorne os estudos, ajuda ao jovem e adulto retomar seu potencial, desenvolver suas habilidades, confirmar competências adquiridas na educação extra-escolar e na própria vida, possibilita um nível técnico e profissional mais qualificado. Em sua

maior parte, os sujeitos da EJA são negros e, em especial, mulheres negras. No cenário educacional, configuram-se enquanto aqueles que não tiveram passagens anteriores pela escola ou, ainda, aqueles que não conseguiram acompanhar e/ou concluir a Educação Fundamental, evadindo da escola pela necessidade do trabalho ou por histórias margeadas pela exclusão por raça/etnia, gênero, questões geracionais, de opressão entre outras. A lei 10.639 surgiu como alteração à lei nº 9.394/96 da LDB nos seus artigos 26 e 79, onde torna obrigatória a implantação das Diretrizes Curriculares para a Inclusão da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana sancionada pelo presidente Luis Inácio Lula da Silva e pelo ministro Cristovam Buarque em 9 de janeiro de 2003. A aplicação da Lei 10.639/03 nos currículos escolares das escolas brasileiras representa um desafio a ser enfrentado. A conquista da referida Lei significa um avanço dos movimentos negros para a inserção dos afrodescententes nas escolas brasileiras e para o reconhecimento dos mesmos enquanto sujeitos históricos e construtores de identidades, fazendo com que estes se sintam parte da história do Brasil. Não pretendemos com este esgotar todas as questões levantadas, mas colaborar para outras pesquisas a respeito do tema abordado. As vivências trazidas pelos alunos e professores e as leituras dos textos ajudam a conhecer a dimensão das Diretrizes Curriculares da EJA e das Diretrizes Curriculares para a Inclusão da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana (Lei. 10639/03). O trabalho está estruturado em sete partes, iniciamos o trabalho com introdução, a seguir colocamos objetivos, logo após apresentamos nossa fundamentação teórica e política, a metodologia, em seguida fazemos as nossas análises perante os dados dos questionários, trazendo tabela de dados não deixando de dialogar com teóricos trabalhados, por fim apresentamos as considerações finais e em seguida as referências utilizadas. OBJETIVOS I. Analisar como estão sendo implantadas as Diretrizes Curriculares da EJA e as Diretrizes para a Inclusão da História Cultura Afro-Brasileira e

II. Africana (10.639/03) no currículo de uma escola estadual do município de Amargosa; Apresentar as percepções/ compreensões dos estudantes e professores no que concerne às experiências de implantação dessas Diretrizes Curriculares. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Nossa pesquisa apóia-se nos estudos de Petrônio Domingues (2008), que discute as relações raciais e Frente negra no Brasil, aonde este vem abordar as lutas enfrentadas pelos negros para a conquista de seus espaços na sociedade Brasileira. Procedendo com o artigo produzido por Jaci Maria Ferraz de Menezes (2007), no qual a mesma vem discutir e apresentar o Projeto Memória da Educação na Bahia desenvolvida pelo grupo de pesquisa CNPQ/UNEB, desenvolvido para estudar a história da educação baiana no decorrer dos anos. O livro de Tomaz Tadeu da Silva serviu para compreendermos a questão de currículos entendendo como se dar a construções de identidades dos indivíduos. Com o livro Compreender/ Mediar A Formação o fundante da educação, onde o autor considera a formação como a experiência profunda e ampliada do ser humano, mas que há dificuldades a serem enfrentadas em encontrar uma temática, elegendo o currículo e a formação trabalhando questões socioeducativas. Para compreender implica na construção de explicitações e perspectivas, envolvendo a própria intinerância reflexiva, envolvendo três movimentos: o de analisar, revelar e um operador, sendo os dispositivos de formação, onde o autor faz uma critica ao modelo de ensino tradicional, aquele detentor do saber absoluto colocando numa formação onde o formador e o formando trabalhem juntos; o segundo é levar em conta o poder de configuração da educação pelo currículo e a última que temos que ver a formação como um fenômeno que se realiza implicando no existencial, sociocultural e pedagógico.

As Diretrizes Operacionais para a Educação de Jovens e Adultos nos aspectos relativos à duração dos cursos e idade mínima para ingresso nos cursos de EJA; idade mínima e certificação nos exames de EJA; e Educação de Jovens e Adultos desenvolvidos por meio da Educação a Distância. Com o objetivo de preencher um direito dos cidadãos, que é uma educação de qualidade para todos, mas como isso não acontece, a EJA veio suprir essa defasagem. METODOLOGIA A metodologia utilizada foi um breve estudo de caso, numa escola pública no município de Amargosa- BA, com o propósito de produzir dados qualitativos relativos ao tema. O estudo de caso fornece característica que possibilita descobrir, descrever a realidade de maneira completa e profunda, entender e interpretar de forma contextualizada e analisar uma situação de forma distinta, a partir da relação entre os sujeitos envolvidos no processo. Segundo Godoy (1995) a pesquisa qualitativa estuda os fenômenos que envolvem os seres humanos e suas intricadas relações sociais, estabelecidas em diversos ambientes. O estudo qualitativo, é o que se desenvolve numa situação natural, é rico em dados descritivos, tem um plano aberto e flexível e focaliza a realidade de forma complexa e contextualizada (LUDKE; ANDRÉ, 1986). A abordagem da investigação qualitativa exige que o mundo seja examinado com a idéia de que nada é trivial, que tudo tem potencial para constituir uma pista que nos permita estabelecer uma compreensão mais esclarecedora do nosso objecto de estudo. (BOGDAN, BIKLEN, 1994) Para melhor compreendermos a implantação das Diretrizes Curriculares para a Inclusão da História e Cultura Afro- Brasileira e Africana (Lei. 10639/03) utilizamos questionários fechados e para as Diretrizes Curriculares da EJA questionários semi-abertos, que foram aplicados junto aos professores e alunos da EJA. Para a sua realização apresentamos um oficio assinado pelo orientador prof. Dr. Cláudio Orlando no dia 28 de outubro de 2010 a uma escola pública na cidade de Amargosa-BA, onde ele nos apresenta a direção da escola como alunos da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), Centro de formação de Professores (CFP), para desenvolvermos uma

pesquisa de campo com professores e alunos da EJA da devida escola, na qual usamos uma linguagem popular para se fazer entender o que estávamos perguntando, as informações foram devidamente anotadas, ao analisar as questões buscamos por meio de algumas reuniões trazermos teóricos trabalhado pelo componente curricular Currículo que falam sobre o tema para melhor compreensão. ANALISE DOS RESULTADOS Mapeamento das experiências de implantação das Diretrizes Curriculares para a Inclusão da História e Cultura Afro- Brasileira e Africana a- 1- Quanto ao Projeto Político- Pedagógico e a Organização Curricular: a- A temática está explicitada e bem definida do PPP? E no Currículo? b- As áreas de conhecimento/ disciplinas contemplam a temática de forma adequada? c- A temática aparece como tema transversal? Como projeto? Outras modalidades? d- Você já participou de atividades de formação continuada relacionada à temática História e Cultura Afro-Brasileira Africana? Sim Não Em parte 03 03 03 01 02 2-Quanto à didática? Sim Não Em parte a- A metodologia apresentada e trabalhada favorece a formação do estudante na temática História e Cultura Afro- Brasileira e Africana? 01 02 b- Os conteúdos trabalhados favorecem a formação do 01 02

estudante na temática História e Cultura Afro-Brasileira e Africana? c- Os planos de aulas definem os conteúdos curriculares, estratégias metodológicas e recursos pedagógicos relativo ao tema? d- Os livros utilizados pelos estudantes tratam do tema História e Cultura Afro-Brasileira e Africana? e- A implantação das diretrizes traz possibilidades reais de produzir mudanças positivas nas aprendizagens dos alunos na prática dos professores? 01 01 01 02 01 02 Os questionários fechados foram aplicados com três professores que afirmam que o Projeto Político Pedagógico não trás definições claras da inclusão da História da Cultura Afro-Brasileira e Africana na escola. Proposta que também não é bem definido no currículo escolar. Quanto às áreas do conhecimento/ disciplina, as que contemplam a temática de forma adequada, os professores responderam que em parte contemplam, duas delas disseram que todas as disciplinas abordam em parte este tema, apenas uma respondeu que nas disciplinas: História, Geografia, Inglês e Língua Portuguesa abordam os temas. Segundo os resultados obtidos em parte a temática aparece como tema transversal. Todas as professoras responderam a mesma coisa. No entanto ficou claro que para as professoras esta temática precisa ser mais esclarecida. Uma delas explicou que esta temática apareceu no 3º Festival das Nações Oficiais e influenciadas pela Língua Inglesa e Aquarela Cultural, evento que aconteceu na própria escola. Quando perguntamos se já tinham participado de formação continuada relacionada ao tema abordado na Lei 10.639/03 duas delas já participaram na própria escola uma nunca participou.

A questão da didática não apresentou resultado muito diferente da organização curricular. Pois quando perguntamos se a metodologia, conteúdo apresentado e trabalhado favorecia a formação do estudante na temática em questão duas professoras responderam que em parte, uma respondeu que sim. Quando perguntamos se os planos de aula definem os conteúdos curriculares, estratégias metodológicas e recursos pedagógicos relativo ao tema, as respostas foram bem diferentes: uma respondeu que em parte contempla, outra disse que sim e a última disse que não. Perguntamos se os livros utilizados pelos estudantes tratam do tema História e Cultura Afro- Brasileira e Africana? Duas professoras responderam que não e a outra respondeu que não tem conhecimento, pois lecionava matemática. Quando perguntamos se a implantação das Diretrizes traz possibilidades reais de produzir mudanças positivas nas aprendizagens dos alunos na prática dos professores? Duas professoras responderam que em parte e outra disse que sim. Questionário feito aos docentes sobre as Diretrizes da EJA Sim Não Observações 1. Os professores passaram ou passam por uma formação continuada 2. As Diretrizes da EJA foram implantadas 3. A comunidade escolar tem conhecimento das Diretrizes 02 01 A formação continuada ocorre apenas em alguns momentos 02 Estamos em processo 02

4. Na sua opinião os alunos da EJA 01 02 desistem mais do que, os que estão no ensino regular 5. O que Para o Pra a Para cumprir correspond trabalho cidadania o nível de e à escolaridade formação da EJA 02 01 Para aumentar a renda 6. Em que período as Diretrizes são avaliadas Sempre Semanais Mensais Observação 01 Ocasionalmente Os Questionários semi-abertos foram aplicados aos docentes para esclarecimento de como esta sendo implantadas as Diretrizes da EJA, de que maneira esta sendo feita e si está sendo utilizada de maneira satisfatória. A pesquisa foi feita com três docentes de disciplinas variadas de uma escola X, quando foi perguntado se eles passaram ou não por uma formação continuada? Apenas 01 disse que não, sendo 01 entrevistado fez uma pequena observação que: a formação continuada ocorre apenas em alguns momentos. Questionamos aos docentes se as Diretrizes da EJA estavam sendo implantadas, Duas das entrevistadas disseram que sim, sendo colocado por uma delas que: estamos em processo. Perguntamos se a comunidade escolar tem conhecimento das Diretrizes da EJA, todas responderam que sim. Perguntamos aos docentes sua opinião sobre a evasão dos discentes da EJA é maior ou menor, que os alunos de ensino regular: apenas uma docente disse que sim, e duas disseram que não.

Na questão sobre o que corresponde à formação da EJA foram colocadas algumas alternativas, duas das entrevistadas responderam que seria a cidadania, já a outra colocou que seria para cumprir o nível de escolaridade. Questionamos aos docentes em que período as Diretrizes da EJA são avaliadas, a 1ª disse que ocorre ocasionalmente, a 2ª colocou que era mensal e a 3ª deixou a questão em branco. Vemos que há uma incerteza em relação às avaliações dos alunos da EJA os docentes possuem dúvidas como podem ser feita a avaliação. Questionário feito aos discentes sobre as Diretrizes da EJA Se você já estudou em séries regulares e esta e esta na EJA a) Você acha que o ensino que esta fazendo é diferente daquele que já estudou (regular) b) Você acha que quem estuda no EJA tem a oportunidade de cursar o ensino superior c) Você pretende cursar o ensino superior ou técnico d) Você já desistiu alguma vez e) Na sua opinião os alunos da EJA desiste mais do que os que estão no Sim Não Observação 04 01 03 O ensino da EJA é muito fraco, duas séries não dá para pegar tudo 04 03 01 03 01

ensino regular f) Qual o período que os Antes Depois Observação alunos mais deixam de ir do São do São para a escola João João 04 A pesquisa foi realizada com os discentes do ensino médio e fundamental da EJA em um colégio público na cidade de Amargosa-BA no dia 03/11/2010 deixa claro que estes alunos não têm a mesma perspectiva dos alunos do ensino regular. Quando perguntamos se os alunos da EJA têm a oportunidade de cursar o ensino superior: dos 04 alunos, 3 entrevistados responderam que não e 1 respondeu que sim. Colocando seu ponto de vista: o ensino da EJA é muito fraco, duas séries não da para pegar tudo. Para Pierre Bordieu e Gean-Claude Passeron (1971 apud SILVA, 2007) a escola não atua pela cultura dominante, mas por um mecanismo que acaba por funcionar como exclusão. O currículo da escola esta baseado na cultura dominante: ele se expressa na linguagem, através do código cultural. As crianças e jovens de classes dominadas, em troca, só podem encarar o fracasso, ficando pelo caminho tendo sua cultura nativa desvalorizada ao mesmo tempo em que seu capital cultural inicialmente já é baixo e nulo, não sofre qualquer aumento ou valorização. Os alunos entrevistados têm consciência de que ao concluir seus estudos para entrar no ensino superior ou técnico eles tem que fazer um curso preparatório, pois o ensino oferecido na EJA não é suficiente para garantir o ingresso no ensino superior. Os alunos da EJA por serem alunos de idade mais avançadas que os alunos da escola regular a maioria deixam de estudar depois do São João segundo eles por: Por causas das notas da 1ª e 2ª unidade que estão baixas não tem como recuperar mais, da família e do trabalho.

CONSIDERAÇÕES FINAIS Diante do que foi pesquisado, entendemos que a temática: Diretrizes Curriculares para a Inclusão da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana (Lei. 10639/03) e as Diretrizes da EJA aparece como tema transversal, professores e alunos sabem que existem essas diretrizes na escola porém é pouco discutida, fica esquecida em geral por todas as disciplinas, uma das hipóteses levantadas com base nos questionários é o fato das Diretrizes Curriculares serem implantadas recentemente. Após a realização do trabalho entendemos que as dificuldades encontradas pelos discentes, refere-se a demanda oferecida pela modalidade da EJA. Segundo um dos alunos pesquisados é muito conteúdo para ser trabalhado em pouco tempo. Assim além do estudo ter ampliado nossos conhecimentos sobre as Diretrizes ficou clara a importância da sua introdução nas escolas públicas. As Diretrizes Curriculares para a Inclusão da História e Cultura Afro- Brasileira e Africana (Lei. 10639/03) são discutidas na escola apenas em datas comemorativas referentes as diretrizes, privatizando os alunos de discussões que tratam da cultura do nosso país. No decorrer da pesquisa foi possível perceber que os professores tem consciência que a Lei 10.639/03 é de grande importância para ser trabalhada na escola, ela ajuda no combate ao preconceito e à descriminação em sala de aula e na escola, ajuda a resgatar a nossa raiz africana e promover a inclusão social. Também foi possível perceber que a maior dificuldade dos professores é não terem uma formação continuada que aborde esse tema e a falta de material didático que não trata a Historia e Cultura Afro-brasileira e Africana nas escolas publicas.

REFERÊNCIAS CURY, Carlos Roberto Jamil. Diretrizes Curriculares para Educação de Jovens e Adultos.11/2000. Aprovado em: 10.05.2000. DOMINGUES, Petrônio. Um "templo de luz": Frente Negra Brasileira (1931-1937) e a questão da educação. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, v. 13, n. 39, dez. 2008. Disponível em<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=s141324782008000 300008&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 07 nov. 2010. doi: 10.1590/S1413-24782008000300008. GODOY, Arilda SCHmidt. Pesquisa qualitativa: Tipos fundamentais. São Paulo: Revista de Administração de Empresas, 1995.v.35 n.3.p.20-29. LUDKE, Menga; ANDRÉ, Marli E.D.A. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EPU, 1986. MACEDO, Roberto Sidnei. Compreender/ mediar a formação: o fundante da educação _Brasília: Liber Livro Editora, 2010. MENEZES, Jaci Maria Ferraz de. Educação na Bahia- Tecendo Memória. Cadernos IAT, Salvador, v.1,n.1, p.49/68,dez.2007. Disponível em:< http://cadernosiat.sec.ba.gov.br/index.php/ojs/article/viewfile/16/24> acessado em 7 de Nov. de 2010 às 2:00 da manhã. SANTOS, Carla Luiza Santos e. Inserção da Lei 10639 no currículo da educação básica. Sementes: Caderno de pesquisa, Salvador, v.6, n.8, p. 174, jan./dez.2005. SILVA, Tomaz Tadeu da. Documentos de identidade: uma introdução às teorias do currículo. 2ª ed., 10ª reimpressão._ Belo Horizonte: Atêntica, 2007.p.156.