Orientações aos Usuários 1
Sumário O QUE É O SERVIÇO DE REMESSA EXPRESSA?... 3 OBRIGAÇÕES DO CLIENTE... 3 RESTRIÇÕES E CONDIÇÕES... 5 REGIMES DE TRIBUTAÇÕES PARA REMESSAS EXPRESSAS... 6 RTS - Regime de Tributação Simplificada... 6 RTE - Regime de Tributação Especial sobre Bagagem... 9 RIC - Regime de Importação Comum... 9 AVISO IMPORTANTE AO CLIENTE:... 10 2
O QUE É O SERVIÇO DE REMESSA EXPRESSA? O serviço de remessa expressa comercialmente conhecido como courier é aquele destinado ao transporte internacional de documentos ou encomendas num projeto porta a porta por via aérea, na importação ou exportação, realizado por empresa habilitada pela Secretaria da Receita Federal. OBRIGAÇÕES DO CLIENTE Manter em boa guarda e ordem, os documentos relativos à exportação ou importação de remessa, nos termos estabelecidos pelo art.70 da Lei nº 10.833 de 29 de dezembro de 2003. Assim vejamos: Art. 70. O descumprimento pelo importador, exportador ou adquirente de mercadoria importada por sua conta e ordem, da obrigação de manter, em boa guarda e ordem, os documentos relativos às transações que realizarem, pelo prazo decadencial estabelecido na legislação tributária a que estão submetidos, ou da obrigação de os apresentar à fiscalização aduaneira quando exigidos, implicará: I - Se relativo aos documentos comprobatórios da transação comercial ou os respectivos registros contábeis: a) a apuração do valor aduaneiro com base em método substitutivo ao valor de transação, caso exista dúvida quanto ao valor aduaneiro declarado; e b) o não-reconhecimento de tratamento mais benéfico de natureza tarifária, tributária ou aduaneira eventualmente concedido, com efeitos retroativos à data do fato gerador, caso não sejam apresentadas provas do regular cumprimento das condições previstas na legislação específica para obtê-lo; 3
II - se relativo aos documentos obrigatórios de instrução das declarações aduaneiras: a) o arbitramento do preço da mercadoria para fins de determinação da base de cálculo, conforme os critérios definidos no art. 88 da Medida Provisória no 2.158-35, de 24 de agosto de 2001, se existir dúvida quanto ao preço efetivamente praticado; e b) a aplicação cumulativa das multas de: 1. 5% (cinco por cento) do valor aduaneiro das mercadorias importadas; e 2. 100% (cem por cento) sobre a diferença entre o preço declarado e o preço efetivamente praticado na importação ou entre o preço declarado e o preço arbitrado. 1º Os documentos de que trata o caput compreendem os documentos de instrução das declarações aduaneiras, a correspondência comercial, incluídos os documentos de negociação e cotação de preços, os instrumentos de contrato comercial, financeiro e cambial, de transporte e seguro das mercadorias, os registros contábeis e os correspondentes documentos fiscais, bem como outros que a Secretaria da Receita Federal venha a exigir em ato normativo. 2º Nas hipóteses de incêndio, furto, roubo, extravio ou qualquer outro sinistro que provoque a perda ou deterioração dos documentos a que se refere o 1o, deverá ser feita comunicação, por escrito, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas do sinistro, à unidade de fiscalização aduaneira da Secretaria da Receita Federal que jurisdicione o domicílio matriz do sujeito passivo. 3º As multas previstas no inciso II do caput não se aplicam no caso de regular comunicação da ocorrência de um dos eventos previstos no 2o. 4
4º Somente produzirá efeitos a comunicação realizada dentro do prazo referido no 2o e instruída com os documentos que comprovem o registro da ocorrência junto à autoridade competente para apurar o fato. 5º No caso de encerramento das atividades da pessoa jurídica, a guarda dos documentos referidos no caput será atribuída à pessoa responsável pela guarda dos demais documentos fiscais, nos termos da legislação específica. 6º A aplicação do disposto neste artigo não prejudica a aplicação das multas previstas no art. 107 do Decreto-Lei no 37, de 18 de novembro de 1966, com a redação dada pelo art. 77 desta Lei, nem a aplicação de outras penalidades cabíveis. RESTRIÇÕES E CONDIÇÕES É proibido a importação por pessoa física de bens destinados à revenda ou a serem submetidos a processo de industrialização, ressalvadas as importações realizadas por produtor rural, artesão, artista ou assemelhado. Bens sujeitos a licenciamento de importação no Siscomex Importação pelo Comando do Exército ou pelo Departamento de Policia Federal. Bens aos quais está vedada a aplicação do RTS, nos termos do art. 23(I-Bebidas alcoólicas, II-Bens de que trata o capítulo 24 da NCM - Fumo e produtos de Tabacaria) excetos amostras sem valor comercial de bens em importação promovida por estabelecimento industrial que mantenha registro na RFB, nos termos do art.330 do Decreto nº 7.212, de 15 de junho de 2010. Animais da vida silvestre. Vegetais da vida silvestre. Diamantes da posição 7102 da NCM. Moeda Corrente. Bens usados ou recondicionados*. 5
*Não se enquadra nesta restrição: a) Bens compreendidos no 5º do Art. 37, nos termos do Art. 330 do Decreto nº 7.212, de 15 de junho de 2010. b) Bens exportados temporariamente, por pessoa física, que retornem ao País; c) Meios físicos que compreendam circuitos integrados, semicondutores e dispositivos similares, gravados com o conteúdo equivalente a documento; d) Livros, outros impressos, fotografias e documentos; e) Objetos artísticos e antiguidades; e f) Bens destinados a uso ou consumo pessoal, importados por pessoa física. REGIMES DE TRIBUTAÇÕES PARA REMESSAS EXPRESSAS O destinatário poderá indicar à empresa de courier ou à ECT, até o momento da postagem da remessa no exterior, sua intenção de não utilizar o RTS, mediante comunicação na forma prevista pelo serviço de atendimento ao cliente da respectiva empresa. RTS - Regime de Tributação Simplificada Art. 21. O Regime de Tributação Simplificada (RTS), instituído pelo Decreto-Lei nº 1.804, de 3 de setembro de 1980, é o que permite o pagamento do Imposto de Importação na importação de bens contidos em remessa internacional, no valor total de até US$ 3.000,00 (três mil dólares dos Estados Unidos da América) ou o equivalente em outra moeda, mediante aplicação da alíquota única de 60% (sessenta por cento). 1º A tributação de que trata o caput terá por base o valor aduaneiro da totalidade dos bens contidos na remessa internacional. 6
2º Será reduzida para 0% (zero por cento) a alíquota de que trata o caput incidente sobre os produtos acabados pertencentes às classes de medicamentos no valor de até US$ 10.000,00 (dez mil dólares dos Estados Unidos da América) ou o equivalente em outra moeda, importados por remessa postal ou encomenda aérea internacional, por pessoa física para uso próprio ou individual, desde que cumpridos todos os requisitos estabelecidos pelos órgãos de controle administrativo. Art. 22. A opção pelo RTS será considerada automática para as remessas internacionais que se enquadrem nos requisitos estabelecidos para a fruição do regime. 1º O destinatário poderá indicar à empresa de courier ou à ECT, até o momento da postagem da remessa no exterior, sua intenção de não utilizar o RTS, mediante comunicação na forma prevista pelo serviço de atendimento ao cliente da respectiva empresa. 2º A empresa de courier e a ECT poderão aceitar manifestações posteriores ao limite temporal de que trata o 1º, desde que tenham tempo hábil para providenciar o registro da correspondente declaração aduaneira de importação. Art. 23. Não poderão ser importados ao amparo do RTS: I - Bebidas alcoólicas; e II - Bens de que trata o capítulo 24 da Nomenclatura Comum do Mercosul - NCM (fumo e produtos de tabacaria). Art. 24. Os bens submetidos a despacho aduaneiro com base no RTS estão isentos de: I - Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI); II - Contribuição para os Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público incidente na Importação de Produtos Estrangeiros ou Serviços (Contribuição para o PIS/Pasep-Importação); e III - Contribuição Social para o Financiamento da Seguridade Social devida pelo Importador de Bens Estrangeiros ou Serviços do Exterior (Cofins-Importação). 7
Subseção I Do Valor Aduaneiro Art. 25. O valor aduaneiro de cada bem integrante da remessa internacional corresponderá ao: I - Preço de aquisição, no caso de bens adquiridos no exterior pelo destinatário da remessa; ou II - Valor declarado pelo remetente, no caso de bens recebidos do exterior pelo destinatário da remessa a título não oneroso, incluindo brindes, amostras ou presentes, desde que o valor seja compatível com os preços normalmente praticados na aquisição de bens idênticos ou similares. 1º Na determinação do valor aduaneiro, deverão ser acrescidos aos valores mencionados nos incisos I e II do caput o custo do transporte e do seguro até o local de destino no País, exceto quando já estiverem incluídos. 2º Quando não houver documentação comprobatória do preço de aquisição, ou quando a documentação ou a declaração apresentada contiver inexatidão, o valor aduaneiro de cada bem integrante de remessa internacional será determinado pela autoridade aduaneira, com base: I - No preço de bens idênticos ou similares, originários ou procedentes do país de envio da remessa; II - Em valor constante de catálogo ou lista de preços emitida por estabelecimento comercial ou industrial, no exterior, ou por seu representante no País, divulgados em meio impresso ou eletrônico; ou III - Nos sistemas informatizados da RFB, dos órgãos ou das entidades da Administração Pública Federal, responsáveis por controles específicos no comércio exterior. 8
Subseção II Da Encomenda Aérea Internacional Art. 26. O RTS poderá ser utilizado no despacho aduaneiro de encomendas aéreas internacionais amparadas por conhecimento de carga aéreo, transportadas sob responsabilidade de empresas de transporte aéreo, observados os limites e as condições previstos nesta Instrução Normativa. Parágrafo único. O despacho aduaneiro de que trata o caput será realizado exclusivamente mediante registro de DSI. RTE - Regime de Tributação Especial sobre Bagagem Art. 27. Poderá ser aplicado o RTE aos bens contidos em remessa internacional quando a remessa e os bens estiverem de acordo com os requisitos previstos na norma específica de bagagem e desde que já não tenha ocorrido o desembaraço da declaração de importação em outro regime. Parágrafo único. O disposto no caput ocorrerá mediante o registro de DSI no Siscomex Importação, nos termos da norma específica. RIC - Regime de Importação Comum Art. 28. Poderá ser aplicado o regime de importação comum aos bens contidos em remessa internacional quando: I - Os requisitos para utilização do RTS ou do RTE não houverem sido cumpridos na importação desses bens; ou II - Por opção do destinatário, enquanto não ocorrido o desembaraço da declaração de importação em outro regime. Art. 29. O regime de importação comum será aplicado mediante o registro de Declaração de Importação (DI) ou DSI, no Siscomex Importação, e com observância das regras gerais do despacho aduaneiro de importação, afastando-se os benefícios próprios do RTS ou do RTE. 9
Parágrafo único. Aplicam-se as regras gerais de importação às devoluções ao exterior e aos prazos para início do despacho aduaneiro para as remessas sujeitas ao regime de importação comum. AVISO IMPORTANTE AO CLIENTE: Todas as encomendas serão submetidas ao procedimento de abertura de volumes e raio X para verificação do cumprimento das vedações descritas anteriormente, visando maior segurança para a empresa de transporte internacional bem como para o destinatário da encomenda. A CET LOGISTICS manterá, em boa guarda, à disposição do destinatário a remessa internacional liberada, com o devido lançamento de crédito tributário, pelo prazo de até 20 (vinte dias) dias contados da liberação da remessa, conforme Art. 02, XII c/c Art. 12, XII da IN RFB 1.737/2017. 10