HISTORY AND ANTHROPOLOGY OF PORTUGUESE TIMOR ONLINE DICTIONARY OF BIOGRAPHIES. Raquel Soeiro de Brito. Cláudia Castelo IICT. claudia.castelo@iict.



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Transcrição:

HISTORY AND ANTHROPOLOGY OF PORTUGUESE TIMOR ONLINE DICTIONARY OF BIOGRAPHIES * Raquel Soeiro de Brito * Cláudia Castelo IICT claudia.castelo@iict.pt You are welcome to cite this biography, but please reference it appropriately for instance in the following form: Cláudia Castelo, Raquel Soeiro de Brito, in Ricardo Roque (org.), History and Anthropology of Portuguese Timor, 1850-1975. An Online Dictionary of Biographies, available at http://www.historyanthropologytimor.org/ (downloaded on [date of access]) 1

Raquel Soeiro de Brito (Maria Raquel Viegas Soeiro de Brito) nasceu em Elvas em 1925. Geógrafa, discípula do Professor Orlando Ribeiro e destacada investigadora da chamada «Escola de Geografia de Lisboa», jubilou-se como Professora Catedrática da Universidade Nova de Lisboa. Actualmente é vice-presidente da Academia de Marinha e mantém-se ligada à actividade científica. Em 1948, licenciou-se em Geografia pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Com uma bolsa de estudos do Serviço de Relações Culturais do Estado francês, frequentou a Universidade de Clermont-Ferrand, França, em 1950-1951, onde seguiu os cursos dos Professores Philipe Arbos (Geografia Humana) e Max-Derruau (Geografia Regional), na Faculdade de Letras, e de A. Roque (Geografia Estratigráfica), na Faculdade de Ciências. Foi convidada pelo Professor Arbos para realizar a sua tese de doutoramento naquela Universidade francesa, em torno de elementos que já reunira sobre a ilha de São Miguel, nos Açores. Optou por fazer o doutoramento em Portugal. Obteve o grau de doutor em Geografia pela Universidade de Lisboa em 1955, com a tese A Ilha de São Miguel: Estudo Geográfico, trabalho muito bem recebido por geógrafos de craveira internacional, como o Professor Lautensach e o Professor Pierre Gourou, que lhe dedicou uma longa recensão nos Annales de Géographie, n.º 262, p. 367-370. Iniciou a sua carreira docente na Faculdade de Letras de Lisboa em 1952, como Segundo-Assistente de Geografia, tendo passado a Primeiro-Assistente de Geografia em 1955. Transitou para o Instituto Superior de Ciências Sociais e Política Ultramarina (ISCSPU) em 1959, onde foi Professora Extraordinária (hoje correspondente a Professor Associado) e depois Catedrática (1966-1977). Ali ministrou as cadeiras de Geografia do Ultramar Português, no curso de Administração Ultramarina; Geografia Humana, Geografia Económica Geral e Geografia e História do Ultramar Português, no curso de Aperfeiçoamento Profissional; e Geopolítica Tropical e Antropologia, no curso Complementar de Estudos Ultramarinos. Foi co-fundadora da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, onde exerceu as funções de vicedirectora e fundou os departamentos de Antropologia (1977) e Geografia e Planeamento Regional (1980). Foi Professora titular na Universidade de Paris X, em 1980-1981. 2

Foi bolseira do Instituto de Alta Cultura junto do Centro de Estudos Geográficos da Universidade de Lisboa (1948-1960) e Secretária daquele Centro (1954-1960). Dirigiu a revista Geographica, da Sociedade de Geografia de Lisboa (SGL), de 1964 a 1973. Recorreu frequentemente à fotografia e ao filme como instrumentos complementares de recolha de informação, que depois usava, conjuntamente com mapas e gráficos, nas aulas, em conferências, em artigos e outras publicações. Fez visitas de estudo e trabalho de campo em Portugal e no estrangeiro (Brasil, Espanha, França e diversos países africanos). Participou em diversos Congressos Internacionais de Geografia. É autora de uma vasta bibliografia no domínio da Geografia Física e Humana, nomeadamente sobre a aldeia minhota do Soajo, os palheiros de Mira, os agricultores e pescadores portugueses do Rio de Janeiro, a cidade de Lisboa e sobre todas as antigas colónias portuguesas. Entre 1955 e 1973 realizou, numa cadência quase anual, pesquisas em todas as «províncias ultramarinas», no âmbito de missões científicas da Junta de Investigações do Ultramar (JIU): na Missão de Geografia à Índia (1955-1957), no Agrupamento Científico para a Preparação de Geógrafos para o Ultramar (1960-1965) e na Missão de Geografia Física e Humana do Ultramar (1960-1974), sempre como adjunta do chefe de Missão, Professor Orlando Ribeiro. Foi ainda vogal de dois Centros de Estudos da JIU: do Centro de Estudos de Desenvolvimento Comunitário (mais tarde, Centro de Estudos de Serviço Social e Desenvolvimento Comunitário), instalado no ISCSPU; e do Centro de Estudos Vasco da Gama, com sede na SGL (1963-1974). No âmbito da Missão de Geografia Física e Humana do Ultramar Português, realizou quatro campanhas de trabalho de campo em Timor, entre 1970 e 1973, com o intuito de reunir elementos para um estudo de Geografia Humana da parte portuguesa da ilha. Foi a última parcela do império colonial português que estudou. No entanto, Timor tinha sido o primeiro território ultramarino que desejara visitar, por influência das vivas descrições do Engenheiro-Agrónomo Ruy Cinatti, que nessa província fora chefe de gabinete do Governador e chefe dos Serviços de Agricultura 1. 1 Deverão ter privado, pela primeira vez, durante a preparação do Congresso Internacional de Geografia realizado em Lisboa em 1949. Ruy Cinatti, amigo de Orlando Ribeiro desde o I Cruzeiro de Férias às Colónias (1935), fez parte da Comissão Organizadora daquele Congresso, no regresso da sua primeira estadia em Timor (1946-1947) como secretário e chefe de gabinete do Governador, Óscar Ruas. Cf. Curriculum vitae, Processo n.º 273 Ruy Cinatti Vaz Monteiro Gomes, vol. 1. 3

Reconhece que o primeiro contacto com Timor foi uma desilusão, dadas as altas expectativas que levava, mas o contacto prolongado com o terreno fê-la compreender a riqueza da terra e das gentes. 2 Na campanha de 1970, dada a inexistência de informação geográfica recente sobre Timor, iniciou a prospecção geográfica geral do território. Com base nos elementos colectados e nos mapas topográficos existentes, foram preparados e desenhados mapas de clima, de distribuição e evolução da população e ocupação do espaço, bem como uma primeira planta funcional da cidade de Díli. 3 Em 1971, continuou esses trabalhos em áreas que não tinha tido tempo de abordar no ano anterior: o ilhéu de Ataúro e o enclave de Oecusse. Em 1972 e 1973 procedeu ao aprofundamento dos problemas de Geografia Física e Humana anteriormente identificados. O rápido crescimento de Díli obrigou-a a rever e completar, em 1973, a planta funcional da cidade 4. Além de ter elaborado relatórios das actividades desenvolvidas durante as campanhas de trabalho de campo, publicou sobre Timor quatro artigos e proferiu numerosas conferências, em Portugal e em várias universidades no estrangeiro, principalmente francesas. Todos esses textos são acompanhados de fotografias a cores tiradas pela autora e, 2 Ora, quando cheguei a Timor, ainda com a visão de Cinatti, logo à saída do avião, em Baucau, só avistei uma terra ressequida, blocos de laterite nua ou, quando muito, mal coberta por uma vegetação rala e rasa; onde estava o luxuriante manto vegetal descrito anos antes? Onde se encontravam os diferenciados povos que tanto o haviam encantado? De certo, seria infantilidade minha querer contactar, logo num instante, com todas as realidades da longínqua província mas tive alguma desilusão. [ ] Depois da primeira desilusão compreendi a riqueza da terra e das gentes: principalmente como refúgio, quase local, de vida num território de relevo extremamente acentuado, com chuvas abundantes, de enorme variabilidade de ano para ano, originando uma erosão brutal; com tais condições naturais era grande a dificuldade na comunicação entre os diversos grupos humanos, todos de baixo nível tecnológico e vivendo de uma agricultura de auto consumo, com pequenas trocas de produtos: em grande parte por isso, dispersam-se por completo no seu respectivo chão (Soeiro de Brito, 2010, p. 7). 3 O relatório de actividades da campanha de 1970 (documento dactilografado, 25 p.) encontra-se incluído no Processo individual de Maria Raquel Viegas Soeiro de Brito, no Arquivo do IICT. 4 O mapa, feito durante a primeira campanha, teve de ser actualizado em virtude do surto de construção sofrido pela cidade no curto espaço de um ano. Esse surto deve-se a duas causas essenciais: o esforço despendido na construção de casas para funcionários (portanto da parte do Estado) e ao empreendimento da construção comercial levado a efeito por parte da população empreendedora chinesa radicada na província. (fl. 8-9). Raquel Soeiro de Brito, Missão de Geografia Física e Humana do Ultramar: Relatório da Campanha de 1971, Lisboa, 11 de Dezembro de 1971. 9 fls. Documento dactilografado, com emendas manuscritas, datado e assinado à mão pela autora. CDI-IICT, cota 14601. Na comunicação apresentada à Academia de Marinha em 21 de Março de 2000 sobre Timor-Leste nos primórdios dos anos 70, inclui uma Planta funcional da cidade de Díli em 1973, cuja fonte foi o trabalho de campo da autora, realizado naquele ano. 4

em muitos casos, de mapas por ela elaborados. Durante as campanhas no terreno, recolheu também imagens em movimento. Daí resultou um filme (Timor, 1970-1973, 16 mm c 334 mt 30 mn), com realização e fotografia de Raquel Soeiro de Brito, que dá conta de aspectos geográficos, sociológicos, etnográficos e antropológicos de Timor, sob administração portuguesa (Matos-Cruz, 2001, p. 167). 5 Os seus trabalhos sobre Timor são considerados estudos cheios de compreensão humana. Neles aborda, além do ambiente natural (destacando-se o relevo acidentado da ilha e a forte e irregular pluviosidade a que está sujeita), os factores humanos, nomeadamente a dispersão da população nativa e os problemas que acarreta, a ocupação do solo e as técnicas agrícolas. Cláudia Castelo Julho 2011 Bibliografia da autora sobre Timor: SOEIRO DE BRITO, Raquel. 1971. Ocupação do Solo no Timor Português. Geographica: Revista da Sociedade de Geografia de Lisboa, VII, 27: 1-28. SOEIRO DE BRITO, Raquel. 1997. Timor-Leste: a terra e os homens. In: No trilho dos Descobrimentos: Estudos Geográficos. Lisboa: Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses, pp. 329-354. SOEIRO DE BRITO, Raquel. 2000. Timor-Leste Primórdios dos anos 70. Lisboa: Academia de Marinha. SOEIRO DE BRITO, Raquel. 2001. Timor Loro Sa e: A Terra e As Gentes. In: José Correia Arez (coord.), Cerâmicas de Timor Loro Sa e. Lisboa: Museu do Centro Científico e Cultural de Macau, pp. 23-28. Fontes e bibliografia citadas: ARQUIVO DO INSTITUTO DE INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA TROPICAL (Serviço de Expediente e Arquivo), Processo individual n.º 84 - Maria Raquel Viegas Soeiro de Brito (1952-1977). INSTITUTO PORTUGUÊS DO LIVRO E DAS BIBLIOTECAS (Org.). 1998. Raquel Soeiro de 5 Refira-se, no entanto, que o seu filme mais conhecido e projectado internacionalmente é o dedicado à erupção do vulcão dos Capelinhos, na ilha do Faial, Açores. 5

Brito. In: Dicionário Cronológico de Autores Portugueses. Vol. V, Lisboa: Publicações Europa-América, [Disponível em: http://www.iplb.pt/sites/dglb/portugues/autores/paginas/pesquisaautores1.aspx?autorid=8376] MATOS-CRUZ, José de. 2001. Timor e o Cinema. Revista Camões, 14: 162-171. SOEIRO DE BRITO, Raquel. 2010. Maria Raquel Soeiro de Brito (depoimento, 2010). Lisboa: Instituto de Investigação Científica Tropical Arquivo Científico Tropical. [Brevemente disponível em http://actd.iict.pt/community/actd:mo] SOEIRO DE BRITO, Raquel. 1992. Trinta Anos de Estudos de Geografia nos Territórios do Ex-Ultramar Português. INFORGEO, 4: 71-94. [Disponível em: http://www.apgeo.pt/files/section44/1225301021_inforgeo_04_jun92_35a47.p df] 6