ANEXO C Linhas Orientadoras para a Fase Formativa. (Decreto-Lei n.º 3/2011, de 6 de Janeiro)
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- Elza Palhares Fartaria
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1 ANEXO C Linhas Orientadoras para a Fase Formativa Procedimento Especial de Obtenção do Grau de Especialista por Equiparação ao Estágio da Carreira dos TSS Ramo Psicologia Clínica (Norte, Centro Sul e Ilhas) (Decreto-Lei n.º 3/2011, de 6 de Janeiro) Introdução Esse documento inclui linhas orientadoras e facilitadoras da fase formativa do Procedimento Especial de Obtenção do Grau de Especialista por Equiparação ao Estágio da Carreira dos TSS Ramo de Psicologia Clínica. È dirigido aos candidatos e, igualmente, aos seus orientadores que os irão acolher nos organismos de saúde. Neste procedimento especial, a fase formativa constitui uma oportunidade para os candidatos que, durante o seu percurso profissional, não reuniram experiências clínicas que preencham os requisitos previstos no Programa de Formação do Estágio da Carreira dos Técnicos Superiores de Saúde (TSS), visando-se, desta forma, o preenchimento daquelas lacunas e, subsequentemente, o acesso à fase de Avaliação final que permitirá a obtenção da equiparação ao grau de especialista em causa. Relembre-se que a Equiparação ao Estágio da Carreira, em apreço, traduz-se num processo de avaliação curricular e validação da experiência acumulada, que teve como referente de partida o Programa de estágio da carreira dos TSS. 1
2 Com efeito, para que a equiparação em causa pudesse ter sido, inicialmente, reconhecida, os candidatos teriam que ter comprovado, no mínimo, deter 3 anos de prática clínica em contextos públicos de saúde incluindo avaliação psicológica (1), cobrindo o ciclo de vida (2), e tendo desenvolvido essa prática em, pelo menos, dois tipos diferentes de contexto de intervenção (3) (Cuidados de Saúde Primários, Cuidados de Saúde Mental e Cuidados Diferenciados). Assim, os candidatos encaminhados para a fase formativa, serão todos aqueles que, necessariamente, terão, ainda, que suprir lacunas numa ou mais das três áreas a indicar pelo Júri do respectivo ramo, na sequência da avaliação curricular por este efectuada. A listagem de colocação elaborada pelo júri, já publicada no site da ACSS, I.P., orienta os candidatos para os contextos de saúde, nos quais aquelas lacunas poderão vir a ser colmatadas. No ramo em apreço, a fase formativa terá uma duração total de três meses devendo ser concluída até 30 Junho de 2011, perfazendo um total de 250 h. O não cumprimento desta carga horária acarretará o não reconhecimento da conclusão do processo formativo, não podendo o candidato, assim, ter acesso à prova pública. Cada candidato deverá receber um documento onde consta a identificação do local de estágio, nome do orientador, contactos e as áreas de experiência a desenvolver. Nesse documento deverá ser registado pelo serviço de pessoal da instituição a data de inicio e conclusão do estágio. Nesse documento deverá, também, ser identificado o horário de estágio e as áreas funcionais a desenvolver durante o mesmo. Finalmente, será neste documento que o Orientador deverá registar a sua avaliação do estágio incluindo uma referência à assiduidade, integração na equipa e aspectos relevantes por parte do candidato. 2
3 Para cada local de estágio deve ser identificado um orientador, obrigatoriamente com o grau de especialista que terá como função, o enquadramento institucional, a programação e o planeamento conjunto das actividades a concretizar ao longo dos 3 meses, e o acompanhamento técnico do desempenho do candidato. O orientador terá, ainda, por missão, avaliar o desempenho do candidato, numa perspectiva qualitativa (menção de Apto ou Não Apto), remetendo, posteriormente, esta classificação ao júri do procedimento, através de documento em anexo. Será recomendável que o orientador mantenha um acompanhamento próximo e regular da formação em curso, que lhe permita analisar, conjuntamente com o técnico em formação, quer a prática que este vai desenvolvendo, quer os aspectos teóricos de enquadramento da formação, tendo em vista a definição de novas linhas de acção. O orientador deverá ter em consideração as áreas de prática clínica em défice na experiência profissional do candidato, garantindo o enfoque do estágio nessa(s) área(s). Caso uma das áreas em défice seja a Avaliação Psicológica, o candidato deverá realizar um mínimo de dez estudos de caso dos quais três deverão ser da sua inteira responsabilidade, isto é, ser o próprio a aplicar as provas, interpretar e a elaborar o relatório. Quando o défice incide sobre a cobertura do Ciclo de Vida na prática clínica ou a exploração de outro Contexto de Intervenção, o candidato deverá garantir a sua participação activa nas dinâmicas institucionais, nomeadamente ao nível da triagem, organização de estudos de caso, aconselhamento, intervenção na crise, intervenções breves, grupos psico-didácticos e intervenção comunitária. O candidato deverá entregar ao seu orientador, no último dia de estágio, um relatório sobre a experiência desenvolvida no qual i) sintetize as diferentes áreas de intervenção, ii) desenvolva um caso clínico que inclua avaliação psicológica, e iii) realize uma reflexão crítica sobre a dinâmica institucional e a experiencia por ela proporcionada no decurso do estágio. O documento não deverá ultrapassar as 20 páginas (Fonte Times New Roman, Tamanho 12), sugerindo-se que os dados do caso clínico possam constar em anexo ao relatório. O orientador deverá ter este relatório em consideração aquando da avaliação do estágio realizado. 3
4 Avaliação Final À semelhança da Avaliação Final do Estágio da Carreira, a Prova Pública envolverá, no que respeita à avaliação curricular, a defesa do currículo profissional submetido pelo candidato (30 minutos), e a apresentação e discussão de um estudo de caso clínico, o qual deverá contemplar avaliação psicológica (30 minutos); No caso dos candidatos que passam pela fase formativa do procedimento de equiparação, a discussão do relatório de actividades incidirá sobre o caso clínico nele contido; Os critérios de avaliação da prova pública serão aplicados de acordo com a grelha em anexo. A Avaliação Final tem em consideração os seguintes itens: o Integração de Conhecimentos (apreciação e discussão de um caso clínico com avaliação psicológica); o Aptidões (qualidade da exposição do currículo profissional); o Atitudes adquiridas (contacto, comunicação e segurança; atitude profissional; investimento na profissão). De acordo com o n.º 4 do artigo 6.º (Decreto-Lei n.º 3/2011, de 6 de Janeiro) a classificação da prova pública é de natureza qualitativa, e deverá considerar a menção de Aprovado ou Não Aprovado. Instrumentos de apoio GRELHA DE REGISTO de INTERVENÇÕES GRELHA DE REGISTO de AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA 4
5 Nome: Instituição de Colocação: Efectuado de: / / a / / GRELHA DE REGISTO de INTERVENÇÕES N.º da acção / processo Nome Idade Enviado por Motivo Intervenção Data Observações iniciais data de nascimento Instituição, serviço, técnico Hipótese diagnóstica Triagem, avaliação, apoio, psicoterapia... Falta, encaminhamento, alta 5
6 Nome: Instituição de Colocação: Efectuado de: / / a / / GRELHA DE REGISTO de AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA N.º da acção / processo Nome Idade Enviado por Motivo Instrumentos utilizados iniciais data de nascimento Instituição, serviço, técnico Hipótese diagnóstica WISC, WAIS, Rorschach, CAT, TAT,... Data Observações 6
7 Documentos de referência: Legislação o Decreto regulamentar n.º 29/81, de 24 de Junho Criação da Carreira; o Decreto-lei n.º 414/91, de 22 de Outubro Regime Legal da Carreira; o Portaria n.º 795/94, de 7 Setembro Regulamento de Classificação de Serviço dos Técnicos Superiores e Saúde; o Portaria n.º 796/94, de 7 Setembro Regulamento de Internato da Carreira dos Técnicos Superiores e Saúde; o Decreto-lei n.º 241/94, de 22 de Setembro Inclusão do ramo de Psicologia Clínica na Carreira; o Portaria n.º 171/96, de 22 de Maio Programa de Internato (1.ª versão); o Portaria n.º 191/97, de 20 de Março Programa de Internato (versão actual complementa e actualiza a versão anterior); o Decreto-lei 501/99, de 19 de Novembro Alteração ao Decreto-Lei n.º 414/91, de 22 de Outubro; o Decreto-Lei nº 3/2011, de 6 de Janeiro - Procedimento Especial de Obtenção do Grau de Especialista por Equiparação ao Estágio da Carreira dos TSS Ramo Psicologia Clínica. 7
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