RELATÓRIO DA MESA CESSANTE DA CONFERÊNCIA DOS MINISTROS AFRICANOS DOS TRANSPORTES

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Transcrição:

IE6148 AFRICAN UNION UNION AFRICAINE UNIÃO AFRICANA P. O. Box 3243, Addis Ababa, ETHIOPIA Tel.: (251-11) 5525849 Fax: (251-11) 5525855 Website: www.africa-union.org SEGUNDA SESSÃO DA CONFERÊNCIA DOS MINISTROS AFRICANOS DOS TRANSPORTES 21-25 DE NOVEMBRO DE 2011 LUANDA, REPÚBLICA DE ANGOLA RELATÓRIO DA MESA CESSANTE DA CONFERÊNCIA DOS MINISTROS AFRICANOS DOS TRANSPORTES OUTUBRO DE 2011

Pág. 1 RELATÓRIO DA MESA DA CONFERÊNCIA DOS MINISTROS AFRICANOS DOS TRANSPORTES I. INTRODUÇÃO 1. Desde a Primeira Sessão da Conferência dos Ministros Africanos dos Transportes (CMAT), que decorreu de 21 a 25 de Abril de 2008 em Argel, Argélia, várias iniciativas foram tomadas, tanto ao nível continental quanto ao nível regional, o que demonstra claramente o quão a questão dos transportes em África constitui uma verdadeira preocupação. Os diferentes relatórios de implementação, submetidos pela Comissão da União Africana, assim como as experiências regionais, têm o mérito de confirmar esta afirmação. 2. As reuniões subsectoriais, principalmente dos meios de transporte, articularam-se, sobretudo, em torno de questões técnicas, tendo permitido a realização de reuniões das autoridades políticas sectoriais. A Conferência dos Ministros deve efectivamente tornar-se num verdadeiro fórum de orientação, bem como o local de prestação de contas das instituições de implementação. 3. No que diz respeito à reunião da Mesa da CMAT propriamente dita, o período de 2008 até ao presente não foi realmente activo. Durante este período, a Comissão da União Africana, na sua qualidade de Secretariado da CMAT, empenhou-se na implementação e monitorização de algumas actividades contidas no Plano de Acção de Argel. 4. A segunda reunião dos Ministros Africanos responsáveis pelos Transportes Marítimos foi a única ocasião do encontro da Mesa da CMAT, em Outubro de 2009, em Durban, África do Sul. Essa reunião foi histórica, com a adopção da Carta Africana dos Transportes Marítimos. 5. A Conferência dos Ministros Africanos dos Transportes é o órgão central da coordenação sectorial. A Mesa estabelecida em Argel, por um mandato de dois (2) anos, é composta da seguinte maneira: Presidente : Argélia (África do Norte); 1º Vice-Presidente : Zimbabwe (África Austral); 2º Vice-Presidente : Etiópia (África Oriental); 3º Vice-Presidente : Mali (África Ocidental); Relator : Gabão (África Central). II. ACTIVIDADES 6. A Mesa da Conferência dos Ministros Africanos dos Transportes, estabelecida em Argel, em 2008, tinha como mandato fazer a gestão do período

Pág. 2 de transição de dois (2) anos até a realização de Segunda Sessão da Conferência, durante a qual os Ministros dos Estados-membros responsáveis pelos meios de transporte se reunirão para fazer a avaliação dos progressos realizados. 7. Durante este período, a Mesa da CMAT beneficiou do apoio do Departamento de Infra-estruturas e Energia da Comissão da União, seu Secretariado que, na medida do possível, procurou implementar algumas das actividades contidas no Plano de Acção de Argel. 8. Por diferentes razões, a Mesa da CMAT não pôde reunir-se durante os três anos da sua existência. Esta situação teve um certo impacto sobre a imagem que a nova estrutura deve construir no seio da União. 9. Ao longo deste período e sob o dinamismo da Comissão da União Africana, foram tomadas algumas iniciativas, designadamente: 1. Transportes Aéreos 10. As actividades deste subsector estavam centradas na implementação do Plano de Acção 2008-2012, adoptado pela Primeira Sessão da Conferência dos Ministros Africanos dos Transportes. As actividades realizadas e os resultados esperados são os seguintes: 11. Foram organizadas quatro reuniões do Comité de acompanhamento da Decisão de Yamoussoukro, das quais três em paralelo com as reuniões do Grupo de Peritos, tendo em vista a elaboração da política africana comum em matéria da aviação civil. A primeira edição desta política já foi finalizada e será adoptada durante a presente sessão; 12. As negociações de declaração conjunta UA-UE sobre a cooperação na área de aviação civil começaram em 2009. Esta declaração constituirá a base de interacção entre as duas regiões em matéria da aviação civil. Até ao presente, as negociações se encontram numa fase avançada. A assinatura desta declaração conjunta poderá ocorrer após consenso sobres os acordos relativos aos transportes aéreos; 13. A CAFCAC realizou algumas actividades no domínio dos transportes aéreos, no quadro da implementação da parceria Turquia-África. 14. A Comissão ocupou-se pelos trabalhos relativos aos projectos das normas de concorrência e do mecanismo de resolução de diferendos transferidos à CAFAC para a sua finalização, no âmbito das suas atribuições como agência de execução que lhe foram confiadas. 15. No quadro da implementação da parceria UE-África na área de infraestruturas, foram atribuídos fundos para a realização de estudos relativos à avaliação continental da aplicação da decisão de Yamoussoukro, assim como ao apoio à operacionalização da agência de implementação da decisão de

Pág. 3 Yamoussoukro. O estudo sobre a avaliação continental da aplicação da decisão de Yamoussoukro foi finalizado e validado, ao passo que o estudo sobre o apoio à operacionalização da agência de execução da decisão de Yamoussoukro teve o seu início recentemente. Os resultados da implementação da decisão de Yamoussoukro serão submetidos à presente sessão para adopção e deliberação sobre o caminho a seguir. 16. As negociações dos Memorandos de Entendimento com os Estados Unidos da América e a Associação Internacional dos Transportes Aéreos tiveram o seu início recentemente, ao passo que o Memorando de Entendimento com a Associação das Companhias Aéreas Africanas bem como o Memorando de Cooperação com a Organização Internacional da Aviação Civil já foram assinados 2. Transportes Ferroviários 17. Os transportes ferroviários são o meio que registou poucos progressos em matéria de implementação das suas actividades. Podemos citar apenas a preparação dos Termos de Referência para os três principais estudos relativos essencialmente à: Harmonização do sistema de formação do pessoal das redes ferroviárias africanas; O fundo de desenvolvimento dos transportes ferroviários africanos; e Privatização dos Caminhos de Ferro em África: elaboração de um guião/directivas africanas. 18. É igualmente importante realçar algumas actividades ou iniciativas que se inscrevem no quadro da cooperação internacional. Trata-se das negociações em curso com a Fundação Ferroviária da Espanha, tendo em vista o reforço das capacidades das redes ferroviárias africanas, através de sessões de formação, com o apoio logístico da Transnet, a rede Ferroviária sul-africana. 19. Devemos fazer igualmente referência a três estudos realizados, nomeadamente: O estudo relativo à ligação Cotonou-Niamey-Ouagadougou-Abidjan, incluindo o ramal de Asango, no Mali; O estudo de pré-viabilidade dos principais troços do Corredor Dakar- Ndjamena-Djibouti; e O estudo de pré-viabilidade dos principais troços do Corredor Djibouti- Libreville. 20. No quadro do desenvolvimento da rede ferroviária, afigura-se importante citar a contribuição do Programa de Desenvolvimento de Infra-estruturas em África (PIDA), cujo estudo se encontra na sua fase final, sendo que as suas conclusões em matéria do desenvolvimento dos transportes ferroviários são encorajadoras.

Pág. 4 21. A terminar, a cooperação técnica com a União Internacional dos Caminhos de Ferro foi revitalizada com a visita do seu Presidente, Senhor Jean- Pierre LOUBINOUX, à Adis Abeba, de 18 a 19 de Março de 2010. 3. Transportes Marítimos 22. O sector dos transportes marítimos africanos registou um certo relançamento com a organização da Segunda Conferência dos Ministros responsáveis pela área, que decorreu em Durban, África do Sul, em Outubro de 2009, cuja agenda se articulou principalmente em torno da adopção da nova Carta Africana dos Transportes Marítimos e da Resolução Africana sobre a Segurança Marítima, na sequência do recrudescimento dos actos de pirataria no Golfo de Áden e no Golfo da Guiné. 23. Esta conferência constituiu um momento importante para a política comum africana em matéria dos transportes marítimos. Com efeito, durante a Conferência de Durban, para além das questões referidas anteriormente, foi igualmente feita uma análise profunda sobre a protecção do ambiente marinho. 24. A nova Carta revista está, por outro lado, em processo de ratificação pelos Estados-membros, sendo que a presente reunião será uma ocasião para se fazer a avaliação da manifestação do compromisso dos Estados-membros, tal como foi revelado em Durban. 4. Transportes Rodoviários 25. Os transportes rodoviários registaram também intensas actividades em todo o Continente, designadamente o lançamento de vários estudos de préviabilidade, o que permitiu agendar um bom acompanhamento na realização de projectos concretos à escala continental. Trata-se essencialmente: Do estudo relativo à facilitação do diálogo para a construção de uma ponte sobre o Rio Gâmbia; Do estudo de viabilidade da secção oeste da Auto-estrada Transafricana Nº9 Beira-Lobito; Do estudo de viabilidade das secções seleccionadas da Auto-estrada Trans-africana Nº3 da Ponte Brazzaville-Kinshasa e das opções estratégicas dos portos de Banana e Pointe-Noire na África Central; Do estudo de pré-viabilidade dos troços importantes do Corredor Dakar-Ndjamena-Djibouti; e Do estudo de pré-viabilidade dos troços importantes do Corredor Djibouti-Libreville. 26. Em colaboração com a Comissão Económica das Nações Unidas para África (UNECA/CEA) foram eleitas três actividades: A actualização das convenções, tratados e acordos internacionais na área dos transportes;

Pág. 5 O estudo sobre as normas e padrões rodoviários nas Auto-estradas Trans-africanas e o Acordo Intergovernamental conexo; A avaliação da segurança rodoviária em África, no quadro da Década das Nações Unidas sobre a Segurança Rodoviária 2011-2020. 27. De uma maneira geral, a implementação dos diferentes Planos de Acção subsectoriais assim como de outras actividades é desenvolvida no relatório detalhado apresentado pela Comissão da União Africana. 5. Desenvolvimento de Infra-estruturas dos Transportes 28. Está em processo de elaboração um importante programa de desenvolvimento dos transportes através do PIDA. Para o efeito, o PDIA foi concebido numa dupla perspectiva de: (i) (ii) Fornecer uma base analítica sólida para as recomendações a serem submetidas aos órgãos deliberativos africanos; e Assegurar uma maior apropriação das diligências e dos resultados dos estudos pelos órgãos deliberativos africanos. 29. O estudo sectorial do PIDA sobre os transportes articula-se exclusivamente em torno da movimentação de pessoas e bens nos seguintes subsectores: aéreo, rodoviário, ferroviário, marítimo, fluvial e lacustre assim como os sistemas multimodalidade. O estudo abrange igualmente a dimensão regional e continental destes subsectores. As dimensões nacionais, independentemente da sua natureza (incluindo, de maneira não exclusiva, as infra-estruturas físicas, políticas nacionais, quadros institucionais e regulamentares, normas e padrões técnicos) serão examinados na medida em que têm um impacto sobre ou podem ser afectadas pelas dimensões regional e continental. O horizonte sobre o qual o estudo foi feito é de 2040. Este horizonte é repartido pelas fases que se seguem: 2012-2020 (a curto prazo e cobrindo os planos de acção prioritários), 2020-2030 (a médio prazo) e 2030-2040 (a longo prazo). 30. No quadro dos objectivos gerais do PIDA que a seguir são resumidos, o estudo proposto deverá permitir aos órgãos deliberativos africanos: a. Formular políticas regionais e continentais de desenvolvimento de infra-estruturas dos transportes e a melhoria da qualidade dos serviços associados a essas infra-estruturas. Os objectivos das referidas políticas a serem tomadas em consideração pelo estudo são os seguintes: Melhoria da eficácia das infra-estruturas físicas dos transportes regionais e continentais, incluindo os serviços associados; Reforço do desenvolvimento económico e social das regiões e do continente africano assim como a sua integração económica, graças ao comércio e à circulação de pessoas e bens no seio do continente africano;

Pág. 6 Aumento da competitividade de África ao nível mundial, principalmente enfrentar os desafios da globalização e fazer a melhor exploração das oportunidades oferecidas; Prosseguimento do desencravamento dos países sem litoral, tanto ao nível regional como ao nível continental, incluindo a implementação do Plano de Acção de Almaty; Protecção do ambiente; e Obtenção de uma maior segurança e protecção dos transportes. b. Elaborar um programa de desenvolvimento de infra-estrutura de âmbito regional e continental. Esse programa incluirá, entre outros, uma classificação de projectos de investimentos de acordo com o seu grau de prioridade em relação aos objectivos de política acima mencionados; e c. Preparar uma estratégia e um processo de implementação do referido programa que, por seu turno, incluirá um plano das acções prioritárias relativas aos projectos de investimentos bem como às medidas de acompanhamento e de facilitação, sem pôr de lado um mecanismo de monitorização e actualização das acções iniciadas e agendadas. 31. A Conferência dos Ministros Africanos dos Transportes continua a beneficiar de um ambiente favorável para o desenvolvimento de infra-estruturas no Continente, não obstante a existência de um contexto económico e financeiro mundial caracterizado, em grande medida, por uma crise relativamente agravada. A Mesa da Conferência dos Ministros Africanos dos Transportes realça também a importância de algumas iniciativas que, ao nível internacional, apoiam, de uma ou de outra forma, o processo de desenvolvimento de infra-estruturas, cujas duas principais iniciativas são: O Consórcio de Infra-estruturas para África, iniciado em 2005 pelo Primeiro-ministro Tony BLAIR, no quadro da Presidência do G8 pelo Reino Unido; e A Parceria União Europeia - África para Infra-estruturas, cujo lançamento oficial decorreu a 24 de Outubro de 2007, em Adis Abeba. III. CONCLUSÃO 32. A Mesa da Conferência dos Ministros Africanos dos Transportes, cujo mandato termina no decurso da presente Sessão, gostaria de apresentar, em primeiro lugar, os seus agradecimentos a todos os Estados-membros da União pelo apoio que lhe prestaram. Os seus agradecimentos se estendem igualmente ao Departamento de Infra-estruturas e Energia da Comissão da União Africana pela sua assistência permanente.

Pág. 7 33. A Mesa da Conferência dos Ministros Africanos dos Transportes agradece, a terminar, ao Governo da República de Angola pela hospitalidade oferecida, ao acolher este importante evento africano do sector dos transportes. 34. A Mesa da Conferência dos Ministros Africanos dos Transportes reafirma a justa decisão de Argel, de 2008, no sentido de dotar a CMAT com um Regulamento Interno que visa apoiar efectivamente a acção de coordenação e de desenvolvimento das infra-estruturas dos transportes em África.