Sociedade da informação e informática

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Transcrição:

Aula 2 - Internet

Sociedade da informação e informática Sociedade em que a criação, distribuição, difusão, uso, integração e manipulação da informação é uma significativa atividade política, econômica e cultural. Informática: organização e tratamento da informação através de computadores; criação de arquivos e bancos de dados que podem ser acessados de forma remota (mesmo antes da internet), não ocupam espaço físico relevante e permitem uma cópia fiel do original. Bancos de dados podem ser de pessoas, organizações, empresas, governos.

Internet - breve histórico Anos 1960, EUA: rede de informações militares flexível e independente. Se um centro militar fosse atacado as informações ali guardadas não seriam perdidas. Parceria entre militares e universidades. 1969: ARPANet uniu as universidades de Los Angeles, Utah e Stanford. Anos 1970: novas redes foram formadas, códigos e protocolos de transmissão de dados foram padronizados. Início de uma linguagem unificada para os computadores. Anos 1990: World Wide Web, blogs. 2005: YouTube.

Internet Canal, meio de conexão e comunicação. Via de mão dupla: usuários podem ser ao mesmo tempo produtores e consumidores de conteúdo. Tempo e distância irrelevantes: acesso quase instantâneo a informações em qualquer lugar, desde que digitalizadas e disponibilizadas. Novas formas e relações de trabalho: escritório em casa, produção independente de gravadoras, jornalismo independente de grande corporações da mídia, empresas sem estrutura física. Espaço para inovação e criatividade.

Internet Exclusão digital: em uma sociedade conectada, quem não tem acesso a computadores e conexão fica cada vez mais marginalizado, deixa de participar de uma parcela significativa da sociedade e fica em uma situação extremamente desvantajosa. Acesso é reflexo direto da situação econômica.

Internet Nova geografia: fronteiras políticas não fazem sentido no mundo digital. Processos de identidade ou identificação se dão também por critérios extranacionais ou extraculturais.

Internet Uso militar Uso político Fiscalização Espionagem Contra-informação e informação independente Dificuldade de rastreamento Ataque virtuais a sistemas e estruturas Rastreamento de inimigos Confronto assimétrico Organização Confronto assimétrico Ausência de legislação internacional Arquitetura de liberdade. Horizontalidade. Autonomia.

Redes sociais e mecanismos de buscas Google: gratuito. Usuário é o produto que a empresa vende aos anunciantes. Traça perfis dos usuários através de suas buscas e direciona anúncios. O mesmo ocorre em redes sociais. Facebook e outras redes sociais: "vendem" acesso de um usuário ao outro e dos anunciantes aos usuários; espaço de exposição da vida pessoal (real ou fictícia), selfies, ostentação, visões de mundo. Estudos recentes apontam a existência de pessoas adictas ou fortemente influenciadas pelo que veem na rede, a ponto de entrar em processos de estresse ou depressão

Redes sociais e mecanismos de buscas Ambiente deve ser agradável para maximizar o tempo do usuário conectado. Timelines tendem a suprimir temas que geram resistência. Criação de bolhas, bolsões, ambientes seguros que não refletem a pluralidade de ideias. Estímulo à intolerância já que o usuário é pouco confrontado por visões dissonantes da sua.

Casos recentes, novidades e destaques Wikileaks: organização fundada por Julian Assange e responsável por vazar (divulgar sem autorização) milhares de documentos comprometedores sobre empresas e governos. Defende o uso da internet como ferramenta de proteção da população contra abusos do Estado. Edward Snowden: ex-agente da CIA, responsável por reveler ao mundo a espionagem do governo dos EUA sobre cidadãos comuns, governos aliados e empresas. Primavera Árabe: internet foi essencial para organizar protestos, driblar a repressão dos governos e difundir a visão dos manifestantes.

Casos recentes, novidades e destaques Brasil: manifestações organizadas pela rede. Anonymous: grupo de hackers que surgiu com a proposta de defender radicalmente a liberdade online. Wikileaks e Snowden também podem ser enquadrados nessa visão: se a internet ficar sob controle dos governos ela pode se transformar na maior estrutura de controle e repressão já criada.

Intolerância no Brasil e nas redes sociais Os dados abaixo foram colhidos em um amplo estudo realizado por uma agência de comunicação digital em 2016. As fontes dos números usados estão nos créditos e apêndices do estudo, que pode ser acessado no seguinte link: http://www.comunicaquemuda.com.br/dossie/quando-as-redesincentivam-intolerancia/

Dados gerais sobre o Brasil Líder global em homicídio de transexuais. 44% dos homicídios de homossexuais no mundo (dados de 2014). Brancos: 45,5% da população, 15 mil homicídios Negros: 53% da população, 41 mil homicídios. 2016 (até junho): 50 linchamentos. 5 o lugar (em 83) no ranking de feminicídio no mundo.

Estudo sobre a intolerância na rede Anonimato e perfis falsos permitem uma agressividade que a pessoa não demonstraria pessoalmente em público. Distorção do conceito de liberdade de expressão. Menções negativas (que expressam opiniões intolerantes): em média 84%, picos de 97%. RJ: líder em números absolutos, 2 o lugar em proporção de comentários por população. SP: 2 o em números absolutos, 7 o em proporção. DF: líder em proporção.

Espaço de intolerância Fim do monopólio da informação Informática Organização e tratamento da informação através de computadores Internet Via de mão dupla Produzimos e consumimos Usuário é produtor e produto Tempo e distância: irrelevantes Veículo de organização Novas possibilidades de trabalho Acesso Bancos de dados Empresas Governos Pessoas Ferramenta de controle Mídias sociais Interação e negócios