Monitor: Fernando Pessuti Prof. Luiz Antonio Ranzeiro Bragança

Documentos relacionados
PROTOCOLO DE TRATAMENTO ANTIMICROBIANO EMPÍRICO PARA INFECÇÕES COMUNITÁRIAS, HOSPITALARES E SEPSE

Quimioterápicos Arsenobenzóis Sulfas

Antibióticos. Disciplina Farmacologia Profª Janaína Santos Valente

Projeto Recém-Ingresso

Antimicrobianos. Prof. Leonardo Sokolnik de Oliveira

Elevado custo financeiro: R$ 10 bilhões/ano Elevado custo humano: 45 mil óbitos/ano 12 milhões de internações hospitalares Dados aproximados,

Antibióticos beta-lactâmicos

GUIA DE ANTIBIOTICOTERAPIA EMPÍRICA PARA O ANO DE 2010

Biossegurança Resistência Bacteriana. Professor: Dr. Eduardo Arruda

AVALIAÇÃO DO ESPRETRO DE RESISTÊNCIA DA Escherichia coli EM CIDADE DO INTERIOR DA BAHIA

Glicopeptídeos Cinara Silva Feliciano Introdução Mecanismo de ação

Nitrofurantoína Prof. Luiz Antônio Ranzeiro Bragança Denis Rangel Monitor de Farmacologia Niterói, RJ 2º semestre de 2016

Infecções por Gram Positivos multirresistentes em Pediatria

Antibióticos. O impacto causado pelo mau uso no desenvolvimento de resistência bacteriana. Caio Roberto Salvino

USO RACIONAL DE ANTIBIÓTICOS EM GERMES MULTIRRESISTENTES

Cefalosporinas Introdução

Características farmacocinéticas dos aminoglicosídeos

15/10/2009 ANTIMICROBIANOS E RESISTÊNCIA. Disciplina: Microbiologia Geral Curso: Nutrição Prof. Renata Fernandes Rabello HISTÓRICO

Antimicrobianos III. Prof. Dra. Jaqueline Dario Capobiango. Universidade Estadual de Londrina


Tratamento da ITU na Infância

Vancomicina Teicoplanina. Clindamicina. Quinupristina Dalfopristina. Metronidazole. Linezolido. Tigeciclina. Daptomicina

Cefalexina 1000 mg. Uso Veterinário

Terapia Antimicrobiana para Infecções por K. pneumoniae produtora de carbapenemase Proposta da Disciplina de Infectologia UNIFESP

Antibioticoterapia na Cirurgia Abdominal

As opções para tratar Grampositivos:

Princípios de Antibioticoterapia. Valdes R Bollela

Questionário - Proficiência Clínica

Estudo de Antibióticos com base em casos clínicos EXERCÍCIO INTERESSANTE (prova)

Universidade Federal Fluminense Farmacologia dos Antibióticos Prof. Luiz Antonio Ranzeiro de Bragança. Cloranfenicol

APROVADO EM INFARMED

AVALIAÇÃO DO USO DE CEFALOSPORINAS EM UM HOSPITAL DA CIDADE DE PONTA GROSSA, PARANÁ

COMO TRATAR ESBL E Amp-C. Jamile Sardi Perozin

BACTÉRIAS MULTI-RESISTENTES E O USO RACIONAL DE ANTIMICROBIANOS COMO OFERECER SEGURANÇA AO PACIENTE

Infecções por Bacterias Multiresistentes a Antimicrobianos: Medidas de Controle

PERFIL DE SENSIBILIDADE E RESISTÊNCIA ANTIMICROBIANA DE Pseudomonas aeruginosa E Escherichia coli ISOLADAS DE PACIENTES EM UTI PEDIÁTRICA

ALVOS DE ACÇÃO MECANISMOS BACTERIANOS DE RESISTÊNCIA. Célia Nogueira Coimbra, 18 de Fevereiro 2016

CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS DE INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS:

Cefalosporinas. Cláudia Albuquerque Médica Infectologista

I Data: 23/12/2004. II Grupo de Estudo: Dra. Lélia Maria de Almeida Carvalho Dr. Adolfo Orsi Parenzi Dra. Silvana Márcia Bruschi Kelles

Como Tratar Enterobactérias Resistentes a Carbapenêmicos. Luís Gustavo O. Cardoso CCIH - Hospital de Clínicas - UNICAMP

Terapêutica antimicrobiana. Antibióticos e antifúngicos

Antimicrobianos: Resistência Bacteriana. Prof. Marcio Dias

Princípios de Farmacocinética/Farmacodinâmica para otimizar a terapia antimicrobiana na era da resistência bacteriana

Doripenem, o novo agente na pneumonia nosocomial PERFIL DE SUSCEPTIBILIDADE AOS BACILOS GRAM NEGATIVO MAIS PREVALENTES

Histórias de Sucesso no Controle da Infecção Hospitalar. Utilização da informática no controle da pneumonia hospitalar

Enterobactérias: Mecanismos de Resistência e Aspectos para a Terapia

Versão válida a partir de Comitê Brasileiro de Testes de Sensibilidade aos Antimicrobianos -

Antimicrobianos: Resistência Bacteriana. Prof. Marcio Dias

23/04/2013. Infecções Respiratórias agudas: Antibioticoterapia combinada é necessária? Mara Figueiredo Comissão de Infecção Respiratória e Micose-SBPT

2º Curso de Antimicrobianos da AECIHERJ INTRODUÇÃO A ANTIBIÓTICOS DRA. DEBORA OTERO

Caso 15: infecção por multir

Inscrição Total ,00 0,55 0,00 0,00 0,10 0,40 0,19 1,00 0,40 0,30 3,94 Recurso 0,60 0,00 3,99

ALVOS DE ACÇÃO MECANISMOS BACTERIANOS DE RESISTÊNCIA. Célia Nogueira Coimbra, 27 de Outubro 2016

Antimicrobianos. Divisão de Moléstias Infecciosas e Tropicais Departamento de Clínica Médica do Hospital das Clínicas FMRP/USP

SEPSE. Tem 2 desse 3 critérios? Taquipnéia (FR 22) Pressão Sistólica 100 mmhg. Confusão Mental SIM. Coleta do pacote de SEPSIS

Pneumonia Comunitária no Adulto Atualização Terapêutica

1. Sobre os fármacos antimicrobianos, marque a alternativa INCORRETA.

Devem ser tomadas em consideração as orientações oficiais sobre o uso apropriado de agentes antibacterianos.

Afinal, quem tem medo da KPC?

I Data:28/11/06. III Tema: Meropenem. IV Especialidade: Medicina Interna - Infectologia

Cefalosporinas. Professor: Luiz Antônio Ranzeiro Bragança Monitor: Fernando Pessuti

Resistência bacteriana as drogas antimicrobianas

NEUTROPENIA FEBRIL. Rafael Henrique dos Santos. Fortaleza, 27 de Março de 2017

Faculdade de Imperatriz FACIMP

rof. Livre-Docente Disciplina de Infectologia residente da CCIH do Hospital São

FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR

Ceftriaxona Generis 250 mg Pó e Solvente para Solução Injectável I.M. 250 mg/2 ml pó e solvente para solução injectável Ceftriaxona

Princípios do uso de antimicrobianos: perguntas e respostas. Using antimicrobial drugs: questions and answers

Frademicina cloridrato de lincomicina

USO RACIONAL DOS ANTIBIÓTICOS. Prof. Dra. Susana Moreno

SÃO MEDICAMENTOS QUE ATUAM SOBRE INFECÇÕES BACTERIANAS, NÃO ATUANDO SOBRE VÍRUS, NEM FUNGOS. ESTÁ ENTRE OS AGENTES MAIS INDISCRIMINADAMENTE

European Committee on Antimicrobial Susceptibility Testing - EUCAST Tabelas de pontos de corte para interpretação de CIMs e diâmetro de halos

15/10/2009 ANTIMICROBIANOS E RESISTÊNCIA HISTÓRICO UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE BACTERIOLOGIA FARMÁCIA, ODONTOLOGIA E VETERINÁRIA

APROVADO EM INFARMED

UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA DEPARTAMENTO DE PARASITOLOGIA, MICROBIOLOGIA E IMUNOLOGIA. Antibioticos e resistência bacteriana a drogas

CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: BIOMEDICINA INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VÁRZEA GRANDE

Bastonetes Gram Negativos Multi-Resistentes. SCIH Hospital Pró-Cardíaco Marisa Santos, Kátia Marie Senna, Giovanna Ferraiuoli.

A Microbiologia no controlo das IACS. Valquíria Alves Coimbra 2014

European Committee on Antimicrobial Susceptibility Testing

Hiperlink p/ Documento de Orientação sobre como testar e interpretar resultados quando não há pontos de corte

ZINFORO ceftarolina fosamila

Checklist Validação Antibióticos Caso Clínico

MAXCEF promove a melhora do paciente com o alívio dos sinais e sintomas da infecção.

Antibióticos. Prof. Dr. Ricardo M. Oliveira-Filho Dept. Farmacologia ICB/USP

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO

Infecção do Trato Urinário

ANTIBIOGRAMA. Profa Alessandra Barone Prof. Archangelo Fernandes

CASO 7 PNEUMONIA COMUNITÁRIA

ZINFORO ceftarolina fosamila

INFARMED. Circular Informativa. N.º 011/CA Data: Assunto: Ceftriaxona - Informação de segurança

Os Antibióticos - Profilaxia e Terapêutica das IACS

Curso de Antibióticos

FRADEMICINA cloridrato de lincomicina

ANTIMICROBIANOS. Universidade Anhembi Morumbi ESCOLA DE MEDICINA Aluno: Nilton Assis Agressão e Defesa Módulo Antibióticos

Etiologia de infecções hospitalares e perfil de sensibilidade aos antimicrobianos em um hospital do sudoeste do Paraná, Brasil

USO RACIONAL DE ANTIBIÓTICOS

Anexo II. Conclusões científicas e fundamentos para a alteração dos termos das Autorizações de Introdução no Mercado

1. O QUE É PIPERACILINA + TAZOBACTAM Teva E PARA QUE É UTILIZADO

Transcrição:

Monitor: Fernando Pessuti Prof. Luiz Antonio Ranzeiro Bragança

Carbapenêmicos Nova classe de betalactâmicos Tienamicina: 1976. Instável quimicamente Imipenem: 1979 Meropenem: 1987 Ertapenem

Carbapenêmicos Anel carbapenêmico: Ação potente sobre Gram positivas e negativas. Resistentes à maioria das betalactamases.

Carbapenêmicos Farmacocinética Via parenteral: IM ou IV. Não são absorvidos por VO - Instabilidade em meio gástrico. Boa difusão por tecidos e líquidos orgânicos, com concentrações adequadas em todos os orgãos, inclusive no LCE (meninges inflamadas). Meia vida: Imipenem e Meropenem: 1h Ertapenem: 4h Excreção Renal Ajuste de doses na Insuficiência Renal

Carbapenêmicos Farmacocinética Imipenem: Hidrolisado por desidropeptidase presente na borda em escova dos túbulos proximais Atividade prolongada pela associação com a Cilastatina Meropenem e Ertapenem: Não sofrem degradação significativa pela desidropeptidase renal, portanto não precisam da associação com Cilastatina.

Carbapenêmicos Espectro de ação Betalactâmicos com o maior espectro de ação. Obs: Ertepenem não é ativo o suficiente contra P. aeruginosa e Acinetobacter. Não devem ser utilizados em monoterapia para as infecções por P.aeruginosa por conta do risco de indução de resistência durante o tratamento.

Carbapenêmicos Mecanismo de ação Bactericida. Melhor estabilidade diante das Beta-lactamases. Ligam-se às PBP, sobretudo PBP1 e PBP2: Lise osmótica. Penetram facilmente pelos canais de porina nas Gram negativas

Carbapenêmicos Mecanismo de resistência 1) Alteração do alvo: PBP alterada 2) Fármaco não atinge alvo: 2-1) Bomba de efluxo 2-2) Ausência de porinas (P. aeruginosa) 3) Produção de beta-lactamases de origem cromossômica (carbapenemases), que hidrolizam a droga.

Carbapenêmicos Indicações Infecções pós-operatórias Infecções intra-abdominais Infecções de pele e anexos (incluindo pé diabético) Sepse Meningites Pneumonias ITU (incluindo pielonefrite) Monoterapia na neutropenia febril ** Antibióticos de escolha nas infecções por gram-negativos produtores de beta lactamase de espectro ampliado (ESBL)

(CTI Adulto-HCPM/2015) Foi isolada uma Klebsiella pneumoniae produtora de beta-lactamase de espectro estendido (ESBL). Dos antibióticos abaixo, assinale o mais adequado nessa situação: A) Amicacina B) Polimixina B C) Meropenem D) Tigeciclina E) Piperacilina/tazobactam (UFMS/2011) Um paciente, com leucemia em tratamento quimioterápico apresenta leucopenia intensa, plaquetopenia e desenvolve sepse por P. aeruginosa. O medicamento mais adequado, nesse caso, é: A)Cefoxitina. B) Ceftriaxona. C) Ciprofloxacino. D) Norfloxacino. E) Meropenem.

(CTI Adulto-HCPM/2015) Foi isolada uma Klebsiella pneumoniae produtora de beta-lactamase de espectro estendido (ESBL). Dos antibióticos abaixo, assinale o mais adequado nessa situação: A) Amicacina B) Polimixina B C) Meropenem D) Tigeciclina E) Piperacilina/tazobactam (UFMS/2011) Um paciente, com leucemia em tratamento quimioterápico apresenta leucopenia intensa, plaquetopenia e desenvolve sepse por P. aeruginosa. O medicamento mais adequado, nesse caso, é: A)Cefoxitina. B) Ceftriaxona. C) Ciprofloxacino. D) Norfloxacino. E) Meropenem.

Carbapenêmicos Efeitos colaterais Náuseas, vômitos e diarréia: Infusões rápidas da droga. Rash cutâneo Febre Anafilaxia Imipenem: Leucopenia e plaquetopenia. maior neurotoxicidade e redução do limiar de convulsão. Meropenem: Eosinofilia e trombocitose

Carbapenêmicos Posologia Imipenem+ Cilastatina: Adultos:250 a 500 mg de cada IV a cada 6 a 8h Crianças > 3 meses: 60-100 mg/kg/dia, IV, 6/6h Meropenem: Adultos: 1 g IVa cada 8h Crianças > 3 anos: 60 mg/kg/dia, IV,8/8h Meningite: dose dobrada. Ertapenem: 1g IV ou IM 1 vez/dia (Comodidade posológica) Usar a partir de 3 meses de idade Contra-indicações: Hipersensibilidade conhecida ao cloridrato de lidocaína (diluente) e/ou pacientes com choque ou bloqueio cardíaco grave.

Por quê associar Cilastatina ao Imipenem? Imipenem sofre ação da enzima renal desidropeptidase!, que hidrolisa e inativada droga. Cilastatina: Inibidor específico da desidropeptidase na borda em escova das células do TCP, impedindo o metabolismo renal do ATB, gerando alta concentração na urina. Por quê não associar Cilastatina ao Meropenem ou Ertapenem? Maior estabilidade à ação da enzima desidropeptidase renal

(UFRN/2007) Em todos os casos de pancreatite aguda necrotizante (necrose acima de 30%), deve-se prescrever o(s) seguinte(s) antibiótico(s): A) Cefalotina + Aminoglicosídeo. B) Cefalotina. C) Imipenem. D) Ampicilina + Sulbactam. (UFRN/2007) Em todos os casos de pancreatite aguda necrotizante (necrose acima de 30%), deve-se prescrever o(s) seguinte(s) antibiótico(s): A) Cefalotina + Aminoglicosídeo. B) Cefalotina. C) Imipenem. D) Ampicilina + Sulbactam.

(UFF/2008) - O antibiótico de escolha na pancreatite aguda severa é: (A) lincomicina (B) ciprofloxacina (C) imipenem (D) ceftriaxona (E) clindamicina (UFF/2008) - O antibiótico de escolha na pancreatite aguda severa é: (A) lincomicina (B) ciprofloxacina (C) imipenem (D) ceftriaxona (E) clindamicina

Monobactâmicos Monobactâmico: MONO (monocíclico) BAC (bactéria) TÂMICOS (lactâmico). 1º Betalactâmico monocíclico, 1975. Exemplos: Sulfazecina, Isosulfazecina, Carumonam, Aztreonam (único disponível no Brasil).

Monobactâmicos Farmacocinética Exclusivamente parenteral IM ou IV (preferencial pico em 5min) t1/2 de 2h Intervalo de 8/8 a 12/12h Via de excreção renal (ajuste na insuficiência renal) e 5% via biliar

Monobactâmicos Espectro de ação Maioria das enterobactérias como E. coli, Klebsiella, Proteus, Morganella, Salmonella e Providencia. Atividade contra P. aeruginosa inferior à de cefalosporinas de 3ª geração e carbapenêmicos, exigindo maiores concentrações. H. influenzae, N. meningitidis, N. gonorrhoeae são sensíveis.

Monobactâmicos - Uso clínico Limitado uso clínico. Principal uso em falha terapêutica com cefalosporinas de 3ª geração Gram negativos, especialmente para MR e indutores de betalactamase.

Monobactâmicos - Uso clínico Não é a 1ª escolha. Só em falhas terapêuticas. Sepse, PNM, ITU, infecções intra abdominais cirúrgica e meningoencefalites Infecções graves de etiologia desconhecida, associar com ATB que cubra Gram positivos e/ou anaeróbios. Excelente ação contra Enterobacteriaceae e P.aeruginosa

(FADESP/2013) Em 1992, o Centers for Disease Control (CDC) redefiniu diversos aspectos em relação às infecções cirúrgicas. É importante que se destaque que nestas circunstâncias, o papel dos antibióticos é coadjuvante, sendo o tratamento cirúrgico, com suas variações, a base da terapêutica. Nos pacientes com infecção ou fonte de contaminação não-controladas, para o tratamento ou redução da disfunção de múltiplos órgãos recomenda-se atualmente a associação do: A) cefepime B) fluconazol C) aztreonam D) metronidazol

(FADESP/2013) Em 1992, o Centers for Disease Control (CDC) redefiniu diversos aspectos em relação às infecções cirúrgicas. É importante que se destaque que nestas circunstâncias, o papel dos antibióticos é coadjuvante, sendo o tratamento cirúrgico, com suas variações, a base da terapêutica. Nos pacientes com infecção ou fonte de contaminação não-controladas, para o tratamento ou redução da disfunção de múltiplos órgãos recomenda-se atualmente a associação do: A) cefepime B) fluconazol C) aztreonam D) metronidazol

Monobactâmicos Mecanismo de ação Liga-se a PBP3 das bactérias Gram negativas. Essa transpeptidase forma o septo que divide a bactéria durante a multiplicação. Sem essa divisão, a bactéria continua seu crescimento, formando longos filamentos, até a lise da parede. Esse mecanismo não ocorre em Gram positivas e anaeróbias pela baixa afinidade da droga pelas PBP3 desses germes. Sendo naturalmente resistentes ao aztreonam.

Monobactâmicos Mecanismo de resistência Alteração da permeabilidade a droga através de modificações na membrana externa das bactérias, impedindo a penetração do ATB e sai ligação aos Rs de ação (PBP3). Não induz resistência cruzada com outros betalactâmicos.

Monobactâmicos Efeitos Colaterais Flebite (IV) Dor e edema (IM) Hipersensibilidade: Rash cutâneo, febre, prurido, eosinofilia. TGI: Diarréia, náuseas, vômitos, alterações do paladar, icterícia. Alterações metabólicas: Elevações das transaminases séricas e fosfatase alacalina. Alterações hematológicas: Plaquetopenia, leucopenia, menor atividade de protrombina. OBS.: Aztreonam é isento de nefrotoxicidade e ototoxicidade, podendo substituir em alguns casos os aminiglicosídeos.

Referência bibliográfica 1 As Bases Farmacológicas da Terapêutica -Goodman & Gilman, 10ª edição. 2 Manual de Farmacologia e Terapêutica Goodman & Gilman, 1ª edição 3 Farmacologia Básica e Clínica -Bertram G. Katzung, 10ª edição. 4 O tratamento das infecções graves por Pseudomonas aeruginosa. Lopes, HV. Rev Panam Infectol 2009;11(3):74-76 5 Uso Racional de Medicamentos Ministério da Saúde, 2012.