RELATÓRIO & CONTAS CONSOLIDADO



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Transcrição:

RELATÓRIO & CONTAS CONSOLIDADO 2012/2013

RELATÓRIO DO CONSELHO DIRETIVO As demonstrações financeiras consolidadas anexas relativas ao exercício findo em 30 de junho de 2013 foram preparadas, em todos os seus aspetos materiais, em conformidade com as disposições do Sistema de Normalização Contabilística para as entidades do setor não lucrativo (SNC-ESNL), conforme disposto no Decreto-Lei nº 36-A/2011, de 9 de março, o qual faz parte integrante do Sistema de Normalização Contabilística (SNC), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 158/2009 de 13 de julho. As contas individuais do Sporting Clube de Portugal relativas ao exercício de 2012/2013 foram aprovadas na Assembleia-Geral de dia 4 de outubro de 2013. O presente relatório é elaborado para apresentação da realidade consolidada do Clube em conformidade com a legislação aplicável e com o definido no programa eleitoral sufragado nas eleições de março de 2013. O presente relatório deverá ser lido em conjunto com o Relatório do Conselho Diretivo apresentado e aprovado na Assembleia-Geral acima referida. ATIVIDADE ECONÓMICA: Vendas e serviços prestados Da análise destes proveitos, destacamos o seguinte: Quotizações Na comparação destes proveitos com o exercício anterior observa-se uma redução em cerca de 1.121 milhares de euros, fruto da fraca performance desportiva que conduziu a uma redução do número de sócios e a atrasos significativos no pagamento de quotas; Direitos televisivos Esta rubrica apresenta uma redução dos valores em cerca de 964 milhares de euros, também relacionada com a pior época desportiva, que conduziu a um menor número de transmissões televisivas da equipa de futebol profissional, fora do contrato base com a PPTV; Bilheteira e Bilhetes de Época Esta rubrica foi a que apresentou a maior redução (menos 4.306 milhares de euros) relacionado com a já referida pior época desportiva da equipa de futebol. Apesar de o número de assistentes não ter caído significativamente a realidade é que esta situação se deveu à significativa oferta de bilhetes e convites. 2

Outros rendimentos e ganhos A variação negativa de cerca de 4.337 milhares de euros deveu-se principalmente à diminuição de receitas associadas à participação em competições europeias e jogos particulares. Custos operacionais Na comparação com o exercício anterior verifica-se uma manutenção de um nível muito elevado da estrutura de custos, apesar de os mesmos terem reduzido face ao exercício anterior. Em termos de fornecimentos e serviços externos verifica-se uma redução em cerca de 1.589 milhares de euros, em grande parte devido aos menores gastos com organização e deslocações e estadias de jogos; Em termos dos gastos com o pessoal, verifica-se uma redução de cerca de 706 milhares de euros, relacionada com uma redução das remunerações e respetivos encargos sociais de trabalhadores e órgãos sociais, associado à demissão de Administradores e Diretores de topo. De sinal contrário observa-se um aumento do valor das indemnizações respeitantes a 2012/2013 em cerca de 281 milhares de euros, face ao despedimento coletivo que se efetivou já no primeiro trimestre de 2013/14. Observa-se também um aumento dos custos com seguros de acidentes de trabalho, principalmente devido a uma correção dos mapas de salários de jogadores de futebol sénior, que fizeram refletir em 2012/2013 custos relativos ao exercício anterior; Em termos das provisões para riscos e encargos, o aumento de 4.307 milhares de euros justifica-se pela análise de processos identificados durante o corrente exercício. As imparidades de dívidas a receber apresentam uma variação negativa face à avaliação de algumas contas a receber consideradas de caracter incobrável, designadamente relacionadas com entidades residentes no estrangeiro. Resultados O resultado antes de depreciação, gastos de financiamento e impostos (Cash-flow operacional) é negativo em 41.808 milhares de euros face à manutenção de uma estrutura de gastos muito acima das receitas; O resultado financeiro, negativo em 13.924 milhares de euros, é superior ao do exercício anterior, associado ao agravamento das taxas de juro e ao aumento do financiamento; O resultado líquido do exercício foi negativo em 56.004 milhares de euros, sofrendo um agravamento de 985 milhares de euros, não tendo sido pior face ao valor de transações de passes de jogadores de futebol sénior, justificado essencialmente pelas mais-valias registadas com a venda dos passes do Ricky van Wolfswinkel e Matias Fernandez, assim como por rendimentos relativos à compensação por formação que decorrem do mecanismo de solidariedade dos jogadores formados internamente, nomeadamente do João Moutinho. 3

Análise e evolução da situação patrimonial: Ativo A variação negativa ocorrida no Ativo de 16.839 milhares de euros resulta essencialmente da alienação de jogadores do plantel da equipa de futebol profissional, das depreciações do Estádio e Academia de Alcochete. Neste ponto gostaríamos de salientar que o valor do ativo intangível plantel reflete a forma como são contabilizados os investimentos no mesmo. Ou seja, os jogadores formados no Clube não têm praticamente quaisquer valores associados de investimento e para os jogadores cujos direitos desportivos e económicos foram adquiridos, a depreciação linear do investimento feito até final do seu contrato de trabalho não considera eventuais flutuações positivas de valor. É convicção da Direção que o valor do plantel de futebol profissional é bastante superior ao valor registado contabilisticamente nos termos no normativo aplicável. Capitais Próprios A variação ocorrida em Capitais Próprios resulta essencialmente do resultado líquido ocorrido no exercício. Passivo A variação ocorrida no Passivo resulta essencialmente do aumento dos financiamentos obtidos. 4

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 5

BALANÇO CONSOLIDADO PARA O PERÍODO FINDO EM 30 DE JUNHO DE 2013 RUBRICAS Notas 30.Jun.2013 Eur'000 30.Jun.2012 Eur'000 ATIVO Ativo não corrente Ativos fixos tangíveis 6 110.342 114.919 Propriedades de Investimento 7 2.742 2.742 Ativos intangíveis - plantel 6 28.242 40.219 Ativos intangíveis 6 168 245 Outros ativos não correntes - Clientes 8 4.513 1.663 Outros ativos financeiros 8 8 Ativos por impostos diferidos 9 3.492 3.492 149.507 163.288 Ativo corrente Inventários 10 486 311 Clientes 11 17.329 22.305 Estado e outros entes públicos 12 1.717 1.605 Outras contas a receber 13 5.827 4.717 Diferimentos 14 1.498 2.475 Caixa e depósitos bancários 5 1.816 318 28.673 31.730 Total do ativo 178.180 195.019 FUNDOS PATRIMONIAIS E PASSIVO Fundos Patrimoniais Fundos 15 8.480 8.480 Reservas 15 4.770 4.770 Resultados transitados 15 (266.069) (214.697) Outras variações nos fundos patrimoniais 10.297 9.406 Resultado líquido do período atribuível aos associados do Clube (51.342) (50.122) Total do fundo de capital atribuível à empresa-mãe (293.864) (242.163) Interesses minoritários 4 29.330 33.992 Total do fundo de capital (264.534) (208.171) PASSIVO Passivo não corrente Provisões 16 11.814 7.507 Provisões específicas 17 6.049 5.153 Financiamentos obtidos 18 178.685 204.366 Passivos por impostos diferidos 9 3.492 3.492 Diferimentos 22 21.230 20.823 Outras contas a pagar - não corrente 21 54.899 41.279 276.169 282.621 Passivo corrente Fornecedores 19 31.947 35.338 Adiantamentos a clientes - 3.598 Estado e outros entes públicos 12 2.623 4.523 Fundadores, beneméritos, patrocinadores, doadores, associados e membros 20 924 906 Financiamentos obtidos 18 104.353 36.420 Diferimentos 22 8.869 17.996 Outras contas a pagar 21 17.828 21.788 166.544 120.569 Total do passivo 442.714 403.190 Total do fundo de capital e do passivo 178.180 195.019 6

DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS RESULTADOS PARA O PERÍODO FINDO EM 30 DE JUNHO DE 2013 RENDIMENTOS E GASTOS Notas 30.Jun.2013 Eur'000 30.Jun.2012 Eur'000 Vendas e serviços prestados 23 42.632 48.305 Custo das mercadorias vendidas 24 (791) (1.240) Subsídios, doações e legados à exploração 25 102 260 Fornecimentos e serviços externos 26 (22.558) (24.148) Gastos com o pessoal 27 (48.228) (48.934) Imparidade de inventários (perdas/reversões) 10 14 (4) Imparidade de dívidas a receber (perdas/reversões) 11,13 (1.116) (317) Provisões (aumentos/reduções) 16 (5.248) (1.476) Outros rendimentos e ganhos 28 5.950 10.287 Outros gastos e perdas 29 (4.446) (5.006) Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos (33.689) (22.273) Gastos/reversões de depreciação e de amortização 6 (5.652) (5.542) Amortizações e perdas de imparidade com passes de jogadores 30,6 (19.363) (21.195) Rendimentos/(Gastos) com transacções de passes de jogadores 31 16.896 5.617 Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) (41.808) (43.393) Juros e rendimentos similares obtidos 32 138 1.225 Juros e gastos similares suportados 32 (14.062) (12.704) Resultado antes de impostos (55.732) (54.872) Imposto sobre o rendimento do período 33 (272) (147) Resultado consolidado líquido do período (56.004) (55.019) Resultado atribuivel aos associados do Clube (51.342) (50.122) Resultado atribuivel a interesses minoritários 4 (4.662) (4.897) 7

DEMONSTRAÇÃO DAS ALTERAÇõES NOS FUNDOS PATRIMONIAIS CONSOLIDADOS PARA O PERÍODO FINDO EM 30 DE JUNHO DE 2013 DESCRIÇÃO Fundos Fundos Patrimoniais atribuídos aos associados do Clube Reservas Resultados transitados Outras variações nos fundos patrimoniais Resultado liquído do período Interesses minoritários Total dos fundos patrimoniais Posição em 1 de julho de 2011 1 8.480 4.770 (181.704) 12.297 (32.993) 38.889 (150.261) Alterações no período Aplicação do resultado líquido do período findo em 30.Jun.11 - - (32.993) - 32.993 - - Variação do justo valor dos instrumentos financeiros de cobertura - - - (2.526) - - (2.526) Outras variações em fundos patrimoniais - - - (365) - - (365) 2 - - (32.993) (2.891) 32.993 - (2.891) Resultado líquido do período 3 (50.122) (4.897) (55.019) Posição em 30 de Junho de 2012 4 = 1 + 2 + 3 8.480 4.770 (214.697) 9.406 (50.122) 33.992 (208.171) DESCRIÇÃO Fundos Fundos Patrimoniais atribuídos aos associados do Clube Reservas Resultados transitados Outras variações nos fundos patrimoniais Resultado liquído do período Interesses minoritários Total dos fundos patrimoniais Posição em 30 de Junho de 2012 5 8.480 4.770 (214.697) 9.406 (50.122) 33.992 (208.171) Alterações no período Aplicação do resultado líquido do período findo em - - (50.122) - 50.122 - - Variação do justo valor dos instrumentos financeiros de cobertura - - - 1.249 - - 1.249 Outras variações em fundos patrimoniais - - (1.250) (358) - - (1.608) 6 - - (51.372) 891 50.122 - (359) Resultado líquido do período 7 (51.342) (4.662) (56.004) Posição em 30 de Junho de 2013 8 = 5 + 6 + 7 8.480 4.770 (266.069) 10.297 (51.342) 29.330 (264.534) Para ser lido com as notas anexas integrantes das demonstrações financeiras 8

DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS FLUXOS DE CAIXA PARA O PERÍODO FINDO EM 30 DE JUNHO DE 2013 EUR'000 EUR'000 Atividades operacionais: Recebimentos de clientes e UEFA 40.348 56.774 Pagamentos a fornecedores (28.404) (35.064) Pagamentos ao Estado (22.826) (18.615) Pagamentos ao pessoal (31.230) (30.788) Fluxo gerado pelas operações (42.112) (27.693) Pagamento/Recebimento do Imposto s/rendimento (288) (4) Outros recebimentos /(pagamentos) relativos à atividade operacional (2.639) (2.823) Fluxos de caixa de atividades operacionais (1) (45.039) (30.520) Atividades de investimento: Recebimentos: Activos tangíveis - (46) Ativos intangíveis 14.303 7.901 14.303 7.855 Pagamentos: Ativos tangíveis - (432) Ativos intangíveis (19.116) (19.883) (19.116) (20.315) Fluxos de caixa das atividades de investimento (2) (4.813) (12.460) Atividades de financiamento: Recebimentos: Fundos de Investimento/Parcerias 12.155 31.989 Empréstimos obtidos 51.501 65.769 63.656 97.758 Pagamentos respeitantes a: Fundos de Investimento/Parcerias (2.030) - Empréstimos obtidos (1.508) (39.120) Amortizações de contratos de locação financeira - (624) Juros e custos similares (8.768) (15.058) (12.306) (54.802) Fluxos de caixa das atividades de financiamento (3) 51.350 42.956 Variação de caixa e seus equivalentes (4)=(1)+(2)+(3) 1.498 (24) Caixa e seus equivalentes no início do exercício 318 342 Caixa e seus equivalentes no fim do exercício 1.816 318 Para ser lido com as notas anexas integrantes das demonstrações financeiras 9

NOTAS ANEXAS INTEGRANTES DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS DO EXERCÍCIO FINDO EM 30 DE JUNHO DE 2013 1. Nota introdutória O SPORTING CLUBE DE PORTUGAL (adiante designado apenas por SCP" ou "Clube"), fundado em 1 de julho de 1906, rege-se pelos estatutos, respetivos regulamentos e legislação aplicável a organizações desportivas. O SCP é um Clube desportivo, constituído como pessoa coletiva de direito privado e declarado de utilidade pública, através do Decreto n.º 43153, de 6 de setembro de 1960, pelo seu contributo em prol do desporto, sendo vedadas, na sua atividade e nas suas instalações, manifestações de natureza político-partidária e de proselitismo político. O Clube tem a sua sede em Lisboa no Estádio José de Alvalade, mas as instalações desportivas poderão situar-se noutros locais. O SCP tem como fins a educação física, o fomento e a prática do desporto, tanto na vertente de recreação como na de rendimento, as atividades culturais e quanto, nesse âmbito, possa concorrer para o engrandecimento do desporto e do País. O Clube controla um grupo de Empresas Grupo Sporting ( Grupo ) conforme indicado na Nota 5. As demonstrações financeiras consolidadas que incluem o balanço consolidado, a demonstração dos resultados consolidados por naturezas, a demonstração das alterações nos fundos patrimoniais consolidados, a demonstração dos fluxos de caixa consolidados e o anexo, foram aprovadas pelo Conselho Diretivo do Clube no dia 5 de maio de 2014. Os membros da Direção que assinam as presentes demonstrações financeiras consolidadas declaram que, tanto quanto é do seu conhecimento, a informação nele constante foi elaborada em conformidade com as Normas Contabilísticas aplicáveis, dando uma imagem verdadeira e apropriada do ativo e do passivo, da situação financeira, dos resultados e dos fluxos de caixa do Grupo Sporting. 2. Referencial contabilístico de preparação das demonstrações financeiras consolidadas As demonstrações financeiras consolidadas anexas relativas ao exercício findo em 30 de junho de 2013 foram preparadas, em todos os seus aspetos materiais, em conformidade com as disposições do Sistema de Normalização Contabilística para as entidades do setor não lucrativo (SNC-ESNL), conforme disposto no Decreto-Lei nº 36-A/2011, de 9 de março, o qual faz parte integrante do Sistema de Normalização Contabilística (SNC), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 158/2009 de 13 de julho. O SNC-ESNL é regulado pelos seguintes diplomas: Decreto-lei n.º 36-A/2011 (Regime da normalização contabilística para as entidades do sector não lucrativo); 10

Aviso n.º 6726-B/2011, de 14 de março (Norma Contabilística e de Relato Financeiro para as Entidades do Sector Não Lucrativo: NCRF-ESNL); Portaria n.º 106/2011, de 14 março (Código de Contas específico para as Entidades do Sector Não Lucrativo: CC-ESNL); Portaria n.º 105/2011, de 14 março (Modelos de demonstrações financeiras consolidadas aplicáveis às Entidades do Sector Não Lucrativo). Sem prejuízo da aplicação da NCRF-ESNL em todos os aspetos relativos ao reconhecimento, mensuração e divulgação, sempre que esta norma não responda a aspetos particulares que se coloquem em matéria de contabilização ou relato financeiro de transações ou situações ou lacunas que sejam relevantes para a prestação de informação verdadeira e apropriada, o Grupo recorre, tendo em vista a superação dessa lacuna, supletivamente e pela ordem indicada: (i) às Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro (NCRF), Normas Interpretativas (NI) e Estrutura Conceptual do Sistema de Normalização Contabilística (SNC), (ii) às Normas Internacionais de Contabilidade (NIC) adotadas ao abrigo do Regulamento n.º 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de julho e (iii) às Normas Internacionais de Contabilidade (IAS) e Normas Internacionais de relato Financeiro (IFRS) emitidas pelo IASB, e respetivas interpretações SIC-IFRIC. As demonstrações financeiras consolidadas são expressas em milhares de euros e foram preparadas de acordo com os pressupostos da continuidade e do regime do acréscimo, no qual os itens são reconhecidos como ativos, passivos, fundos patrimoniais, rendimentos e gastos quando satisfaçam as definições e os critérios de reconhecimento para esses elementos contidos na estrutura conceptual, em conformidade com as caraterísticas qualitativas da consistência de apresentação, materialidade e agregação, compensação e comparabilidade. As políticas contabilísticas apresentadas na nota 3, foram utilizadas na preparação das demonstrações financeiras consolidadas para o período findo em 30 de junho de 2013 e na informação financeira comparativa apresentada nestas demonstrações financeiras consolidadas para o período findo em 30 de junho de 2012. As notas explicativas que se seguem respeitam uma numeração sequencial das rubricas de balanço e da demonstração dos resultados e das restantes peças contabilísticas incluídas nas Demonstrações financeiras consolidadas. Toda a informação financeira exigida de acordo com o SNC-ESNL é divulgada nas notas integrantes das demonstrações financeiras consolidadas, a seguir apresentadas. 2.1 Comparabilidade e derrogação das políticas contabilísticas Não existiram, no decorrer do exercício a que respeitam estas Demonstrações Financeiras Consolidadas, quaisquer casos excecionais que implicassem diretamente a derrogação de qualquer disposição prevista pelo SNC. Os valores constantes das demonstrações financeiras consolidadas do período findo em 30 de junho de 2013 são comparáveis em todos os aspetos significativos com os valores do período findo em 30 de junho de 2012. 11

2.2 Apresentação pela primeira vez de demonstrações financeiras consolidadas Em 30 de junho de 2013 o Sporting Clube de Portugal preparou pela primeira vez as suas demonstrações financeiras consolidadas, tendo considerado para o período comparativo findo em 30 de junho de 2012 as políticas contabilísticas e os critérios de mensuração adotados para o exercício findo em 30 de junho de 2013. 3. Principais políticas contabilísticas As principais políticas contabilísticas aplicadas na elaboração destas demonstrações financeiras consolidadas estão descritas abaixo. 3.1 Bases de mensuração usadas na preparação das demonstrações financeiras consolidadas A preparação das demonstrações financeiras consolidadas de acordo com as NCRF-ESNL requer que o Conselho Diretivo do Grupo formule julgamentos, estimativas e pressupostos que afetam a aplicação das políticas contabilísticas e o valor dos ativos, passivos, rendimentos e gastos. As estimativas e pressupostos associados são baseados na experiência histórica e noutros fatores considerados razoáveis de acordo com as circunstâncias e formam a base para os julgamentos sobre os valores dos ativos e passivos cuja valorização não é evidente através de outras fontes. As questões que requerem um maior grau de julgamento ou complexidade, ou para as quais os pressupostos e estimativas são considerados significativos, são apresentados na nota 3.3. Estas demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações o qual se encontra sujeito ao cumprimento do plano de reestruturação financeira aprovado nas Assembleias Gerais do Sporting Clube de Portugal e da Sporting SAD em 30 de junho de 2013 e 23 de julho de 2013, respetivamente, e oportunamente submetido aos principais financiadores, Millennium BCP e BES. É firme convicção do Conselho Diretivo do Sporting Clube de Portugal que a reestruturação financeira em curso assenta em pressupostos económico-financeiros aceitáveis e exequíveis e será aprovado pelos financiadores, pelo que a continuidade das operações do Clube se encontra assegurada, tendo em consideração que as medidas previstas na reestruturação em curso visam dotar o Clube dos meios financeiros necessários à gestão da atividade. Princípios de consolidação As demonstrações financeiras consolidadas incorporam as demonstrações financeiras do Clube e das entidades por si controladas - as suas subsidiárias. Nos termos do artigo 7º do Decreto-lei n.º 36-A/2011 que aprova o regime da normalização contabilística para as entidades do sector não lucrativo, a existência de controlo entre entidades deve ser analisada casuisticamente, em função das circunstâncias concretas, tomando por referência a condição de poder e a condição de resultado, tal como estabelecidos na International Public Sector Accounting Standard (IPSAS), conforme segue: 12

i) Condições de poder, nomeadamente, a detenção da maioria dos direitos de voto de outra entidade, a homologação dos estatutos ou do regulamento interno de outra entidade, a faculdade de designar, homologar a designação ou destituir a maioria dos membros do órgão de gestão de outra entidade; ii) Condições de resultado, nomeadamente, o poder de exigir a distribuição de ativos de outra entidade e o poder de dissolver a outra entidade, obtendo, assim, um significativo nível de benefícios económicos, ou suportando um significativo nível de obrigações. Presume -se a existência de controlo quando se verifique, pelo menos, um indicador de poder ou de resultado. As subsidiárias são incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas através do método de consolidação integral, desde a data em que o Clube assume o controlo sobre as suas atividades financeiras e operacionais e até ao momento em que esse controlo cessa. As políticas contabilísticas das subsidiárias foram alteradas, sempre que necessário, de forma a garantir consistência com as políticas adotadas pelo Grupo. As transações internas, saldos e dividendos distribuídos entre empresas do Grupo são eliminados. O capital próprio e o resultado líquido destas empresas correspondentes à participação de terceiros nas mesmas são apresentados nas rubricas de interesses minoritários, respetivamente, no balanço consolidado de forma autónoma no capital próprio e na demonstração de resultados consolidada. Os interesses minoritários são inicialmente mensurados pela correspondente quota-parte no justo valor dos ativos líquidos adquiridos. Subsequentemente, são ajustados pela correspondente quota-parte nas variações posteriores no capital próprio das subsidiárias. Quando os prejuízos aplicáveis aos interesses minoritários excedem os correspondentes interesses no capital próprio da subsidiária, à semelhança do disposto nas NIC/NCRF, o Clube e respetivos Associados não absorvem esse excesso e quaisquer prejuízos adicionais aos efetivamente existentes, considerando que os minoritários têm obrigação e/ou são capazes de cobrir esses prejuízos, de forma a garantir uma adequada leitura das demonstrações financeiras, característica essencial para a devida apresentação e relato das demonstrações financeiras consolidadas, a qual resulta da aproximação à ótica do Grupo em que se tratam os interesses minoritários como pertencentes ao Grupo e não como credores do Clube, passando a ser incluídos dentro (e não fora) dos fundos patrimoniais nos termos da estrutura conceptual do SNC e das NIC/NCRF. Na redução dos interesses do Grupo em subsidiárias, qualquer diferença entre o justo valor da contraprestação recebida ou a receber e a quota-parte correspondente na quantia escriturada dos ativos líquidos da subsidiária é registada em resultados do período. Investimentos financeiros em empresas controladas conjuntamente Uma entidade conjuntamente controlada é um empreendimento conjunto que envolve o estabelecimento de uma sociedade, de uma parceria ou de outra entidade que, por via contratual, é conjuntamente controlada pelos vários empreendedores. 13

As entidades conjuntamente controladas são incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas pelo método de consolidação proporcional sendo os ativos, passivos e rendimentos e gastos das entidades conjuntamente controladas reconhecidos rubrica a rubrica nas demonstrações financeiras consolidadas, na proporção do controlo atribuível ao Grupo. As transações, os saldos e os dividendos distribuídos entre empresas conjuntamente controladas e outras empresas do Grupo são eliminados, no processo de consolidação, na proporção do controlo atribuível ao Grupo. Investimentos financeiros em associadas Associadas são todas as entidades sobre as quais o Grupo exerce influência significativa mas não possui controlo, geralmente com investimentos representando entre 20% a 50% dos direitos de voto. Os investimentos em associadas são contabilizados pelo método da equivalência patrimonial. De acordo com o método da equivalência patrimonial, as participações financeiras são registadas pelo seu custo de aquisição, ajustado pelo valor correspondente à participação do Grupo nas variações dos capitais próprios (incluindo o resultado líquido) das associadas, por contrapartida de ganhos ou perdas do período ou variações de capital, e pelos dividendos recebidos. É feita uma avaliação dos investimentos em associadas quando existem indícios de que o ativo possa estar em imparidade, sendo registadas como custo as perdas por imparidade que se demonstrem existir. Investimentos financeiros em outras empresas O Grupo reflete nas suas contas participações financeiras inferiores a 20%, usando na mensuração das mesmas o método do custo de aquisição, deduzido de perdas por imparidade. Os ganhos ou perdas obtidos pela participada não são refletidos no Balanço do Grupo. O Grupo apenas reconhece na sua demonstração dos resultados os dividendos distribuídos pela participada, no período em que esta aprova a distribuição dos mesmos. Concentração de atividades empresariais As aquisições de subsidiárias e de negócios são registadas utilizando o método da compra. O correspondente custo é determinado como o agregado, na data da aquisição, de: (a) justo valor dos ativos entregues ou a entregar; (b) justo valor de responsabilidades incorridas ou assumidas; (c) justo valor de instrumentos de capital próprio emitidos pelo Grupo em troca da obtenção de controlo sobre a subsidiária; e (d) custos diretamente atribuíveis à aquisição. Sempre que de um reforço de posição no capital social de uma empresa associada resulte a aquisição de controlo, passando esta a integrar as demonstrações financeiras consolidadas pelo método integral, a quota parte dos justos valores atribuídos aos ativos e passivos, correspondente às percentagens anteriormente detidas, é registada na rubrica Outras variações no capital próprio. 14

3.2 Políticas contabilísticas relevantes a) Ativos fixos tangíveis Os ativos fixos tangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição deduzido de depreciações e sujeito a testes de imparidade. O custo de aquisição compreende o seu preço de compra, incluindo os direitos de importação e os impostos de compra não reembolsáveis, após dedução dos descontos e abatimentos, quaisquer custos diretamente atribuíveis para colocar o ativo na localização e condição necessárias para o mesmo ser capaz de funcionar da forma pretendida e a estimativa inicial dos custos de desmantelamento e remoção do item e de restauração do local no qual este está localizado. Os custos subsequentes são reconhecidos como ativos fixos tangíveis apenas se for provável que deles resultarão benefícios económicos futuros para o Grupo. Os custos de assistência diária ou de reparação e manutenção são reconhecidas como gastos à medida que são incorridos, de acordo com o princípio da especialização dos exercícios. O Grupo procede a testes de imparidade sempre que eventos ou circunstâncias indiciem que o valor contabilístico excede o valor recuperável, sendo a diferença, caso exista, reconhecida em resultados. O valor recuperável é determinado como o mais elevado entre o seu justo valor menos os custos de vender e o seu valor de uso, sendo este último calculado com base no valor atual dos fluxos de caixa futuros estimados que se esperam vir a obter do uso continuado do ativo e da sua alienação no fim da sua vida útil. As depreciações dos ativos fixos tangíveis são calculadas segundo o método da linha reta, após a dedução do seu valor residual, de acordo com os seguintes períodos de vida útil esperada dos bens: Rubrica Nº de anos Edifícios e outras construções 8-50 Equipamento básico 4-10 Equipamento de transporte 4-6 Equipamento administrativo 3-10 Outros activos fixos tangíveis 4-10 As vidas úteis, o valor residual e método de depreciação dos vários bens são revistos anualmente. O efeito das alterações a estas estimativas é reconhecido na demonstração dos resultados, prospectivamente. Os terrenos não são depreciados. Os ganhos ou perdas provenientes do abate ou alienação são determinados pela diferença entre o montante recebido na transação e a quantia escriturada do ativo, e são reconhecidos na demonstração dos resultados, nas rubricas Outros rendimentos e ganhos e Outros gastos e perdas. b) Ativos intangíveis Os ativos intangíveis com vida útil finita encontram-se registados ao custo de aquisição deduzido das respetivas amortizações acumuladas e das perdas por imparidade. 15

Rubrica Nº de anos Despesas com Estudos e Projetos 3 Programas de Computador 3 O Grupo procede a testes de imparidade sempre que eventos ou circunstâncias indiciem que o valor contabilístico excede o valor recuperável, sendo a diferença, caso exista, reconhecida em resultados. O valor recuperável é determinado como o mais elevado entre o seu justo valor menos os custos de vender e o seu valor de uso, sendo este calculado com base no valor atual dos fluxos de caixa futuros estimados que se esperam vir a obter do uso continuado do ativo e da sua alienação no fim da sua vida útil. Os gastos incorridos com a aquisição de software são capitalizados, assim como as despesas adicionais suportadas pelo Grupo necessárias à sua implementação. Estes custos são amortizados pelo método da linha reta ao longo da sua vida útil esperada. Os gastos diretamente relacionados com o desenvolvimento de software efetuados pelo Grupo, sobre os quais seja expectável que venham a gerar benefícios económicos futuros para além de um período, são reconhecidos e registados como ativos intangíveis. Estes custos incluem as despesas com os empregados diretamente afetos aos projetos, sendo amortizados pelo método da linha reta ao longo da sua vida útil esperada. Os gastos com a manutenção de programas informáticos são reconhecidos como gastos do período em que são incorridos. c) Ativos intangíveis plantel O valor do plantel incluído na rubrica de ativos intangíveis encontra-se registado ao custo de aquisição deduzido de amortizações e perdas por imparidade. Os ativos intangíveis só são reconhecidos se for provável que deles advenham benefícios económicos futuros para o Grupo, sejam controláveis pelo Grupo e se possa mensurar razoavelmente o seu valor. Esta rubrica compreende os custos incorridos com a aquisição dos direitos desportivos dos jogadores profissionais de futebol (Valor do Plantel), e demais despesas relacionadas, tais como comissões de intermediação e prémios de assinatura, líquidos de amortizações acumuladas e de perdas por imparidade. Desta forma, o custo de aquisição compreende as importâncias despendidas a favor da entidade transmitente do jogador e dos intermediários na transação. Os direitos desportivos dos jogadores são amortizados por duodécimos, em quotas constantes, durante o período de vigência dos contratos, de acordo com a Lei nº 103/97 de 13 de Setembro. Os encargos incorridos com a renovação/prolongamento dos contratos de trabalho desportivo celebrados com os jogadores são igualmente registados nesta rubrica, sendo apurado um novo valor líquido contabilístico, o qual é amortizado em função do novo período do contrato de trabalho. 16

No momento da venda efetiva dos direitos dos jogadores, os respetivos ganhos e perdas gerados pela venda são reconhecidas em resultados. Nas situações em que a subsidiária Sporting SAD continua a deter no futuro uma determinada percentagem dos direitos económicos, encontra-se divulgado o respetivo ativo contingente. Nas situações em que a percentagem dos direitos económicos detidos pela Sporting SAD é inferior a 100%, mantendo na totalidade os direitos desportivos, tal significa que a Sporting SAD celebrou com terceiros um contrato de associação de interesses económicos que consubstancia uma parceria de investimento, resultando na partilha proporcional dos resultados inerentes à transação futura destes direitos, permanecendo registados como ativos intangíveis no Balanço do Grupo. Nestes casos, os ganhos e perdas gerados pela venda dos direitos económicos transferidos são reconhecidos em resultados em função do período de trabalho desportivo que os jogadores mantêm com o Grupo. Nas situações em que a Sporting SAD tem jogadores cedidos temporariamente a outras entidades, estes jogadores fazem parte do valor do plantel, desde que não se verifique uma venda efetiva dos mesmos. Deste modo, os gastos incorridos com a aquisição dos passes de atletas que se encontrem cedidos temporariamente a clubes terceiros, permanecem registados como ativos intangíveis no Balanço do Grupo, mantendo-se o critério de amortização desses custos pelo número de anos de contrato de trabalho desportivo. O valor líquido dos passes de atletas está sujeito às mesmas políticas de imparidade que os restantes ativos, pelo que as eventuais perdas estimadas, conforme referido anteriormente, são reconhecidas em resultados do exercício. O Grupo efetua análises de imparidade anualmente e quando existem indícios de que o respetivo ativo possua um valor líquido contabilístico superior ao valor realizável estimado, sendo reconhecida uma perda por imparidade sempre que o valor líquido do ativo exceda o seu valor recuperável. As perdas por imparidade são reconhecidas em resultados do exercício. d) Propriedades de investimento As propriedades de investimento são terrenos detidos com o objetivo de valorização do capital e obtenção de rendas ou quando o seu uso é indeterminado. As propriedades de investimento foram valorizadas de acordo com o modelo de custo. e) Imparidade de ativos Os ativos com vida útil indefinida não estão sujeitos a amortização, sendo objeto de testes de imparidade anuais. O Grupo Sporting realiza os testes de imparidade no mês de junho de cada ano e sempre que eventos ou alterações nas condições envolventes indiquem que o valor pelo qual se encontram registados nas demonstrações financeiras consolidadas não seja recuperável. Sempre que o valor recuperável determinado é inferior ao valor contabilístico dos ativos, o Grupo avalia se a situação de perda assume um carácter permanente e definitivo, e se sim regista a respetiva perda por imparidade. Nos casos em que a perda não é considerada permanente e definitiva, é feita a divulgação das razões que fundamentam essa conclusão. 17

O valor recuperável é o maior entre o justo valor do ativo deduzido dos custos de venda e o seu valor de uso. Para a determinação da existência de imparidade, os ativos são alocados ao nível mais baixo para o qual existem fluxos de caixa separados identificáveis (unidades geradoras de caixa). Os ativos não financeiros, que não o goodwill, para os quais tenham sido reconhecidas perdas por imparidade são avaliados, a cada data de relato, sobre a possível reversão das perdas por imparidade. Quando há lugar ao registo ou reversão de imparidade, a amortização e depreciação dos ativos são recalculadas prospectivamente de acordo com o valor recuperável. f) Ativos e passivos financeiros Ativos financeiros O Conselho Diretivo determina a classificação dos ativos financeiros, na data do reconhecimento inicial de acordo com o SNC. Os ativos financeiros podem ser classificados/ mensurados como: Ao custo ou custo amortizado menos qualquer perda por imparidade; ou Ao justo valor com as alterações de justo valor a ser reconhecidas na demonstração dos resultados. O Grupo Sporting classifica e mensura ao custo ou ao custo amortizado, os ativos financeiros: i) que em termos de prazo sejam à vista ou tenham maturidade definida; ii) cujo retorno seja de montante fixo, de taxa de juro fixa ou de taxa variável correspondente a um indexante de mercado; e iii) que não possuam nenhuma cláusula contratual da qual possa resultar a perda do valor nominal e do juro acumulado. Para os ativos registados ao custo amortizado, os juros obtidos a reconhecer em cada período são determinados de acordo com o método da taxa de juro efetiva, que corresponde à taxa que desconta exatamente os recebimentos de caixa futuros estimados durante a vida esperada do instrumento financeiro. São registados ao custo ou custo amortizado os ativos financeiros que constituem empréstimos concedidos, contas a receber (clientes, outros devedores, etc.) e instrumentos de capital próprio bem como quaisquer contratos derivados associados, que não sejam negociados em mercado ativo ou cujo justo valor não possa ser determinado de forma fiável. O Grupo Sporting classifica e mensura ao justo valor os ativos financeiros que não cumpram com as condições para ser mensurados ao custo ou custo amortizado, conforme descrito acima. São registados ao justo valor os ativos financeiros que constituem instrumentos de capital próprio cotados em mercado ativo, contratos derivados e ativos financeiros detidos para negociação. As variações de justo valor são registadas nos resultados de exercício, exceto no que se refere aos instrumentos financeiros derivados que qualifiquem como relação de cobertura de fluxos de caixa. O Grupo avalia a cada data de relato financeiro a existência de indicadores de perda de valor para os ativos financeiros que não sejam mensurados ao justo valor através de resultados. Se existir uma evidência objetiva de imparidade, é reconhecida uma perda por imparidade na demonstração de resultados. 18

Os ativos financeiros são desreconhecidos quando os direitos ao recebimento dos fluxos monetários originados por esses investimentos expiram ou são transferidos, assim como todos os riscos e benefícios associados à sua posse. Passivos financeiros O Conselho Diretivo determina a classificação dos passivos financeiros, na data do reconhecimento inicial de acordo com o SNC. Os passivos financeiros podem ser classificados/ mensurados como: Ao custo amortizado; ou Ao justo valor com as alterações de justo valor a ser reconhecidas na demonstração dos resultados. O Grupo classifica e mensura ao custo amortizado, os passivos financeiros: i) que em termos de prazo sejam à vista ou tenham maturidade definida; ii) cuja remuneração seja de montante fixo, de taxa de juro fixa ou de taxa variável correspondente a um indexante de mercado; e iii) que não possuam nenhuma cláusula contratual da qual possa resultar uma alteração à responsabilidade pelo reembolso do valor nominal e do juro acumulado a pagar. Para os passivos registados ao custo amortizado, os juros obtidos a reconhecer em cada período são determinados de acordo com o método da taxa de juro efetiva, que corresponde à taxa que desconta exatamente os recebimentos de caixa futuros estimados durante a vida esperada do instrumento financeiro. São registados ao custo ou custo amortizado os passivos financeiros que constituem financiamentos obtidos, contas a pagar (fornecedores, outros credores, etc.) e instrumentos de capital próprio bem como quaisquer contratos derivados associados, que não sejam negociados em mercado ativo ou cujo justo valor não possa ser determinado de forma fiável. Uma entidade deve desreconhecer um passivo financeiro (ou parte de um passivo financeiro) apenas quando este se extinguir, isto é, quando a obrigação estabelecida no contrato seja liquidada, cancelada ou expire. g) Locações O Grupo classifica as operações de locação como locações financeiras ou locações operacionais em função da substância da transação e não da forma do contrato. Uma locação é classificada como locação financeira se transferir substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à propriedade. Uma locação é classificada como locação operacional se não transferir substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à propriedade. Locações operacionais Os pagamentos efetuados pelo Grupo à luz dos contratos de locação operacional são registados nos gastos dos períodos a que dizem respeito numa base linear. 19

Locações financeiras Os contratos de locação financeira em que o Grupo é locatário são registados na data do seu início como ativo e passivo pelo justo valor do ativo locado, ou se inferior, ao valor presente dos pagamentos mínimos da locação. Os custos diretos iniciais suportados são adicionados à quantia reconhecida como ativo. Os pagamentos mínimos da locação financeira são repartidos pelo encargo financeiro e pela redução do passivo pendente. Os encargos financeiros são imputados a cada período durante o prazo de locação, a fim de produzir uma taxa de juro periódica constante sobre o saldo remanescente do passivo. h) Clientes e outras contas a receber Os saldos de clientes e outras contas a receber são classificados consoante a sua maturidade e natureza do vínculo comercial existente quando inferior ou superior a 12 meses da data do balanço, em ativos correntes ou não correntes, respetivamente. Os saldos de clientes e outras contas a receber são contabilizados pelo valor nominal deduzido de perdas por imparidade, necessárias para os colocar ao seu valor realizável líquido esperado. As perdas por imparidade são registadas quando existe uma evidência objetiva de que o Grupo não receberá os referidos montantes em dívida conforme as condições originais dos valores a receber. Para tal, o Grupo tem em consideração informação de mercado que demonstre: Se a contraparte apresenta dificuldades financeiras significativas; Se existem atrasos significativos nos pagamentos por parte da contraparte; Se é provável que a contraparte irá entrar em liquidação. i) Caixa e depósitos bancários A caixa e depósitos bancários englobam o dinheiro em caixa e em depósitos à ordem e investimentos financeiros a curto prazo (até 3 meses) altamente líquidos que sejam prontamente convertíveis para quantias conhecidas de dinheiro e que estejam sujeitos a um risco insignificante de alterações de valor. j) Inventários Os inventários são valorizados ao menor entre o custo de aquisição e o valor líquido de realização. Os inventários são reconhecidos inicialmente ao custo de aquisição, o qual inclui todas as despesas suportadas com a compra, até à entrada em armazém. Para efeitos de valorização das saídas de armazém, a Empresa utiliza o custo médio ponderado. 20

k) Subsídios e apoios governamentais Os subsídios do Governo, incluindo subsídios não monetários pelo justo valor, são reconhecidos após existir segurança de que: (a) O Grupo cumprirá as condições a eles associadas; e (b) Os subsídios serão recebidos. Os subsídios do Governo não reembolsáveis relacionados com o investimento em ativos fixos tangíveis e intangíveis devem ser inicialmente reconhecidos nos Capitais Próprios e, subsequentemente, imputados numa base sistemática como rendimentos durante os períodos necessários para balanceá-los com os gastos relacionados que se pretende que eles compensem. Os subsídios do Governo reembolsáveis são contabilizados como Passivos. No caso de estes subsídios adquirirem a condição de não reembolsáveis, passaram a ter o tratamento contabilístico previsto para os subsídios do Governo não reembolsáveis. Os subsídios que são obtidos para assegurar uma rentabilidade mínima ou compensar deficits de exploração de um dado exercício são imputados como rendimentos desse exercício, salvo se se destinarem a financiar deficits de exploração de exercícios futuros, caso em que são imputados aos referidos exercícios. Estes subsídios devem ser apresentados separadamente na demonstração dos resultados. Os apoios do Governo que sejam atribuídos ao Clube enquanto entidade de utilidade pública, não associados a investimentos ou à compensação de deficits de exploração, não são passíveis de registo contabilístico, mas apenas de divulgação. O SCP obteve, no passado, dois apoios não monetários (direitos de superfície sobre terrenos), concedidos pela Câmara Municipal de Lisboa. Um dos terrenos está situado na Avenida Estados Unidos da América e outro situado junto ao viaduto da segunda circular. l) Provisões São reconhecidas provisões apenas quando o Grupo tem uma obrigação presente (legal ou construtiva) resultante dum acontecimento passado, sendo provável que para a liquidação dessa obrigação ocorra uma saída de recursos, num montante que possa ser razoavelmente estimado. O montante reconhecido em provisões consiste no valor atual da melhor estimativa dos recursos necessários para liquidar a obrigação, na data de relato. Tal estimativa é determinada, tendo em consideração os riscos e incertezas associados à obrigação. As provisões são revistas na data de relato e são ajustadas de modo a refletir a melhor estimativa a essa data. As obrigações presentes que resultam de contratos onerosos são registadas e mensuradas como provisões. Existe um contrato oneroso quando o Clube é parte integrante das disposições de um contrato ou acordo cujo cumprimento tem associados custos que não são possíveis evitar, os quais excedem os benefícios económicos derivados do mesmo. 21

m) Financiamentos obtidos Os financiamentos obtidos são inicialmente reconhecidos ao justo valor, líquido de gastos de transação incorridos sendo, subsequentemente apresentados ao custo amortizado. Qualquer diferença entre os recebimentos (líquidos de gastos de transação) e o valor de reembolso é reconhecida na demonstração de resultados ao longo do período da dívida, utilizando o método da taxa de juro efetiva. A dívida remunerada é classificada no passivo corrente, exceto se o Clube possuir um direito incondicional de diferir a liquidação do passivo por, pelo menos, 12 meses após a data do Balanço. n) Compensação de ativos/passivos financeiros Os ativos e passivos e os rendimentos e gastos, não devem ser compensados. No entanto, os ativos e passivos financeiros poderão compensar-se, sendo o seu valor líquido reportado nas demonstrações financeiras consolidadas do SCP apenas quando existe (i) um direito legal exercível para compensar os valores reconhecidos e (ii) uma intenção de liquidação em base líquida, ou de realização do ativo e liquidação do passivo em simultâneo. o) Capitalização de custos com empréstimos Os custos de empréstimos diretamente atribuíveis à aquisição, construção ou produção de um ativo são capitalizados como parte do custo desses ativos. Um ativo que se qualifica é um ativo que leva necessariamente um período substancial de tempo para ficar pronto para o seu uso pretendido ou para venda. O montante de custos a capitalizar é determinado através da aplicação de uma taxa de capitalização sobre o valor dos investimentos efetuados. A taxa de capitalização corresponde à média ponderada dos juros com empréstimos aplicável aos empréstimos em aberto no período. A capitalização de custos com empréstimos obtidos como parte do custo de um ativo que se qualifica inicia-se quando os dispêndios com o ativo estejam a ser incorridos, os custos de empréstimos obtidos estejam a ser incorridos e as atividades que sejam necessárias para preparar o ativo para o seu uso pretendido ou venda estejam em curso. A capitalização dos custos dos empréstimos obtidos cessa quando substancialmente todas as atividades necessárias para preparar o ativo elegível para o seu uso pretendido ou para a sua venda estejam concluídas. p) Instrumentos financeiros derivados e contabilidade de cobertura No âmbito da sua política de gestão de risco de variação de taxa de juro, o Grupo tem contratado um instrumento financeiro derivado de cobertura para efeitos de taxa de juro associado a um dos empréstimos que tem contratado. Apesar de os derivados contratados corresponderem a instrumentos eficazes na cobertura económica de riscos, há uma parte dos mesmos que podem não qualificar como cobertura contabilística. Os instrumentos derivados são registados no balanço pelo seu justo valor e as variações no mesmo são reconhecidas no capital próprio ou na demonstração dos resultados, conforme sejam eficazes ou não na cobertura contabilística. 22

Sempre que possível, o justo valor dos derivados é estimado com base em instrumentos cotados. Na ausência de preços de mercado, o justo valor dos derivados é estimado através do método de fluxos de caixa descontados e modelos de valorização de opções, de acordo com pressupostos geralmente utilizados no mercado. O justo valor dos instrumentos financeiros derivados encontra-se incluído na rubrica de Financiamentos obtidos. Os instrumentos financeiros derivados utilizados para fins de cobertura podem ser classificados contabilisticamente como de cobertura desde que cumpram, cumulativamente, com as seguintes condições: À data de início da transação a relação de cobertura encontra-se identificada e formalmente documentada, incluindo a identificação do item coberto, do instrumento de cobertura e a avaliação da efetividade da cobertura; Existe a expetativa de que a relação de cobertura seja altamente efetiva, à data de início da transação e ao longo da vida da operação; A eficácia da cobertura possa ser mensurada com fiabilidade à data de início da transação e ao longo da vida da operação; Para operações de cobertura de fluxos de caixa os mesmos devem ser altamente prováveis de virem a ocorrer. q) Instrumentos financeiros compostos Os Instrumentos financeiros não derivados que contenham uma componente de passivo e uma componente de capital próprio são classificados como instrumentos financeiros compostos. A subsidiária Sporting SAD emitiu, em 2011, valores mobiliários obrigatoriamente convertíveis (VMOC s) que se enquadram na definição de instrumentos financeiros compostos dada a sua conversão obrigatória em instrumentos de capital da Sociedade na sua maturidade. Para que estes instrumentos sejam considerados como instrumentos financeiros compostos, o número de ações a serem emitidas após a conversão é determinado na data da emissão e não varia com as alterações no seu justo valor. A componente de passivo de um instrumento financeiro composto é reconhecida inicialmente pelo valor atual dos pagamentos futuros de juros, descontados à taxa de juro de mercado aplicável a passivos similares que não apresentem uma opção de conversão. A componente de capital próprio é reconhecida inicialmente pela diferença entre o valor atual do instrumento financeiro composto considerado como um todo e o valor atual da componente de passivo. Os custos de transação diretamente atribuíveis à emissão são alocados às componentes de passivo e capital próprio na proporção dos respetivos valores de balanço iniciais. Subsequentemente, a componente de passivo de um instrumento financeiro composto é mensurada pelo seu custo amortizado, reconhecendo o custo dos juros em resultados, através do método de taxa de juro efetiva. A componente de capital próprio não é remensurada após o reconhecimento inicial, exceto nos eventos de conversão ou maturidade dos instrumentos. 23

r) Provisões específicas - Benefícios de empregados Tendo por base o Contrato Coletivo de Trabalho dos Trabalhadores Administrativos dos Clubes de Futebol e/ou SAD s representados pela Liga Portuguesa de Futebol Profissional, os trabalhadores que passem à situação de reforma têm direito a um complemento de reforma, acrescido à remuneração de reforma paga pela Segurança Social, até perfazer, no máximo, 90% da remuneração auferida pelo trabalhador à data da passagem à reforma, dependendo do número de anos de serviço, de acordo com a seguinte tabela: Com 30 anos de serviço 90% Com 25 anos de serviço 80% Com 20 anos de serviço 75% Com 15 anos de serviço 65% O complemento de reforma será atualizado anualmente, proporcionalmente à retribuição da respetiva categoria. Estas responsabilidades configuram um plano de benefícios definidos uma vez que garantem aos colaboradores abrangidos uma pensão suplementar fixa, a acrescer à pensão que lhe venha a ser concedida pela Segurança Social. Esta responsabilidade encontra-se provisionada nas demonstrações financeiras consolidadas, sendo o cálculo desta responsabilidade realizado por uma entidade especializada e independente de acordo com o método da unidade de crédito projetada. Os desvios atuariais, resultantes das diferenças entre os pressupostos utilizados para efeito de apuramento de responsabilidades e o que efetivamente ocorreu são reconhecidos nos resultados do exercício. Os ganhos e perdas gerados por um corte ou uma liquidação de um plano de pensões de benefícios definidos, são reconhecidos em resultados do exercício quando o corte ou a liquidação ocorrer. Um corte ocorre quando se verifica uma redução material no número de empregados ou o plano é alterado para que os benefícios atribuídos sejam reduzidos, com efeito material. s) Fornecedores e outras contas a pagar Os Fornecedores e as outras contas a pagar são classificados consoante a maturidade e natureza do vínculo comercial existente seja inferior ou superior a 12 meses da data do balanço, em passivos correntes ou não correntes, respetivamente. Os saldos de fornecedores e outras contas a pagar são inicialmente registados ao justo valor sendo subsequentemente mensurados ao custo amortizado. 24

t) Reconhecimento de gastos e rendimentos Os gastos e rendimentos são registados no período a que se referem independentemente do seu pagamento ou recebimento, de acordo com o princípio contabilístico da especialização dos exercícios. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas são registadas nas rubricas de Outros ativos ou passivos conforme sejam valores a receber ou a pagar. As responsabilidades com donativos atribuídos são registadas no período em que o SCP assume o compromisso irrevogável de atribuir os mesmos. As responsabilidades com serviços contratados são registadas na data de adjudicação do serviço ao fornecedor. u) Rédito e especialização de exercícios O Grupo regista os seus rendimentos e gastos, à medida que são gerados, de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, independentemente do momento em que são recebidos ou pagos. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e os correspondentes receitas e despesas são registadas nas rubricas Outras contas a receber e Outras contas a pagar. O rédito compreende os montantes faturados relativos a quotizações, na venda de produtos ou prestações de serviços líquidos de impostos sobre o valor acrescentado, abatimentos e descontos. O SCP regista os seus rendimentos e gastos, à medida que são gerados, de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, independentemente do momento em que são recebidos ou pagos. Os ganhos com patrocínios, publicidade e direitos de transmissão televisiva de jogos são reconhecidos de acordo com o período de duração dos respetivos contratos. As receitas relativas às inscrições nas modalidades são reconhecidas pelo Sporting Clube de Portugal em rendimentos no período em que estas são realizadas. As receitas de bilheteira são reconhecidas como rendimentos no momento em que os respetivos jogos se realizam. As receitas decorrentes com a venda dos bilhetes de época são reconhecidas ao longo da época desportiva em que o respetivo direito se vence. As receitas e prémios de jogos são reconhecidos pela subsidiária Sporting SAD em rendimentos no período em que estes são realizados. Os prémios fixos relativos à obtenção do direito de participação nas competições europeias de futebol são reconhecidos no exercício em que se efetiva a participação nestas competições. Os resultados provenientes da alienação dos direitos desportivos de jogadores são registados na rubrica de rendimentos e ganhos com transações de passes de jogadores, na demonstração dos resultados, pelo montante total da transação deduzido do valor líquido contabilístico à data da venda e de outras despesas incorridas, incluindo gastos com serviços de intermediação, encargos com responsabilidades com o mecanismo de solidariedade, entre outros. Sempre que relevante, é considerado na determinação do valor da transação, o efeito da atualização financeira dos valores a receber não correntes. O reconhecimento do rédito 25

é efetuado no período em que se considere estarem substancialmente transferidos os riscos e benefícios dos direitos desportivos dos jogadores profissionais. Quando os rendimentos decorrem da celebração de contratos de associação de interesses económicos que consubstanciam uma parceria de investimento com fundos de investimento, são reconhecidos em resultados em função do período de trabalho desportivo que os jogadores mantêm com o Sporting Clube de Portugal Futebol, SAD, uma vez que a Sociedade mantém um envolvimento continuado significativo com o ativo por via da detenção dos direitos de inscrição desportiva e retém, nessa base, o controlo sobre o mesmo. Quando não são transferidos riscos e benefícios significativos, os rendimentos resultantes da celebração destes contratos com parceiros/fundos de investimento são registados em passivo. No momento da venda, os valores a entregar ao fundo provenientes das vendas de direitos desportivos de atletas a terceiras entidades, na parte proporcional dos direitos económicos cedidos ao fundo, e quando aplicável, deduzidos dos valores a suportar pelo fundo relativos ao custo da venda, são registados na rubrica de transações de passes de jogadores. Os ganhos decorrentes de compensações recebidas por cedência de jogadores a terceiros são reconhecidos com o respetivo compromisso contratual no período a que respeitam. Os ganhos associados ao mecanismo de solidariedade, mediante o qual a entidade que formou o jogador tem direito ao ressarcimento em caso de transferência do mesmo, são reconhecidos no momento em que a Sporting SAD adquire o direito a receber a referida compensação. Os ganhos com juros são reconhecidos pelo princípio da especialização dos exercícios, tendo em consideração o montante a receber e a taxa de juro efetiva durante o período até à maturidade. v) Outros rendimentos e ganhos Na rubrica de outros rendimentos e ganhos foram incluídos todos os rendimentos que não se enquadram na definição de prestação de serviços de acordo com o enunciado na Portaria 106/2011 que aprovou o Código de Contas específico para as Entidades do Sector Não Lucrativo. w) Juros e gastos similares obtidos/suportados Estas rubricas incluem os juros pagos pelos financiamentos obtidos, os juros recebidos de aplicações efetuadas, os dividendos recebidos, os ganhos e perdas resultantes de diferenças de câmbio, os ganhos e perdas realizados, assim como as variações de justo valor relativas a instrumentos financeiros e as variações de justo valor dos riscos cobertos, quando aplicável. Os juros são reconhecidos de acordo com o princípio da especialização dos exercícios. Os dividendos a receber são reconhecidos na data em que se estabelece o direito ao seu recebimento. x) Impostos sobre o rendimento O Grupo é constituído por entidades que apresentam regimes fiscais distintos. 26

O SCP é uma Associação Desportiva de Utilidade Pública, não exercendo a título principal uma atividade comercial, industrial ou agrícola. Assim, as quotas pagas pelos associados em conformidade com os estatutos, bem como os subsídios destinados a financiar a realização dos fins estatutários não são sujeitos a IRC. Consideram-se ainda rendimentos isentos os incrementos patrimoniais obtidos a título gratuito destinados à direta e imediata realização dos fins estatutários. O SCP encontra-se abrangido pelo regime previsto no artigo 11.º do Código do IRC, que estabelece que os rendimentos diretamente derivados do exercício de atividades culturais, recreativas e desportivas estão isentos de IRC, desde que auferidos por associações legalmente constituídas para o exercício dessas atividades, entre outras condições. Contudo, o n.º 3 do mesmo artigo exclui da isenção de IRC os rendimentos provenientes de qualquer atividade comercial, industrial ou agrícola exercida, ainda que a título acessório, em ligação com as atividades culturais, recreativas e desportivas, nomeadamente, os rendimentos provenientes de publicidade, direitos respeitantes a qualquer forma de transmissão, bens imóveis, aplicações financeiras e jogo do bingo. Adicionalmente, o SCP encontra-se abrangido pelo regime previsto no artigo 54.º do Estatuto dos Benefícios Fiscais (EBF). Relativamente às outras subsidiárias do Grupo, o imposto sobre o rendimento inclui imposto corrente e imposto diferido. O imposto corrente sobre o rendimento é determinado com base nos resultados líquidos, ajustados em conformidade com a legislação fiscal vigente à data de relato. O imposto diferido é calculado com base na responsabilidade de balanço, sobre as diferenças temporárias entre os valores contabilísticos dos ativos e passivos e a respetiva base de tributação. Para a determinação do imposto diferido é utilizada a taxa fiscal que se espera estar em vigor no exercício em que as diferenças temporárias serão revertidas. São reconhecidos impostos diferidos ativos sempre que exista razoável segurança de que serão gerados lucros futuros contra os quais poderão ser utilizados. Os impostos diferidos ativos são revistos periodicamente e reduzidos sempre que deixe de ser provável que os mesmos possam ser utilizados. Os impostos diferidos são registados como gasto ou rendimento do exercício, exceto se resultarem de valores registados diretamente em capital próprio, situação em que o imposto diferido é também registado na mesma rubrica. y) Conversão cambial A moeda funcional do Grupo é o euro, por ser essa que representa fidedignamente os efeitos económicos das transações, acontecimentos e condições subjacentes. As transações em moeda estrangeira são convertidas à taxa de câmbio em vigor na data da transação. Os ativos e passivos monetários expressos em moeda estrangeira são convertidos para euros à taxa de câmbio em vigor na data do balanço. As diferenças cambiais resultantes desta conversão são reconhecidas nos resultados operacionais ou financeiros consoante a natureza da transação que lhe dá origem. Os ativos e passivos não monetários registados ao custo histórico, expressos em moeda estrangeira, são convertidos à taxa de câmbio da data da transação. Ativos e passivos não monetários expressos em moeda 27

estrangeira registados ao justo valor são convertidos à taxa de câmbio em vigor na data em que o justo valor foi determinado. z) Ativos e passivos contingentes Os ativos contingentes são possíveis ativos que surgem de acontecimentos passados e cuja existência somente será confirmada pela ocorrência, ou não, de um ou mais eventos futuros incertos não totalmente sob o controlo do Grupo, pelo que não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas do Grupo, mas são objeto de divulgação quando é provável a existência de um benefício económico futuro. Os passivos contingentes são definidos como: (i) obrigações possíveis que surjam de acontecimentos passados e cuja existência somente será confirmada pela ocorrência, ou não, de um ou mais acontecimentos futuros incertos não totalmente sob o controlo do Grupo; ou (ii) obrigações presentes que surjam de acontecimentos passados, mas que não são reconhecidas porque não é provável que um fluxo de recursos que afete benefício económicos seja necessário para liquidar a obrigação ou a quantia da obrigação não pode ser mensurada com suficiente fiabilidade. Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas do Clube, sendo os mesmos objeto de divulgação, a menos que a probabilidade de uma saída de fundos afetando benefícios económicos futuros seja remota, caso este em que não são sequer objeto de divulgação. aa) Eventos subsequentes Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data do balanço são refletidos nas demonstrações financeiras consolidadas. Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data do balanço são divulgados no anexo às demonstrações financeiras consolidadas se materiais. 3.3 Principais estimativas e julgamentos utilizados na elaboração das demonstrações financeiras consolidadas As NCRF-ESNL requerem que sejam efetuadas estimativas e julgamentos no âmbito da tomada de decisão sobre alguns tratamentos contabilísticos com impactos nos valores reportados no total do ativo, passivo, fundos patrimoniais, gastos e rendimentos. Os efeitos reais podem diferir das estimativas e julgamentos efetuados, nomeadamente no que se refere ao efeito dos gastos e rendimentos reais. As principais estimativas e julgamentos utilizados na aplicação dos princípios contabilísticos são discutidos nesta nota com o objetivo de melhorar o entendimento de como a sua aplicação afeta os resultados reportados pelo Grupo e a sua divulgação. Considerando que em muitas situações existem alternativas ao tratamento contabilístico adotado pelo Clube, os resultados reportados poderiam ser diferentes caso um tratamento diferente tivesse sido escolhido. O Conselho Diretivo considera que as escolhas efetuadas são apropriadas e que as demonstrações financeiras consolidadas apresentam de forma adequada a posição financeira do Grupo Sporting e o resultado das suas operações em todos os aspetos materialmente relevantes. 28

Imparidade dos ativos intangíveis - plantel A imparidade dos ativos intangíveis é analisada quando existem factos ou circunstâncias que indiquem que o seu valor líquido não é recuperável. Conforme anteriormente referido, o Grupo efetua uma revisão periódica do seu plantel de forma a validar a existência de perdas por imparidade. O processo de análise de uma possível imparidade dos passes dos atletas é sujeita a estimativas e julgamentos que envolvem um conjunto de variáveis tais como cedência temporária do atleta para outros clubes, idade, não utilização de forma continuada para os jogos, lesão, castigo, rescisão dos contratos de trabalho desportivo, entre outras. Vidas úteis dos ativos fixos tangíveis A determinação das vidas úteis dos ativos tangíveis, bem como a determinação do valor residual e o método de depreciação a aplicar, é essencial para determinar o montante das depreciações a reconhecer na demonstração dos resultados de cada exercício. Estes dois parâmetros são definidos de acordo com o melhor julgamento do Conselho Diretivo para os ativos e negócios em questão. Risco de crédito As perdas por imparidade relativas a saldos a receber são baseadas na avaliação efetuada pelo Grupo da probabilidade de recuperação, antiguidade de saldos, anulação de dívidas e outros fatores. Existem determinadas circunstâncias e factos que podem alterar a estimativa das perdas por imparidade dos saldos das contas a receber face aos pressupostos considerados, incluindo alterações da conjuntura económica, das tendências setoriais, da deterioração da situação creditícia dos principais clientes e de incumprimentos significativos. Este processo de avaliação está sujeito a diversas estimativas e julgamentos. As alterações destas estimativas podem implicar a determinação de diferentes níveis de imparidade e, consequentemente, diferentes impactos nos resultados. Pensões e outros benefícios a empregados A determinação das responsabilidades por pensões de reforma e outros benefícios concedidos aos empregados requer a utilização de pressupostos e estimativas, incluindo a utilização de projeções atuariais, taxas de desconto e de crescimento das pensões e salários e outros fatores que podem ter impacto nos custos e nas responsabilidades dos planos de pensões. As alterações os pressupostos considerados poderiam ter um impacto significativo nos valores apurados. 29

Provisões As provisões são mensuradas com base na melhor estimativa dos montantes a pagar no futuro, considerando a avaliação efetuada por consultores especializados (ex.: advogados) e o histórico de resolução de processos semelhantes. Impostos sobre o rendimento Existem diversas transações e cálculos para os quais a determinação do valor final do imposto a pagar é incerto durante o ciclo normal dos negócios. Outras interpretações e estimativas poderiam resultar num nível diferente dos impostos sobre os lucros, correntes e diferidos, reconhecidos no período. Em Portugal, as Autoridades Fiscais têm a atribuição de rever o cálculo da matéria coletável efetuado pela Empresa, durante um período de quatro ou seis anos (quatro anos a partir dos prejuízos gerados no período de 2010), no caso de haver prejuízos fiscais reportáveis. Desta forma, é possível que possam existir correções à matéria coletável, resultantes principalmente de diferenças na interpretação da legislação fiscal. No entanto, é convicção do Grupo, de que não haverá correções significativas aos impostos sobre o rendimento registados nas demonstrações financeiras consolidadas de 30 de junho de 2013. 4. Empresas consolidadas Perímetro de Consolidação - Subsidiárias As Empresas do Grupo Sporting incluídas na consolidação e respetiva participação à data de 30 de junho de 2013 e 2012 são as seguintes: 30-06-2013 30-06-2012 % do capital detido pelo Sporting Clube % do capital detido pelo Sporting Clube de Portugal de Portugal Denominação Social Directa Indirecta Total Directa Indirecta Total Sporting Clube de Portugal - Futebol, SAD 25% 64% 89% 25% 64% 89% Soc. Prom.Imobiliária - Lote Dourado, SA 100% - 100% 100% - 100% Soc. Prom.Imobiliária - Qta. De Alvalade, SA 100% - 100% 100% - 100% Soc. Prom.Imobiliária - Qta. Das Raposeiras, SA 100% - 100% 100% - 100% Soc. Construções e Planeamento, SA 100% - 100% 100% - 100% Sporting Património e Marketing, SA (SPM) 100% - 100% 100% - 100% Sporting, SGPS 100% - 100% 100% - 100% Construz - Soc. Prom.Imobiliária, SA 100% - 100% 100% - 100% Verdiblanc I, SA 100% - 100% 100% - 100% Verdiblanc II, SA 100% - 100% 100% - 100% Verdiblanc III, SA 100% - 100% 100% - 100% Verdiblanc IV, SA 100% - 100% 100% - 100% Fundação Sporting 100% - 100% 100% - 100% Reciklado - Exploração de Empreendimentos Turísticos, SA - 100% 100% - 100% 100% Sporting Multimédia, SA - 75% 75% - 75% 75% Sporting Seguros, Lda - 75% 75% - 75% 75% Sporting.com - 100% 100% - 100% 100% 30

Estas empresas foram incluídas na consolidação dado que o Grupo Sporting detém a maioria dos direitos de voto e o controlo operacional sobre a atividade das referidas empresas nos termos da política contabilística acima descrita. O interesse nestas subsidiárias é refletido nas demonstrações financeiras consolidadas do Grupo pelo método de consolidação integral. Alterações no perímetro de consolidação Durante o exercício findo em 30 de junho de 2013 e 2012 não se verificaram alterações ao perímetro de consolidação. Interesses minoritários Em 30 de junho de 2013 e 2012, o detalhe dos interesses minoritários incluídos no capital próprio é conforme segue: Interesses Minoritários Sporting Clube de Portugal - Futebol, SAD 29.288 33.967 Sporting Multimédia, SA 10 12 Sporting Seguros, Lda 32 13 TOTAL 29.330 33.992 Importa salientar que na rubrica de interesses minoritários encontra-se incluído o valor de 47.866 milhares de euros, respeitante aos Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis ( VMOC ) da subsidiária Sporting SAD decorrente da Oferta Pública de Subscrição respeitante à emissão de 55 milhões de VMOC s, realizada em 14 de janeiro de 2011, com o valor nominal de um 1 Euro, a qual foi integralmente subscrita com data de maturidade de janeiro de 2016. Em 30 de junho de 2013 e 2012, o detalhe dos interesses minoritários evidenciados na demonstração dos resultados é conforme segue: Interesses Minoritários Sporting Clube de Portugal - Futebol, SAD -4.679-4.906 Sporting Multimédia, SA -2-4 Sporting Seguros, Lda 19 13 TOTAL -4.662-4.897 Os movimentos ocorridos nos períodos findos em 30 de junho de 2013 e 2012 apresentam-se conforme segue: Saldo Inicial 33.992 38.889 Resultado líquido do período -4.662-4.897 Saldo final 29.330 33.992 31

5. Caixa e depósitos bancários A caixa e seus equivalentes em 30 de junho de 2013 e 2012 detalham-se conforme segue: Caixa e depósitos bancários Numerário 2 2 Depósitos à Ordem 1.728 230 Depósitos a Prazo 86 86 TOTAL 1.816 318 A demonstração dos fluxos de caixa é preparada de acordo com o método direto. O Grupo classifica na rubrica de caixa e equivalentes de caixa os ativos com maturidade inferior a três meses, e para os quais o risco de alteração de valor é insignificante. Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica de caixa e equivalentes de caixa inclui também, sempre que aplicável, os descobertos bancários, tendo em consideração a natureza dos respetivos descobertos, os quais se encontram refletidos no Balanço consolidado como passivo. A demonstração dos fluxos de caixa encontra-se classificada em atividades operacionais, de investimento e de financiamento. As atividades operacionais englobam os recebimentos de clientes e os pagamentos a fornecedores, ao pessoal e outros relacionados com a atividade operacional. Os fluxos de caixa abrangidos nas atividades de investimento incluem, nomeadamente, as aquisições e alienações de investimentos em empresas participadas e recebimentos e pagamentos decorrentes da compra e venda de ativos intangíveis e tangíveis. As atividades de financiamento abrangem, designadamente, os pagamentos e recebimentos referentes a empréstimos obtidos, descobertos bancários (quando aplicável), contratos de locação financeira e de parceria/fundos de investimento dos direitos económicos dos jogadores. 6. Ativos fixos tangíveis e intangíveis Os ativos fixos tangíveis e intangíveis desagregam-se como segue: 32

Ativos fixos tangíveis e intangíveis Eur'000 Eur'000 Ativos fixos tangíveis 110.342 114.919 Ativos intangíveis - plantel 28.242 40.219 Ativos intangíveis 168 245 TOTAL 138.752 155.383 Ativos fixos tangíveis e intangíveis (exceto plantel) Durante o exercício findo em 30 de junho de 2013, o movimento ocorrido na rubrica do ativo fixo tangível e intangível, bem como nas respetivas amortizações e perdas de imparidade, foi como segue: Ativo Bruto Eur'000 Aumentos Alienações Transf./ Abates Imparidade Ativos intangíveis Programas de computador 504 - - (35) - 469 Despesas com estudos e projectos 52 44-20 - 116 Outros ativos intangíveis 47 29 - (8) - 68 603 73 - (23) - 653 Ativos fixos tangíveis Terrenos e recursos naturais 16.873 - - - - 16.873 Edifícios e outras construções 144.663 232 - - - 144.895 Equipamento básico 2.075 20 - - - 2.095 Equipamento de transporte 467 - - (59) - 408 Equipamento administrativo 3.144 656 - (20) - 3.780 Outras imobilizações corpóreas 1.483 51 - - - 1.533 Investimentos em curso - 92 - - - 92 168.704 1.051 - (79) - 169.676 TOTAL 169.307 1.124 - (102) - 170.329 Depreciações/Amortizações e ajustamentos Transf./ Aumentos Alienações Eur'000 Abates Imparidade Ativos intangíveis Programas de computador 360 134 - (34) - 460 Despesas com estudos e projectos - 5-20 - 25 Outros ativos intangíveis - - - - - - 360 139 - (14) - 485 Ativos fixos tangíveis Edifícios e outras construções 48.697 4.953 - - - 53.651 Equipamento básico 871 215 - - - 1.086 Equipamento de transporte 397 35 - (59) - 373 Equipamento administrativo 2.887 285 - (20) - 3.153 Outras imobilizações corpóreas 931 107-34 - 1.072 53.783 5.596 - (45) - 59.334 TOTAL 54.143 5.735 - (59) - 59.820 Ativo Fixo Tangivel liquido 110.342 Ativo Intangivel liquido 168 Durante o exercício findo em 30 de junho de 2012, o movimento ocorrido na rubrica do ativo fixo tangível e intangível, bem como nas respetivas amortizações e perdas de imparidade, foi como segue: 33

Ativo Bruto Eur'000 Ativos intangíveis - plantel 30.Jun.11 Aumentos Alienações Os ativos intangíveis respeitantes ao plantel de futebol englobam os jogadores sobre os quais a subsidiária Sporting SAD detém os respetivos direitos de inscrição desportiva. O detalhe da rubrica em 30 de junho de 2013 e 2012 apresenta-se conforme segue: Transf./ Abates Imparidade Ativos intangíveis Programas de computador 504 - - - - 504 Despesas com estudos e projectos 31 21 - - - 52 Outros ativos intangíveis 31 16 - - - 47 566 37 - - - 603 Ativos fixos tangíveis Terrenos e recursos naturais 16.873 - - - - 16.873 Edifícios e outras construções 144.542 38-83 - 144.663 Equipamento básico 1.937 138 - - - 2.075 Equipamento de transporte 467 - - - - 467 Equipamento administrativo 3.134 10 - - - 3.144 Outras imobilizações corpóreas 1.112 371 - - - 1.483 Investimentos em curso 59 42 - (101) - - 168.123 599 - (18) - 168.704 TOTAL 168.689 636 - (18) - 169.307 Depreciações/Amortizações e ajustamentos Transf./ 30.Jun.11 Aumentos Alienações Eur'000 Abates Imparidade Ativos intangíveis Programas de computador 201 159 - - - 360 Despesas com estudos e projectos 1.867 - - (1.867) - - Outros ativos intangíveis - - - - - - 2.068 159 - (1.867) - 360 Ativos fixos tangíveis Edifícios e outras construções 43.743 4.954 - - - 48.697 Equipamento básico 661 210 - - - 871 Equipamento de transporte 359 38 - - - 397 Equipamento administrativo 2.735 152 - - - 2.887 Outras imobilizações corpóreas 805 109-17 - 931 48.303 5.463-17 - 53.783 TOTAL 50.371 5.622 - (1.850) - 54.143 Ativo Fixo Tangivel liquido 114.921 Ativo Intangivel liquido 245 Valor do Plantel Euros'000 Euros'000 Valor Bruto 54.404 72.436 Amortiz. Acumuladas e Perdas p/imparidade (26.162) (32.217) Total 28.242 40.219 Durante os exercícios findos em 30 de junho de 2013 e 2012, o movimento ocorrido na rubrica do ativo intangível valor do plantel, bem como nas respetivas amortizações e perdas de imparidade, foi como segue: 34

30.Junho.2013 Euros'000 Euros'000 Euros'000 Euros'000 Euros'000 Euros'000 Aumentos Alienações Regularizações e abates Imparidade Valor Bruto 72.436 16.379 (19.088) (15.323) - 54.404 Amortiz. Acum. e Perdas p/imparidade (32.217) (13.406) 10.894 14.524 (5.957) (26.162) Total 40.219 2.973 (8.194) (799) (5.957) 28.242 30.Junho.2012 Euros'000 Euros'000 Euros'000 Euros'000 Euros'000 Euros'000 30.Jun.11 Aumentos Alienações Regularizações e abates Imparidade Valor Bruto 77.425 32.547 (17.009) (20.527) - 72.436 Amortiz. Acum. e Perdas p/imparidade (44.065) (16.643) 12.531 20.511 (4.551) (32.217) Total 33.360 15.904 (4.478) (16) (4.551) 40.219 As principais adições ocorridas durante o exercício findo em 30 de junho de 2013 decompõem-se conforme segue: Jogador % direitos Data de Final do Vendedor económicos aquisição contrato Valor total de aquisição Marcos Rojo 100% Jul-12 Spartak Moscow Jun-17 5.425 Valentin Viola 80% Ago-12 Racing Club Jun-17 3.980 Miguel Lopes 50% Jan-13 FC Porto Jun-18 1.750 Danijel Pranjic 100% Jul-12 - Jun-15 1.080 Zakaria Labyad 70% Jul-12 PSV Jun-17 900 Jefferson 60% Mai-13 Estoril Praia Jun-17 700 13.835 Outros 2.544 Total 16.379 As principais adições ocorridas durante o exercício findo em 30 de junho de 2012 decompõem-se conforme segue: Jogador % direitos Data de Final do Valor total Vendedor económicos aquisição contrato de aquisição Elias Trindade 100% Ago-11 Atlético Madrid Jun-16 11.150 Diego Capel 95% Jul-11 Sevilla Jun-16 3.975 Jeffren 100% Ago-11 Barcelona Jun-16 3.750 Zakaria Labyad (a) (a) (a) (a) 2.610 Diego Rubio 80% Jul-11 Blanco Y Negro SA / Credigold Jun-16 2.223 Emiliano Insúa 50% Ago-11 Liverpool Jun-16 1.728 25.436 Outros 7.111 Total 32.547 (a) O valor de investimento referente ao jogador Zakaria Labyad deve-se a gastos inerentes à aquisição do jogador. As aquisições de direitos desportivos e económicos de jogadores incluem essencialmente as importâncias despendidas a favor da entidade cedente, encargos com serviços de intermediação, direitos de imagem, prémios de assinatura, mecanismo de solidariedade, taxas federativas e outros encargos. Os valores líquidos contabilísticos dos jogadores à data de 30 de junho de 2013 e 2012 são agrupados da seguinte forma: 35

Valor líquido contabilistico de Jogadores Nrº Euros'000 Nrº Euros'000 Jogadores Valor Total Jogadores Valor Total Inferior a 1 000 000 Euros 30 4.242 33 4.873 Entre 1 000 000 e 2 000 000 de Euros 3 4.135 6 7.675 Superior a 2 000 000 de Euros 6 19.865 7 27.671 Totais 39 28.242 46 40.219 Durante a época que terminou em 30 de junho de 2013, o plantel da equipa de futebol profissional registado na Liga Portuguesa de Futebol Profissional foi composto por 23 jogadores, dos quais 6 (26%) foram formados pela Sociedade, e 15 são jogadores que competem regularmente nos diversos escalões das respetivas seleções nacionais. Durante a época que terminou em 30 de junho de 2012, o plantel da equipa de futebol profissional registado na Liga Portuguesa de Futebol Profissional era composto por 26 jogadores, dos quais 7 (27%) foram formados pela Sociedade, e 15 eram jogadores que competem regularmente nos diversos escalões das respetivas seleções nacionais. Em 30 de junho de 2013 e 2012, os principais jogadores incluídos no valor líquido do plantel, a respetiva percentagem de direitos económicos detida pela Sporting SAD e duração dos contratos de trabalho desportivo, apresentam-se como segue: 36

Junho de 2013 Junho de 2012 Nome do Jogador Fim contrato % Direitos % Direitos Fim contrato Económicos Económicos Adrien Silva 2017 30% 2013 95% André Carrillo 2016 30% 2016 30% André Martins 2016 30% 2014 35% Bruma 2014 50% 2014 100% Cedric Soares 2016 50% 2013 30% Diego Capel 2016 60% 2016 75% Diego Rubio 2016 25% 2016 25% Elias Trindade 2016 50% 2016 50% Emiliano Insúa - 37% (a) 2016 35% Eric Dier 2016 100% 2016 100% Fabian Rinaudo 2015 35% 2015 35% Jefferson 2017 60% - - Jeffren Suarez 2016 55% 2016 75% Khalid Boulahrouz 2014 100% - - Marat Izmailov - 50% (a) 2015 100% Marcelo Boeck 2016 50% 2016 65% Marcos Rojo 2017 25% - - Matias Fernandez - - 2013 75% Miguel Lopes 2018 50% - - Oguchi Oneywu 2014 80% 2014 80% Ricky Van Wolfswinkel - - 2016 35% Rui Patricio 2018 65% 2013 70% Santiago Arias 2016 26% 2016 50% Sinama Pongolle - - 2013 100% Stjin Schaars 2014 22,5% 2014 46% Valentin Viola 2017 32% - - Valerei Bozhinov 2016 75% 2016 75% William Carvalho 2018 60% 2014 60% Wilson Eduardo 2018 30% 2014 55% Zakaria Labyad 2017 35% - - (a) Sporting Futebol, SAD não detém os direitos desportivos As percentagens de direitos económicos consideram a partilha de interesses económicos com terceiras entidades, resultante de futuras alienações, nomeadamente fundos, clubes, agentes desportivos ou os próprios jogadores. Parcerias e Contratos de Investimento Quality Football Ireland No âmbito da parceria já estabelecida com os Fundos Quality Football Ireland Limited, Quality Football Ireland III Limited e Quality Football Fund Ireland Limited, foram cedidas percentagens dos direitos económicos detidos pela Sociedade, à data de 30 de junho de 2013 e 2012, conforme segue: 37

Jogador Preço pago pelo Fundo Sporting Portugal Fund Carlos Chaby 50% 50% 1.000 Cristian Ponde 25% 25% 100 Diego Rubio 40% 40% 1.400 Elias Trindade 50% 50% 3.850 Fabian Rinaudo 50% 50% 1.100 João Mário 25% 25% 400 Ricky Van Wolfswinkel - 50% 2.538 Stjin Schaars 37,5% 37,5% 319 Tobias Figueiredo 50% 50% 1.000 Relativamente ao Fundo SPORTING PORTUGAL FUND Fundo Especial de Investimento Mobiliário Fechado, gerido pela ESAF Espírito Santo Fundos de Investimento Mobiliário SA, a autorização da sua constituição data de 8 de julho de 2011, tendo sido constituído no dia 9 de agosto de 2011 e integralmente subscrito pelo valor de Euros 15.000.000. À data de 30 de junho de 2013 e 2012, tinham sido celebrados contratos de investimento associados a este fundo relativamente aos seguintes jogadores: Jogador Preço pago pelo Fundo Alberto Coelho 5% 5% 50 André Carrillo 20% 20% 600 André Martins 40% 40% 800 André Santos 50% 50% 1.750 Carlos Chaby 2,5% 2,5% 50 Cedric Soares 25% - 625 Diego Capel 20% 20% 950 Diego Rubio 15% 15% 450 Diogo Salomão 25% 25% 1.000 Fabian Rinaudo 15% 15% 525 Jeffren Suarez 25% 25% 1.375 João Mário 15% - 240 José Lopes 25% 10% 450 Nuno Reis 15% - 225 Renato Neto 40% 40% 800 Santiago Arias 4% 4% 100 William Owuso 40% 40% 400 Wilson Eduardo 40% 40% 600 William Carvalho 40% 40% 400 Emiliano Insúa - 15% 525 Ricky Van Wolfswinkel - 15% 975 38

Relativamente às situações de partilha com o Sporting Portugal Fund, os montantes recebidos aquando da celebração de contratos de associação de interesses económicos são reconhecidos em resultados, em função do período de contrato de trabalho desportivo que os atletas mantêm com a Sporting Futebol SAD. Holdimo No âmbito da parceria já estabelecida com a Holdimo Participações e Investimento, S.A., à data de 30 de junho de 2013, foram cedidas percentagens dos direitos económicos detidos pela Sporting Futebol, SAD referentes a 23 jogadores. Conforme referido na Nota 33, no âmbito da reestruturação financeira em curso, está previsto o aumento do capital social da Sporting SAD por entrada em espécie, a realizar por subscrição particular pela sociedade Holdimo Participações e Investimentos, SA, no montante de Euros 20.000.000,00 (vinte milhões de euros), mediante a conversão de um crédito daquela entidade sobre a Sporting SAD, resultante de contrato de parceria de cooperação financeiro-desportiva, através de emissão de 20.000.000 (vinte milhões) de novas acções ordinárias, escriturais e nominativas, com o valor nominal de 1 Euro cada, pelo preço de subscrição de 1 Euro cada. Outros No âmbito de parcerias estabelecidas com outros parceiros/fundos de investimento foram cedidas percentagens dos direitos económicos detidos pela Sporting Futebol, SAD, à data de 30 de junho de 2013 e 2012, conforme segue: Jogador Preço pago pelo Fundo Associação em Participação André Carrillo 50% 50% 352 Leiston Holdings Valentin Viola 48% - 2.280 Leiston Holdings Marcos Rojo 75% - 2.000 (a) Doyen Sports Investments Zakaria Labyad 35% - 1.500 Doyen Sports Investments (a) O valor cedido ao Fundo ascendeu a Euros 3 milhões, sendo que a prestação remanescente vence-se em outubro de 2013. 7. Propriedades de Investimento A rubrica de propriedades de investimento em 30 de junho de 2013 e 2012, no valor de 2.742 milhares de euros, refere-se ao terreno sito na Avenida Padre Cruz. A sua classificação nesta rubrica decorre do seu uso indeterminado à data de fecho das demonstrações financeiras. 39

8. Outros ativos não correntes - Clientes Os valores a receber não correntes referem-se a vendas de jogadores com vencimento num prazo superior a 1 ano e inferior a 2 anos, referindo-se às seguintes entidades à data de 30 de junho de 2013 e 2012: Clientes Euros'000 Euros'000 Valência - 1.750 Norwich City 4.750 - Desconto Financeiro (237) (87) Total 4.513 1.663 Estes valores encontram-se registados ao custo amortizado, de acordo com a política contabilística descrita na nota 1.8. 9. Impostos diferidos O Grupo Sporting reconhece nas suas demonstrações financeiras o efeito fiscal das diferenças temporárias entre ativos e passivos numa base contabilística e fiscal, sendo o mesmo reconhecido com base nas seguintes taxas agregadas de imposto: 25%, no caso de ativos por impostos diferidos relativos a prejuízos fiscais reportáveis e 26,5% nos casos dos restantes ativos e passivos por impostos diferidos. Na data de cada balanço, é efetuada uma reapreciação das diferenças temporárias subjacentes aos ativos por impostos diferidos, no sentido de reconhecer ativos por impostos diferidos não registados anteriormente, por não terem preenchido as condições para o seu registo, e/ou para reduzir o montante dos impostos diferidos ativos registados em função da expectativa atual da sua recuperação futura. À data de 30 de junho de 2013 e 2012, embora as diferenças temporárias ativas sejam significativamente superiores às diferenças temporárias passivas, o Grupo Sporting SAD reconhece apenas as diferenças temporárias ativas até à concorrência das diferenças temporárias passivas, dado não existirem expectativas concretas de lucros fiscais futuros suficientes para os utilizar para além desses montantes. Os ativos e passivos por impostos diferidos e o respetivo efeito nos resultados dos exercícios findos em 30 de junho de 2013 e 2012 apresentam-se como segue: Prejuízos fiscais reportáveis sem imposto diferido ativo Euros'000 Reforço Redução Euros'000 Imposto diferido ativo - prejuízos fiscais 3.492 - - 3.492 Imposto diferido passivo - transição fiscal na conversão 3.492 - - 3.492 De acordo com a legislação em vigor em Portugal, os prejuízos fiscais são reportáveis durante um período de seis anos após a sua ocorrência, para os exercícios até 2009, de quatro anos para os exercícios de 2010 e 2011, e de cinco anos para os exercícios a partir de 2012 com o limite de até 75% do lucro tributável apurado no exercício em que seja realizada a dedução. 40

Os prejuízos fiscais das subsidiárias mais relevantes Sporting SAD e SPM sobre os quais o Grupo considera, em 30 de junho de 2013, existir incerteza quanto à capacidade de dedução a lucros tributáveis futuros, e como tal sem imposto diferido ativo, detalham-se conforme segue: Exercício Fiscal Euros'000 Euros'000 Euros'000 Prejuizo Fiscal Gerado Utilizaçoes Efectuadas Saldo por Utilizar Data de Vencimento Sporting Clube de Portugal - Futebol, SAD 2007/08 (3.792) - (3.792) 30-Jun-14 2008/09 (14.151) - (14.151) 30-Jun-15 2009/10 (27.733) - (27.733) 30-Jun-16 2010/11 (26.411) - (26.411) 30-Jun-15 2011/12 (37.974) - (37.974) 30-Jun-16 2012/13 (40.068) - (40.068) 30-Jun-17 Total (150.129) - (150.129) Sporting Património e Marketing, SA 2007 (4.422) - (4.422) 2013 2008 (2.540) - (2.540) 2014 2009 (4.708) - (4.708) 2015 2010 (5.684) - (5.684) 2016 Total (17.354) - (17.354) As estimativas incluídas nos planos de negócio não permitem sustentar a recuperabilidade destes prejuízos fiscais. Deste modo, o Conselho Diretivo do SCP entendeu não proceder ao registo de impostos diferidos ativos desta natureza. 10. Inventários Os inventários apresentam o seguinte detalhe à data de 30 de junho de 2013 e 2012: Euro'000 Euro'000 Mercadorias em Armazém 519 330 Imparidade (33) (19) TOTAL 486 311 A movimentação da imparidade de inventários durante os períodos findos em 30 de junho de 2013 e 2012 apresenta-se conforme segue: Euro'000 Euro'000 Saldo inicial 19 23 Reforço (14) (35) Reversões 29 31 Saldo final 33 19 41

11. Clientes Os valores a receber de clientes são resumidos como segue à data de 30 de junho de 2013 e 2012: Clientes conta corrente Clientes Atividades comerciais correntes 11.476 15.764 Venda de Jogadores e Mec. Solidariedade 5.853 6.541 Clientes de cobrança duvidosa 10.524 9.695 Perdas por imparidade (10.524) (9.695) TOTAL 17.329 22.305 A movimentação das perdas por imparidade a 30 de junho de 2013 e 2012 é como segue: Aumentos Redução Utilização Dif.Cambial 30.Junho.2013 Perdas por imparidade 9.695 910 - - (81) 10.524 TOTAL 9.695 910 - - (81) 10.524 TOTAL 30.Jun.11 Aumentos Redução Utilização Dif.Cambial 30.Junho.2012 Perdas por imparidade 8.926 546 (56) - 279 9.695 TOTAL 8.926 546 (56) - 279 9.695 12. Estado e outros entes públicos Os saldos credores e devedores com o Estado e outros entes públicos a 30 de junho de 2013 e 2012 é detalhado como se segue: Estado e outros entes públicos Saldos credores IRC 76 140 556 640 IRS 1.172 1.372 IVA 962 1.460 1.162 965 Segurança Social 413 1.551 Saldos devedores TOTAL 2.623 4.523 1.718 1.605 42

13. Outras contas a receber Em 30 de junho de 2013 e 2012, a rubrica de Outras contas a receber é detalhada como segue: Outras contas a receber Corrente Venda de Direitos Desportivos 3.500 - Mecanismos de Solidariedade 1.125 113 Pessoal 17 - Outros 1.696 4.920 Imparidade (Pessoal e Outros) (511) (316) Total 5.827 4.717 A movimentação das perdas por imparidade a 30 de junho de 2013 é como segue: Aumentos Redução Utilização 30.Junho.2013 Perdas por imparidade 316 220 (15) (10) 511 TOTAL 316 220 (15) (10) 511 14. Diferimentos Ativos Os diferimentos ativos a 30 de junho de 2013 e 2012 são resumidos como segue: 15. Fundos Patrimoniais Fundos Diferimentos Prospeção de mercado 725 782 Custos partilhados (SCP) - Entidadas relacionadas - - Outros 773 1.693 Os fundos iniciais do Clube a 30 de junho de 2013 e 2012 decompõem-se da seguinte forma: Fundos Sub-total 1.498 2.475 Fundos - Dotação Inicial 8.480 8.480 TOTAL 8.480 8.480 43

Reservas Em 30 de junho de 2013 e 2012 a rubrica de Reservas é detalhada como segue: Reservas Reservas Livres 4.310 4.310 Outras reservas 460 460 TOTAL 4.770 4.770 Outras variações nos fundos patrimoniais Esta rubrica inclui essencialmente o subsídio à construção do novo estádio, o qual de acordo com o parágrafo 14.5 da NCRF 22, sendo um subsídio do Governo não reembolsável relacionado com ativos fixos tangíveis, foi reconhecido em Fundos Patrimoniais e subsequentemente imputado numa base sistemática a rendimentos, durante o período de vida útil do novo estádio (14.326 milhares de euros e 14.685 milhares de euros em 30 de junho de 2013 e 2012, respetivamente). Inclui adicionalmente as variações de justo valor do instrumento financeiro derivado de cobertura de fluxos de caixa. 16. Provisões As provisões para outros riscos e encargos registaram as seguintes movimentações nos períodos findos em 30 de junho de 2013 e 2012: 30.Junho.2013 Aumentos Redução Utilização Provisão para outros riscos e encargos 7.507 5.248 - (941) 11.814 TOTAL 7.507 5.248 - (941) 11.814 30.Junho.2012 30.Jun.11 Aumentos Redução Utilização Provisão para outros riscos e encargos 10.141 1.116 - (3.750) 7.507 TOTAL 10.141 1.116 - (3.750) 7.507 Os montantes apresentados referem-se a provisões para fazer face a riscos relacionados com eventos/diferendos de natureza diversa, dos quais da sua resolução poderão resultar exfluxos de caixa. 17. Provisões específicas O Sporting Clube de Portugal, Sporting SAD e SPM assumem responsabilidades por benefícios pós-emprego com os seus colaboradores que se configuram num plano de benefícios definidos. Os principais pressupostos atuariais utilizados na elaboração dos estudos são conforme segue: 44

Pressupostos atuariais Taxa de crescimento salarial 2,00% 2,00% Taxa de crescimento salarial da Segurança Social 2,00% 2,00% Taxa de revalorização dos salários para a Seg. Social 1,00% 1,00% Taxa de crescimento das pensões 2,00% 2,00% Taxa de desconto 3,75% 4,00% Taxa de rotação de pessoal 0,00% 0,00% Tábua de mortalidade masculina TV 88/90 TV 73/77 Tábua de mortalidade feminina TV 88/90 TV 88/90 Tábua de invalidez EKV 80 EKV 80 As responsabilidades foram determinadas por avaliações atuariais reportadas a 30 de junho de 2013 e 2012, elaboradas por uma entidade independente. As responsabilidades desde o período findo em 30 de junho de 2011 até ao exercício findo em 30 de junho de 2013 evoluíram como segue: Em 30 de junho de 2013 e 2012, o valor das responsabilidades detalhadas por ativos e reformados apresentase como segue: Responsabilidades reconhecidas em Balanço Ativos (responsabilidades) líquidas Pensionistas 2.484 2.610 Ativos 3.565 2.543 Total 6.049 5.153 Em 30 de junho de 2013 e 2012, a decomposição das responsabilidades assumidas com serviços passados pelo Grupo detalha-se como segue: Valor atual de pensões em pagamento 2.484 2.610 Valor atual das responsabilidades por serviços passados dos ativos 3.565 2.543 Total das responsabilidades por serviços passados 6.049 5.153 A evolução das responsabilidades com pensões de reforma em 30 de junho de 2013 e 2012 é analisada como segue: 45

Responsabilidades no inicio do exercício 5.153 Custo com serviços correntes 284 Custo dos juros 99 Desvios atuariais 749 Benefícios pagos (236) Responsabilidades no fim do exercício 6.049 Os gastos suportados com pensões em 2013 foram de 1.132 milhares de euros e são detalhados conforme segue: Gastos com pensões Custos do serviço corrente 284 Custo dos juros 99 Desvios atuariais 749 Total 1.132 O reconhecimento dos gastos suportados com pensões foi registado na rubrica de gastos com pessoal. 18. Financiamentos obtidos À data de 30 de junho de 2013 e 2012 o detalhe dos financiamentos obtidos apresenta-se conforme segue: Euros'000 Euros'000 Não corrente Empréstimo Obrigacionista 20.000 20.000 Valores Mobiliários Obrigatóriamente Convertíveis 2.971 4.306 Empréstimos Bancários 126.586 143.797 Factoring 22.407 31.860 Leasings 3.962 4.394 Juros corridos e encargos com empréstimos 184 (3.382) Instrumentos financeiros derivados 4.026 5.276 Comissões com financiamentos bancários (1.451) (1.885) 178.685 204.366 Corrente Empréstimo Obrigacionista - - Valores Mobiliários Obrigatóriamente Convertíveis 1.336 1.245 Empréstimos Bancários 23.269 6.177 Leasings 432 5 Factoring 19.790 10.000 Letras/Garantias Bancárias Descontadas 7.000 9.000 Descobertos bancários 53.634 10.774 Comissões com financiamentos bancários (309) (318) Juros corridos e encargos com empréstimos (799) (463) 104.353 36.420 Total 260.066 216.480 46

Em 20 de julho de 2011, foi inteiramente subscrito, com uma procura de 59,07% superior à oferta, um novo Empréstimo Obrigacionista denominado Sporting SAD/2014, no valor de Euros 20 milhões. Os empréstimos bancários decorrem essencialmente do processo de reestruturação financeira contratado pelo Grupo Sporting com os bancos Millennium BCP e BES em 30 de dezembro de 2008, sobre a qual não tem ocorrido pagamento sobre o serviço da dívida. No entanto, importa salientar que estes montantes encontramse sujeitos a nova reestruturação financeira em curso, conforme divulgado na nota 38, pelo que há um compromisso para que a respetiva dívida não seja exigida a curto-prazo. 19. Fornecedores A rubrica de Fornecedores a 30 de junho de 2013 e 2012 apresentava a seguinte decomposição: Fornecedores Euros'000 Euros'000 Fornecedores - conta corrente 24.843 26.877 Fornecedores - letras a pagar 7.104 8.461 Total 31.947 35.338 20. Fundadores, beneméritos, patrocinadores, doadores, associados e membros A rubrica de fundadores, beneméritos, patrocinadores, doadores, associados e membros desagrega-se como segue: Fundadores, beneméritos, patrocinadores, doadores, associados e membros PASSIVO PASSIVO Sócios, Filiais, Delegações e Núcleos 434 434 Sócios - Quota Extraordinária 299 299 Sócios - Crédito Vitalício 126 121 Sócios c/ Créditos para pagamentos futuros 64 52 TOTAL 924 906 47

21. Outras contas a pagar A rubrica de outras contas a pagar a 30 de junho de 2013 e 2012 apresentava a seguinte decomposição: Outras contas a pagar Não Corrente LPF/FPF (Totonegócio) 2.380 2.184 Fornecedores 5.816 9.974 Outras operações com pessoal 484 246 Outros credores - Associação em Participação 43.075 28.875 Outros credores 3.144-54.899 41.279 Corrente Pessoal 2.658 2.998 Fornecedores de investimento 78 36 LPF/FPF (Totonegócio) - 196 Credores por acréscimos de gastos 10.995 10.229 Outros credores 4.097 8.328 17.828 21.787 Total 72.727 63.066 O montante do Totonegócio resulta essencialmente do contrato de compensação financeira celebrado com a Liga de Clubes, com vista à regularização de dívidas fiscais diversas, no âmbito do Plano Mateus. A rubrica de Fornecedores não correntes respeita essencialmente a aquisição de direitos desportivos e económicos a clubes de Futebol e a terceiros, comissões de intermediação e direitos de imagem de jogadores. A rubrica Outros Credores não correntes Associação em participação diz respeito a montantes já recebidos referentes à cedência de parte dos direitos económicos de alguns jogadores. O detalhe da rubrica a 30 de junho de 2013 e 2012 é o seguinte: Euros'000 Euros'000 Outros credores não correntes - Associação em Participação Quality Football Ireland Ltd 13.919 11.706 Holdimo SA 20.000 15.000 Leiston Holdings 2.646 461 Doyen Sports Investments 5.250 - Outros 1.260 1.708 Total 43.075 28.875 A rubrica de Credores por acréscimos de gastos correntes diz respeito essencialmente a remunerações e indemnizações a liquidar. 48

22. Diferimentos Os diferimentos passivos a 30 de junho de 2013 e 2012 são como segue: Diferimentos Rendimentos a reconhecer - não corrente Direito de superfície (Petrogal) 10.873 11.365 Rendimentos a reconhecer - cedência de direitos de jogadores 10.357 9.458 Rendimentos a reconhecer - corrente Total de diferimentos - não corrente 21.230 20.823 Direito de superfície (Petrogal) 492 413 Outros (quotizações e jornal Sporting) 634 825 Patrocínios e publicidade 1.670 2.778 Bilhetes de época - 2.655 Royalties - 2.070 Rendimentos a reconhecer - cedência de direitos de jogadores 5.857 8.660 Outros 216 595 Total de diferimentos - corrente 8.869 17.996 Total 30.099 38.819 Os rendimentos a reconhecer relativos aos direitos de superfície resultam da concessão à Petrogal do direito de utilização de terrenos para a exploração de posto de abastecimento de gasolina, sendo reconhecidos ao longo do período de vida dos respetivos contratos. Os rendimentos diferidos relativos à cedência de direitos de jogadores respeitam ao diferimento dos ganhos obtidos com a celebração de contratos de associação de interesses económicos com o Sporting Portugal Fund e que se encontram a ser reconhecidos pelo período de envolvimento com os referidos atletas através do seu contrato de trabalho desportivo. 49

23. Vendas e serviços prestados As vendas e serviços prestados desagregam-se como segue: Vendas e serviços prestados Vendas 1.360 1.997 Quotizações 5.469 6.590 Direitos Televisivos 11.573 12.537 Patrocínios e Publicidade 9.585 9.852 Inscrições nas Modalidades 1.423 1.414 Bilheteira e Bilhetes de Época 9.428 13.733 Outras prestações de serviços 3.795 2.181 Prestações de serviços 41.273 46.308 TOTAL 42.632 48.305 As receitas de direitos televisivos apresentam a seguinte composição em 30 de junho de 2013 e 2012: Euros'000 Euros'000 Direitos Televisivos Contrato de transmissão de direitos televisivos com a PPTV, SA 11.000 11.000 Market Pool da Liga Europa 428 1.159 Transmissão de jogos do play-off da Liga Europa 60 150 Transmissão de jogos particulares 85 120 Outros - 108 Total 11.573 12.537 A rubrica de patrocínios e publicidade decorrente essencialmente dos principais sponsors do Sporting e patrocínios técnicos de equipamentos e das camisolas (PT, Unicer, Puma e CGD). 24. Custo das mercadorias vendidas O custo das mercadorias vendidas em junho de 2013 e 2012 detalha-se conforme segue: Custo das mercadorias vendidas Euro Euro Saldo inicial 358 809 Compras 959 895 Regularizações (40) (152) Saldo Final 486 311 TOTAL 792 1.240 50

25. Subsídios à exploração Esta rubrica engloba os subsídios à exploração concedidos pelo Estado e outras entidades para a participação das diversas modalidades em competições nacionais e internacionais, como segue: Subsídios, doações e legados à exploração Subsídios do Estado e outras entidades públicas 9 32 Subsídios de outras entidades 93 228 TOTAL 102 260 26. Fornecimentos e serviços externos Esta rubrica engloba os seguintes fornecimentos e serviços externos: Fornecimentos e serviços externos Subcontratos 8.153 8.965 Organização e deslocações e estadias de jogos 1.738 2.749 Comissões 1.638 1.192 Honorários 4.547 4.514 Trabalhos especializados 1.930 1.405 Equipamentos Desportivos 656 512 Seguros 714 691 Publicidade e Propaganda 1.010 496 Outros FSE 2.172 3.623 Total 22.558 24.147 51

27. Gastos com o pessoal Os gastos com pessoal detalham-se como segue: Gastos com o Pessoal Remunerações Orgãos Sociais 151 374 Remuneração do Pessoal 36.007 36.485 Encargos sobre remunerações 3.453 3.984 Seguros de acidentes de trabalho 1.852 1.310 Indemnizações 5.242 4.961 Gastos com benefícios pós-emprego 1.165 1.452 Outros custos com o pessoal 358 368 TOTAL 48.228 48.934 28. Outros rendimentos e ganhos Os outros rendimentos e ganhos são resumidos da seguinte forma: Outros rendimentos e ganhos Participações nas Competições Europeias 1.908 3.302 Participações nas Competições Nacionais 33 325 Participações nas Competições Particulares 345 1.065 Cedência de jogadores 408 301 Indemnizações de seguros 132 152 Diferenças de câmbio 382 - Rendas e alugueres 524 734 Subsídios ao investimento 358 365 Licenciamentos / Royalties - 94 Participação em competições europeias 4 36 Reembolso de seguros 28 5 Outros 1.828 3.908 TOTAL 5.950 10.287 O ganho relativo à participação nas competições europeias nos dois exercícios refere-se à participação na Liga Europa e detalhe-se conforme segue: 52

Euros'000 Euros'000 Participação na Liga Europa Participação na fase de grupos 1.508 1.142 Prémio de performance na fase de Grupos 400 560 Prémio de passagem aos 1/16 de final - 200 Prémio de passagem aos 1/8 de final - 300 Prémio de passagem aos 1/4 de final - 400 Prémio de passagem às meias-finais - 700 Total 1.908 3.302 29. Outros gastos e perdas Os outros gastos e perdas são resumidos da seguinte forma: Outros gastos e perdas Filiações, inscrições e quotizações 303 241 Donativos 79 161 Impostos 1.632 1.471 Multas e penalidades 344 776 Prospeção de mercado 576 817 Outros gastos 1.512 1.540 TOTAL 4.446 5.006 30. Amortizações e perdas de imparidade com passes de jogadores Nos exercícios findos em 30 de junho de 2013 e 2012, a rubrica de amortizações e perdas de imparidade do plantel detalha-se conforme segue: Amortizações e perdas por imparidade do plantel Euros'000 Euros'000 Amortizações do exercício - Futebol profissional (Nota 12) 13.406 16.644 Perdas por imparidade - Futebol profissional (Nota 12) 5.957 4.551 Total 19.363 21.195 As perdas por imparidade do plantel consideram o valor líquido contabilístico dos direitos desportivos dos jogadores à data de 30 de junho de 2013, cuja recuperabilidade se afigura incerta e/ou cuja perda se confirmou por ocorrência de rescisão do contrato de trabalho desportivo entre a data de relato e a data de aprovação destas demonstrações financeiras. Em 30 de junho de 2013, as perdas por imparidade respeitam essencialmente a quatro jogadores (30 de junho de 2012: seis jogadores). 53

31. Resultados com transações de passes de jogadores Os rendimentos e gastos com transações de passes de jogadores são analisados como segue (ver Nota 12): Rendimentos/(Gastos) com transações de passes de jogadores Euros'000 Euros'000 Cedência de direitos económicos ao Sporting Portugal Fund 3.239 2.899 Venda de direitos desportivos 11.888 2.734 Mecanismo de solidariedade/compensão por formação 1.785 - Abate de direitos desportivos (17) (16) Total 16.896 5.617 Os rendimentos com cedência de direitos económicos ao Sporting Portugal Fund resultam do reconhecimento linear do proveito gerado com as cedências efetuadas ao fundo, em função do período de contrato de trabalho desportivo que os jogadores celebraram com a Sociedade, assim como pelo reconhecimento do valor remanescente dos jogadores alienados em cada exercício. À data de 30 de junho de 2013 e 2012, a venda de direitos desportivos detalha-se conforme segue: 30 de junho de 2013 % Direitos Euros'000 Euros'000 Euros'000 Euros'000 Data da Económicos Entidade Adquirente Valor de Gastos/(Rendimentos) Valor líquido Ganho/ Alienação Alienados venda associados à venda contabílistico (perda) Ricky Van Wolfswinkel 35% Jun-13 Norwich City 10.000 4.149 3.045 2.806 Matias Fernandez 75% Jul-12 Fiorentina 3.137 (437) 1.338 2.236 Emiliano Insúa 35% Jan-13 Atlético Madrid 3.500 577 1.272 1.651 Marat Izmailov 50% Jan-13 Porto 1.000 (1.108) 2.083 25 Daniel Carriço 100% Jan-13 Reading 750 112-638 João Moutinho (a) - - - 3.500 - - 3.500 Outros diversos diversos diversos 1.600 113 455 1.032 Total 23.487 3.406 8.193 11.888 30 de junho de 2012 % Direitos Euros'000 Euros'000 Euros'000 Euros'000 Data da Económicos Entidade Adquirente Valor de Gastos/(Rendimentos) Valor líquido Ganho/ Alienação Alienados venda associados à venda contabílistico (perda) João Pereira 100% Mai-12 Valência 3.833 517 1.514 1.802 Helder Postiga 50% Ago-11 Real Zaragoza 1.000 500 76 424 Yannick D Jaló 100% Ago-11 OGC Nice Cote Azur 1.000 (120) 357 763 Outros diversos diversos diversos 2.648 372 2.531 (255) Total 8.481 1.269 4.478 2.734 Os gastos associados às transferências de jogadores incluem as comissões de intermediação, gastos com o mecanismo de solidariedade assumidos pela Sporting SAD sempre que o valor é deduzido pelo clube de destino. Importa salientar que os valores apurados de gastos e/ou rendimentos associados à venda têm igualmente em consideração os seguintes fatores: dedução das verbas proporcionais a entregar a terceiras entidades no âmbito de contratos de partilha de interesses económicos, assim como incluem o efeito da atualização financeira, quando aplicável, tendo em consideração os planos de recebimento estipulados; 54

montantes apurados no termination agreement com jogadores e agentes de intermediação. O ganho relativo à compensação por formação decorre do mecanismo de solidariedade dos jogadores formados internamente. 32. Resultados financeiros Os rendimentos obtidos desagregam-se como segue: Juros e rendimentos similares obtidos Juros de depósitos 29 108 Diferenças de câmbio favoráveis - 309 Desconto Financeiro 109 808 TOTAL 138 1.225 Os juros e gastos similares suportados desagregam-se como segue: Juros e gastos similares suportados Juros suportados 10.447 9.725 Garantias bancárias 84 65 Desconto Financeiro 524 87 Diferenças de câmbio desfavoráveis 145 654 Comissões bancárias 558 600 Perdas em instrumentos de cobertura assoc. a financiamentos 1.812 1.369 Outros gastos e perdas financeiras 492 204 TOTAL 14.062 12.704 33. Imposto sobre o rendimento As empresas do Grupo Sporting, exceto o SCP pelas razões descritas nas políticas contabilísticas, encontra-se sujeito a Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas ( IRC ) à taxa normal de 25%, acrescida em 1,5% sobre o lucro tributável pela aplicação da Derrama, resultando numa taxa de imposto agregada de 26,5%. Esta taxa é elevada em 3% sobre a parte do lucro tributável de cada empresa que seja superior a 1.500.000 Euros até 10.000.000 Euros e em 5% para a parte do lucro tributável superior a 10.000.000 Euros. No apuramento da matéria coletável, à qual é aplicada a referida taxa de imposto, são adicionados e subtraídos, aos resultados contabilísticos, montantes não aceites fiscalmente. Estas diferenças entre o resultado contabilístico e fiscal podem ser de natureza temporária ou permanente. 55

Nos termos do artigo 88.º do Código do IRC, o Grupo encontra-se sujeita a tributação autónoma sobre um conjunto de encargos às taxas previstas naquele artigo. De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais do Grupo estão sujeitas a revisão e correção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos (cinco anos para a Segurança Social), exceto quando tenham havido prejuízos fiscais, tenham sido concedidos benefícios fiscais, ou estejam em curso inspeções, reclamações ou impugnações, casos estes em que, dependendo das circunstâncias, os prazos são alongados ou suspensos. O Conselho de Administração entende que as eventuais correções resultantes de revisões/inspeções, por parte das autoridades fiscais, àquelas declarações de impostos não terão um efeito significativo nas demonstrações financeiras em 30 de junho de 2013. Em 30 de junho de 2013 e 2013, a decomposição do montante de imposto sobre o rendimento do exercício reconhecido nas demonstrações financeiras, é conforme segue: Euros'000 Euros'000 Imposto corrente 247 129 Imposto diferido - - Total 247 129 O imposto corrente do exercício refere-se à tributação autónoma. 34. Partes relacionadas No âmbito da identificação das partes relacionadas, para efeitos de relato financeiro, foram avaliados como partes relacionadas os membros do Conselho Diretivo do SCP e Conselho de Administração das empresas subsidiárias e demais Órgãos Sociais. Ver adicionalmente a nota 27 em conjunto com o Relatório de Gestão. 35. Garantias prestadas e compromissos Garantias prestadas No âmbito da Reestruturação Financeira contratualizada de 30 de Dezembro de 2008, foram constituídas pelo Grupo Sporting a favor do Banco Comercial Português, Banco Espírito Santo, Banco Comercial Português do Investimento um conjunto de garantias, melhor previstas no contrato de constituição e promessa de garantias celebrado na mesma data, em segurança das obrigações assumidas pelas entidades do Grupo Sporting (Sporting Clube de Portugal, Sporting Clube de Portugal-Futebol, SAD, Sporting Património e Marketing, S.A., Sporting-SGPS, S.A. e Sporting Comércio e Serviços, S.A., esta última entretanto fundida com a Sporting Clube de Portugal-Futebol, SAD]). De entre tais garantias tem especial relevância a hipoteca constituída pela Sporting Património e Marketing, S.A a favor dos Bancos, a qual incide sobre o direito de superfície detido pela sociedade sobre as frações autónomas A e B do prédio urbano situado na Rua Dr. Fernando da Fonseca, em Lisboa, freguesia do 56

Lumiar, descrito na CRP de Lisboa sob o nº 2440, que correspondem, respetivamente, ao Estádio de Futebol e ao Edifício Multidesportivo. Sobre as frações autónomas acima indicadas já incidia, desde vinte e três de Agosto de dois mil e cinco, uma hipoteca voluntária a favor dos mesmos Bancos garantindo o montante máximo de cento e quarenta e cinco milhões seiscentos e quarenta e seis mil e sessenta euros. Para além da hipoteca acima referida e ainda nos contrato de constituição e promessa de garantias celebrado a 30 de Dezembro de 2008, para o qual se remete para efeito das definições nele consagrada, a Sporting Património e Marketing, SA constituiu ainda a favor dos Bancos um conjunto de outras garantias, destacandose: a constituição de penhor de primeiro grau sobre Créditos do Grupo Sporting; a constituição de penhor de primeiro grau sobre créditos resultantes da exploração de Direito de Patrocínio; a constituição de penhor de primeiro grau sobre créditos resultantes de quaisquer Contratos Relevantes; a constituição penhor de primeiro grau sobre saldos de contas bancárias; prometeu constituir penhor sobre Equipamento e sobre Equipamento Leasing (vídeo screens e autocarro); cedeu com escolpo de garantia créditos futuros sobre contratos de patrocínio e sobre todos os créditos presentes e futuros de que é ou venha a ser titular relativamente aos Seguros. No âmbito dos referidos contratos de financiamento obtidos pelo Grupo foram prestadas as seguintes garantias: (i) penhor sobre crédito do grupo SCP; (ii) penhor sobre créditos de direitos de patrocínios; (iii) penhor sobre os saldos das contas bancárias; (iv) cessão de créditos das quotas dos sócios; (v) créditos sobre direitos económicos de jogadores; (vi) créditos de seguros; (vii) garantias de créditos de bilheteira e (viii) imóvel da Academia do Sporting em Alcochete. Foram ainda constituídas a favor dos bancos financiadores Millennium BCP e BES hipotecas sobre o Estádio José Alvalade e terrenos circundantes, Edifício Multidesportivo e Quinta de Alvalade para garantia das responsabilidades de entidades que integram o Grupo Sporting, perante os referidos bancos. Em relação aos créditos sobre direitos económicos, estão incluídos os direitos detidos ou a deter pela Sporting SAD, relativos aos jogadores de futebol que tenham com ela celebrado um contrato de trabalho, sujeitos à regulamentação específica da FPF, LPFP, UEFA e FIFA, e que não estejam ou sejam dados em penhor ao abrigo do contrato de associação em Participação ou de depósito em Fundos. Existem igualmente garantias prestadas pelo BES e Millennium bcp no montante global de Euros 5.936 milhares (30 de Junho de 2012 - Euros 5.936 milhares) respeitantes essencialmente a compromissos decorrentes dos contratos de cedência de direitos de superfície à Petrogal, bem como as seguintes garantias bancárias prestadas pelo Grupo, no montante global de Euros 1.487 milhares, às seguintes entidades: Euros'000 Euros'000 DGCI 1.358 1.358 Repsol 9 9 Outras entidades 120 120 Total 1.487 1.487 57

Compromissos Decorrentes dos contratos celebrados com os jogadores e técnicos, existem compromissos financeiros assumidos relacionados com os respetivos desempenhos desportivos. Adicionalmente, existem outros jogadores detidos pela Sporting SAD para os quais foram estabelecidos compromissos com terceiros, nomeadamente clubes, agentes desportivos ou os próprios jogadores, no sentido de repartir o valor de futuros ganhos ou da venda que venham a ser obtidos com a alienação do seu passe. 36. Passivos e ativos contingentes Passivos Contingentes À data de 30 de Junho de 2013, existem processos judiciais intentados contra o Grupo Sporting que não se encontram provisionados sobre os quais é convicção do Conselho Diretivo que do desfecho destes processos não resultem quaisquer impactos sobre as demonstrações financeiras anexas, atendendo aos pressupostos e antecedentes das ações judiciais, aos pareceres dos consultores jurídicos que patrocinam o Grupo e às demais circunstâncias que envolvem os processos. Decorrente das transações de aquisição e alienação de direitos económicos de jogadores, bem como renovações de contrato de trabalho desportivo, existem valores contingentes a pagar a terceiros, nomeadamente clubes, agentes desportivos, jogadores ou parceiros/fundos de investimento, que dependem de transações futuras e/ou desempenhos desportivos futuros. Ativos Contingentes À data de 30 de junho de 2013, os ativos contingentes mais significativos respeitam às seguintes percentagens sobre os valores de transferência futura dos seguintes jogadores: 10% do Amido Baldé; 50% do Izmailov; 15% do Zapater; 20% do Nuno André Coelho; 37% do Ínsua. Existe um acordo celebrado entre o SCP e a Petrogal relativo à exploração de um posto de abastecimento de gasolina pela segunda, na sequência da cedência dos direitos de utilização sobre um terreno do SCP. Dado que ainda estão pendentes alguns aspetos legais associados a este processo, a Petrogal ainda não pagou ao SCP um montante relativo às rendas devidas. É convicção da Gestão do SCP que a resolução dos aspetos pendentes irá acontecer no curto prazo e este valor será pago ao SCP. 58

37. Gestão do risco As atividades do Grupo Sporting expõem o Grupo a diversos riscos que podem ter um efeito significativo nos resultados, fluxos de caixa e posição financeira, dos quais se destacam: risco de mercado (risco de câmbio, risco de taxa de juro e risco de preço), risco de crédito e risco de liquidez. O Grupo mantém um programa de gestão do risco focado na análise dos mercados financeiros, procurando minimizar os potenciais efeitos adversos no seu desempenho financeiro. A gestão do risco é efetuada de acordo com as políticas aprovadas pelo Conselho Diretivo, o qual avalia e realiza coberturas de riscos financeiros em estrita cooperação com a Direção Financeira e com as unidades operacionais do Grupo Sporting. O Conselho Diretivo providencia princípios para a gestão do risco como um todo e políticas que cobrem áreas específicas, como o risco de taxa de juro, o risco de liquidez e o risco de crédito. Risco de taxa de juro O Grupo encontra-se exposto ao risco de taxa de juro nos financiamentos obtidos e empréstimos concedidos. Os financiamentos obtidos a taxas de juro variáveis expõem o Grupo ao risco de variabilidade dos fluxos de caixa pela alteração das taxas de mercado. Os financiamentos obtidos a taxas de juro fixas expõem o Grupo ao risco de variação do justo valor desses instrumentos pela alteração das taxas de mercado. O Grupo não tem vindo a seguir qualquer política de cobertura de risco de taxa de juro. As suas operações são contratadas com base nas suas necessidades de financiamento da atividade. Risco de crédito O Grupo avalia os riscos de recuperação dos saldos em aberto através da análise da situação financeira e outra relevante, registando perdas de imparidade que apure serem necessárias. Risco de liquidez A gestão do risco de liquidez do Grupo é realizada com base nos compromissos celebrados com os seus devedores e credores, tentando sempre que possível adequar os cash flows entre os seus ativos e passivos de forma a encontrar um equilíbrio entre recebimentos e pagamentos. 59

Risco de câmbio O Grupo está apenas marginalmente sujeita a este tipo de risco, uma vez que não detém ativos ou passivos denominados em moeda estrangeira de montantes significativos. 38. Eventos subsequentes Deliberações da Assembleia Geral do Clube de 30 de junho de 2013 Aprovação da reestruturação societária e financeira do Grupo Sporting, o que implica a deliberação favorável sobre as seguintes operações: 1) Autorizar a prorrogação, por prazo adicional de 33 anos, do direito de superfície constituído pelo SCP a favor da Sporting Património e Marketing, SA (adiante SPM), do Estádio José Alvalade e do Edifício Multidesportivo com manutenção das hipotecas que oneram o identificado direito de superfície; 2) Autorizar, condicionado à aprovação do ponto anterior, a participação do SCP num aumento do capital social da SPM, a realizar por entrada em espécie a efetuar pelo SCP, no valor de Euros 73.000.000,00 (setenta e três milhões de euros), resultante da conversão do crédito do SCP decorrente da prorrogação do prazo do direito de superfície; 3) Aprovar a contratação de um empréstimo bancário até ao montante de Euros 68.000.000,00 (sessenta e oito milhões de euros), destinado a liquidar dívida do SCP perante a Sporting SAD, bem como a liquidar dívida do SCP e da Sporting SAD perante o Banco Comercial Português, S.A. e o Banco Espírito Santo, S.A. ( Bancos ); 4) Autorizar a constituição pelo SCP, a favor dos Bancos, de hipoteca sobre a sua propriedade do Estádio José Alvalade e do Edifício Multidesportivo, para garantia das responsabilidades do SCP perante os Bancos resultantes do financiamento; 5) Autorizar a constituição pelo SCP, a favor dos Bancos, de outra hipoteca sobre a sua propriedade do Estádio José Alvalade e do Edifício Multidesportivo, para garantia das responsabilidades assumidas pelas restantes entidades do Grupo Sporting perante os Bancos; 6) Autorizar a constituição de penhores sobre participações sociais detidas direta ou indiretamente pelo SCP nas sociedades estratégicas, Sporting Clube de Portugal - Futebol SAD e Sporting SGPS, para garantia das responsabilidades assumidas pelo SCP e pelas restantes entidades do Grupo Sporting perante os Bancos; Deliberações da Assembleia Geral da Sporting SAD de 23 de julho de 2013 No âmbito do plano de reestruturação financeira e recapitalização do Grupo Sporting, foram aprovadas as seguintes operações na Assembleia Geral da Sporting SAD, de 23 de julho de 2013: 60

1) Aprovação da fusão por incorporação da Sporting SAD (Clube Incorporante) e Sporting Património e Marketing, SA (Clube Incorporada), na modalidade de fusão por incorporação, nos termos dos artigos 97º nº 4 alínea a) do Código das Clube Comerciais, com transferência do património da SPM, designadamente do direito de superfície sobre o Estádio José Alvalade e sobre o Edifício Multidesportivo; 2) Aumento do capital social da Sporting SAD por entrada em espécie, a realizar por subscrição particular pela Clube Holdimo Participações e Investimentos, SA, no montante de Euros 20.000.000,00 (vinte milhões de euros), mediante a conversão de um crédito daquela entidade sobre a Sporting SAD, resultante de contrato de parceria de cooperação financeiro-desportiva, através de emissão de 20.000.000 (vinte milhões) de novas ações ordinárias, escriturais e nominativas, com o valor nominal de 1 Euro cada, pelo preço de subscrição de 1 Euro cada; 3) Autorização ao Conselho de Administração para proceder a um ou mais aumentos do capital social da Sporting SAD num montante total de Euros 18.000.000,00 (dezoito milhões de euros), a realizar por novas entradas em dinheiro através de subscrição particular junto de investidor, ou investidores, de referência selecionado (s) pelo Conselho de Administração da Clube, com supressão do direito de preferência dos acionistas, com emissão de 18.000.000 (dezoito milhões) de novas ações ordinárias, escriturais e nominativas, com o valor nominal de 1 Euro cada e pelo preço de subscrição de 1 Euro cada; 4) Constituição, a favor dos bancos financiadores do Clube Millennium BCP e BES, de hipoteca sobre o direito de superfície do Estádio José Alvalade e do Edifício Multidesportivo, para garantia das responsabilidades de entidades que integram o Grupo Sporting, perante os referidos bancos; 5) Emissão de Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis em ações da Sporting SAD ( VMOC ), escriturais e nominativos, no montante de Euro 80.000.000,00 (oitenta milhões de euros), com o valor nominal de 1 Euro cada, com prazo de 12 anos, pelo preço de subscrição de 1 Euro cada, obrigatoriamente convertíveis em ações ordinárias da Sporting SAD a um preço de conversão de 1 Euro cada, com taxa de juro anual bruta condicionada de 4%, devida quando existam resultados distribuíveis pela Sporting SAD; a emissão será efetuada mediante subscrição privada com realização em espécie, consistindo na conversão de créditos detidos sobre a Sporting SAD pelo Banco Espírito Santo, SA, no montante de Euro 24.000.000,00 (vinte e quatro milhões de euros) e pelo Banco Comercial Português, S.A., no montante de Euro 56.000.000,00 (cinquenta e seis milhões de euros); A implementação das medidas acima previstas visa permitir ao Grupo por um lado, elevar os seus capitais próprios e, por outro lado, dotar o Grupo dos meios necessários à gestão da sua atividade. Acordo com a Nova Expressão SGPS Foi comunicado pela Sporting SGPS que no dia 17 de julho de 2013 foi assinado um acordo com a Nova Expressão SGPS que veio pôr fim aos processos judiciais em curso, intentados pela Nova Expressão, pelos quais 61

esta demandava à Sporting SGPS o pagamento do preço e respetivos juros das ações da Sporting SAD adquiridas à Nova Expressão em 6 de dezembro de 2010. Época 2013/14 Durante a época 2013/2014, bem como na sua preparação, foram efetuadas diversas contratações, cedências temporárias de jogadores, alienações, renovações e revogações de contratos de trabalho. -:-:-:-:-:-:-:-:-:-:-:-:-:-:-:-:-:-:-:-:-:-:-:-: 62

CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS CONSOLIDADAS 63

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