RELIGIÃO E ESPIRITUALIDADE ENFERMAGEM DA FAMÍLIA

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A espiritualidade é um tema que vem chamando a atenção dos profissionais da saúde no que se refere ao cuidado humano. Pode ser um caminho para melhorar a qualidade de vida dos enfermos, assim como estimular maior rapidez no processo de cura e/ou enfrentamento das doenças.

NÓS, ENFERMEIROS, DEVEMOS ADMITIR QUE O SOFRIMENTO E FREQUENTEMENTE, A INSENSIBILIDADE A ELE SÃO QUESTÕES BÁSICAS DE ESPIRITUALIDADE.

O ser humano, quando possui um propósito para sua vida, enfrenta melhor o momento da morte e aqueles momentos associados ao sofrimento. Sendo o Enfermeiro o profissional que permanece mais tempo ao lado do paciente, deve ser preparado para desenvolver um olhar holístico para o ser humano; Necessita atuar de forma humanística com o intuito de proporcionar um apoio efetivo no que se refere ao campo espiritual; O Enfermeiro sabe cuidar do corpo físico do paciente, mas o lado psico-sócio-espiritual, fica relegado a um plano secundário.

Discutir a religiosidade e espiritualidade tem como objetivo: Reflexão sobre ser a própria espiritualidade do Enfermeiro um meio de encarar os processos do ciclo vital, de forma a que ajude o paciente/família no enfrentamento de crises geradas por alterações no processo saúde-doença; Respeitar as diferentes crenças e culturas com as quais terá contato em sua vida profissional; O Cuidar da atuação do Enfermeiro junto ao ser humano quando lhe presta cuidado.

PERGUNTAS A SEREM FEITAS À FAMÍLIA: 1) VOCÊ PARTICIPA DE IGREJA OU TEMPLO RELIGIOSO? 2) CONVERSAR COM ALGUÉM DE SUA IGREJA AJUDARIA A ENFRENTAR A DOENÇA NA FAMÍLIA?

PERGUNTAS A SEREM FEITAS À FAMÍLIA: 3) SUAS CRENÇAS RELIGIOSAS SÃO UM RECURSO PARA VOCÊ? 4) PARA VOCÊ E OS OUTROS MEMBROS DA FAMÍLIA? 5) VOCÊ DESCOBRIU QUE SUAS PRECES AJUDARAM-NO A ENFRENTAR O CANCER DE SEU FILHO?

CRENÇAS POPULARES Constatou-se que as pessoas que utilizam práticas populares não se preocupam com a cientificidade dos recursos utilizados no tratamento de doenças e sim com as respostas às suas necessidades em determinado momento.

CRENÇAS POPULARES A medicina popular se manifesta em duas áreas distintas: a caseira, baseada principalmente nas ervas medicinais e a medicina religiosa, relacionada especialmente às benzeduras e promessas.

CRENÇAS POPULARES Antes de procurar o serviço de saúde a maioria dos clientes costuma utilizar recursos populares em busca da solução para seus problemas de saúde. Recursos: chás caseiros outras práticas como banhos, emplastos ( plantas curativas quentes ) alimentos e benzeduras

CRENÇAS POPULARES As práticas religiosas são carregadas de atitudes de acolhimento, por isso ajudam o paciente e sua família a reelaborar a experiência de sofrimento vivenciada, reorganizando suas posturas diante da vida.

CRENÇAS POPULARES A religiosidade e os terapeutas populares representados por : raizeiros, benzedeiras e rezadeiras Tem significado importante dentro do processo saúde-doença, pois oferecem, respostas àquilo que é inexplicável dentro do modelo biomédico de assistência à saúde.

PRÁTICAS POPULARES E MEDICINA OFICIAL O saber popular deve ser compreendido e acrescido de conhecimentos e atitudes respaldadas pelo saber científico. Crenças em benzeduras, chás caseiros e simpatias ultrapassam diversas gerações e fazem parte do cotidiano da população, por isso, dificilmente são passíveis de mudanças. A assistência direcionada pelo profissional ao cliente que procura o serviço de atendimento à saúde precisa contemplar aspectos sócioculturais e se desenvolver de forma respeitosa e livre de preconceitos. É importante o respeito às tradições e opiniões para que se estabeleçam formas adequadas de assistência e o convívio saudável entre os saberes popular e científico

PRÁTICAS POPULARES E MEDICINA OFICIAL A mudança de hábitos relacionados à saúde entre usuários de práticas populares é um processo difícil, porque : Tem aspectos sócio-culturais, transmitidos entre diferentes gerações ou na comunidade; A comprovação empírica desses recursos, baseada em experiências anteriores, contribui para sua aceitação e utilidade