RELATÓRIO PÚBLICO DE AVALIAÇÃO PRÉVIA DO MEDICAMENTO EM MEIO HOSPITALAR

Documentos relacionados
RELATÓRIO PÚBLICO DE AVALIAÇÃO PRÉVIA DO MEDICAMENTO EM MEIO HOSPITALAR

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO PRÉVIA DO MEDICAMENTO PARA USO HUMANO EM MAIO HOSPITALAR

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO PRÉVIA DO MEDICAMENTO PARA USO HUMANO EM MEIO HOSPITALAR

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO PRÉVIA DO MEDICAMENTO PARA USO HUMANO EM MEIO HOSPITALAR

RELATÓRIO PÚBLICO DE AVALIAÇÃO PRÉVIA DO MEDICAMENTO EM MEIO HOSPITALAR

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO PRÉVIA DO MEDICAMENTO PARA USO HUMANO EM MEIO HOSPITALAR

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO PRÉVIA DO MEDICAMENTO PARA USO HUMANO EM MEIO HOSPITALAR

Dr. Gonzalo J. Martínez R.

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DO PEDIDO DE COMPARTICIPAÇÃO DE MEDICAMENTO PARA USO HUMANO

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DO PEDIDO DE COMPARTICIPAÇÃO DE MEDICAMENTO PARA USO HUMANO

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO PRÉVIA DO MEDICAMENTO PARA USO HUMANO EM MEIO HOSPITALAR

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO PRÉVIA DO MEDICAMENTO PARA USO HUMANO EM MEIO HOSPITALAR

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO PRÉVIA DO MEDICAMENTO PARA USO HUMANO EM MAIO HOSPITALAR

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO PRÉVIA DO MEDICAMENTO PARA USO HUMANO EM MEIO HOSPITALAR

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DO PEDIDO DE COMPARTICIPAÇÃO DE MEDICAMENTO PARA USO HUMANO

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DO PEDIDO DE COMPARTICIPAÇÃO DE MEDICAMENTO PARA USO HUMANO

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO PRÉVIA DO MEDICAMENTO PARA USO HUMANO EM MEIO HOSPITALAR

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DO PEDIDO DE COMPARTICIPAÇÃO DE MEDICAMENTO PARA USO HUMANO

RELATÓRIO PÚBLICO DE AVALIAÇÃO PRÉVIA DO MEDICAMENTO EM MEIO HOSPITALAR

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO PRÉVIA DO MEDICAMENTO PARA USO HUMANO EM MEIO HOSPITALAR

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO PRÉVIA DO MEDICAMENTO PARA USO HUMANO EM MEIO HOSPITALAR

Velhas doenças, terapêuticas atuais

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO PRÉVIA DO MEDICAMENTO PARA USO HUMANO EM MEIO HOSPITALAR

Estratificação do risco e terapêutica antitrombótica

ANTIAGREGANTES Quem e quando parar?

Realizado por Rita Calé, Cardiologista de Intervenção no Hospital Garcia de Orta

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DO PEDIDO DE COMPARTICIPAÇÃO DE MEDICAMENTO PARA USO HUMANO

Como fazer angioplastia primária high-tech low cost

Click to edit Master title style

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO PRÉVIA DO MEDICAMENTO PARA USO HUMANO EM MEIO HOSPITALAR

Abordagem intervencionista na síndrome coronária aguda sem supra do segmento ST. Roberto Botelho M.D. PhD.

RELATÓRIO PÚBLICO DE AVALIAÇÃO PRÉVIA DO MEDICAMENTO EM MEIO HOSPITALAR

Estudo comentado Nº PLATO. (PLATelet inhibition and patient Outcomes) Comentado por: José Carlos Nicolau

FA e DAC: Como abordar esse paciente? Ricardo Gusmão

CONTROVÉRSIAS EM CORONARIOPATIA AGUDA:

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO PRÉVIA DO MEDICAMENTO PARA USO HUMANO EM MEIO HOSPITALAR

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO PRÉVIA DO MEDICAMENTO PARA USO HUMANO EM MEIO HOSPITALAR

Curso prático de atualização em anticoagulação oral na FANV Casos especiais. Arminda Veiga

INFARMED Gabinete Jurídico e Contencioso

ARTIGO DE REVISÃO. Glicoproteínas IIb/ IIIa RICARDO MOURILHE ROCHA 1 - INTRODUÇÃO 2 - FARMACOLOGIA.

Register of patients with bioresorbable device in daily clinical practice REPARA study. Andreia Magalhães Hospital de Santa Maria

PESQUISA CLÍNICA (PESQUISA EM SERES HUMANOS) CNS/Res 196/1996

Síndromes Coronários Agudos O que há de novo na terapêutica farmacológica

Conceito de evidência e Busca bibliográfica. 1º semestre de

RELATÓRIO PÚBLICO DE AVALIAÇÃO PRÉVIA DO MEDICAMENTO EM MEIO HOSPITALAR

RELATÓRIO PÚBLICO DE AVALIAÇÃO PRÉVIA DO MEDICAMENTO EM MEIO HOSPITALAR

Deliberação n.º 1772/2006, de 23 de Novembro (DR, 2.ª série, n.º 244, de 21 de Dezembro de 2006)

Rua Afonso Celso, Vila Mariana - São Paulo/SP. Telefone: (11) Fax: (11)

Antiplaquetários nas síndromes coronarianas agudas: revisão

Anticoagulação peri-procedimento: o que sabemos e o que devemos aprender? Luiz Magalhães Serviço de Arritmia - UFBA Instituto Procardíaco

INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO. Dr Achilles Gustavo da Silva

Epidemiologia Analítica. AULA 1 1º semestre de 2016

Estudo comentado Nº PLATO NÃO INVASIVO. Comentado por: Prof. dr. Otavio Rizzi Coelho

Doença Coronária Para além da angiografia

Antiagregantes Plaquetários na Prevenção Primária e Secundária de Eventos Aterotrombóticos

Desenhos de estudos científicos. Heitor Carvalho Gomes

Estudo comentado Nº PLATO CIRÚRGICO. Comentado por: José Carlos Nicolau

Anexo III Resumo das características do medicamento, rotulagem e folheto informativo

SÍNTESE DE EVIDÊNCIAS SE 03/2016. Brilinta (ticagrelor) para prevenção de síndrome coronariana aguda

Resumo Palavras-Chave Abreviaturas Introdução Objetivo Métodos Resultados Discussão Limitações...

Impacto do Escore SYNTAX no Prognóstico de Pacientes com Doença Multiarterial Tratados por Intervenção Coronária Percutânea

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO PRÉVIA DO MEDICAMENTO PARA USO HUMANO EM MEIO HOSPITALAR

Paciente com DM, HAS e DAC (IAM recente), HBAC 7%, IMC 42: A curva J teria importância no tratamento deste paciente? Claudio Marcelo B.

INFARMED Gabinete Jurídico e Contencioso

Portaria n.º 195-A/2015, de 30 de junho 1 Aprova o procedimento comum de comparticipação e de avaliação prévia de medicamentos

Vasos com Diâmetro de Referência < 2,5 mm

RECOMENDAÇÕES PARA O TRATAMENTO DE DOENTES COM HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA DE CAUSA NÃO VARICOSA

A parte das estatinas e aspirina, quais medicações melhoram prognóstico no paciente com DAC e

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO PRÉVIA DO MEDICAMENTO PARA USO HUMANO EM MEIO HOSPITALAR

Aplicação de metodologias quantitativas para avaliação da relação benefício/risco: caso de estudo com rosiglitazona e pioglitazona

Terapia Antiplaquetária Dupla na DAC Até quando? Dr. Luis Felipe Miranda

O objetivo primordial do tratamento da hipertensão arterial é a redução da morbidade e da mortalidade cardiovascular do paciente hipertenso

Novas perspectivas no tratamento da síndrome coronariana aguda (SCA)

ONTARGET - Telmisartan, Ramipril, or Both in Patients at High Risk for Vascular Events N Engl J Med 2008;358:

Deliberação n.º 1028/2009, de 7 de Janeiro (DR, 2.ª série, n.º 68, de 7 de Abril de 2009)

Artigo de Revisão. Inibidores da Glicoproteína IIb/IIIa na Prática Clínica. Introdução. Intervenção coronariana percutânea eletiva.

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO PRÉVIA DE MEDICAMENTO PARA USO HUMANO EM MEIO HOSPITALAR

Ybarra LF, et al. Trombocitopenia Aguda Pós-Angioplastia Coronária Primária. Rev Bras Cardiol Invasiva. 2010;18(1):95-9.

Angina Instável Identificaçã. ção o e Abordagem. XV Congresso de Cardiologia de Mato Grosso do Sul Campo Grande CELSO RAFAEL G.

Sessão II - Inibidores do co transportador de sódio e glucose 2. Ana Paróla Hospital de Egas Moniz - CHLO

Revisão sistemática: o que é? Como fazer?

Novos Antiagregantes e Anticoagulantes Orais Manejo na endoscopia - maio 2015

Meta-análise: comparação de proporções para o caso de duas amostras independentes

Terapia Antiplaquetária

Anexo I. Lista das denominações, forma farmacêutica, dosagem, via de administração dos medicamentos e dos requerentes nos Estadosmembros

Intervenção Coronária Percutânea Facilitada: a União de Dois Métodos de Reperfusão é Possível?

RELATÓRIO PÚBLICO DE AVALIAÇÃO PRÉVIA DO MEDICAMENTO EM MEIO HOSPITALAR

Gestão Farmacêutica & Farmacoeconomia

Evolução do prognóstico das síndromes coronárias agudas ao longo de 12 anos - a realidade de um centro.

Despacho n.º /2000, de 10 de Agosto (DR, 2.ª Série, n.º 198, de 28 de Agosto de 2000) (Revogado pelo Despacho n.º B/2001, de 31 de Maio)

A importânciados novos tratamentosadjuvantesda ICP E. Infante de Oliveira

Anexo IV. Conclusões científicas e fundamentos para a alteração dos termos das Autorizações de Introdução no Mercado

: Importância na Intervenção Coronariana Percutânea

TESTOSTERONA E DOENÇA CARDIOVASCULAR

O RNEC na perspetiva dos Estudos Observacionais. Direção de Gestão do Risco de Medicamentos (DGRM) INFARMED, I.P. Fátima Canedo

Delineamentos de estudos. FACIMED Investigação científica II 5º período Professora Gracian Li Pereira

Questionário- Teste de Conhecimento de Bioestatística

Transcrição:

RELATÓRIO PÚBLICO DE AVALIAÇÃO PRÉVIA DO MEDICAMENTO EM MEIO HOSPITALAR DCI Cangrelor N.º Registo Nome Comercial Apresentação/Forma Farmacêutica/Dosagem Titular de AIM 5737911 Kengrexal Frasco para injetáveis - 10 unidades, pó para concentrado para solução injetável ou para perfusão, 50 mg The Medicines Company UK, Ltd. Data de indeferimento: 11/02/2019 Estatuto quanto à dispensa Medicamento Sujeito a Receita Médica Restrita alínea a) do Artigo 118º do Decreto-Lei n.º 176/2006, de 30 de agosto Medicamento órfão: Sim Não Classificação Farmacoterapêutica: 4.3.1.3 Antiagregantes plaquetários Indicações terapêuticas constantes do RCM: Kengrexal, coadministrado com ácido acetilsalicílico (AAS), é indicado para a redução de acontecimentos cardiovasculares trombóticos em doentes adultos com doença arterial coronária submetidos a intervenção coronária percutânea (ICP), que não receberam um inibidor oral de P2Y12 antes do procedimento de ICP e nos quais a terapêutica oral com inibidores de P2Y12 não é praticável ou desejável. Indicações terapêuticas para as quais foi solicitada avaliação - todas as indicações aprovadas (vide secção anterior). Indicações terapêuticas para as quais esta avaliação é válida todas as indicações aprovadas (vide secção anterior). Nota: Algumas informações respeitantes ao medicamento podem ser revistas periodicamente. Para informação atualizada, consultar o Infomed. 1. CONCLUSÕES DA AVALIAÇÃO Conclui-se que a evidência submetida pelo requerente não permite a avaliação comparativa do cangrelor face aos vários comparadores selecionados (antagonistas da glicoproteína IIb/IIIa como eptifibatido, tirofiban ou abciximab). Deste modo, por força do disposto no artigo 25.º, n.º 11 e 12, e 26.º, n.º 2 do Decreto-Lei n.º 97/2015, de 1 de junho, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 115/2017, de 7 de setembro, este medicamento não pode ser adquirido pelos hospitais do SNS, constituindo a decisão fundamento para a exclusão da candidatura em procedimentos públicos com vista à aquisição do mesmo. A decisão de indeferimento do pedido de avaliação prévia à utilização em meio hospitalar do medicamento, baseada no incumprimento dos critérios definidos no n.º 3 do artigo 25.º do Decreto-Lei n.º 97/2015, de 1 de Junho na sua redação atual, foi comunicada ao requerente, às comissões de farmácia e terapêutica dos hospitais e Administrações Regionais da Saúde, ao abrigo do disposto nos números 1 e 3 do artigo M-DATS-020/02 1 / 7

14.º da Portaria 195-A/2015 de 30 de junho, com as alterações introduzidas pela Portaria, n.º 270/2017, de 12 de setembro. 2. AVALIAÇÃO FARMACOTERAPÊUTICA Propriedades farmacológicas Kengrexal contém cangrelor, um antagonista direto do recetor plaquetário P2Yque bloqueia a ativação e agregação plaquetária induzida pela adenosina difosfato (ADP) in vitro e ex vivo. O cangrelor liga-se seletiva e reversivelmente ao recetor P2Y para prevenir a sinalização e ativação plaquetária ulteriores. Para informação adicional sobre o perfil farmacológico e farmacocinético, consultar o RCM disponível no Infomed. Comparador selecionado Antagonistas da glicoproteína IIb/IIIa como o eptifibatido, tirofiban ou abciximab. A avaliação farmacoterapêutica concluiu que não é possível determinar se existe vantagem terapêutica na utilização de Cangrelor face aos vários comparadores selecionados (antagonistas da glicoproteína IIb/IIIa como eptifibatido, tirofiban ou abciximab). Valor terapêutico acrescentado Lista dos estudos excluídos da análise e justificação: 1. Vaduganathan M et al, J Am Coll Cardiol 2017: Este estudo resulta de uma análise pós hoc de dados individuais de doentes incluídos nos estudos CHAMPION. Nesta análise foi avaliada a eficácia e segurança da utilização de Cangrelor comparada com Clopidogrel por subgrupos que receberam, ou não receberam, GPIs. Este desenho não respeita a População, Intervenção, Comparadores e Outcomes (PICO) definidos previamente por incluir num dos braços a utilização de clopidogrel, sendo contrário ao subgrupo definido: Adultos com doença arterial coronária submetidos a ICP, que não receberam um inibidor oral de P2Y12 antes do procedimento de ICP, nos quais a terapêutica oral com inibidores de P2Y12 não é praticável ou desejável. 2. Vaduganathan M et al, JAMA Cardiol 2017: Este estudo resulta de uma análise pós hoc de dados individuais de doentes incluídos nos estudos CHAMPION. Nesta análise foi avaliada a eficácia e segurança da utilização de Cangrelor comparada com Clopidogrel + GPI administrados rotineiramente (excluindo-se situações de bail out). Este desenho não respeita a PICO definidos previamente por incluir num dos braços a utilização de clopidogrel, sendo contrário ao subgrupo definido: Adultos M-DATS-020/02 2 / 7

com doença arterial coronária submetidos a ICP, que não receberam um inibidor oral de P2Y12 antes do procedimento de ICP, nos quais a terapêutica oral com inibidores de P2Y12 não é praticável ou desejável. 3. Akers et al, 2010: Estudo observacional com objetivo de avaliar segurança e tolerabilidade em voluntários saudáveis, pelo que não corresponde ao desenho de estudo 4. Angiolillo et al, 2012: Estudo de coorte prospectiva com objetivo de medir efeitos do Cangrelor na função plaquetária de doentes inseridos nos estudos CHAMPION. Não corresponde ao desenho de estudo 5. Bhatt, 2009: Ensaio clínico aleatorizado e controlado em doentes com necessidade de ICP para comparar administração de Cangrelor vs placebo no momento do procedimento, seguido de 600mg de clopidogrel por via oral. Nem a população, nem o comparador correspondem à PICO definida. 6. Bhatt, 2013: Ensaio clínico aleatorizado e controlado em doentes com necessidade de ICP para comparar administração de Cangrelor vs Clopidogrel. Nem a população, nem o comparador correspondem à PICO definida. 7. Harrington, 2009: Ensaio clínico aleatorizado e controlado em doentes com necessidade de ICP para comparar administração de Cangrelor vs Clopidogrel. Nem a população, nem o comparador correspondem à PICO definida. 8. Cavender, 2013: Análise de sensibilidade dos resultados do estudo Bhatt, 2013. Nem a população, nem o comparador correspondem à PICO definida. 9. Droppa, 2017: Série de casos que reporta a experiência de um centro com a utilização de Cangrelor em doentes em choque cardiogénico submetidos a ICP. Não corresponde ao desenho de estudo 10. Eisen, 2017: Análise secundária dos dados resultantes dos ensaios 11. Franchi, 2015: Artigo de revisão. Não corresponde ao desenho de estudo 12. Leonardi, 2017: Artigo de revisão. Não corresponde ao desenho de estudo 13. Parker, 2017: Análise secundária dos dados resultantes dos ensaios M-DATS-020/02 3 / 7

14. Qamar, 2016: Artigo de revisão. Não corresponde ao desenho de estudo 15. Sible, 2017: Artigo de revisão. Não corresponde ao desenho de estudo 16. Steg, 2013: Análise secundária dos dados resultantes dos ensaios 17. Tang, 2015: Revisão sistemática e meta-análise para avaliar a eficácia e segurança da utilização de Cangrelor. Os 4 ensaios obtidos comparam Cangrelor com Clopidogrel. Nem a população, nem o comparador correspondem à PICO definida pela CATS. 18. Vaduganathan, JAAC 2017: Série de casos que reporta a experiência de um centro com a utilização de Cangrelor em doentes submetidos a ICP. Não corresponde ao desenho de estudo 19. White, 2012: Análise secundária dos dados resultantes dos ensaios 20. Cada, 2015: Artigo de revisão. Não corresponde ao desenho de estudo Não houve nenhum estudo que cumprisse os critérios para ser incluído na análise. Adicionalmente, foram submetidas 22 comparações indiretas naïve entre cangrelor e inibidores da glicoproteína IIb/IIIA, as quais não foram consideradas relevantes para a presente avaliação. De acordo com a metodologia de avaliação farmacoterapêutica utilizada pela CATS, para demonstrar o benefício adicional de um regime terapêutico sobre outro, não basta fazer uma comparação naïve e constatar que o efeito de um regime terapêutico sobre um determinado outcome é numericamente superior a outro regime terapêutico. A comparação direta é a comparação que fornece a melhor evidência da eficácia relativa de dois tratamentos, pelo deve ser o método utilizado preferencialmente. Quando a evidência disponível inclui vários estudos head-to-head, por vezes combina-se os resultados desses estudos utilizando técnicas meta-analíticas, para gerar uma estimativa combinada (pooled estimate) da eficácia relativa dos 2 tratamentos. Contudo, por vezes existem dados insuficientes para estimar de forma confiável a M-DATS-020/02 4 / 7

eficácia relativa de 2 tratamentos ou pode haver necessidade de comparar mais de 2 tratamentos simultaneamente, situação em que é necessário utilizar métodos de comparação de múltiplos tratamentos. Assim, os métodos de comparação de múltiplos tratamentos podem ser usados para inferir a eficácia relativa de 2 tratamentos na ausência de estudos head-to-head, por comparação exclusivamente indireta ou através da combinação de comparações diretas e indiretas. É importante salientar que, nas comparações indiretas, apenas deverão ser utilizados métodos ajustados (meta-analíticos) que mantenham a randomização. As comparações indiretas não ajustadas, quando comparadas com as comparações diretas, resultam num elevado número de discrepâncias em relação ao significado e direção da eficácia relativa. Comparações indiretas não ajustadas têm o mesmo valor das comparações utilizando estudos observacionais e não são recomendadas. Existem múltiplos métodos de comparações múltiplas, genericamente denominadas de meta-análise em rede, e incluem (entre outros) comparações mistas de tratamento (MTC, mixed treatment comparison) Bayesianas. Estas técnicas necessitam sempre de revisões sistemáticas da literatura que eliminem o risco de enviesamento resultante da seleção de estudos. Por vezes existem apenas estudos de braço único que não permitem a aplicação de técnicas de meta-análise em rede. Nestes casos é aceitável utilizar outras metodologias como Simulated treatment comparison (STC) ou Matching adjusted Indirect comparison (MAIC). Também estas técnicas necessitam sempre de revisões sistemáticas da literatura que eliminem o risco de enviesamento resultante da seleção de estudos. 3. AVALIAÇÃO ECONÓMICA: Não aplicável 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Resumo das características do medicamento 2. Cavender MA, Bhatt DL, Stone GW, et al. Consistent Reduction in Periprocedural Myocardial Infarction With Cangrelor as Assessed by Multiple Definitions. Circulation. 2016;134(10):723-733. doi:10.1161/circulationaha.115.020829. 3. Capodanno D, Ferreiro JL, Angiolillo DJ. Antiplatelet therapy: new pharmacological agents and changing paradigms. J Thromb Haemost. 2013;11(SUPPL.1):316-329. doi:10.1111/jth.12219. 4. Cada DJ, Baker DE, Ingram KT. Cangrelor. Hosp Pharm. 2015;50(10):922-929. doi:10.1310/hpj5010-922. 5. Bhatt DL, Stone GW, Mahaffey KW, et al. Effect of Platelet Inhibition with Cangrelor during PCI on Ischemic Events. N Engl J Med. 2013;368(14):1303-1313. doi:10.1056/nejmoa1300815. 6. Bhatt DL, Lincoff AM, Gibson CM, et al. Intravenous Platelet Blockade with Cangrelor during PCI. N Engl J Med. 2009;361(24):2330-2341. doi:10.1056/nejmoa0908629. M-DATS-020/02 5 / 7

7. Angiolillo DJ, Schneider DJ, Bhatt DL, et al. Pharmacodynamic effects of cangrelor and clopidogrel: the platelet function substudy from the cangrelor versus standard therapy to achieve optimal management of platelet inhibition (CHAMPION) trials. J Thromb Thrombolysis. 2012;34(1):44-55. doi:10.1007/s11239-012-0737-3. 8. Akers WS, Oh JJ, Oestreich JH, Ferraris S, Wethington M, Steinhubl SR. Pharmacokinetics and Pharmacodynamics of a Bolus and Infusion of Cangrelor: A Direct, Parenteral P2Y12 Receptor Antagonist. J Clin Pharmacol. 2010;50(1):27-35. doi:10.1177/0091270009344986. 9. White HD, Chew DP, Dauerman HL, et al. Reduced immediate ischemic events with cangrelor in PCI: A pooled analysis of the CHAMPION trials using the universal definition of myocardial infarction. Am Heart J. 2012;163(2):182-190.e4. doi:10.1016/j.ahj.2011.11.001. 10. Vaduganathan M, Qamar A, Badreldin HA, Faxon DP, Bhatt DL. Cangrelor Use in Cardiogenic Shock. JACC Cardiovasc Interv. 2017;10(16):1712-1714. doi:10.1016/j.jcin.2017.07.009. 11. Vaduganathan M, Harrington RA, Stone GW, et al. Cangrelor With and Without Glycoprotein IIb/IIIa Inhibitors in Patients Undergoing Percutaneous Coronary Intervention. J Am Coll Cardiol. 2017;69(2):176-185. doi:10.1016/j.jacc.2016.10.055. 12. Tang Y, Zhang Y-C, Chen Y, Xiang Y. Efficacy and safety of cangrelor for patients with coronary artery disease: a metaanalysis of four randomized trials. Int J Clin Exp Med. 2015;8(1):800-808. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25785060. 13. Steg PG, Bhatt DL, Hamm CW, et al. Effect of cangrelor on periprocedural outcomes in percutaneous coronary interventions: a pooled analysis of patient-level data. Lancet. 2013;382(9909):1981-1992. doi:10.1016/s0140-6736(13)61615-3. 14. Sible AM, Nawarskas JJ. Cangrelor. Cardiol Rev. 2017;25(3):133-139. doi:10.1097/crd.0000000000000142. 15. Qamar A, Bhatt DL. Current status of data on cangrelor. Pharmacol Ther. 2016;159:102-109. doi:10.1016/j.pharmthera.2016.01.004. 16. Parker W, Bhatt D, Prats J, et al. Characteristics of dyspnoea and associated clinical outcomes in the CHAMPION PHOENIX study. Thromb Haemost. 2017;117(06):1093-1100. doi:10.1160/th16-12-0958. 17. Leonardi S, Bhatt DL. Practical considerations for cangrelor use in patients with acute coronary syndromes. Eur Hear J Acute Cardiovasc Care. June 2017:204887261770796. doi:10.1177/2048872617707960. 18. Harrington RA, Stone GW, McNulty S, et al. Platelet Inhibition with Cangrelor in Patients Undergoing PCI. N Engl J Med. 2009;361(24):2318-2329. doi:10.1056/nejmoa0908628. 19. Franchi F, Rollini F, Park Y, Angiolillo DJ. Novel Antiplatelet Agents: The Current State and What Is Coming Down the Pike. Prog Cardiovasc Dis. 2015;58(3):267-277. doi:10.1016/j.pcad.2015.08.009. 20. Eisen A, Harrington RA, Stone GW, et al. Cangrelor compared with clopidogrel in patients with prior myocardial infarction Insights from the CHAMPION trials. Int J Cardiol. 2018;250:49-55. doi:10.1016/j.ijcard.2017.10.006. 21. Droppa M, Borst O, Rath D, et al. Impact of Intravenous P2Y12-Receptor Inhibition with Cangrelor in Patients Presenting with Acute Coronary Syndrome and Cardiogenic Shock a Case Series. Cell Physiol Biochem. 2017;42(4):1336-1341. doi:10.1159/000478962. 22. Vaduganathan M, Harrington RA, Stone GW, et al. Cangrelor With and Without Glycoprotein IIb/IIIa Inhibitors in Patients Undergoing Percutaneous Coronary Intervention. J Am Coll Cardiol. 2017;69(2):176 23. Vaduganathan M, Harrington RA, Stone GW, et al. Evaluation of Ischemic and Bleeding Risks Associated With 2 Parenteral Antiplatelet Strategies Comparing Cangrelor With Glycoprotein IIb/IIIa Inhibitors. JAMA Cardiol. 2017;2(2):127. doi:10.1001/jamacardio.2016.4556 M-DATS-020/02 6 / 7

M-DATS-020/02 7 / 7