PROGRAMA DE ESTÁGIO EXTERNO EM DOENÇAS INFECCIOSAS

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Transcrição:

PROGRAMA DE ESTÁGIO EXTERNO EM DOENÇAS INFECCIOSAS IMPORTADAS PARA INTERNOS DE PEDIATRIA Hospital Nossa Senhora da Paz, Cubal, Angola 1. INTRODUCÇÃO A pouca frequência da maioria das doenças infeciosas tropicais no nosso meio, onde não são endêmicas, como por exemplo a malária, pode fazer pensar que não é imprescindível a formação dos internos de pediatria neste campo. Não obstante, outras doenças como a tuberculose o a infeção por HIV são doenças globais que diagnosticar na qualquer área geográfica. Alem, por outro lado os movimentos migratórios e os deslocamentos turísticos a nível mundial fazem que muitas doenças tropicais sejam atendidas nos nossos centros de saúde ou hospitais já que o tempo de incubação é mais longo que o tempo de deslocamento dos países endêmicos. Por ser um grupo de doenças desconhecidas pela maioria da população autóctone e também por alguns profissionais sanitários, a sua inclusão no diagnóstico diferencial é por vezes deficiente sem um nível de alerta elevado. Por outro lado, muitas delas comportam um alto risco de morbilidade e mortalidade sem um diagnóstico atempado. Dentro da formação especializada em pediatria, o Hospital Universitari Vall d Hebron tem a quase totalidade de subespecialidades pediátricas. O médico interno recebe um aprendizagem global em diferentes áreas de conhecimentos num tempo muito limitado. Como foi comentado, a imigração e os deslocamentos turísticos a nível mundial criam a necessidade de uma adequada formação na área de das doenças tropicais, sendo cada vez mais importante a estância em países endêmico. Para os internos é possível realizar parte do seu estágio dentro da Unidade de Doenças Infeciosas e Imunodeficiências na Unidade de Saúde Internacional de Drassnaes-Vall d Hebron, mais a pesar de isso consideramos que é fundamental completá-la com estâncias num país endêmico. De acordo com a disposição do articulo 21 do Real Decreto 183/2008, são consideradas estágios externos os períodos formativos, autorizados pelo organismo correspondente da cada comunidade autônoma que sejam realizados em centros ou dispositivos não previstos no programa da formação nem na acreditarão concedida ao centro o unidade docente. O centro onde seja realizado o estágio externo emitirá o correspondente relatório da avaliação conforme os mesmos parâmetros que nas rotações internas previstas no programa formativo. É responsabilidade do interno a entrega do relatório secretaria da comissão de docência deo centro de origem para a sua avaliação.

2. CUBAL (ANGOLA) EM DADOS A República de Angola é um país localizado no sul de África. Está dividido em 18 províncias e está limitado pela Namíbia ao sul, República Democrática do Congo ao norte e Zâmbia ao este, com a costa oeste banhada pelo oceano Atlântico. Estima-se uma população de 21,472,000 pessoas, com uma renda nacional per capita de $6.000 e uma taxa da alfabetização de 40%. A esperança de vida no momento de nascimento é de 53 anos para as mulheres e 50 anos para os homens. A taxa de mortalidade infantil é elevada (102/1000 recém-nascidos vivos) com uma taxa de mortalidade em menores de 5 anos de 163 casos por cada 1000 nascimentos, sendo a mortalidade infantil (<1 ano) de 126 casos e a mortalidade neonatal de 45 casos por cada 1000 recém-nascidos vivos. As principais causas de morte a Angola são de maior a menor frequência, doenças diarreicas (10%), malária (9%), processos neonatais (8%), infeções das vias respiratórias (7%), VIH (7%), má nutrição (7%), acidentes de tráfico (6%), acidentes vasculares cerebrais (4%), cardiopatia isquémica (4%) e tuberculose (3%). A má nutrição é uma doença frequente em Angola, com uma proporção de recém-nascidos com baixo peso ao nascer de 12% e um 16% de casos com peso baixo para altura em grau moderado-grave. As doenças infeciosas são um problema comum. A pesar da existência de uma boa cobertura vacinal e financiada pelo governo, são frequentes os brotes de doenças evitáveis como por exemplo o sarampo. Existe também um número não depreciável de sepsis e meningite. A malária é endêmica na área de influência de Cubal. Medidas preventivas como a utilização de mosquiteiros só são utilizadas por um 26% das crianças e a taxa de cobertura antimalárica em processos febris em crianças de 0-4 anos é só de 28,3%. Conforme dados da OMS, a prevalência do VIH na população adulta é de 2,3%, afetando 30.000 crianças em 2012. Alem da elevada mortalidade e morbilidade associada, também comporta problemas sociais e familiaires (em 2012, 10,9% dos órfãos). Angola é um país com uma alta prevalência (490/100.000) e incidência (370/100.000) de tuberculose com uma taxa de mortalidade atribuível de 52 casos por cada 100.000 habitantes e de 14 por cada 100.000 pela associação tuberculose-vih. O número de casps incidentes durante 2014 foi de 53.552. Nesse mesmo ano, estimaram-se até 800 casos de tuberculose pulmonar multirresistente. O Hospital Nossa Senhora da Paz de Cubal é um hospital privado sem animo de lucro, a cargo da missão católica da Companhia de Santa Teresa de Jesus, na localidade do Cubal, província de Benguela, em Angola. Funciona desde o ano 1997 e desde 2004 colabora com o Ministério Nacional de Saúde e depende da administração municipal. O hospital coopera com varias instituições

internacionais, entre elas o Hospital Vall d Hebron dentro do Programa da Saúde Internacional ICS (PROSICS). Anualmente, o Hospital organiza umas Jornadas Científicas onde participam profissionais de diversos centros nacionais e internacionais; em formato monográfico sobre os seguintes temas: tuberculose, VIH, saúde materno-infantil e parasitologia. O hospital tem 294 camas, das quais 94 são exclusivas de pediatria distribuindo-se da seguinte forma: hospitalização géral (42), cuidados intensivos (10), má nutrição grave (30) é tuberculose (10). Também inclui atenção as consultas externas, serviço de urgências 24 horas, serviço de ortopedia e cirurgia, maternidade e 150 camas para doentes com tuberculose e coinfecção VIH-tuberculose. Dispõe de laboratório de analises, banco de sangue e radiodiagnóstico (radiologia e ecografia). Dentro da atividade assistencial, há diversos programas bem definidos: programas de saúde reprodutiva e materno-infantil, cobertura vacinal, tuberculose e tuberculose multirresistente, VIH- SIDA, nutricional e malária. A atual diretora do Hospital, a Dra. Milagros Moreno, é pediatra e a referente de pediatria e as suas áreas relacionadas. 3. OJECTIVOS Teóricos e habilidades: - Adquirirconheci mentos básicos sobre terapia anti malárica. - Adquirir conhecimento da infeção por VIH e utilização de fármacos antirretrovirais num entorno com poucos recursos. - Conhecer a atuação antedoenças infeciosas de transmissão vertical de maior incidência numa área tropical. tratamento com tuberculostático s de primeira linha a utilizar em casos de tuberculose sensível. tratamento com tuberculostático s de segunda linha em casos com multirresistência s. tratamento antiinfecioso no doente crítico com sepsis/meningite. - Investigação clínica a través da participação nos estudos clínicos, tutelados pela UPIIP, que podam estar em curso no hospital de Cubal. Participar nas atividades formativas, seminários e sessões clínicas do hospital. Participar nas sessões clínicas telemáticas quinzenais com o Hospital Univesitari Vall d Hebron. Aprofundar conhecimentos no diagnóstico e tratamento da tuberculose, também a multirresistente, as técnicas diagnósticas e os tratamentos da segunda linha. Aprofundar conhecimentos no tratamento da coinfecção VIH-tuberculose, as suas pautas terapêuticas e os efeitos adversos das mesmas, assim como possíveis interações.

Oferecer assistência clínica no serviço de pediatria e nas urgências. Adquirir conhecimentos para uma aproximação adequada ao diagnóstico e tratamento da malária conforme os diferentes graus de gravidade. Aprofundar conhecimentos no diagnóstico e tratamento da má nutrição, tanto aguda como crônica. Adquirir o conhecimento adequado no campo de diagnóstico e tratamento de população pediátrica VIH+ afetada com infeções oportunistas, assim como no campo da aplicação da terapia antirretroviral (possíveis efeitos adversos e interações). Familiarizar-se com situações de resistência e fracasso terapêutico. Participar em projetos de investigação que se desenvolvam no centro. 4. ATIVIDADE ASSISTENCIAL DO RESIDENTE DE PEDIATRIA Centro: Hospital Nossa Senhora de Paz, Cubal (Angola). Duração: 2 meses. Atividade diária: a. 7,30-8,30 horas: sessão da formação. É para todo o pessoal do hospital (menos as terças feiras) e se alterna o serviço a cargo da preparação (pediatria/interna/maternidade/doenças infeciosas). i. Segunda feira. Revisão dum tema. ii. Terça feira. Reunião por serviços. iii. Quarta feira. Casos clínicos. iv. Quinta feira. Django: assembleia de pessoal onde se discutem diversos temas (ética, organização...). v. Sexta feira. Mortalidade. b. 8.30-14h: Consulta nas salas de hospitalização da pediatria. Interconsultas do centro de renutrição. Interconsultas do serviço de urgências. c. 9-12h: Consulta externa. Opcional, uma vez acabada a consulta nas salas da pediatria. d. 13-14: Telemedicina cada 2 semanas. e. 14-15h: Almoço. f. 15-16h: Sessões da equipa medica (casos clínicos/bibliográficas/elaboração e aprovação de protocolos). 5. PROCEDIMENTO DE SOLICITUDE Conforme a normativa legal vigente, a rotação contará com a aprovação dos responsáveis de docência dos hospitais emissor e recetor, assim como a do Departamento de Saúde.

Seguirá-se-á a normativa de rotações externas detalhada no documento da Subcomissão da Docência de Pediatria do Hospital Universitari Vall d Hebron (http://www.upiip.com/es/docencia/normativa). 6. SEGUIMENTO E AVALIAÇAO DA ROTAÇAO Supervisão in situ: realizar-se-á seguimento e avaliação continuada durante o estágio pela Dra. Milagros Moreno, responsável da pediatria do Hospital; quem completará o documento pertinente ao final do período da rotação. Supervisão desde o Hospital Universitari Vall d Hebron: o estágio realizará-se-á com o seguimento e avaliação do Dr. Antoni Soriano e Dr. Pere Soler-Palacín (tutor acreditado), facultativos especialistas da Unidade de Patologia Infeciosa com o suporte telemático das sessões quinzenais. O interno deverá presentar um documento de avaliação assinado no momento do retorno.