COORDENAÇÃO ACADÊMICA Projeto de Pesquisa Registrado Informações Gerais 1. Coordenador (a): ANA KARINA DA SILVA CAVALCANTE (KARINA@UFRB.EDU.BR) Vice- Coordenador (a): 2. Título do projeto: Ocorrência de tumor venéreo transmissível, enteroparasitos e hemoparasitos em cães do bairro Inocoop de Cruz das Almas Bahia. 3. Código: 1117, processo 23007.006053/ 2015-64 4. Data de aprovação: 25/05/2015 5. Área de Conhecimento: CCAAB Área 8: Saúde Animal 6. Resumo: ENTEROPARASITOS. A população de animais de companhia tem crescido constantemente, principalmente nos centros urbanos, tem aumentado o convívio do homem com os animais, expondo agentes zoonóticos, como parasitos, bactérias e fungos (PINTO et al., 2007). Os cães são um importante depósito de parasitos infectando locais públicos, como praças e parques, expondo o homem e outros animais a um risco de contaminação (PINHEIRO JÚNIOR; RIBEIRO, 2004). Os vermes gastrointestinais de cães domésticos são sugadores de nutrientes, assumindo um dos principais fatores de deficiência no seu desenvolvimento. A mucosa do intestino delgado e grosso é o local de fixação dos parasitas intestinais adultos, induzindo sinais clínicos como desidratação, anorexia, diarréia sanguinolenta, vômito e anemia, sendo que o não tratamento pode levar o animal a óbito (TAVARES, 2005). São agentes causadores de zoonoses: Ancylostoma braziliense, causador da larva migrans cutânea; Toxocara canis, responsável pela larva migrans visceral e Giardia sp. causador da diarréia dos viajantes (VASCONCELLOS; BARROS; OLIVEIRA, 2006). Com o aumento de cães domésticos nos centros urbanos, aumenta-se também os riscos de contaminação com agentes zoonóticos, aumentando o risco à saúde pública (KATAGIRI; OLIVEIRA-SEQUEIRA, 2007). Deve-se ter atenção com esses animais, realizando tratamentos preventivos contra tais agentes, garantido assim, a saúde dos animais e dos seres humanos (XAVIER, 2006). HEMOPARASITOS Os animais de companhia estão constantemente
expostos a doenças transmitidas por outros animais ou por vetores, como mosquitos e carrapatos. A erliquiose é uma doença infecciosa, causada por um grupo de microorganismos gram-negativos, estritamente intracelulares e pleomórficos, pertencentes à Ordem Rickettsiales, que parasitam leucócitos circulantes de várias espécies de animais, inclusive o homem (COHN, 2013). Nos caninos, essa doença tem como agente etiológico a Ehrlichia canis, e é importante devido a sua elevada frequência e morbi-mortalidade, tem um período de incubação de 8 a 20 dias e a partir dai começa a provocar alguns sinais sistêmicos. Esse período é conhecido como fase aguda, e a Ehrlichia se multiplica nas células circulantes mononucleares, do fígado, baço e linfonodos (BREITSCHWERDT, 2004). Se o animal não conseguir êxito no tratamento, pode evoluir para uma segunda fase denominada subclínica, caracterizada por ausência de alterações fisiológicas visíveis no exame clínico, podendo ter uma evolução lenta até se tornar crônica (DIAS; TIEPO, 2008). A fase crônica se dá em ultima instância e tem como achados patognomônicos hemorragias, epistaxe, petéquias e edema, acompanhados dos mesmos resultados laboratoriais da fase aguda (SKOTARCZAK, 2003). Meneses et al. (2008) analisaram 75 cães por 15 semanas, suspeitos de terem erlichiose, por meio de esfregaços sanguíneos de sangue periférico, com o objetivo de pesquisar mórulas de Ehrlichia canis. Sendo que 74 animais (98,67%) apresentaram título de anticorpos anti-e. canis detectados no teste DOT-ELISA, o que indica a elevada acurácia do exame clínico e esfregaço sanguíneo. Ela está associada ao carrapato, Rhipicephalus sanguineus, vetor conhecido como carrapato vermelho do cão, que se encontra disseminado em toda área urbana do Brasil (LABRUNA; PEREIRA, 2001). O diagnóstico é feito a partir de achados clínicos, provas laboratoriais e sorologia, porém a confirmação se da a partir de mórulas encontradas no esfregaço sanguíneo nos monócitos circulantes (HARRUS; WANER, 2011), sendo este o teste mais utilizado na rotina laboratorial devido a seu baixo custo. O acesso a locais com grande disseminação de carrapatos aliado à falta de conhecimento dos proprietários acarreta num aumento considerável da ocorrência desta doença. TUMOR VENÉREO TRANSMISSÍVEL O tumor venéreo transmissível, ou TVT, é um tumor que manifesta-se na maior parte das vezes, nos órgãos genitais externos, porém, pode acometer os órgãos genitais internos, além de ser considerado um tumor de curso benigno (PUROHIT, 2008). De acordo com Brandão (2002), pode ser observado em locais como, pele, globo ocular, ânus e tecido subcutâneo. Microscopicamente, pode-se observar a presença de células redondas, em casos de tumores com progressivo crescimento (PUROHIT, 2008). Cães que se encontram em idade reprodutiva são os mais acometidos pelo TVT, sendo que essa neoplasia é encontrada em animais de ambos os sexos (PADILHA, 2012). É transmitido, na maior parte das vezes, pelo contato sexual, sendo que eventualmente também pode ser transmitido quando há contato com uma outra região contaminada (SOUSA et al., 2000). Trata-se de uma doença de grande importância por estar muito presente em áreas tropicais e sub-tropicais e ser a neoplasia que mais acomete cães
nessas regiões. (PUROHIT, 2008). Segundo Brandão (2002), um dos fatores que ajudam na suspeita do tumor venéreo transmissível, é o exame clínico. Os sinais clínicos possíveis de observar no TVT, são úlceras no local da lesão, além de tecido nodular, com hemorragias e friável. Podendo também se mostrar com aspecto de placas ou couve-flor. No instante em que se manuseia o tumor, podem desprender-se pequenos pedaços do tecido tumoral (CASTRO, 2009 apud JOHNSON, 1985, p. 6). Raramente ocorrem metastases desse tumor, sendo os cães filhotes e imunodeprimidos os mais suceptíveis (PUROHIT, 2008). Por conta da vasta área que o tumor acomete, a excisão cirúrgica se torna difícil. Sendo que, a maior parte desses tumores têm uma boa resposta quando submetidos ao tratamento com o quimioterápico vincristina, mas ainda assim, este pode apresentar-se ineficiente em algumas massas genitais e extragenitais (BRANDÃO, 2002). Apesar de ser considerado um quimioterápico seguro, a vincristina pode causar, em determinados pacientes, alguns efeitos colaterais; mielossupressão e alterações gastrointestinais, são alguns deles (SAID et al., 2009). Sendo assim a medida mais eficaz no combate ao TVT é a prevenção e evitar que os animais saiam à rua sozinhos é um dos métodos de evitar a disseminação da doença (BRANDÃO, 2002). 7. Prazo de execução 7.1. Início: 01/03/2015 7.2. Término: 01/03/2016 8. Equipe executora 8.1. Colaboradores Colaborador (a) Tais Lorena Almeida Figueiredo Instituição/ Grupo de Pesquisa UFRB/MORFOFUNÇÃO ANIMAL
8.2. Discentes Discente Eliane da Silva de Jesus Isa de Cássia S. de Brito Laiane Ferreira Bulhosa Saulo Cunha da Silva Curso 8. Agência Financiadora: 10. Modalidade de financiamento: GIRLENE SANTOS DE SOUZA Gestora de Pesquisa do CCAAB/UFRB