Relatório Quadrimestral Indicadores Nacionais do Setor Elétrico:

Documentos relacionados
Relatório Quadrimestral Indicadores Nacionais do Setor Elétrico:

Relatório Quadrimestral Indicadores Nacionais do Setor Elétrico:

Relatório Quadrimestral Indicadores Nacionais do Setor Elétrico:

2 Sistema Elétrico Brasileiro

ÍNDICE DE TABELAS...3 ÍNDICE DE GRÁFICOS...4 SUMÁRIO EXECUTIVO...5 INDICADORES DO SETOR ELÉTRICO...8

INFORMATIVO MENSAL DEZ.2013

POLÍTICA ENERGÉTICA. Mauricio T. Tolmasquim Presidente

A BIOELETRICIDADE SUCROENERGÉTICA

ABINEE TEC SUL. Seminário e Mostra de Produtos Eletroeletrônicos. Valter Luiz Cardeal de Souza Eletrobrás Diretor de Engenharia.

Relatório Quadrimestral Indicadores Nacionais do Setor Elétrico:

AULA 2 SISTEMA ELÉTRICO BRASILEIRO RAFAEL DE OLIVEIRA RIBEIRO 1

ABINEE TEC Matriz Energética. Plano Decenal: Tendências, Dificuldades e Investimentos Políticas para Fontes de Energia

Planejamento da Matriz Elétrica Brasileira e a Importância das Questões Ambientais

BOLETIM/UNICA: A Bioeletricidade da Cana em Números Março de 2018

Desafios Técnicos e Socioeconômicos da Oferta de Energia

FÓRUM DE DEBATES DO JORNAL GGN AS HIDROELÉTRICAS DA AMAZÔNIA E O MEIO AMBIENTA

A BIOELETRICIDADE DA CANA EM NÚMEROS JUNHO DE 2016

INFORMATIVO MENSAL FEV.2014

PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR ELÉTRICO

A BIOELETRICIDADE DA CANA EM NÚMEROS ABRIL DE 2016

O Setor Elétrico do Brasil

Inserção de Usinas Reversíveis no Sistema Elétrico Nacional Fernando José Carvalho de França ONS Operador Nacional do Sistema Elétrico

Nº 008 Agosto/ Nº de usinas

A BIOELETRICIDADE DA CANA EM NÚMEROS NOVEMBRO DE 2016

Nº 003 Março/ Nº de usinas

A BIOELETRICIDADE E O PLANEJAMENTO ENERGÉTICO

BOLETIM: A Bioeletricidade da Cana em Números Fevereiro de 2017

INFORMATIVO MENSAL DEZ.2014

INFORMATIVO MENSAL MAR.2014

Expectativas Relacionadas às Políticas Governamentais e Incentivos Fiscais para as Térmicas à Biomassa

A BIOELETRICIDADE DA CANA EM NÚMEROS JANEIRO DE 2017

INFORMATIVO MENSAL AGO.2013

BOLETIM: A Bioeletricidade da Cana em Números Junho de 2017

INFORMATIVO MENSAL JUN.2014

INFORMATIVO MENSAL JUN.2015

BOLETIM: A Bioeletricidade da Cana em Números Março de 2017

A BIOELETRICIDADE DA CANA EM NÚMEROS DEZEMBRO DE 2015

INFORMATIVO MENSAL ABR.2014

BOLETIM: A Bioeletricidade da Cana em Números Abril de 2017

Setor Elétrico Brasileiro: Crescimento e Desafios

INFORMATIVO MENSAL FEVEREIRO Preço de Liquidação das Diferenças. Intercâmbio de Energia entre Submercados. Nordeste. Norte SE/CO.

INFORMATIVO MENSAL MAI.2014

A BIOELETRICIDADE DA CANA EM NÚMEROS SETEMBRO DE 2016

A BIOELETRICIDADE DA CANA EM NÚMEROS JANEIRO DE 2016

SINDICATO DOS ENGENHEIROS DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL (SENGE / RS) FEDERAÇÃO NACIONAL DOS ENGENHEIROS - FNE

1. SUMÁRIO EXECUTIVO. O Mecanismo de Realocação de Energia (MRE) encerrou janeiro/2015 com um fator de ajuste de 80,6%.

Sistemáticas dos Leilões

Ricardo Savoia Gerente de Regulação e Tarifas ANDRADE & CANELLAS 25/10/2011

Os Desafios e Oportunidades dos Leilões de Energia

A BIOELETRICIDADE SUCROENERGÉTICA Situação atual e perspectivias

ÍNDICE DE GRÁFICOS...3 ÍNDICE DE TABELAS...4 ABREVIATURAS E SIGLAS...5 SUMÁRIO EXECUTIVO...6 INDICADORES DO SETOR ELÉTRICO...9

A bioeletricidade no setor sucroenergético

07/04/2010. Abril/2008. Apresentação 5 e 6

BIOELETRICIDADE: SITUAÇÃO ATUAL E PERSPECTIVAS. Zilmar José de Souza

Garantia do Atendimento do SIN Visões de Curto ( ) e Médio Prazos ( )

SEMINÁRIO DO JORNAL VALOR ECONÔMICO PARÁ OPORTUNIDADES DE INVESTIMENTOS A HIDROELETRICIDADE

Geração de Energia Elétrica - Hidrelétricas. SIE Sistemas de Energia Professora Camila Bastos Eletroeletrônica Módulo 8

MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA

Hélvio Neves Guerra. Seminário Agro em Questão Energias Renováveis: tornando a agropecuária mais sustentável e econômica

Nº 54 Fevereiro/

PLANEJAMENTO E PERSPECTIVAS DO MERCADO DE ENERGIA PARA O SETOR SUCROENERGÉTICO: BIOELETRICIDADE

Características do potencial hidroenergético COPPE-UFRJ

Com a força dos ventos a gente vai mais longe Seminário Internacional Portugal-Brasil: Diversidades e Estratégias do Setor Elétrico

Painel 6 Expansão das Energias Renováveis. Amilcar Guerreiro Economia da Energia e do Meio Ambiente Diretor

Relatório Quadrimestral Indicadores Nacionais do Setor Elétrico:

BOLETIM/UNICA: A Bioeletricidade da Cana em Números Dezembro de 2017

A BIOELETRICIDADE DA CANA EM NÚMEROS SETEMBRO DE 2015

INFORMATIVO MENSAL MAI.2012

POLÍTICA ENERGÉTICA PLANO NACIONAL DE EXPANSÃO DE ENERGIA

EXPANSÃO DO CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA NO BRASIL PDE2026

PAINEL 30 ANOS DE BIOELETRICIDADE: REALIZANDO O POTENCIAL

Painel 3 MATRIZ ENERGÉTICA BRASILEIRA: DESAFIOS E ALTERNATIVAS. Nivalde de Castro Coordenador do GESEL Instituto de Economia da UFRJ

Amilcar Guerreiro Diretor de Estudos Econômicos e Energéticos Empresa de Pesquisa Energética - EPE

MATRIZ ENERGÉTICA BRASILEIRA

INFORMATIVO MENSAL MARÇO Preço de Liquidação das Diferenças. Intercâmbio de Energia entre Submercados. Nordeste. Norte SE/CO. Sul

Mário Menel Presidente

TE061 Introdução aos Sistemas de Energia Elétrica

Energia Limpa: Viabilidade e Desafios A Bioeletricidade

Mudança de Paradigma do Sistema Elétrico Brasileiro e Papel das Energias Complementares

4º CURSO SOBRE O SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO PARA A MAGISTRATURA

X EDIÇÃO DA CONFERÊNCIA PCH Mercado & Meio Ambiente

Energia, o que esperar em 2.015

1. SUMÁRIO EXECUTIVO. a. Prévia de Medição setembro/2015. b. Contabilização agosto/15

VIII FÓRUM CAPIXABA DE ENERGIA Planejamento Energético Brasileiro: Perspectivas e Oportunidades

Oportunidades na perspectiva da Expansão de ENERGIA ELÉTRICA NO BRASIL PDE2026

INFORMATIVO MENSAL MAR.2012

PLD (Preço de Liquidação das Diferenças)

2 O setor elétrico brasileiro

BOLETIM/UNICA: A BIOELETRICIDADE EM NÚMEROS OUTUBRO/2018

Fundação Getúlio Vargas Instituto Brasileiro de Economia Centro de Estudos em Regulação e Infraestrutura

3º Ciclo Revisões Tarifárias Periódicas

PLD (Preço de Liquidação das Diferenças)

Taxa de crescimento anual (%) Produção de eletricidade 345,7 558,9 61,7 4,9 2,5 Produção de energia 49,3 96,7 96,1 7,0 0,5

Figura 1 Participação das Fontes por Garantia Física Contratada

JOSÉ CARLOS DE MIRANDA FARIAS Empresa de Pesquisa Energética EXPANSÃO DA OFERTA DE ENERGIA PLANEJAMENTO E LEILÕES

Bioeletricidade Sucroenergética Situação atual, perspectivas e desafios

BOLETIM/UNICA: A BIOELETRICIDADE DA CANA EM NÚMEROS MAIO/2018

Reestruturação do Setor Elétrico Brasileiro Desafios e Perspectivas

Planejamento Eletroenergético do Sistema Interligado Nacional e seus Desafios

Transcrição:

Projeto Provedor de Informações Econômico-Financeiro do Setor de Energia Elétrica Relatório Quadrimestral Indicadores Nacionais do Setor Elétrico: JANEIRO ABRIL 2010 Daniel Bueno B. Tojeiro RIO DE JANEIRO

ÍNDICE ÍNDICE DE TABELAS...3 ÍNDICE DE GRÁFICOS...4 SUMÁRIO EXECUTIVO...5 INDICADORES DO SETOR ELÉTRICO...8 1 CAPACIDADE GERADORA INSTALADA...8 2 MATRIZ ENERGÉTICA...15 3 LEILÕES...18 3.1 Leilão de Belo Monte...18 4 GERAÇÃO...21 4.1 Geração Hídrica...21 4.2 Geração Térmica...24 4.3 Geração Nuclear...26 4.4 Itaipu...27 5 FLUXOS DE ENERGIA...29 5.1 Geração de Energia pelo Sistema Interligado Nacional...29 5.2 Intercâmbio de energia entre os subsistemas e sistemas internacionais...31 6 NÍVEIS DOS RESERVATÓRIOS...34 6.1 Energia armazenada por subsistema...34 6.2 Percentual do armazenamento máximo possível...36 6.3 Energia natural afluente por subsistema...39 7 CARGA DE ENERGIA...41 8 CONSUMO...43 8.1 Evolução do Consumo Total...43 8.2 Consumo Faturado por Classe...47 8.3 Consumo Faturado por Região...52 9 MERCADO SPOT...61 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...63 GLOSSÁRIO DOS TERMOS TÉCNICOS...64

ÍNDICE DE TABELAS TABELA Nº. 1...10 BRASIL. CAPACIDADE INSTALADA DE GERAÇÃO ELÉTRICA DO BRASIL. 1974-2007*...10 TABELA Nº. 2 -...12 BRASIL. CAPACIDADE INSTALADA DE GERAÇÃO ELÉTRICA DO BRASIL. 1974-2007*....12 TABELA Nº. 3 -...13 BRASIL. CAPACIDADE INSTALADA DE GERAÇÃO ELÉTRICA DO BRASIL: 1974-2007 *...13 TABELA Nº. 4...16 BRASIL. MATRIZ DE ENERGIA ELÉTRICA. MAIO DE 2010....16 TABELA Nº. 5...22 GERAÇÃO MENSAL DE ENERGIA HÍDRICA POR SUBSISTEMA. JAN-2008 A ABR-2010...22 TABELA Nº. 6...24 GERAÇÃO MENSAL DE ENERGIA TÉRMICA POR SUBSISTEMA. JAN-2008 A ABR-2010...24 TABELA Nº. 7...26 GERAÇÃO MENSAL DE ENERGIA NUCLEAR. JAN-2000 A ABR-2010...26 TABELA Nº. 8...28 BRASIL. GERAÇÃO MENSAL DE ENERGIA PELA USINA DE ITAIPU. JAN-2000 A ABR-2010...28 TABELA Nº. 9...30 ENERGIA GERADA PELO SISTEMA INTERLIGADO NACIONAL POR FONTE DE ENERGIA. JAN-2008 A ABR-2010....30 TABELA Nº. 10...32 INTERCÂMBIO DE ENERGIA ENTRE AS REGIÕES. JAN-2008 A ABR-2010...32 TABELA Nº. 11...35 BRASIL. ARMAZENAMENTO MENSAL DE ENERGIA POR SUBSISTEMA. JAN-2008 A ABR-2010...35 TABELA Nº. 12...38 BRASIL. PERCENTUAL DE NÍVEL MÁXIMO ARMAZENADO POR SUBSISTEMA. JAN-2008 A ABR-2010...38 TABELA Nº. 13...39 BRASIL. ENERGIA NATURAL AFLUENTE POR REGIÃO. JAN-2008 A ABR-2010...39 TABELA Nº. 14...41 BRASIL. EVOLUÇÃO DA CARGA DE ENERGIA NO SISTEMA INTERCONECTADO. JAN-2000 A ABR-2010....41 TABELA N O. 15...44 CONSUMO FATURADO NO BRASIL. JANEIRO A ABRIL. 2008 A 2010....44 TABELA N O. 16...49 BRASIL. CONSUMO FATURADO POR CLASSE. JAN-ABR 2009 E JAN-ABR 2010...49 TABELA N O. 17...50 BRASIL. CONSUMO FATURADO POR CLASSE. COMPOSIÇÃO EM %. JAN-ABR 2009 E JAN-ABR 2010....50 TABELA N O. 18...52 BRASIL. CONSUMO FATURADO NA REGIÃO SUDESTE. JANEIRO A ABRIL. 2009 E 2010...52 TABELA N O. 19...55 BRASIL. CONSUMO FATURADO NA REGIÃO SUL. JANEIRO A ABRIL. 2009 E 2010....55 TABELA N O. 20...56 BRASIL. CONSUMO FATURADO NA REGIÃO NORDESTE. JANEIRO A ABRIL. 2009 E 2010...56 TABELA N O. 21...58 BRASIL. CONSUMO FATURADO NA REGIÃO NORTE. JANEIRO A ABRIL. 2009 E 2010...58 TABELA N O. 22...60 BRASIL. CONSUMO FATURADO NA REGIÃO CENTRO-OESTE. JANEIRO A ABRIL. 2009 E 2010...60 TABELA Nº. 23...62 BRASIL. PREÇO MÉDIO MENSAL DE ENERGIA NO MERCADO SPOT. JANEIRO DE 2008 A ABRIL DE 2010...62

ÍNDICE DE GRÁFICOS GRÁFICO Nº. 1...8 BRASIL. OFERTA INTERNA DE ELETRICIDADE. POR FONTE DE GERAÇÃO. 2008...8 GRÁFICO Nº. 2...23 GERAÇÃO DE ENERGIA HÍDRICA POR SUBSISTEMA. JAN-2000 A ABR-2010....23 GRÁFICO Nº. 3...25 GERAÇÃO DE ENERGIA TÉRMICA POR SUBSISTEMA. JAN-2000 A ABR-2010....25 GRÁFICO Nº. 4...27 GERAÇÃO DE ENERGIA NUCLEAR. JAN-2000 A ABR-2010...27 GRÁFICO Nº. 5...28 BRASIL. ENERGIA GERADA PELA USINA DE ITAIPU. JAN-2000 A ABR-2010....28 GRÁFICO Nº. 6...31 ENERGIA GERADA PELO SIN POR TIPO DE GERAÇÃO. JAN-2000 A ABR-2010....31 GRÁFICO Nº. 8...36 BRASIL. ARMAZENAMENTO DE ENERGIA MENSAL POR SUBSISTEMA. JAN- 2000 A ABR-2010....36 GRÁFICO Nº. 9...37 BRASIL. PERCENTUAL DE ARMAZENAGEM MÁXIMA POR SUBSISTEMA. JAN-2000 A ABR-2010...37 GRÁFICO Nº. 10...40 BRASIL. ENERGIA NATURAL AFLUENTE POR REGIÃO. MAIO-2001 A ABR-2010...40 GRÁFICO Nº. 11...42 BRASIL. EVOLUÇÃO DA CARGA DE ENERGIA NO SISTEMA INTERCONECTADO. JAN-2000 A ABR-2010....42 GRÁFICO Nº. 12...43 BRASIL. EVOLUÇÃO DO CONSUMO TOTAL. JANEIRO A ABRIL. 2000 2010....43 GRÁFICO Nº. 13...45 CONSUMO TOTAL NO BRASIL. POR SEGMENTO. JANEIRO A ABRIL. 2009 A 2010....45 GRÁFICO Nº. 14...46 PARTICIPAÇÃO DE CADA REGIÃO NO CONSUMO TOTAL DO BRASIL. JANEIRO A ABRIL DE 2010...46 GRÁFICO Nº. 15...48 PARTICIPAÇÃO DE CADA CLASSE DE CONSUMO NO CONSUMO TOTAL DO BRASIL. JANEIRO A ABRIL DE 2010...48 (EM %)...48 GRÁFICO N O. 16...53 CONSUMO TOTAL NA REGIÃO SUDESTE. POR SEGMENTO. JANEIRO A ABRIL. 2009 E 2010....53 GRÁFICO N O. 17...54 CONSUMO TOTAL NA REGIÃO SUL. POR SEGMENTO. JANEIRO A ABRIL. 2009 E 2010...54 GRÁFICO N O. 18...56 CONSUMO TOTAL NA REGIÃO NORDESTE. POR SEGMENTO. JANEIRO A ABRIL. 2009 E 2010...56 GRÁFICO N O. 19...57 CONSUMO TOTAL NA REGIÃO NORTE. POR SEGMENTO. JANEIRO A ABRIL. 2009 E 2010...57 GRÁFICO N O. 20...59 CONSUMO TOTAL NA REGIÃO CENTRO-OESTE. POR SEGMENTO. JANEIRO A ABRIL. 2009 E 2010....59 GRÁFICO Nº. 21...61 BRASIL. EVOLUÇÃO DO PREÇO MÉDIO MENSAL DE ENERGIA NO MERCADO SPOT. MAIO DE 2003 A ABRIL DE 2010...61

SUMÁRIO EXECUTIVO Este relatório tem como objetivo central sistematizar e analisar os principais indicadores do setor elétrico brasileiro. Foram selecionados o que a literatura especializada no setor considera como os principais e mais importantes dados e indicadores. Este conjunto de informações está apresentado no formato de tabelas e gráficos. A estrutura do relatório Indicadores Nacionais do Setor Elétrico está dividida em nove seções: Capacidade Instalada; Matriz Energética; Leilões; Geração; Fluxo de Energia; Nível dos Reservatórios; Carga de Energia; Consumo Faturado e Mercado Spot. Em cada seção são apresentadas as análises dos principais resultados verificados no setor elétrico brasileiro, no período que abrange os meses de a de 2010, comparando com o período homólogo dos anos anteriores. O primeiro item, sobre Capacidade Instalada, trata da capacidade total de energia instalada, assim como o número de usinas térmicas, hídricas, nucleares ou de outras fontes de energia. Já a seção Matriz Energética apresenta um quadro geral dos empreendimentos que estão em operação. Estão disponibilizados dados sobre a capacidade total de geração das unidades em operação, e a participação de cada fonte de energia no total. A terceira seção analisa os Leilões de Energia Nova, com especial atenção ao Leilão de Concessão e Venda de energia proveniente da Usina Hidroelétrica de Belo Monte, localizada no Rio Xingu, realizado em 20 de abril de 2010..A quarta e quinta seções analisam o volume de energia gerado no Sistema Interligado Nacional, provenientes das principais fontes de energia no país: Hídricas, Térmicas e Nucleares. Os dados apresentados também contemplam de que forma os subsistemas (Sudeste/Centro-Oeste; Sul; Norte e Nordeste) participam do volume total de energia geral e os resultados dos intercâmbios de energia realizados entre eles. Pela importância no quadro geral do SIN, a Hidrelétrica Binacional de Itaipu será tratada individualmente em uma das subseções.

O comportamento dos reservatórios das hidrelétricas que compõem o sistema elétrico brasileiro será tratado na sexta seção. Estão disponíveis dados sobre armazenamento total de energia nos reservatórios por subsistema; percentual de capacidade máxima dos reservatórios; energia natural afluente por subsistema. A carga de energia registrada no Sistema Interligado Nacional e importante indicador sobre a demanda de energia elétrica no país está na sétima seção do presente relatório. O oitavo tópico do relatório é referente ao consumo faturado por classes de consumo e por subsistemas. Já a última seção apresenta os preços médios mensais da energia comercializada no mercado spot nos quatro subsistemas do SIN. O Setor Elétrico Brasileiro apresentava, em fins de 2007, capacidade geradora instalada de 100.450 MW, de acordo com os dados do Balanço Energético Nacional (BEN), elaborado pelo Ministério de Minas e Energia. De acordo com a Tabela nº. 1, a capacidade instalada cresceu a uma taxa média de 3,49% na década dos 90 e de 4,52% entre 2000 e 2007. A capacidade instalada total aumentou entre 1990 e 2007 em uma taxa média anual de 3,83%. O Brasil detinha, no final do primeiro quadrimestre de 2010, 2.236 usinas, de diferentes fontes de energia. A energia hidrelétrica representava 67,6% do total do país, com uma capacidade total de geração de aproximadamente 78,2 mil MW. O gás natural participava com 9,4% do total, com 11,0 mil MW. As usinas abastecidas por biomassa registraram potência instalada total no final do quadrimestre de 6,7 mil MW, o que representou 5,8% do total instalado no país. Em termos de geração, o volume total de energia gerado no Sistema Interligado Nacional durante os quatro primeiros meses de 2010 foi de 159.142,7 GWh, sendo 148.352,7 GWh por fontes hídricas, representando 93,2% do total. A geração térmica no primeiro quadrimestre de 2010 foi responsável por apenas 5.451,7 GWh (3,4%) de energia gerada. Já a geração nuclear foi responsável por 3,3% do total gerado no SIN, o que corresponde a um montante de 5.338,3 GWh.

O montante de energia armazenada no SIN, entre janeiro e abril de 2010, totalizou 637.911,5 GWh, o que representou variação positiva de 6,5% em relação ao mesmo período de 2009. Já a energia afluente registrada nos rios com hidroelétricas do Sistema Interligado Nacional, durante o primeiro quadrimestre do ano, totalizou 348.724,7 MW médios. Neste caso, também houve expansão de 10,6% em relação à energia afluente registrada no período homônimo de 2009. A Carga de Energia demandada no âmbito do Sistema Interligado Nacional durante o primeiro quadrimestre de 2010 alcançou o patamar de 159.514,6 GWh, o que representou aumento de 9,6% em relação ao mesmo quadrimestre do ano de 2009. O consumo faturado de energia no Brasil entre janeiro e abril de 2010 foi de 138.463 GWh, o que representou aumento de 9,5% em relação ao mesmo período do ano de 2009 (126.426 GWh). A região Sudeste foi responsável pela maior parcela do consumo, detendo quase 53,6% (74.195 GWh) do total consumido durante 2010, uma expansão de 10,5% em comparação com o montante consumido pelo subsistema no mesmo período de 2009. (Ver Seção 8.1 e 8.2).

INDICADORES DO SETOR ELÉTRICO 1 CAPACIDADE GERADORA INSTALADA Segundo dados preliminares do Balanço Energético Nacional (BEN) de 2009, oferta interna de energia elétrica em 2008 chegou ao patamar de 454,5 TWh, o que representou um acréscimo de 2,2% em relação ao montante de geração interna de eletricidade no país durante o ano de 2007, quando a oferta total foi de 444,6 TWh. Do total da eletricidade ofertada internamente, 85,4% da energia foi proveniente de fontes renováveis, dentre as quais estão incluídas: Fonte Hidráulica, Biomassa e Eólica. As fontes não-renováveis (Gás Natural, Derivados de Petróleo, Carvão e Derivados e Nuclear) foram responsáveis pelos 14,6% restantes da oferta interna de energia elétrica. Houve retração do total de energia ofertada internamente de fontes nãorenováveis na comparação com o ano de 2007, quando estas fontes registraram participação de 10,8%, enquanto que as fontes renováveis registraram retração, saindo de 89,2% em 2007 para uma participação de 85,4%, conforme já assinalado. No Gráfico nº. 1, estão os percentuais de participação de cada uma das fontes citadas, renováveis e não-renováveis. Vale ressaltar que o total não inclui o montante importado do exterior. Gráfico nº. 1 Brasil. Oferta Interna de Eletricidade. Por Fonte de Geração. 2008. (em %) 80,0% Gás Natural Derivados de Petróleo Nuclear Carvão e Derivados Hidráulica 1,6% 3,1% 3,3% 6,6% 0,1% 5,3% Biomassa Eólica Fonte: Elaboração do GESEL-IE-UFRJ, com dados do Balanço Nacional Energético 2009 (versão preliminar)

As unidades de geração abastecidas por gás natural apresentaram a maior variação positiva na participação do total de oferta interna. Estas fontes saíram de uma participação de 3,3% em 2007 para uma parcela de 6,6% em 2008. Em contrapartida, as fontes hidráulicas, do lado das fontes renováveis, registraram a maior variação negativa, partindo de uma parcela de 84,0% em 2007 para uma participação de 80,0% em 2008. A Tabela nº. 1 apresenta a evolução da capacidade instalada de geração elétrica no Brasil no período de 1974 a 2007. A Tabela desagrega a capacidade geradora por fonte hídrica, térmica e nuclear. Além disso, dentro de cada tipo de fonte os empreendimentos instalados estão divididos em Serviço Público e/ou Produtores Independentes e Autoprodutores. Pode-se verificar que a capacidade instalada no Brasil teve um aumento de aproximadamente 454% nesse período, crescendo a uma média de 5,32% a.a. no período em questão. A energia proveniente de hidrelétricas é a principal fonte de energia do país, responsável por 76,5% da capacidade geradora instalada em 2007 (Ver Tabela nº. 3). Este fato atesta a qualidade e singularidade do sistema elétrico brasileiro, colocando-o entre um dos melhores sistemas elétricos do mundo, dado a forte participação da energia renovável. A energia termoelétrica vem crescendo orientada inicialmente pelo modelo e processo de privatização, e, a partir de 2001, pela Crise do Apagão. Neste curto espaço de tempo passou de 12,5% em 1999 para 21,2% em 2007 do total de capacidade geradora. Houve um aumento de cerca de 150% na capacidade instalada de fontes térmicas no período destacado. Em contrapartida, a capacidade instalada das usinas de fontes hídricas registrou, no mesmo período de análise, um crescimento de 30,3%. O crescimento da participação da energia termoelétrica é um dado relevante para o sistema elétrico do país, na medida em que contribui para a diminuição do risco hidrológico. Observa-se a entrada de fontes eólicas na participação da capacidade instalada de energia elétrica brasileira a partir do ano de 2005, quando o total instalado provenientes dessas fontes era de apenas 29 MW. Em 2007, o montante instalada já alcançou o total de 247 MW, o que significa um crescimento de 751% e uma participação de aproximadamente 2% do total instalado no país.

ANO Tabela nº. 1 Brasil. Capacidade Instalada de Geração Elétrica do Brasil. 1974-2007*. (em MW) HIDRO TERMO NUCLEAR SP e/ou PIE APE TOTAL SP e/ou PIE APE TOTAL SP e/ou PIE APE TOTAL SP e/ou PIE SP e/ou PIE APE TOTAL 1974 13.224 500 13.724 2.489 1.920 4.409 - - - - 15.713 2.420 18.133 1975 15.815 501 16.316 2.436 2.216 4.652 - - - - 18.251 2.717 20.968 1976 17.343 561 17.904 2.457 2.223 4.680 - - - - 19.800 2.784 22.584 1977 18.835 561 19.396 2.729 2.214 4.943 - - - - 21.564 2.775 24.339 1978 21.104 561 21.665 3.048 2.259 5.307 - - - - 24.152 2.820 26.972 1979 23.667 568 24.235 3.573 2.411 5.984 - - - - 27.240 2.979 30.219 1980 27.081 568 27.649 3.484 2.339 5.823 - - - - 30.565 2.907 33.472 1981 30.596 577 31.173 3.655 2.441 6.096 - - - - 34.251 3.018 37.269 1982 32.542 614 33.156 3.687 2.503 6.190 - - - - 36.229 3.117 39.346 1983 33.556 622 34.178 3.641 2.547 6.188 - - - - 37.197 3.169 40.366 1984 34.301 622 34.923 3.626 2.547 6.173 - - - - 37.927 3.169 41.096 1985 36.453 624 37.077 3.708 2.665 6.373 - - - 657 40.818 3.289 44.107 1986 37.162 624 37.786 3.845 2.665 6.510 - - - 657 41.664 3.289 44.953 1987 39.693 636 40.329 3.910 2.665 6.575 - - - 657 44.260 3.301 47.561 1988 41.583 645 42.228 4.025 2.665 6.690 - - - 657 46.265 3.310 49.575 1989 44.172 624 44.796 4.007 2.665 6.672 - - - 657 48.836 3.289 52.125 1990 44.934 624 45.558 4.170 2.665 6.835 - - - 657 49.761 3.289 53.050 1991 45.992 624 46.616 4.203 2.665 6.868 - - - 657 50.852 3.289 54.141 1992 47.085 624 47.709 4.018 2.665 6.683 - - - 657 51.760 3.289 55.049 1993 47.967 624 48.591 4.127 2.847 6.974 - - - 657 52.751 3.471 56.222 1994 49.297 624 49.921 4.151 2.900 7.051 - - - 657 54.105 3.524 57.629 1995 50.680 687 51.367 4.197 2.900 7.097 - - - 657 55.534 3.587 59.121 1996 52.432 687 53.119 4.105 2.920 7.025 - - - 657 57.194 3.607 60.801 1997 53.987 902 54.889 4.506 2.920 7.426 - - - 657 59.150 3.822 62.972 1998 55.857 902 56.759 4.798 2.995 7.793 - - - 657 61.312 3.897 65.209 1999 58.085 912 58.997 5.217 3.309 8.526 - - - 657 63.959 4.221 68.180 2000 60.095 968 61.063 6.567 4.075 10.642 - - - 2.007 68.669 5.043 73.712 2001 61.551 972 62.523 7.559 4.166 11.725 - - - 2.007 71.117 5.138 76.255 2002 64.146 1.165 65.311 10.654 4.486 15.140 - - - 2.007 76.807 5.651 82.458 2003 66.587 1.206 67.793 11.693 5.012 16.705 - - - 2.007 80.287 6.218 86.505 2004 67.572 1.427 68.999 14.529 5.198 19.727 - - - 2.007 84.108 6.625 90.733 2005 69.274 1.583 70.857 14.992 5.272 20.264 27 2 29 2.007 86.300 6.857 93.157 2006 71.767 1.666 73.433 14.285 6.672 20.957 235 2 237 2.007 88.294 8.340 96.634 2007 73.622 3.249 76.871 14.270 7.055 21.325 245 2 247 2.007 90.144 10.306 100.450 Fonte: GESEL-IE-UFRJ com base nos dados do BEN 2007 EÓLICA SP - Serviço Público PIE - Produtor Independente APE Autoprodutor (*) Inclui metade da Usina de Itaipu TOTAIS Merece destaque ainda o aumento da participação do segmento da autoprodução, especialmente com relação à energia hidroelétrica. Esta modalidade de produção vem crescendo significativamente desde 2001. Deste ano até 2007, houve aumento de 101% no total instalado proveniente de autoprodução. Este crescimento está associado ao aumento das tarifas, que tiveram uma performance de aceleração com o processo de privatização. A crise de oferta, ocorrida em 2001, também contribuiu de forma significativa para este aumento. Trata-se, no entanto, de um movimento localizado nos consumidores industriais.

A participação da autoprodução no total de capacidade instalada no país alcançou 10,3% em 2007, o que significou um crescimento razoável em relação ao anos anteriores, Em 2006, por exemplo, a autoprodução representou 8,6% da energia total instalada. A Tabela nº. 2 apresenta a evolução da capacidade geradora instalada em número-índice, partindo-se de 1990 como ano-base. A utilização deste índice oferece uma melhor dimensão do crescimento da capacidade instalada, que passou de 100, em 1990, para 189,3 em 2007, o que significou crescimento de 89,3% no total de capacidade nesse período. A capacidade de energia hidroelétrica instalada total atinge 168,7 em 2007, o que representou crescimento de 68,7%. Já a capacidade de energia termoelétrica instalada partindo do mesmo patamar cronológico atingiu 312,0 em 2007, um expressivo crescimento de 212% do total térmico instalado no Brasil entre 1990 e 2007. Este dado é o resultado de um somatório de fatores como o processo de privatização, no qual o investimento em termoelétricas é mais vantajoso, mesmo provocando aumentos tarifários maiores que as UHE. Outro fator foi a necessidade de reduzir o risco hidrológico, do qual a crise de 2001 foi um sinal inequívoco. As fontes nucleares, representadas pelas Usinas de Angra 1 e 2, apresentam estabilidade no total de capacidade instalada desde 2000, quando houve a última expansão de capacidade nas usinas e significou acréscimo de 205,5% em relação ao instalado desde 1985. A capacidade instalada total aumentou entre 1990 e 2007 em uma taxa média anual de 3,83%. Para uma análise histórica, na década de 1970 no período entre 1974 e 1980 -, o crescimento foi de 10,76% a.a. e na década de 1980 foi de 4,00% a.a.. O resultado da década de 1990 aponta crescimento médio anual de 3,49%. Merece destacar que no período de 1998 a 2007, conforme assinalado anteriormente, o crescimento da autoprodução, tanto hidrelétrica quanto termoelétrica, apresentou expressivo crescimento médio anual de 11,41% a.a.. As fontes térmicas registraram aumento médio de 9,99% a.a., enquanto que as fontes hidroelétricas apresentaram crescimento médio anual de 15,30% a.a.. O expressivo aumento anual das

fontes hidroelétricas foi causado principalmente em função da inserção de 1.583 MW de potência instalada ao parque hidroelétrico brasileiro de 2006 para 2007, o que representou crescimento de 95%. ANO Tabela nº. 2 - Brasil. Capacidade Instalada de Geração Elétrica do Brasil. 1974-2007*. (Número-índice 1990 = 100) HIDRO TERMO NUCLEAR TOTAIS SP e/ou PIE APE TOTAL SP e/ou PIE APE TOTAL SP e/ou PIE SP e/ou PIE APE TOTAL 1974 29,4 80,1 30,1 59,7 72,0 64,5-31,6 73,6 34,2 1975 35,2 80,3 35,8 58,4 83,2 68,1-36,7 82,6 39,5 1976 38,6 89,9 39,3 58,9 83,4 68,5-39,8 84,6 42,6 1977 41,9 89,9 42,6 65,4 83,1 72,3-43,3 84,4 45,9 1978 47,0 89,9 47,6 73,1 84,8 77,6-48,5 85,7 50,8 1979 52,7 91,0 53,2 85,7 90,5 87,5-54,7 90,6 57,0 1980 60,3 91,0 60,7 83,5 87,8 85,2-61,4 88,4 63,1 1981 68,1 92,5 68,4 87,6 91,6 89,2-68,8 91,8 70,3 1982 72,4 98,4 72,8 88,4 93,9 90,6-72,8 94,8 74,2 1983 74,7 99,7 75,0 87,3 95,6 90,5-74,8 96,4 76,1 1984 76,3 99,7 76,7 87,0 95,6 90,3-76,2 96,4 77,5 1985 81,1 100,0 81,4 88,9 100,0 93,2 100,0 82,0 100,0 83,1 1986 82,7 100,0 82,9 92,2 100,0 95,2 100,0 83,7 100,0 84,7 1987 88,3 101,9 88,5 93,8 100,0 96,2 100,0 88,9 100,4 89,7 1988 92,5 103,4 92,7 96,5 100,0 97,9 100,0 93,0 100,6 93,4 1989 98,3 100,0 98,3 96,1 100,0 97,6 100,0 98,1 100,0 98,3 1990 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 1991 102,4 100,0 102,3 100,8 100,0 100,5 100,0 102,2 100,0 102,1 1992 104,8 100,0 104,7 96,4 100,0 97,8 100,0 104,0 100,0 103,8 1993 106,7 100,0 106,7 99,0 106,8 102,0 100,0 106,0 105,5 106,0 1994 109,7 100,0 109,6 99,5 108,8 103,2 100,0 108,7 107,1 108,6 1995 112,8 110,1 112,8 100,6 108,8 103,8 100,0 111,6 109,1 111,4 1996 116,7 110,1 116,6 98,4 109,6 102,8 100,0 114,9 109,7 114,6 1997 120,1 144,6 120,5 108,1 109,6 108,6 100,0 118,9 116,2 118,7 1998 124,3 144,6 124,6 115,1 112,4 114,0 100,0 123,2 118,5 122,9 1999 129,3 146,2 129,5 125,1 124,2 124,7 100,0 128,5 128,3 128,5 2000 133,7 155,1 134,0 157,5 152,9 155,7 305,5 138,0 153,3 138,9 2001 137,0 155,8 137,2 181,3 156,3 171,5 305,5 142,9 156,2 143,7 2002 142,8 186,7 143,4 255,5 168,3 221,5 305,5 154,4 171,8 155,4 2003 148,2 193,3 148,8 280,4 188,1 244,4 305,5 161,3 189,1 163,1 2004 150,4 228,7 151,5 348,4 195,0 288,6 305,5 169,0 201,4 171,0 2005 154,2 253,7 155,5 359,5 197,8 296,5 305,5 173,4 208,5 175,6 2006 159,7 267,0 161,2 342,6 250,4 306,6 305,5 177,4 253,6 182,2 2007 163,8 520,7 168,7 342,2 264,7 312,0 305,5 181,2 313,3 189,3 Fonte: GESEL-IE-UFRJ com base nos dados do BEN 2008 SP - Serviço Público PIE - Produtor Independente APE Autoprodutor (*) Inclui metade da Usina de Itaipu A Tabela nº. 3 apresenta a participação percentual por tipo de fonte no total da capacidade instalada. Destaca-se a diminuição gradativa da participação da capacidade instalada de hidrelétricas desde 1996, quando esta fonte representava 87,4% do total instalado no país. Atualmente, segundo dados para o ano de 2007, a participação hídrica é de 76,5%.

ANO Tabela nº. 3 - Brasil. Capacidade Instalada de Geração Elétrica do Brasil: 1974-2007 * (em %) SP e/ou PIE APE TOTAIS Hidro Termo Eólica Nuclear Hidro Termo Eólica Hidro Termo Eólica Nuclear 1974 84,2 15,8 - - 20,7 79,3-75,7 24,3 - - 1975 86,7 13,3 - - 18,4 81,6-77,8 22,2 - - 1976 87,6 12,4 - - 20,2 79,8-79,3 20,7 - - 1977 87,3 12,7 - - 20,2 79,8-79,7 20,3 - - 1978 87,4 12,6 - - 19,9 80,1-80,3 19,7 - - 1979 86,9 13,1 - - 19,1 80,9-80,2 19,8 - - 1980 88,6 11,4 - - 19,5 80,5-82,6 17,4 - - 1981 89,3 10,7 - - 19,1 80,9-83,6 16,4 - - 1982 89,8 10,2 - - 19,7 80,3-84,3 15,7 - - 1983 90,2 9,8 - - 19,6 80,4-84,7 15,3 - - 1984 90,4 9,6 - - 19,6 80,4-85,0 15,0 - - 1985 89,3 9,1-1,6 19,0 81,0-84,1 14,4-1,5 1986 89,2 9,2-1,6 19,0 81,0-84,1 14,5-1,5 1987 89,7 8,8-1,5 19,3 80,7-84,8 13,8-1,4 1988 89,9 8,7-1,4 19,5 80,5-85,2 13,5-1,3 1989 90,4 8,2-1,3 19,0 81,0-85,9 12,8-1,3 1990 90,3 8,4-1,3 19,0 81,0-85,9 12,9-1,2 1991 90,4 8,3-1,3 19,0 81,0-86,1 12,7-1,2 1992 91,0 7,8-1,3 19,0 81,0-86,7 12,1-1,2 1993 90,9 7,8-1,2 18,0 82,0-86,4 12,4-1,2 1994 91,1 7,7-1,2 17,7 82,3-86,6 12,2-1,1 1995 91,3 7,6-1,2 19,2 80,8-86,9 12,0-1,1 1996 91,7 7,2-1,1 19,0 81,0-87,4 11,6-1,1 1997 91,3 7,6-1,1 23,6 76,4-87,2 11,8-1,0 1998 91,1 7,8-1,1 23,1 76,9-87,0 12,0-1,0 1999 90,8 8,2-1,0 21,6 78,4-86,5 12,5-1,0 2000 87,5 9,6-2,9 19,2 80,8-82,8 14,4-2,7 2001 86,5 10,6-2,8 18,9 81,1-82,0 15,4-2,6 2002 83,5 13,9-2,6 20,6 79,4-79,2 18,4-2,4 2003 82,9 14,6-2,5 19,4 80,6-78,4 19,3-2,3 2004 80,3 17,3-2,4 21,5 78,5-76,0 21,7-2,2 2005 80,3 17,4 0,0 2,3 23,1 76,9 0,0 76,1 21,8 0,0 2,2 2006 81,3 16,2 0,3 2,3 20,0 80,0 0,0 76,0 21,7 0,2 2,1 2007 81,7 15,8 0,3 2,2 31,5 68,5 0,0 76,5 21,2 0,2 2,0 Fonte: GESEL-IE-UFRJ com base nos dados do BEN 2008 SP - Serviço Público PIE - Produtor Independente APE Autoprodutor (*) Inclui metade da Usina de Itaipu Por outro lado, as fontes térmicas registraram acréscimo expressivo na participação da capacidade instalada total do país neste mesmo período. Em 2006, estas fontes registraram 11,6% do total instalado. Já em 2007, as usinas térmicas representaram 21,2% do total instalado no Brasil. As fontes nucleares são responsáveis por 2,0% do total instalado, enquanto que as usinas eólicas representam 0,2%.. Na análise do segmento dos Serviços Público e/ou Produtores Independentes, há uma maciça participação de fontes hídricas, com 81,7% do total instalado, enquanto que

as térmicas representam 15,8% e as nucleares participam com 2,2%. As usinas eólicas tiveram participação de apenas 0,3% no ano de 2007. Entre os autoprodutores, entretanto, o quadro se inverte totalmente. As fontes hídricas, embora tenham apresentado crescimento em 2007, registraram uma participação de 31,5% da potência instalada total. As fontes térmicas mantiveram a liderança neste segmento, com 68,5% do total.

2 MATRIZ ENERGÉTICA O Brasil possui, até 16 de de 2010, 2.236 usinas em operação totalizando uma capacidade instalada de aproximadamente 117,15 GW, segundo dados da ANEEL. Observa-se um pequeno aumento de 0,95%, ou 2.410 MW em número absoluto, no volume total de potência instalada em operação no país em maio do ano corrente, quando comparado com a matriz energética de 6 de janeiro de 2010, quando a capacidade instalada em operação registrada foi de 114,74 GW. Destaca-se, no período de comparação, o acréscimo de 60 novas usinas na matriz brasileira. As usinas instaladas no Brasil são responsáveis por 93,0% do total da potência em operação na matriz energética, somando aproximadamente 108,98 mil MW. O montante de potência restante que compõe a matriz energética - 8.170 MW - representa 7,0% do total e é importada de países vizinhos da América do Sul (Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela). A potência proveniente de fontes hídricas representa 67,6% do total do país, somando aproximadamente 78,19 mil MW. As usinas abastecidas por gás representam 10,5% do total, subdividido em gás natural (9,4% do total da matriz energética) e processado (1,1% também do total da matriz). A energia nuclear representa 1,7% da matriz energética brasileira, com duas usinas instaladas (Angra 1 e 2), conforme a Tabela nº. 4. A biomassa registra participação de 5,8%, enquanto que as Eólicas correspondem a 0,7% da potência instalada no país. As fontes mais poluentes, petróleo e carvão, registram, respectivamente, 1,4% e 5,4% da capacidade instalada em maio de 2010. Em comparação com a Matriz Energética de janeiro de 2010, observa-se a inserção de 23 novos empreendimentos de fontes hídricas representando um acréscimo de 560 MW de capacidade instalada em operação. Houve, portanto, um pequeno aumento de 0,7% da potência instalada referente às fontes hídricas. A participação dos empreendimentos de fonte hídrica na matriz nacional datado de maio de 2010 registrou um suave decréscimo de 0,9 pontos percentuais em comparação com a matriz apresentada em janeiro do mesmo ano.

O segmento de gás manteve estável sua participação da matriz brasileira, com a inserção de apenas uma nova unidade de geração por gás natural, totalizando 247 MW de potência instalada, e uma usina à gás de processo, com capacidade instalada de 29 MW de potência. Tabela nº. 4 Brasil. Matriz de Energia Elétrica. de 2010. (em MW) Empreendimentos em Operação Capacidade Instalada Tipo N. de Usinas (MW) Hidro 851 79.170 67,6 Natural 94 11.056 9,4 Gás Processo 33 1.275 1,1 Total 127 12.331 10,5 Óleo Diesel 808 3.901 3,3 Petróleo Óleo Residual 29 2.444 2,1 Total 837 6.345 5,4 Bagaço de Cana 297 5.093 4,3 Licor Negro 14 1.241 1,1 Biomassa Madeira 38 328 0,3 Biogás 9 45 0,0 Casca de Arroz 7 31 0,0 Total 365 6.738 5,8 Participação em (%) Nuclear 2 2.007 1,7 Carvão Mineral 9 1.594 1,4 Eólica 45 794 0,7 Paraguai 5.650 4,8 Importação Argentina 2.250 1,9 Venezuela 200 0,2 Uruguai 70 0,1 Total 8.170 7,0 Total 2.236 117.150 100,0 Fonte: GESEL-IE-UFRJ com dados da ANEEL As usinas movidas à biomassa e eólicas representaram, respectivamente, 5,8% e 0,7% do montante total de potência instalada. As usinas à biomassa registraram aumento de 0,5 pontos percentuais na participação da matriz energética em maio de 2010 na comparação com janeiro do mesmo ano. Já as eólicas apresentaram um aumento de 0,2 p.p. na participação em relação àquela registrada em janeiro. Em números absolutos, foram instaladas 12 novas usinas movidas à biomassa, totalizando 637 MW de capacidade instalada. Com esta inserção, estão em operação 365 usinas à biomassa, que representam capacidade instalada total de 6.738 MW. Entre as principais fontes de biomassa, destacaram-se as usinas movidas à bagaço-de-cana, com entrada em

operação de 10 novas unidades geradoras, totalizando 529 MW de potência instalada. A participação desse tipo de fonte subiu de 4,0% em janeiro para 4,3% em maio do ano corrente, Na geração eólica, houve a instalação de nove novas usinas, agregando uma capacidade instalada de 192 MW, o que denota tendência de crescimento desta fonte renovável, principalmente em virtude das 71 novas unidades geradoras que foram negociadas no 1º leilão de eólicas, realizado em 12 de dezembro de 2009, totalizando 1.802 MW de potência. As fontes de energia abastecidas por Carvão Mineral e por Petróleo correspondem a 1,4% (1.594 MW) e 5,4% (6.345 MW) da matriz energética brasileira. Não houve inserção de qualquer nova unidade geradora abastecida por Carvão Mineral, mesmo assim, em função de processos de eficientização das unidades geradoras já instaladas e em operação, este tipo de fonte registrou aumento da capacidade instalada na ordem de 64 MW. No segmento do Petróleo, houve crescimento de 681 MW de capacidade instalada em operação na comparação com a matriz apresentada em janeiro de 2010. O Petróleo foi, portanto, a fonte de energia que registrou o maior acréscimo em valores absolutos no período de análise. O aumento se deu pela instalação de 14 novas usinas na matriz brasileira. Deste total, foram inseridas sete usinas movidas à óleo residual, significando acréscimo de 648 MW de potência instalada, além da inserção de outras sete usinas movidas à óleo diesel, somando 33 MW de potência. Com esses resultados, o óleo diesel é responsável por 3,37% (3.901 MW) do total da matriz energética brasileira, enquanto que o óleo residual possui 2,1% (2.444 MW) do montante da potência instalada e em operação do país.

3 LEILÕES A questão central a ser analisada nesta seção é o Leilão, interpretado como o principal instrumento para contratação de novos empreendimentos para manutenção do equilíbrio entre oferta e demanda no setor elétrico. Será analisado, no presente relatório, o resultado do Leilão de Concessão e Venda de energia proveniente da Usina Hidroelétrica de Belo Monte, localizada no Rio Xingu, no estado do Pará, que foi realizado em 20 de abril de 2010. 3.1 Leilão de Belo Monte Em 20 de de 2010, a ANEEL organizou o Leilão de Concessão e Venda de energia da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, no município de Vitória do Xingu, no Pará. As especificações técnicas da UHE Belo Monte apontam uma capacidade instalada de 11.233 MW de potência, com uma garantia de 4.571 MW Médios. O projeto prevê um reservatório de 516 m² de área, sendo importante ressaltar que a UHE Belo Monte operará a fio d água, sem reservatório de acumulação, ou seja, não terá grande capacidade de regularização e operará em sua máxima eficiência nos períodos úmidos. A usina utilizará ainda dois tipos de turbinas hidráulicas. O custo dos estudos de inventário e de viabilidade para o projeto da usina foi de R$ 143,65 milhões, que deverão ser ressarcidos pelo Consórcio vencedor do pleito às empresas que a realizaram (Eletronorte, Eletrobrás, Camargo Corrêa, Norberto Odebrecht e Andrade Gutierrez). Segundo estimativa do governo, a estimativa de Compensação Financeira pela Utilização de Recursos Hídricos (CFURH) a ser gerada pelo projeto de Belo Monte é de R$ 174,8 milhões por ano. O valor será rateado entre a União, o estado do Pará e os municípios de Vitória do Xingu, Altamira e Brasil Novo.

O prazo para início de operação da primeira unidade geradora de Belo Monte está previsto para fevereiro de 2015. A data-limite para entrada em operação da última unidade é janeiro de 2019. A estimativa da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) é de que o empreendimento demandará um investimento, incluindo a Parcela de Desenvolvimento Regional Sustentável, da ordem de R$ 19 bilhões. Foram habilitados para participarem do leilão de Belo Monte os seguintes consórcios, com seus respectivos participantes: Consórcio Norte Energia formado pelas empresas: Chesf (49,98%); Construtora Queiroz Galvão S/A (10,02%); Galvão Engenharia S/A (3,75%); Mendes Junior Trading Engenharia S/A (3,75%); Serveng-Civilsan S/A (3,75%); J Malucelli Construtora de Obras S/A (9,98%); Contern Construções e Comércio Ltda (3,75%); Cetenco Engenharia S/A (5%); e Gaia Energia e Participações (10,02%); Consórcio Belo Monte Energia formado pelas empresas: Andrade Gutierrez Participações S/A (12,75%); Vale S/A (12,75%); Neoenergia S/A (12,75%); Companhia Brasileira de Alumínio (12,75%); Furnas Centrais Elétricas S/A (24,5%); e Eletrosul Centrais Elétricas S/A (24,5%). Ao final do pleito, que durou sete minutos e se encerrou ainda na sua primeira fase, o Consórcio Norte Energia foi o vencedor, arrematando o empreendimento com um preço final de R$ 78,00 por MWh, o que representou um deságio de 6,02% em relação ao preço-teto de R$ 83,00 por MWh, estabelecido em edital. O contrato de concessão é de 35 anos e de acordo com o cronograma estabelecido no o edital de licitação, a UHE Belo Monte deverá iniciar o suprimento da energia para o mercado cativo em fevereiro de 2015. Do total de energia a ser gerada pela, em torno de 4,5 mil MW, o consórcio Norte Energia ratificou o percentual mínimo de 70% exigido pelo edital para comercialização para o Ambiente de Contratação Regulada (ACR). Este montante de energia será rateado entre as 27 distribuidoras que participaram do processo de licitação na ponta compradora. Em função da destinação ao ACR, foi aplicado um fator de

modicidade tarifária previsto nas regras da licitação, que resultou no preço final de R$ 77,97 por MWh. O edital previa também, pela primeira vez em um leilão de projetos estruturantes, a destinação de 10% da energia a ser gerada pela UHE Belo Monte para uso exclusivo do consumidor, que virá integrar a Sociedade de Propósito Específico (SPE) que será formada pelos integrantes do Consórcio Norte Energia, configurando-se como autorprodutor. A parcela restante de 20% poderá ser comercializada para outros consumidores livres no Ambiente de Contratação Livre (ACL), ou no mercado de curto prazo.

4 GERAÇÃO A presente Seção apresenta o quadro geral de Geração de Energia no Sistema Interligado Nacional desde o ano 2000, para se ter um panorama de como se comportou o sistema frente a crise energética de 2001 e se já houve a recuperação dos níveis de geração registrados no período anterior a crise. Neste relatório, em especial, a análise será centrada no período de janeiro a abril de 2010. Esta seção está dividida em quatro tópicos com dados sobre o volume de energia gerado pelas fontes: Hídricas, Térmicas e Nucleares, além da energia proveniente da Usina Binacional de Itaipu. Quando possível, os dados serão apresentados para cada subsistema (Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Norte e Nordeste). O Sistema Interligado Nacional (SIN) gerou 159.142,7 GWh de energia elétrica durante o primeiro quadrimestre de 2010. Este volume de energia representou expansão de 8,9% em relação ao montante gerado no SIN entre janeiro e abril de 2009, quando o volume de energia foi de 146.101,4 GWH. A energia hídrica foi responsável por 93,2% do total gerado no âmbito do SIN no decorrer dos quatro primeiros meses 2010. Já as fontes térmicas foram responsáveis por 3,4% do total gerado, enquanto que as fontes nucleares representaram 3,3% do volume gerado no sistema interligado. 4.1 Geração Hídrica O Sistema Interligado Nacional (SIN) registrou a geração de 148.352,7 GWh de energia hídrica de janeiro a abril de 2010, conforme a Tabela nº. 5. O montante gerado representou aumento de 8,9% em relação ao total gerado no mesmo período de 2009, quando o montante total foi de 136.250,6 GWh. Na comparação com o ano de 2008, o volume de energia hídrica gerado em 2010 foi 13,3% superior. O resultado demonstra a manutenção da tendência de crescimento do nível de geração hídrica em relação ao ano de 2009 e, principalmente ao de 2008, quando houve retração na produção de energia hídrica, em função da estiagem que castigou as regiões Sudeste e Nordeste no período úmido.

O Subsistema Sudeste/Centro-Oeste foi responsável por 44,7% do volume total de energia hídrica gerada no SIN entre janeiro e abril de 2010. O montante de 66.299,5 GWh foi 7,7% superior ao registrado em 2009, quando foi registrada geração de 61.553,7 GWh. Em relação ao ano de 2008 (58.699,9 GWh), se observou crescimento ainda maior, na ordem de 12,9%. Já o Subsistema Sul teve participação de 16,8% do total gerado por fontes hídricas durante os primeiros quatro meses de 2010. Esta foi a maior participação do subsistema no volume de energia gerada no âmbito do Sistema Interligado. O volume de 24.995,1 GWh representou expressivo aumento de 77,3% em relação ao total gerado pelo subsistema no mesmo período de 2009, quando a geração alcançou 14.098,1 GWh. Em comparação com o montante de energia gerada em 2008 (16.159,8 GWh), também houve robusto avanço de 54,7%. Os resultados expressivos de geração na região Sul do país são causados não só pelo baixo resultado do ano passado, em função de estiagem registrada, como também pelo regime hidrológico bastante favorável na região durante o período do ano corrente, o que culminou no melhor resultado do subsistema nos últimos seis anos. Tabela nº. 5 Geração Mensal de Energia Hídrica por Subsistema. Jan-2008 a Abr-2010. (em GWh) Mês Sudeste / Centro-Oeste Sul Norte Nordeste SIN 2008 2009 2010 2008 2009 2010 2008 2009 2010 2008 2009 2010 2008 2009 2010 14.438,8 14.760,9 17.714,4 5.723,8 5.056,0 6.201,4 2.660,1 3.705,3 3.965,9 2.849,8 3.346,5 4.256,5 32.988,1 33.428,9 37.586,5 13.045,7 14.735,6 15.691,8 4.831,8 3.452,3 6.217,8 4.036,7 3.993,0 4.367,1 2.393,7 3.534,0 4.036,0 30.905,8 32.374,2 35.431,9 15.717,6 16.320,1 17.120,2 3.130,5 3.466,5 6.572,7 4.718,8 5.056,2 5.400,0 2.698,9 4.052,7 4.257,5 33.831,6 36.724,7 39.299,2 15.497,7 15.737,1 15.773,1 2.473,7 2.123,3 6.003,2 4.726,3 4.361,1 5.034,1 3.061,1 3.972,2 3.505,3 33.205,3 33.722,8 36.035,1 14.624,2 14.939,0-3.658,1 1.386,1-4.924,4 4.667,6-3.027,9 5.080,2-33.842,8 32.879,2-14.369,9 14.024,0-5.155,7 1.378,9-3.145,2 4.665,0-3.066,4 4.474,7-33.278,7 31.430,6-14.446,3 14.250,0-5.734,9 3.981,4-2.596,1 3.384,3-3.307,2 4.716,1-33.237,6 34.111,6-14.788,0 13.458,0-4.689,9 7.545,2-2.174,9 2.722,6-4.294,7 4.354,3-34.105,8 35.524,8-14.393,5 13.837,4-5.625,7 7.732,2-2.038,3 2.077,7-4.120,4 4.135,3-32.954,1 34.795,0-14.349,3 14.682,4-6.107,5 7.970,9-1.944,4 1.755,3-4.865,2 4.761,5-34.885,6 36.134,9-12.618,2 16.350,6-7.385,6 7.379,7-1.633,6 1.906,3-4.593,9 5.082,2-32.992,1 37.787,1-13.207,1 16.525,2-5.577,0 6.536,9-2.060,6 3.102,6-3.978,5 4.523,1-31.474,2 36.772,3 - Total 171.496,3 179.620,3 66.299,5 60.094,2 58.009,2 24.995,1 36.659,2 41.397,0 18.767,0 42.257,6 52.032,8 16.055,2 397.701,7 415.686,2 148.352,7 Elaborado pelo GESEL-IE-UFRJ com base nos dados do ONS

O subsistema Nordeste foi responsável por 10,8% da energia hídrica total gerada no SIN no primeiro quadrimestre do ano corrente. Houve produção de 16.055,2 GWh de energia elétrica através de fontes hídricas neste subsistema durante o período de análise do ano de 2010, o que significou crescimento de 7,7% em relação ao total gerado em 2009, quando houve geração total de 14.905,4 GWh. Houve recuperação do volume gerado na região após dois anos (2008 e 2009) de resultados abaixo da média dos últimos seis anos. O baixo nível de geração registrado em 2008 se deu pela estiagem pela qual a região passou, principalmente durante o regime úmido. A análise dos resultados do Subsistema Norte, entre janeiro e abril de 2010 registra aumento de 9,6% em relação ao mesmo período do ano passado. O Norte gerou 18.767,0 GWh, o que representou participação de 12,6% do total produzido no SIN, tornando-se o melhor resultado da região nos últimos 6 anos, conforme o Gráfico nº. 2. Em relação ao ano de 2008, o volume de energia gerada pela região Norte registrou crescimento de 16,3%. 45.000,0 Gráfico nº. 2 Geração de energia hídrica por subsistema. Jan-2000 a Abr-2010. (em GWh) 40.000,0 35.000,0 30.000,0 GWh 25.000,0 20.000,0 15.000,0 10.000,0 5.000,0 0,0 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Mês Sudeste/CO Sul Norte Nordeste SIN Fonte: Elaborado pelo GESEL-IE-UFRJ com base nos dados do ONS

Por fim, a usina Binacional de Itaipu foi responsável por 20,4% do total de energia hídrica gerada no âmbito do SIN durante o ano de 2009. A usina gerou 84.626,1 GWh de energia no período, o que representou decréscimo de 2,95% em comparação o período homólogo do ano anterior, quando foi gerado um volume de 87.194,5 GWh. 4.2 Geração Térmica O Sistema Interligado Nacional registrou geração térmica total de 16.307,5 GWh entre janeiro e abril de 2010, o que representou expressiva retração de 66,3% em comparação com o mesmo período de 2009. Esta redução é resultado do nível hidrológico bastante favorável ao longo do período úmido do ano de 2010. O Subsistema Sudeste/Centro-Oeste foi responsável por 57,8% de toda a energia térmica gerada durante o primeiro quadrimestre de 2010. O subsistema registrou geração de 3.144,8 GWh, o que representou forte redução de 59,1% em relação ao mesmo período de 2009, quando foram gerados 7.747,0 GWh de energia térmica, conforme a Tabela nº. 6. Mês Tabela nº. 6 Geração Mensal de Energia Térmica por Subsistema. Jan-2008 a Abr-2010. (em GWh) Sudeste / Centro-Oeste Sul Nordeste SIN 2008 2009 2010 2008 2009 2010 2008 2009 2010 2008 2009 2010 1.677,2 866,4 666,4 992,7 540,4 397,4 824,8 201,2 97,4 3.494,7 1.607,9 1.163,2 2.244,6 571,1 1.006,3 913,8 600,7 429,4 763,8 53,8 112,5 3.922,2 1.225,5 1.556,9 2.348,3 955,7 898,4 839,2 640,5 459,3 615,5 74,9 64,4 3.803,1 1.671,0 1.422,0 2.086,0 573,6 573,7 602,0 561,4 392,5 288,4 91,5 343,5 2.976,4 1.226,5 1.309,6 1.871,3 1.455,8-762,1 902,6-309,7 29,5-2.943,1 2.387,9-1.955,8 947,4-835,5 861,4-324,9 255,7-3.116,2 2.064,6-1.930,9 386,7-601,9 541,1-152,9 345,1-2.685,6 1.272,9-2.036,6 380,6-675,0 437,4-135,7 196,7-2.847,3 1.014,6-2.077,4 262,7-452,5 305,8-117,9 304,8-2.647,8 873,4-2.166,7 367,7-645,2 391,3-152,2 225,3-2.964,2 984,3-1.774,8 477,6-288,9 380,7-166,2 107,5-2.229,9 965,8-2.024,3 501,8-651,2 384,3-183,6 126,9-2.859,0 1.012,9 - Total 24.193,8 7.747,0 3.144,8 8.260,0 6.547,5 1.678,6 4.035,5 2.013,0 617,7 36.489,3 16.307,5 5.451,7 Fonte: Elaborado pelo GESEL-IE-UFRJ com base nos dados do ONS

O subsistema Sul gerou 1.678,6 GWh durante o ano de 2010. Este volume representou uma participação de 30,8% do total gerado por fontes térmicas ao longo dos 4 meses de 2010. Houve retração na participação deste subsistema em relação a 2009, quando a parcela ficou em apenas 40,1%, conforme o Gráfico nº. 3. O volume de energia térmica produzida significou queda de 74,3% em comparação com o ano de 2009, quando a geração foi de 6.547,5 GWh. 4.500,0 Gráfico nº. 3 Geração de energia térmica por subsistema. Jan-2000 a Abr-2010. (em GWh) 4.000,0 3.500,0 3.000,0 2.500,0 GWh 2.000,0 1.500,0 1.000,0 500,0 0,0 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Mês Fonte: Elaborado pelo GESEL-IE-UFRJ com base nos dados do ONS Sudeste/CO Sul Nordeste SIN O Nordeste, assim como os demais subsistemas, também registrou decréscimo expressivo de 69,3% no montante de energia elétrica gerada entre janeiro e abril de 2010 na comparação com o período homólogo do ano anterior. O volume total de energia gerada pelo subsistema foi de 617,7 GWh. Este volume representou 11,3% to total de energia térmica gerada no SIN.

4.3 Geração Nuclear O Setor Nuclear Brasileiro possui duas Usinas em operação atualmente, as usinas de Angra 1 e Angra 2, ambas localizadas na região Sudeste, no município de Angra dos Reis, no estado do Rio de. A Usina de Angra 3 deve ter seu processo de construção iniciado durante o segundo quadrimestre de 2010. As duas usinas nucleares já instaladas e em operação produziram 5.338,3 GWh entre janeiro e abril de 2010, conforme a Tabela nº. 7. Este montante significou 3,3% de toda a energia gerada no SIN durante o ano de 2010 e representou redução de 29,6% em comparação com o total gerado no período homônimo de 2009, quando foram gerados 4.119,8 GWh de energia em Angra. Mês Tabela nº. 7 Geração Mensal de Energia Nuclear. Jan-2000 a Abr-2010. (em GWh) Sistema Interligado Nacional 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 418,6 993,3 1.268,0 1.174,4 1.359,8 364,6 325,6 1.001,4 1.302,2 1266,7 1463,7 400,6 1.116,3 1.204,5 1.070,5 1.140,6 360,4 884,4 726,8 1.121,9 904,2 1279,7 400,2 1.265,7 642,0 1.182,4 730,7 0,5 1.275,5 688,9 998,4 997,8 1464,7 358,9 825,3 1.146,8 737,9 895,1 834,3 1.179,2 577,6 1.089,8 951,1 1130,3-788,7 1.370,7 985,8 698,4 1.169,7 1.130,6 1.077,6 737,2 1004,1-0,0 1.170,4 1.308,1 1.326,1 888,2 1.221,8 1.005,8 977,2 567,5 1259,1-67,9 1.433,5 1.215,9 1.378,4 884,1 1.039,6 1.322,5 993,3 1.459,6 1346,6-672,4 1.414,4 963,5 1.089,0 1.049,9 1.188,6 1.328,8 1.321,3 1.367,8 484,6-781,2 1.401,3 1.157,3 976,8 1.323,1 1.207,7 1.323,8 1.205,5 1.345,0 1162,1-537,5 1.430,4 1.191,6 823,8 1.108,5 1.171,5 1.362,0 1.217,8 1.360,2 1069,9-1.121,2 1.070,0 1.139,9 1.227,4 1.107,8 965,4 1.253,2 1.295,5 1.314,7 1178,7-1.221,3 1.369,5 1.241,2 1.385,6 396,6 331,2 1.361,9 1.223,6 1.342,3 1332,2 - Total 5.979,6 14.278,7 13.849,5 13.357,9 11.582,6 9.855,2 13.753,3 12.306,5 14.006,3 12.957,1 5.338,3 Fonte: Elaborado pelo GESEL-IE-UFRJ com base nos dados do ONS Em comparação com o ano de 2008, quando o volume de energia gerado pelas unidades nucleares foi de 4.512,2 GWh, o total de energia gerado durante 2010 significou crescimento de 18,3%. Através do Gráfico nº. 3 observa-se que a geração de energia nuclear em Angra apresenta oscilação constante, A exceção fica por conta dos períodos nos quais existem eventos extraordinários, como a necessidade do desligamento das usinas para troca de reatores ou então para troca das pastilhas de urânio, que servem como combustível.

Gráfico nº. 4 Geração de Energia Nuclear. Jan-2000 a Abr-2010. (em GWh) 1.600,0 1.400,0 1.200,0 1.000,0 GWh 800,0 600,0 400,0 200,0 0,0 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Fonte: Elaborado pelo GESEL-IE-UFRJ com base nos dados do ONS Mês 4.4 Itaipu A Usina Hidrelétrica de Itaipu, a maior hidrelétrica em operação no mundo, é um empreendimento binacional desenvolvido em conjunto pelo Brasil e pelo Paraguai. A capacidade instalada da usina é de 14.000 MW, com 20 unidades geradoras de 700 MW cada. A Hidrelétrica de Itaipu gerou 22.235,8 GWh de energia hídrica durante os quatro primeiros meses do ano de 2010, como observado na tabela nº. 8, o que representou 15,0% do total de energia hídrica gerada no SIN no período de análise. O volume foi 22,2% inferior ao total gerado no mesmo período de 2009, quando as usinas de Itaipu registraram geração de 28.577,8 GWh. Quando comparado com o ano de 2008 (28.925,9 GWh), o montante gerado por Itaipu em 2010 apresenta uma queda de 23,1%.

Mês Tabela nº. 8 Brasil. Geração Mensal de Energia pela Usina de Itaipu. Jan-2000 a Abr-2010. (em GWh) Sistema Interligado Nacional 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 6.523,8 6.936,2 6.574,8 6.898,4 6.957,8 7.435,1 7.676,3 7.572,6 7.315,7 6.560,3 5.448,3 6.362,8 6.360,8 5.188,2 6.555,4 6.381,0 6.603,8 6.745,7 6.341,6 6.597,9 6.659,3 5.119,2 7.593,3 6.952,5 6.741,3 6.216,8 6.953,0 7.166,1 7.303,4 7.627,4 7.565,8 7.829,3 5.948,8 7.128,3 6.897,1 7.076,8 7.011,8 6.590,4 7.365,8 7.034,4 7.294,9 7.446,5 7.529,0 5.719,6 6.815,0 6.814,0 6.987,3 7.048,1 7.240,5 6.940,9 7.237,3 6.414,8 7.608,2 6.806,3-6.928,0 5.590,6 6.319,2 6.713,5 7.172,0 6.351,0 7.058,1 6.415,3 7.541,5 6.887,7-7.423,1 5.592,8 5.927,3 6.698,8 7.165,4 6.601,5 7.346,0 6.954,1 7.153,1 7.779,7-7.431,3 4.881,7 6.310,4 6.672,1 6.943,8 6.624,9 7.275,5 6.894,7 8.158,4 7.444,3-8.093,2 5.146,9 6.231,3 6.733,9 6.638,0 6.159,3 6.873,2 6.825,0 6.776,2 7.012,5-7.495,7 5.737,5 6.518,3 7.484,8 6.996,3 6.672,2 6.940,1 6.843,9 7.619,2 6.964,9-7.448,2 5.741,9 6.426,2 7.211,5 7.105,6 6.471,4 6.912,4 7.084,2 6.760,8 7.068,3-7.787,4 6.082,1 6.598,8 7.762,1 7.644,6 7.330,2 7.198,3 7.055,3 6.651,1 6.084,6 - Total 87.030,2 72.733,9 76.899,8 83.007,2 83.788,3 81.722,2 85.600,8 83.323,8 87.194,5 84.626,1 22.235,8 Fonte: Elaborado pelo GESEL-IE-UFRJ, com dados do ONS No Gráfico nº. 5 pode-se observar a evolução do montante de energia gerada na Usina Binacional de Itaipu a partir de janeiro de 2000 até o mês de abril de 2010. 9.000,0 Gráfico nº. 5 Brasil. Energia Gerada pela Usina de Itaipu. Jan-2000 a Abr-2010. (em GWh) 8.000,0 7.000,0 6.000,0 GWh 5.000,0 4.000,0 3.000,0 2.000,0 1.000,0 ' 0,0 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Fonte: Elaborado pelo GESEL-IE-UFRJ, com dados do ONS Mês