MULHERES NO CÁRCERE. Palavras-chaves: Mulheres no cárcere. Detentas. Sistema carcerário feminino brasileiro.



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Transcrição:

MULHERES NO CÁRCERE Esther Castro e Silva Resumo Se a situação da mulher em liberdade é de frequente discriminação, opressão e descaso por parte do Estado, quando o assunto é prisão feminina, ou mulheres presas, os problemas são ainda mais graves. Do total de aproximadamente 494.237 presos no Brasil, 30.000 são mulheres. Relatos confirmam o descaso em coisas que parecem simples: um exemplo muito triste é que, em muitos casos, elas não têm acesso a um simples absorvente quando estão menstruadas. São obrigadas a improvisar usando miolo de pão, declarou a socióloga Julita Lembruger durante o Encontro Nacional do Encarceramento Feminino. Palavras-chaves: Mulheres no cárcere. Detentas. Sistema carcerário feminino brasileiro. Sumário: Introdução. 1. A situação do sistema carcerário feminino brasileiro. 2. O perfil das presas. 3. A maternidade e os cuidados com a saúde nas penitenciárias femininas. 4. A rotina das presas. 5. Conclusão. 6. Referências Bibliográficas Introdução O presente artigo jurídico tem como objetivo mostrar um pouco da realidade do sistema carcerário brasileiro, em especial, o sistema carcerário feminino. É internacionalmente reconhecido que o sistema penitenciário feminino brasileiro é inadequado, afirma a jornalista Nana Queiroz. Entre as precariedades das penitenciárias brasileiras, destaca-se o fato de as mulheres terem um tratamento similar ao dos homens, sem acesso à saúde e cuidados com higiene. São ignoradas a menstruação, a maternidade, os cuidados específicos de saúde, entre outras especificidades femininas.

Atualmente, existem 53 penitenciárias femininas no país, mas muitas mulheres são mantidas em delegacias de polícia, em carceragens superlotadas e com estrutura inadequada. Como se sabe, a criminalidade combatida pelo Estado possui fundos sociais. Não é atoa que os crimes que representam a maior parcela da população carcerária no Brasil seja o de tráfico de drogas ou roubo. 1 A situação do sistema carcerário feminino brasileiro Em 2012, durante a Revisão Periódica Universal do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, o Brasil foi repreendido por desrespeitar os direitos humanos em seu sistema carcerário, especialmente por ignorar questões de gênero. Ou seja, é internacionalmente reconhecido que o sistema penitenciário feminino brasileiro é inadequado. O poder público parece ignorar que está lidando com mulheres e oferece um "pacote padrão" bastante similar ao masculino, nos quais são ignoradas a menstruação, a maternidade, os cuidados específicos de saúde, entre outras especificidades femininas. Em dezembro de 2012, porém, um levantamento do Ministério da Justiça apontou que existiam 53 penitenciárias, 4 colônias agrícolas, 7 casas de albergados, 9 cadeias públicas e 5 hospitais de custódia para presas com problemas mentais no país. 2. O perfil das detentas Segundo levantamento realizado pelo Ministério da Justiça em 2012, havia 31.552 mulheres presas no país. Destas, 3.733 tinham Ensino Médio incompleto, 13.584 não haviam completado o Ensino Fundamental, 2.486 tinham sido apenas alfabetizadas e 1.382 eram analfabetas. Só 272 haviam concluído o Ensino Superior. Esses dados mostram que o perfil da mulher presa, hoje, inclui a baixa escolaridade e, como consequência, proveniência de classes mais pobres. É uma população

majoritariamente negra ou mestiça. O levantamento também confirma uma tese antiga de ativistas da área: depois que as mulheres assumiram a chefia da casa (com seus salários sempre menores do que os homens que ocupam os mesmos cargos), sentiram aumentar a pressão financeira sobre elas. Isso teria feito com que o número de mulheres presas saltasse de 16.473 em dezembro de 2004 para os atuais 31.552. Não é atoa que a maioria delas é acusada de crimes que serviriam como complemento de renda: 6.697 são detidas por crimes contra o patrimônio e 17.178 por tráfico de entorpecentes. 3 A maternidade e os cuidados com a saúde nas penitenciárias femininas Habitualmente, não há verba suficiente para a saúde, entretanto, quando esta existe é corroída por dois tipos de cupins insaciáveis: a má gestão e a corrupção, irmãs siamesas. Como se sabe, o Sistema de Saúde Pública do Brasil está doente e inabilitado. Por ai já temos uma boa noção de como deve ser dentro de uma penitenciária. Essas mulheres, grávidas ou não, chegam às penitenciárias com um histórico bem lamentável de cuidados médicos. Algumas são dependentes químicas, outras grávidas que nunca fizeram o pré-natal, outras se sujeitaram a doenças sexualmente transmissíveis - DSTs. Detentas entrevistadas relatam encontrar dificuldades em receber atendimento médico preventivo (como papanicolau). Também narraram casos em que policiais e carcereiros resistiram até o último minuto para levar mulheres em trabalho de parto para o hospital em alguns casos, as mulheres deram à luz na própria cadeia. Uma coisa que não lhes falta são ansiolíticos e antidepressivos. Segundo as detentas, a administração dos presídios e os médicos responsáveis receitam remédios controlados para mantê-las "dóceis. Ainda de acordo com relatos de detentas, algumas delas alegam nunca ter visto um ginecologista ou obstetra durante a gestação.

Outras contam ter dormido no chão já com gravidez avançada ou com o bebê recémnascido. 4 A rotina das detentas A revista VEJA publicou uma matéria onde relata como é a vida na Penitenciária de Tremembé, SP. Lá o dia começa cedo, às 5h45 é feita a primeira contagem nos dois pavilhões. As portas das celas são abertas e os agentes penitenciários contam preso por preso, ritual que se repete outras duas vezes, às 11h e às 17h15. Na cozinha, 280 quilos de arroz e 140 quilos de carne são colocados no fogo logo às 7h30. Todas as refeições são servidas na cela. Na lavanderia, duas equipes de oito presos se revezam na tarefa de lavar 400 quilos de roupas por dia. De manhã e à tarde, o corredor de acesso aos pavilhões fica movimentado. Ali acontecem as aulas de informática, inglês, ensinos fundamental e médio. Na igreja ecumênica são realizadas as missas católicas e os cultos evangélicos. As visitas acontecem aos finais de semana. Oitenta presos recebem seus parentes aos sábados e o mesmo número aos domingos. De acordo com Nanda Queiroz, em muitos locais, as detentas chegam a brigar por vagas de trabalho. A maioria delas gostaria de trabalhar para reduzir o tempo de pena (a cada 3 dias de trabalho, diminuí 1 dia de pena), poder mandar algum dinheiro para a família ou até ocupar o tempo. As ofertas de trabalho, porém, não são suficientes. Algumas se dedicam a ler, outras se dedicam às suas religiões, que lhes servem de apoio. É bom frisar, também, que, diante do abandono pelo cônjuge, muitas mulheres que se consideravam heterossexuais previamente, mantêm relacionamentos homossexuais dentro da cadeia. Assim, elas aplacam a solidão e a carência e se apoiam mutuamente. 5 Conclusão

Através do estudo feito e com base neste artigo jurídico, pode-se concluir que ainda há muito que se melhorar quando se trata sobre o Sistema Carcerário Brasileiro. Inúmeros são os motivos que levam homens e mulheres para o mundo do crime, dentre eles a desestruturação familiar, pobreza, drogas, álcool, miséria, fome, falta de educação, falta de moradia, etc. Percebe-se que a raiz do problema tem como base causas sociais. De acordo com Depen (Departamento Penitenciário Nacional), do Ministério da Justiça, em 2010 o Brasil registrou uma população carcerária de 494.237 presos. Considerando os números de todo o mundo, o Brasil tem a terceira maior população carcerária do mundo. Além de punir, dar segurança e servir de exemplo para a sociedade, a pena tem um outro papel importantíssimo: o papel de ressocializar o indivíduo. E o Estado deve se preocupar e investir nisso, para que ao longo do cumprimento da pena aquele indivíduo saia da penitenciária com uma outra visão do mundo, disposto a ser uma pessoa de bem e não voltar mais para o mundo do crime. Um exemplo de política de ressocialização pode ser observado no Presídio Auri Moura Costa, em Aquiraz (CE) por meio de parcerias com indústrias da moda: Das 514 internas do Instituto Penal Feminino Desembargadora Auri Moura Costa (IPF), 185 estão hoje se beneficiando de atividades de geração de renda. Boa parte dessas mulheres atuam na indústria da moda, por meio da parceria entre a Secretaria de Justiça e Cidadania do Estado do Ceará (Sejus) e indústrias de Confecção Famel (proprietária das grifes Famel e Dona Florinda). As ações produtivas resultam na redução das penas e, especialmente, na ressocialização das mulheres já julgadas por crimes. Além das indústrias, boa parte das internas se integra em atividades como o artesanato, padaria e serviços de manutenção do presídio. Além de políticas de ressocialização e melhoria da qualidade de vida nos presídios, o país deve continuar investindo em saúde, em programas que afastem os jovens das

drogas, educação, transporte, moradia, segurança, opções saudáveis de lazer que atendam a populações mais carentes, entre outras coisas. Mas para isso é necessário o fim da corrupção e um verdadeiro interesse dos nossos governantes e da própria população em querer mudar o país. Com isso, concluo meu artigo com uma frase de Allan Kardec: A educação, se bem compreendida, é a chave do progresso moral. 6 Referências http://www.pco.org.br/mulheres/o-sistema-prisional-e-as-mulheres/eaie,i.html http://revistavisaojuridica.uol.com.br/advogados-leis-jurisprudencia/59/sistemacarcerario-brasileiro-a-ineficiencia-as-mazelas-e-o-213019-1.asp http://www.justica.gov.br/noticias/numero-de-mulheres-presas-aumentou-256-em-12- anos http://www.observatoriodeseguranca.org/imprensa/carcere http://www.conjur.com.br/2013-ago-21/numero-mulheres-presas-brasil-aumenta-42- cinco-anos http://edemocracia.camara.gov.br/web/politica-sobre-drogas/forum/- /message_boards/view_message/243611 http://www.eunanet.net/beth/news/topicos/indice_presidios.htm http://www.ihu.unisinos.br/entrevistas/ http://www.dhescbrasil.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=192:aum ento-de-populacao-carceraria-feminina-somada-a-falta-de-politicas-publicas-de-generorevela-graves-violacoes-aos-direitos-das-mulheres&catid=69:rok-stories http://arquivo.geledes.org.br/areas-de-atuacao/questoes-de-genero/20526-como-e-avida-nas-prisoes-femininas-no-brasil http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/cadernos/regional/ressocializacao-dedetentas-1.641555 http://vejasp.abril.com.br/materia/a-vida-na-penitenciaria-do-tremembe