A CITAÇÃO ACADÊMICA COMO PRÁTICA SOCIAL E AÇÃO RETÓRICA NO GÊNERO ARTIGO CIENTÍFICO

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199 de 368 A CITAÇÃO ACADÊMICA COMO PRÁTICA SOCIAL E AÇÃO RETÓRICA NO GÊNERO ARTIGO CIENTÍFICO Gerenice Ribeiro de Oliveira Cortes * ( UESB) RESUMO Com base na concepção socioretórica de gêneros textuais e nos pressupostos da Nova Retórica, esta pesquisa buscou investigar a prática das citações enquanto estratégias para a construção do ethos do escritor do artigo científico de História e Sociologia. O corpus foi constituído de uma amostra de 40 artigos (20 por disciplina) coletados de 8 periódicos, num recorte de 5 anos (2003 a 2007). Os resultados sugerem que a persuasão é construída através de uma identidade disciplinar, que se forma a partir da incorporação do habitus e dos frames especializados da respectiva comunidade, que confere ao escritor um ethos de disciplinaridade. PALAVRAS-CHAVE: Gêneros textuais.artigo científico. Citações. Identidade disciplinar.ethos. INTRODUÇÃO A prática da citação é um tema central para a escrita acadêmica, para o contexto social de persuasão, representa trocas de relações e oferece muito mais que um nome e uma data (PAUL, 2000). Essa prática tem sido objeto de análise de muitos pesquisadores, especialmente em textos de língua inglesa, na perspectiva da área denominada de EAP - English for Academic Purposes (Inglês para Propósitos Acadêmicos). As citações são consideradas como ferramentas de persuasão e favorecem uma interação dinâmica entre escritor e

200 de 368 O artigo científico (AC) objeto dessa análise - se insere no sistema de gêneros do domínio científico (MARCUSCHI, 2002, BAZERMAN, 2005). Gênero de texto é aqui concebido como uma ação retórica socialmente construída (MILLER, 1984). Por seu turno, a construção do ethos - elemento central no processo persuasivo - também envolve as escolhas linguísticas do escritor acadêmico, no processo do jogo de imagens recíprocas orador-auditório (AMOSSY, 2005). Assim, este estudo teve por objetivo investigar a prática das citações formas estruturais e funções retóricas - enquanto recursos de construção do ethos de disciplinaridade, no gênero artigo científico de História e Sociologia. MATERIAL E MÉTODOS O corpus utilizado para a realização deste estudo foi constituído de uma amostra de 40 artigos científicos 1 20 de História e 20 de Sociologia, coletados de 8 periódicos 4 por disciplina num recorte temporal de 5 anos (2003 a 2007). A escolha dos periódicos resultou de recomendações de acadêmicos da comunidade disciplinar de História e Sociologia da Universidade Federal de Pernambuco UFPE, além de integrar a lista de periódicos do Portal CAPES Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior: www.periodicos.capes.gov.br, sendo reconhecidos como de grande prestígio acadêmico na comunidade científica. O artigo da área de ciências humanas e sociais foi escolhido para essa pesquisa, tendo em vista que há uma lacuna nos estudos desse gênero nessa área

201 de 368 Além dos artigos, para a constituição do corpus, foram também consideradas a Missão de cada periódico e as Normas estabelecidas para a publicação dos textos.a referência aos artigos, em nossas análises, se dá através das seguintes siglas: Artigos de História 1 a 20 [AH1]... [AH20]. Da mesma forma, artigos de Sociologia - 1 a 20 [AS1]... [AS20]. A busca e mapeamento das citações - categorias linguísticas usadas na análise - foi procedida manualmente. RESULTADOS E DISCUSSÃO Os dados revelam um número significativo de citações nas duas disciplinas, como também variações disciplinares quanto a sua frequência. (História: total de 731 citações, 36,5 média/artigo e 5,5, média/1.000 palavras; Sociologia: total de 1.203 citações, 60,1 média/artigo, 7,8 média/1.000 palavras). Quanto à forma estrutural, prevalecem as citações não-integrais (sistema autor-data) nos artigos das duas disciplinas, entretanto, enfocaremos, aqui, apenas as citações integrais (nome citado na sentença). Trata-se de uma escolha retórica - a citação integral enfatiza mais o autor citado, enquanto que a forma não-integral enfatiza mais a mensagem (HYLAND, 1999; THOMPSON & TRIBBLE, 2001). O nome citado na posição sintática de sujeito da oração pode também gerar maior impacto persuasivo (HYLAND, 1999). Esse recurso predominou nas citações integrais dos artigos de História (59,1%), com índice também significativo em Sociologia (44,7%), o que evidencia mais uma variação disciplinar.

202 de 368 Atos de Cognição (pensar, teorizar, definir, etc.), e Atos de Discurso 2 (denotam afirmação e/ou argumento - afirmar, dizer, argumentar, ressaltar, etc.). O estudo aponta o predomínio dos verbos indicadores de Atos de discurso nas citações das duas disciplinas (48,2% em História e 41,6% em Sociologia). Já os verbos indicadores de Atos de pesquisa prevalecem em Sociologia (26,3%), com índice de 13,5% em História. Essas variações podem ser explicadas pelos distintos modos de construir o conhecimento disciplinar (MACDONALD, 1994). Os verbos denotadores de Atos de cognição apresentaram uma baixa frequência (10,5% em História e 12,4% em Sociologia), o que pode sinalizar atenuação e preservação da face (HYLAND, 1996). Algumas particularidades se destacam nas citações analisadas, a exemplo do nome completo do autor citado, além do uso de modificadores (advérbios, adjetivos, locuções) junto aos verbos. Tais estratégias revelam peculiaridades da cultura epistêmica disciplinar e apresentam poder persuasivo, visto que o escritor acadêmico recorre à imagem e ao nome já reconhecidos na comunidade científica, a fim de acrescentar ethos de credibilidade ao seu próprio trabalho. CONCLUSÃO As citações são ferramentas retóricas que traduzem interações sociais e favorecem o desenvolvimento da identidade disciplinar. Nossos dados evidenciam peculiaridades epistêmicas disciplinares e a plasticidade dos gêneros. Ao seguir as convenções adotadas, o escritor

203 de 368 REFERÊNCIAS AMOSSY, Ruth. Da noção retórica de ethos à análise do discurso. In: R. Amossy, (Org.). Imagens de si no discurso: a construção do ethos. São Paulo: Contexto, 2005. BAKHTIN, M. Estética da Criação Verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2000. BAZERMAN, C. Gênero, Agência e Escrita. São Paulo: Cortez, 2006.. Gêneros Textuais, Tipificação e Interação. São Paulo: Cortez, 2005. CHARAUDEAU, P. & MAINGUENEAU, D. Dicionário de Análise do Discurso. São Paulo: Contexto, 2004. DIONISIO, Angela P. Formas de referenciação a autores em textos acadêmicos produzidos por alunos e professores de português. Investigações: Linguística e Teoria Literária, n.13, p.233-245, 2001. DRESSEN-HAMMOUDA, Dacia. From novice to disciplinary expert:disciplinary identity and genre mastery. English for Specific Purposes, n. 27, p. 233-252, 2008. EGGS, E. Ethos aristotélico, convicção e pragmática moderna. In: AMOSSY, R. (Org.). Imagens de si no discurso: a construção do ethos. São Paulo: Contexto, 2005. GILBERT, G. N. Referencing as persuasion. Social Studies of Science, n. 7, p. 113-122, 1977. HANKS, William F. Língua como prática social: das relações entre língua, cultura e sociedade a partir de Bourdieu e Bakhtin. São Paulo: Cortez, 2008. HYLAND, K. Disciplinary Discourse: Social Interactions in Academic Writing. Essex: Pearson Education, 2000.. Academic Attribution: Citation and the Construction of Disciplinary Knowledge. Applied Linguistics, n. 20, v. 3, p. 341-367, 1999.. Writing Without Conviction? Hedging in Science Research Articles. Applied Linguistics, n. 17, v. 4, p. 433-454, 1996.

204 de 368. Análise de textos de comunicação. São Paulo: Cortez, 2001. MARCUSCHI, Luiz A. Fenômenos da linguagem: Reflexões semânticas e discursivas. Rio de Janeiro: Lucerna, Série Dispersos, 2007.. Gêneros textuais: definição e funcionalidade. In: DIONISIO, A. P., MACHADO, A. R. e BEZERRA, M. A. (Orgs.). Gêneros textuais & ensino. Rio de Janeiro: Lucerna, 2002. MILLER, Carolyn R. Rhetorical Community: The Cultural Basis of Genre. In: Aviva Freedman & Peter Medway. Genre and New Rhetoric. London, Taylor & Francis, p.67-7, 1994... Genre as social action. Quarterly Journal of Speech, n. 70, p.151-167, 1984. PAUL, D. In citing Chaos: A study of the rhetorical use of citations. Journal of Business and Technical Communication., n. 14, p. 185-222, 2000. PERELMAN, C. & OLBRECHTS-TYTECA, L. Tratado de argumentação: a nova retórica. São Paulo: Martins Fontes, 2005. ROMUALDO, Jonas A. Ethos e discurso científico. In: MOTTA, Ana R. & SALGADO, L. (Orgs.). Ethos discursivo. São Paulo: Contexto, 2008. SULLIVAN, Dale L. Displaying Disciplinarity. Written Communication, n.13, v. 2, p. 221-250, 1996. SWALES, J. Genre analysis: English in academic and research settings. Cambridge: Cambridge University Press, 1990. THOMPSON, P. & TRIBBLE, C. Looking at citations: using corpora in English for academic purposes. Language Learning & Tecnology,n. 5, v. 3, p. 91-105, 2001.