RIO92+20 HISTÓRIA E EXPECTATIVA. Liana John

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PROJETO DE RELATÓRIO

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Transcrição:

RIO92+20 HISTÓRIA E EXPECTATIVA Liana John liana.john@camirim.com.br

1972 Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente Humano (United Nations Conference on the Human Environment), realizada em Estocolmo, na Suécia, com foco na poluição industrial e no conflito desenvolvimento x ambiente 1992 Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (United Nations Conference on Environment and Development), realizada no Rio de Janeiro, no Brasil, estabeleceu os princípios do desenvolvimento sustentável (Carta da Terra); as bases de um plano de ação participativo para alcançar esse desenvolvimento sustentável (Agenda 21); dois acordos temáticos (Convenção sobre Mudanças Climáticas e Convenção sobre Diversidade Biológica) e uma declaração sobre o uso das Florestas

2002 Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável (World Summit on Sustainable Development), realizada em Johannesburg, na África do Sul, com o objetivo de unir esforços de governos, organizações não governamentais, iniciativa privada e demais atores para reforçar a implementação da Agenda 21 2012 Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (United Nations Conference on Sustainable Development), a ser realizada no Rio de Janeiro, no Brasil, com o objetivo de estabelecer os princípios da Economia Verde no contexto da erradicação da pobreza e estabelecer um quadro institucional adequado para perseguir as metas de justiça social, prosperidade econômica e sustentabilidade ambiental.

Declarações de princípios são norteadoras Convenções são acordos internacionais que englobam os princípios e orientam ações governamentais Nem as declarações de princípios nem as convenções têm força de lei pois organismos internacionais não governam A adoção dos princípios em cada país depende de políticas públicas nacionais e nas relações internacionais depende de governança A implementação de convenções depende de sua ratificação, ou seja, a transformação dos princípios e diretrizes em leis nacionais pelos países signatários A implementação de convenções também depende de protocolos complementares que aprofundam temas específicos

DECLARAÇÃO DE PRINCÍPIOS DE ESTOCOLMO 1972 Princípio 1 O homem tem o direito fundamental à liberdade, igualdade e condições adequadas de vida, em um meio ambiente de qualidade que permita uma vida de dignidade e bem-estar, e ele carrega a responsabilidade solene de proteger e melhorar o meio ambiente para as gerações presentes e futuras. A este respeito, políticas de promoção ou perpetuação de apartheid, segregação racial, discriminação, colonialismo e outras formas de opressão e dominação externa estão condenadas e devem ser eliminadas.

CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA DE 1988 CAPÍTULO VI DO MEIO AMBIENTE Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.

DECLARAÇÃO DE PRINCÍPIOS DE ESTOCOLMO 1972 Princípio 7 Os países devem fazer o possível para prevenir a poluição dos mares por substâncias que podem causar mal à saúde humana, prejudicar recursos vivos e vida marinha ou interferir com outros usos legítimos dos mares. Princípio 26 O homem e seu ambiente devem ser poupados dos efeitos de armas nucleares e todos os outros meios de destruição em massa. Os países devem lutar para alcançar acordos imediatos, nos órgãos internacionais relevantes, sobre a eliminação e destruição completa destas armas. * Dificuldade de implementar por questões de governança

DECLARAÇÃO DE PRINCÍPIOS DO RIO DE JANEIRO 1992 Princípio 7 Os países devem cooperar em espírito de parceria global para conservar, proteger e restaurar a saúde e a integridade dos ecossistemas da Terra. Tendo em vista as diferentes contribuições para a degradação ambiental global, os países tem responsabilidades comuns, porém diferenciadas. Os países desenvolvidos reconhecem a responsabilidade que lhes cabe na busca internacional pelo desenvolvimento sustentável diante das pressões que suas sociedades impõem ao meio ambiente global, assim como as tecnologias e os recursos financeiros que controlam. * Princípio que deu origem ao Mecanismo de Desenvolvimento Limpo no âmbito da Convenção de Mudanças Climáticas

DECLARAÇÃO DE PRINCÍPIOS DO RIO DE JANEIRO 1992 Princípio 8 Para atingir o desenvolvimento sustentável e uma qualidade de vida melhor para todas as pessoas, os países devem reduzir e eliminar padrões insustentáveis de produção e consumo e promover políticas demográficas apropriadas. * Conceito que deu origem a diversas organizações não governamentais como o o Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social (1998) e o Instituto Akatu (2001) voltado para o consumo consciente para um futuro sustentável

AGENDA 21 Diretrizes globais deram origem a processos participativos nacionais, regionais, locais e mesmo em empresas, escolas, comitês de bacias hidrográficas A Agenda 21 Brasileira foi elaborada entre 1996 e 2002 com a participação de cerca de 40 mil pessoas Os processos de discussão da Agenda 21 possibilitaram a mobilização e a organização de novos grupos sociais, favorecendo o empreendedorismo socioambiental, sobretudo no âmbito local

Convenção sobre Mudanças Climáticas CMC (UNFCCC) É um acordo intergovernamental para a estabilização do clima e mitigação dos impactos das mudanças climáticas em curso. Reconhece que o clima mundial é compartilhado por todos os países e sua estabilidade é afetada por emissões de gases produzidos pelo homem. A estabilização do clima depende da redução de emissões e do sequestro de carbono da atmosfera. Metas de redução de emissões foram estabelecidas pelo Protocolo de Kyoto (1997) para 37 países industrializados mais a União Europeia até 2012. Mas não há acordo quanto à continuidade. O sequestro de carbono depende do funcionamento do mercado de carbono.

Convenção sobre Diversidade Biológica CDB (CBD) É um acordo internacional para a proteção da biodiversidade e promoção do uso racional e equitativo dos recursos genéticos pela Humanidade. Os países signatários concordam que cada Estado tem soberania para explorar seus recursos biológicos, mas também tem responsabilidade sobre sua conservação e uso sustentável. Tem diretrizes de transporte, manuseio e uso de organismos vivos modificados potencialmente danosos à biodiversidade estabelecidas pelo Protocolo de Cartagena de Biossegurança (2000). Tem diretrizes de acesso internacional ao patrimônio genético de cada país com repartição de benefícios, estabelecidas pelo Protocolo de Nagoya (2010), além de um Plano de Ação até 2020.

As duas convenções abertas para assinatura em 1992, durante a conferência do Rio de Janeiro, ganharam vida própria, com calendário, prioridades e agenda descolados das Cúpula da Terra (Earth Summit) Como as demais convenções ambientais, tanto a CMC como a CDB têm uma agenda pautada pelas conferências das partes (COP) que são reuniões periódicas com temas específicos e/ou revisões das metas de implementação O sucesso ou fracasso de uma convenção não pode ser medido pelos acordos de uma única COP, o processo é constante e os efeitos são de longo prazo

O sucesso ou fracasso de conferências como a Rio92 ou a Rio+20 também não pode ser medido de imediato, trata-se de um processo contínuo e complexo com muitos atores e muitos interesses A conferência oficial não deve ser confundida com os eventos paralelos, que também têm grande importância na promoção de mudanças na direção do desenvolvimento sustentável, mas funcionam de acordo com outra lógica A influência da conferência sobre a sociedade não deve ser medida apenas pelos documentos oficiais. Muitas vezes o que acontece no entorno das discussões oficiais traz resultados mais visíveis e interessantes

Em junho de 1992, inspirados pela Convenção de Mudanças Climáticas e pela Rio92, 14 prefeitos fixaram metas voluntárias de redução de emissões para suas cidades. Na Alemanha, Hannover e Saarbruecken se comprometeram em reduzir as emissões em 25% até 2005. As demais, em reduzir 20% até 2005: Copenhague (Dinamarca), Helsique (Finlândia), Bolonha (Itália), Ankara (Turquia), Toronto e Grande Toronto (Canadá), Miami-Dade County, Denver, Minneapolis, Portland, SaintPaul e San José (Estados Unidos). O clubinho dos 14 prefeitos evoluiu para iniciativas regionais e um Conselho Mundial de Prefeitos sobre Mudanças Climáticas (WMCCC) hoje com 147 cidades, que reúnem uma população de 185 milhões de habitantes. Sete cidades brasileiras são signatárias do compromisso comum de redução de emissões: Belo Horizonte, Curitiba, Diadema, Manaus, Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo.

O CONTEXTO DA RIO+20 No âmbito das negociações oficiais, é importante atentar para algumas diferenças entre a Rio92 e a Rio+20, sobretudo no contexto geopolítico O secretário da Rio92 foi o canadense Maurice Strong, que já havia coordenado a conferência de Estocolmo 1972 e foi primeiro diretor executivo do Programa das Nações Unidas sobre Meio Ambiente, PNUMA (UNEP) O secretário da Rio+20 é o chinês Sha Zukang, diplomata de carreira responsável pelo Conselho Econômico e Social das Nações Unidas. Tem muita experiência com órgãos multilaterais e uma longa lista de conferências internacionais no currículo, sobre os mais diversos assuntos: controle de armas, trabalho, comércio, segurança, propriedade intelectual, telecomunicações

O CONTEXTO DA RIO+20 Em 1992, o Brasil teve um papel relevante em momentos decisivos das negociações, graças a uma combinação de conhecimento técnico e protagonismo diplomático em sua delegação Durante os últimos anos, sobretudo após a ascensão de Hugo Chaves na Venezuela, a liderança brasileira tem sido ofuscada pelo discurso social antiimperialista. O discurso bolivarista costuma conquistar a simpatia de países africanos e chega a travar algumas decisões

O CONTEXTO DA RIO+20 Embora os princípios de justiça social, democracia e participação sirvam de base à Economia Verde, há diversos movimentos sociais contrários à promoção da Economia Verde A China tem um modo muito particular de negociar, mais atenta às decisões de grande repercussão nacional do que às necessidades globais Em 1992, a China não era a segunda economia do Planeta e os países industrializados não estavam em crise. As mudanças na economia mundial devem pesar nas negociações de 2012

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RIO92+20 Uma HISTÓRIA em construção para mudar a EXPECTATIVA de vida do nosso Planeta Terra Liana John liana.john@camirim.com.br

OBRIGADA Liana John liana.john@camirim.com.br