TECNOLOGIAS DE PROTEÇÃO DA ICTIOFAUNA EM EMPREENDIMENTOS HIDRELÉTRICOS. A.A.Cesário Porto, E.M. de Faria Viana e C. Barreira Martinez.

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Transcrição:

TECNOLOGIAS DE PROTEÇÃO DA ICTIOFAUNA EM EMPREENDIMENTOS HIDRELÉTRICOS Code: 05.008 A.A.Cesário Porto, E.M. de Faria Viana e C. Barreira Martinez. 1 Universidade Federal de Minas Gerais; 2 RBE 21/11/2017 1

Introdução SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO Crescimento da capacidade instalada no Brasil: 1890 a 2015 Fonte: Ministe rio de Minas e Energia, 2015 21/11/2017 2

IMPACTOS SOBRE A ICTIOFAUNA Manobras operativas de maior risco: Drenagem de máquinas Parada e partida; Variação de carga; Operação do vertedouro; Operação síncrono (descompressão). Fonte: Átila Araújo, 2012 Causas de mortandade durante as atividades operativas (BEIRÃO, 2015) Choque mecânico entre peixes e com as partes da turbina; Forças de cisalhamento; Fenômeno de cavitação; Variação rápida de pressão. Fonte: Mateus Carvalho, 2009 21/11/2017 3

IMPACTOS SOBRE A ICTIOFAUNA 21/11/2017 4

Caracterização do empreendimento CARACTERÍSTICAS GERAIS RESERVATÓRIO Turbina Kaplan N.A. Normal 616,0m Unidades Geradoras 2 N.A Maximorum 617,0m Potência Nominal 41MW N.A. Minimorum 614,0m Energia Assegurada 38,5MW Área Inundada 22,58km² Vazão Nominal Unitária 128,18m³/s Volume Útil 40,87hm³ Vazão Máxima de Projeto (10.000 nos) 3.955,00m³/s Vida Útil 47,4 anos Vazão Sanitária 27,67m³/s Comprimento 37.600,00m Vazão Mínima Média Mensal 23,20m³/s Profundidade média 22m BARRAGEM VERTEDOURO Tipo Terra/Enrocamento Tipo Superfície Creager Altura 45m Capacidade 3.955,00m³/s Extensão Total da Crista 1.351,67m N Vãos 3 Elevação da Crista 619,0m Tipo Seguimento 21/11/2017 5

Localização do empreendimento Curvelo e Pompéu Minas Gerais Baixo Curso do rio Paraopeba Bacia do rio São Francisco Sub-bacia rio Paraopeba Coordenadas Geográficas: 18 52 47,66 E 44 46 34,08 N 21/11/2017 6

21/11/2017 7

Melhorias implantadas Eliminação do Trecho de Vazão Reduzida Concepção Inicial do Projeto Arranjo Final Fonte: CCRB, 2009 Fonte: CCRB, 2009 21/11/2017 8

Melhorias implantadas Injetores de Oxigênio Acionamento remoto mediante monitoramento dos índices de oxigênio dissolvido; Garantir qualidade das águas no interior do tubo de sucção. 21/11/2017 9

Melhorias implantadas Grandes Anti-Cardume Tempo de descida: 3 minutos; Instalada em fase de projeto; Estudo prévio da malha da grade (ictiofauna local); Acionamento independente. Fonte: CCRB, 2009 21/11/2017 10 Fonte: CCRB, 2009

Melhorias implantadas Acessos Fonte: RBE, 2015 Fonte: RBE, 2015 Fonte: RBE, 2012 21/11/2017 11

Sistema de Transposição de Peixes Comporta reguladora Fonte: Rumo Ambiental, 2013 Comporta de confinamento Fonte: Rumo Ambiental, 2013 Içamento da caçamba Fonte: Rumo Ambiental, 2013 Tanque de triagem Fonte: Rumo Ambiental, 2013 21/11/2017 Soltura dos peixes 12 Fonte: Rumo Ambiental, 2013

Média indivíduos resgatados com e sem vida RESULTADOS Resgates no tubo de sucção (Período: 2011 a 2016): 1600 1400 Resgates Tubo de Sucção Ano x Indivíduos 1200 Melhor época para paralisação das UG s: Agosto e Setembro; Tempo de execução; Verificação do andamento da 1000 800 600 400 200 0 500 788 1100 660 670 337 400 342 120 128 23 12 oct.-11 jun.-12 2013 2014 2015 2016 drenagem; Monitoramento do oxigênio Mês/Ano MORTANDADE COM VIDA dissolvido; PROBLEMA: Ralo do tubo de sucção ao poço de esgotamento. 21/11/2017 13

Total transposto RESULTADOS Sistema de Transposição de Peixes (Período: 2011 a 2017): Relação Transposição Migradores e Sedentários Ano x Número Total Indivíduos Influência das vazões defluentes na frequência de indivíduos; Declínio da frequência de indivíduos durante vertimento; Baixa frequência de migradores de grande porte no sistema; Influência da temporalidade na frequência de indivíduos. 300.000 250.000 200.000 150.000 100.000 50.000 0 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014 2014/2015 2015/2016 2016/2017 Ciclos Anuais MIGRADOR SEDENTÁRIO PROBLEMA: Dependência do funcionamento do sistema com a operação da usina e nível mínimo de jusante. 21/11/2017 14

Total transposto RESULTADOS Sistema de Transposição de Peixes (Período: 2011 a 2017): Relação Transposição Migradores e Sedentários Ano x Número Total Indivíduos Influência das vazões defluentes na frequência de indivíduos; Declínio da frequência de indivíduos durante vertimento; Baixa frequência de migradores de grande porte no sistema; Influência da temporalidade na frequência de indivíduos. PROBLEMA: Dependência do 300.000 250.000 200.000 150.000 100.000 50.000 0 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014 2014/2015 2015/2016 2016/2017 Ciclos Anuais MIGRADOR SEDENTÁRIO funcionamento do sistema com a operação da usina e nível mínimo de jusante. 21/11/2017 15

RESULTADOS Sistema de Transposição de Peixes As vazões turbinadas influenciam positivamente na frequência de indivíduos do Sistema; A operação do vertedouro influencia no declínio dos indivíduos no STP; As espécies migradoras de grande porte tem baixa frequência no STP; Fonte: Rumo Ambiental, 2014 O funcionamento do STP da UHE Retiro Baixo depende do nível mínimo de jusante e da geração, desta forma os último anos de operação do sistema foram impactadas pela crise de estiagem durante a piracema. 21/11/2017 16 Fonte: Simbiota, 2015

RESULTADOS - Manobras Operativas UG01 21/11/2017 17

RESULTADOS - Manobras Operativas 21/11/2017 18

RESULTADOS - Manobras Operativas CONCLUSÃO Em manobras de partida de máquina quase sempre é registrada morte de indivíduos; A mortandade de indivíduos em manobras realizadas durante o período chuvoso é maior; Levando-se em consideração a expressividade da comunidade de peixes na sub-bacia do Paraopeba (local de implantação da UHE Retiro Baixo) é possível concluir que índice de mortandade atinge minimamente a comunidade de peixes; Em situação de desinterligamento das Unidades Geradoras por maior período de tempo, recomenda-se o monitoramento dos índices de oxigênio dissolvido no Canal de Fuga e abertura das grades anti-cardume para evitar a morte de peixes aprisionados por falta de recursos alimentares. 21/11/2017 19

EVENTOS ATÍPICOS Fonte: Retiro Baixo Energética, 2015 21/11/2017 20 Fonte: Retiro Baixo Energética, 2014 Fonte: Retiro Baixo Energética, 2015

CONCLUSÃO As Usinas Hidrelétricas são a base da matriz energética brasileira e dentre as fontes renováveis de energia é considerada a mais eficiente energeticamente produção de energia x viabilidade econômica e ambiental; Os impactos a ictiofauna são amplos, perenes e de alta magnitude, por isso devem ser levados em consideração na viabilidade do empreendimento e principalmente com relação as características relativas à bacia de implantação; As tecnologias de mitigação e conservação da comunidade de peixes ainda é incipiente visto a grandiosidade dos sistemas hídricos brasileiros e da expressividade e abundância ictiofaunística. Investimento, estudos de técnicas eficientes de proteção devem ser contempladas em quaisquer empreendimentos hidrelétricos; As manobras operativas de partida e parada de máquina se realizadas com procedimentos operacionais específicos de proteção à ictiofauna não trazem sérios danos à comunidade de peixes; Os Sistemas de Transposição de Peixes STP apesar de serem polêmicos entre os pesquisadores sobre sua efetividade são importantes para a manutenção da variabilidade genética da comunidade de peixes de uma determinada bacia. Além disso para a sua concepção devem ser consideradas as características do empreendimento, a capacidade natatória das espécies alvo e a realização de testes através de modelos reduzidos; Apesar da complexidade da execução de transposições manuais e em alguns casos do elevado custo, são consideradas importantes para a contribuição na variabilidade genética e a acessibilidade de peixes reofílicos a locais de desova anteriormente utilizados; 21/11/2017 21

Agradecimentos Os autores manifestam seus agradecimentos à ANEEL, à CEMIG, à ELETROBRAS-FURNAS, a Retiro Baixo Energética (RBE) a FAPEMIG, ao CNPq e CAPES pelo suporte financeiro para a realização desse trabalho. 21/11/2017 22