PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR ELÉTRICO

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Transcrição:

PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR ELÉTRICO RELATÓRIO MENSAL ACOMPANHAMENTO DE CONJUNTURA: FINANCIAMENTO MAIO DE 2012 Nivalde J. de Castro Maria Luiza T. Messeder

ÍNDICE SUMÁRIO EXECUTIVO...3 1- FINANCIAMENTO VIA BANCOS...4 1.1-BNDES...4 2-FINANCIAMENTO DE EMPRESAS VIA MERCADO DE CAPITAIS...6 2.1- AÇÕES...6 2.2- DEBÊNTURES...6 2

SUMÁRIO EXECUTIVO Este relatório tem como objetivo central sistematizar os principais fatos, dados, informações e ações que ocorreram no mês Maio de 2012 e têm relação direta com o financiamento do Setor Elétrico Brasileiro (SEB). A estrutura do relatório Financiamento está dividida em duas seções principais: Financiamento via Bancos e Financiamento de Empresas Via Mercado de Capitais (Debêntures, Ações e Captação Externa). Como o BNDES não publicou, até então, o boletim de desempenho referente ao mês de Abril de 2011, dados, como desembolsos e aprovação, não poderão ser analisados neste relatório. Quanto às atividades do BNDES em maio, é importe destacar que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou a redução das taxas de juros de quatro linhas do PSI (Programa de sustentação do Investimento), de responsabilidade do BNDES. A taxa dos empréstimos para exportação pré-embarque de grandes empresas cai de 9% ao ano para 8% ao ano. Já a respeito do mercado de capitais, a Suzano Papel e Celulose, pretende utilizar 55% dos recursos obtidos com sua oferta subsequente de ações para quitar dívidas, segundo informações constantes no prospecto preliminar da operação. Os outros 45% serão destinados ao reforço de caixa. E, por fim, o Conselho de Administração da Cosan autorizou a celebração de proposta de emissão de debêntures da companhia no montante de R$ 3,3 bilhões, a ser firmada com os bancos Itaú BBA e Bradesco BBI. 3

1- FINANCIAMENTO VIA BANCOS 1.1-BNDES O movimento do governo, por meio dos bancos federais, para diminuir os spreads, não compromete a disposição do BNDES de fomentar o crédito de longo prazo. A avaliação foi feita pelo presidente do BNDES, Luciano Coutinho. Explicou que na medida em que a taxa de juros vem caindo, a diferença entre a taxa Selic e a Taxa de Juros de Longo Prazo, cobrada pelo BNDES em suas operações de financiamento, está se estreitando mais rapidamente do que se pensava. Coutinho acrescentou que na medida em que há a aproximação entre as taxas de curto prazo de capital de giro e as taxas de longo prazo, esse processo de convergência torna mais fácil, em uma situação em que a economia está crescendo abaixo do seu potencial, que o governo se esforce para induzir o sistema de crédito a ter juros também de capital de giro mais baixos. O presidente do BNDES declarou que a meta é elevar a taxa de crescimento do Brasil para 4,5%. Já o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou a redução das taxas de juros de quatro linhas do PSI (Programa de sustentação do investimento), de responsabilidade do BNDES. A taxa dos empréstimos para exportação pré-embarque de grandes empresas cai de 9% ao ano para 8% ao ano. Essa medida não tem prazo de validade. As grandes empresas também terão redução de 1,8 ponto percentual no custo do financiamento para a aquisição de máquinas e equipamentos. A taxa passou de 7,3% ao ano para 5,5% ao ano. Já os juros da linha de crédito destinada à compra de ônibus e caminhões passam de 7,7% ao ano para 5,5% ao ano. A linha chamada Proengenharia, destinada à realização de projetos de engenharia, passa de 6,5 % ao ano para 5,5% ao ano. Essas três medidas são validas até o dia 31 de agosto de 2012. O ministro estimou o custo fiscal das medidas, decorrente da equalização de taxas de juros, em R$ 619 milhões. Mantega destacou que as medidas possibilitam redução do custo de investimento e visam a garantir a continuidade do crescimento da economia num cenário de crise mundial. Deste modo, impulsionados por projetos do PAC e pela iniciativa privada, os desembolsos do BNDES para energia e logística devem crescer 30% em 2013, acima do aumento projetado para 2012, de 25%, quando totalizarão R$ 23,3 bilhões. A trajetória de 4

empréstimos do banco para essas duas áreas deve seguir ascendente nos próximos anos, nas palavras do superintendente da área de infraestrutura da instituição, Nelson Fontes Siffert Filho. A infraestrutura, diz ele, passa por um novo ciclo de investimento com aportes em setores que, no passado, não recebiam tanta atenção como agora. Nas áreas de energia e logística, normalmente o aporte do BNDES responde por 60% do projeto, salientou o Siffert Filho. Isso significa que os empréstimos do banco para 2012 em energia e logística movimentarão projetos em torno de R$ 38 bilhões. Para 2014, o banco ainda não tem previsão para crescimento, mas o superintendente estima continuidade de elevação, mesmo com esta base de comparação já elevada. Por fim, as usinas contratadas pelo Proinfa entre 2005 e 2010 já receberam R$1,8 bilhões do BNDES, de um total de R$2,8 bilhões em financiamentos concedidos. Tais projetos somam 1GW e R$5,3 bilhões em investimentos. Em 2011, foram 1,1GW financiados com R$3,4 bilhões, dos quais R$2,2 bilhões já foram liberados. Neste ano, o banco estima aumentar em 30% o ritmo. Atualmente, entre usinas contratadas em processo de liberação de recursos, plantas em análise, projetos enquadrados e em carta-consulta, o BNDES conta 107 parques eólicos. Os empreendimentos somam R$12,3 bilhões em investimento, sendo que o banco deve financiar R$8,2 bilhões. 5

2-FINANCIAMENTO DE EMPRESAS VIA MERCADO DE CAPITAIS 2.1- AÇÕES A Suzano Papel e Celulose pretende utilizar 55% dos recursos obtidos com sua oferta subsequente de ações para quitar dívidas, segundo informações constantes no prospecto preliminar da operação. Os outros 45% serão destinados ao reforço de caixa. Segundo informações no prospecto, a empresa pretende quitar R$ 1,49 bilhão em dívidas com os recursos da oferta ou outras fontes de financiamento que poderão ser contratadas, bem como pela geração de caixa da companhia. A companhia pretende concluir a oferta até 29 de junho, quando as novas ações deverão começar a ser negociadas. Os atuais acionistas da companhia terão prioridade para subscrição na oferta, na proporção de sua participação no dia 18. Se essa participação sofrer alteração até o dia 22 de junho, o direito de subscrição será ponderado conforme a variação. 2.2- DEBÊNTURES O Conselho de Administração da Cosan autorizou a celebração de proposta de emissão de debêntures da companhia no montante de R$ 3,3 bilhões, a ser firmada com os bancos Itaú BBA e Bradesco BBI. O montante será destinado à aquisição das ações do Grupo BG, representativas de até 60,1% do capital social da Comgás. Por fim, a Energisa estuda recorrer ao mercado de capitais ainda este ano para completar o plano de investimento em 2012. No triênio 2012/2014, a Energisa planeja investir R$ 1,6 bi, sendo R$ 927 mi na geração de energia elétrica por fontes renováveis. Em 2012, os investimentos devem atingir R$ 672 mi - R$ 391 mi em geração de energia elétrica. Os investimentos consolidados somaram R$ 93,5 mi nos primeiros três meses de 2012, aumento de 30,4% sobre igual período de 2011. O executivo disse que o desempenho da companhia no primeiro trimestre é um bom sinalizador do que vai acontecer com a empresa ao longo de 2012 em termos de resultados. A Energisa aumentou em 79,1% o lucro líquido do primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2011, atingindo R$ 68,4 mi. A receita líquida subiu 13,5%, enquanto as despesas operacionais cresceram menos: 8,9%. A 6

energia total distribuída pelas empresas do grupo, no período entre janeiro e março, somou 2,59 mil GWh, alta de 6,6% ante o primeiro trimestre de 2011. 7