PLANEJAMENTO EMPRESARIAL E TRIBUTÁRIO. Alessandro Spilborghs Garantias e Privilégios - CTN e outras Leis

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Transcrição:

PLANEJAMENTO EMPRESARIAL E TRIBUTÁRIO TRIBUTÁRIO - AULA 08 Alessandro Spilborghs - 27.10.18 - Garantias e Privilégios - CTN e outras Leis Contexto da carga tributária Custos de conformidade - Representam o quanto o contribuinte deve gastar para adequar-se às obrigações acessórias da legislação tributária. - Ex.: dinheiro gasto com softwares, manuais, despesas incorridas por terceiros no processo de coleta de impostos, etc. - O maior dos custos, no entanto é o tempo que os contribuintes dedicam para tal adequação.

Desafios do ambiente de negócios que implicam aumento de custos e esforços nas empresas, segundo os gestores de PM&Es. https://ibpt.com.br/noticia/2684/quantidade-de-normas-editadas-no-brasil- 30-anos-da-constituicao-federal-de-1988

Roteiro da cobrança tributária Causas de suspensão da exigibilidade do crédito tributário Art. 151, I a VI, do CTN: I -moratória II -depósito do seu montante integral III -reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo IV -concessão de medida liminar em mandado de segurança V -concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial VI -parcelamento.

Recursos administrativos Assegura ao sujeito passivo o direito de discordar da exigência que lhe é imposta e solicitar a revisão administrativa. Com o início do processo administrativo torna-se imediatamente suspensa a exigibilidade do crédito tributário. O crédito permanecerá, assim, suspenso por todo o processo administrativo, em todas as instâncias.

Lançamento e crédito tributário Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o CT pelo lançamento(art.142) - Art.142: Compete privativamente à autoridade administrativa - Art.142, par. único: Atividade vinculada e obrigatória - Art.3:tributo é cobrado mediante atividade administrativa plenamente vinculada Tipos de lançamento: - Lançamento de ofício modalidade de lançamento em que a administração se encarrega de apurar o tributo e a notificar o contribuinte do resultado (exemplos: IPTU, IPVA). - Lançamento por declaração previsto no art. 147 do CTN, no qual o sujeito passivo ou terceiro presta as informações, à autoridade administrativa; na forma da legislação; sobre fatos indispensáveis à efetivação do lançamento (exemplos: tributos aduaneiros). - Lançamento por homologação (art. 150 CTN) contribuinte interpreta a lei, verifica os fatos, calcula o tributo e paga.

Súmula n. 436 do STJ A entrega de declaração pelo contribuinte reconhecendo débito fiscal constitui o crédito tributário, dispensada qualquer outra providência por parte do fisco. Exigibilidade da dívida Garantias e Privilégios arts. 183 a 193 do CTN

CLÁUSULAS DE IMPENHORABILIDADE E INALIENABILIDADE Ressalvados os bens e rendas declarados pela lei como absolutamente impenhoráveis (art. 833 do CPC/2015 e Lei 8.009/90), todos os outros respondem pelo crédito tributário do sujeito passivo. Até mesmo os bens gravados por ônus real ou aqueles que contêm cláusulas de inalienabilidade ou impenhorabilidade podem ser executados pelos entes tributantes. O bem de família pode ser em duas espécies: voluntário (art. 1.711 e seguintes do Código Civil) e legal (Lei 8.009 /90). Vide art. 3º, IV da Lei 8.009 /90 Art. 3º A impenhorabilidade é oponível em qualquer processo de execução civil, fiscal, previdenciária, trabalhista ou de outra natureza, salvo se movido: (...) IV - para cobrança de impostos, predial ou territorial, taxas e contribuições devidas em função do imóvel familiar; (...).

Súmula n. 486 do STJ: É impenhorável o único imóvel residencial do devedor que esteja locado a terceiros, desde que a renda obtida com a locação seja revertida para a subsistência ou a moradia da sua família. Súmula n. 364 do STJ: O conceito de impenhorabilidade de bem de família abrange também o imóvel pertencente a pessoas solteiras, separadas e viúvas. Jurisprudência: (...) 2. A indivisibilidade do bem não lhe retira, por si só, a possibilidade de penhora, eis que os arts. 184 do CTN e 30 da Lei 6.830/1980 trazem previsão expressa de que a totalidade dos bens do sujeito passivo responde pelo pagamento do crédito tributário ou dívida ativa da Fazenda Pública. (...) (STJ, 2.ª T., REsp 1.404.659/PB, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, j. 01.04.2014, DJe 07.04.2014). (...) 1 A Jurisprudência desta Casa firmou o entendimento de que os bens gravados com hipoteca originária de cédula de crédito comercial podem ser penhorados para satisfazer o débito fiscal, uma vez que a impenhorabilidade de que trata o art. 57 do Dec.-lei 413/1969 não é absoluta, cedendo à preferência concedida ao crédito tributário pelo art. 184 do CTN. (...) (STJ, 2.ª T., AgRg no AgIn 1.431.679/PB, Rel. Min. Eliana Calmon, j. 15.08.2013, DJe 22.08.2013). (...) 3. A reparação econômica prevista na Lei 10.559/2002 possui caráter indenizatório (art. 1.º, II). Logo, a sua natureza não salarial possibilita a penhora para garantia do crédito tributário, nos termos do art. 184 do CTN c/c art. 649 do CPC. (...) (STJ, 2.ª T., REsp 1.362.089/RJ, Rel. Min. Humberto Martins, j. 20.06.2013, DJe 28.06.2013). (...) 2. Em que pese a dificuldade na alienação do bem imóvel em questão, é certo que a execução é realizada em benefício do credor, nos termos do art. 612 do CPC. A indivisibilidade do bem e o fato de o imóvel estar gravado com ônus real, in casu, usufruto, não lhe retiram, por si sós, a possibilidade de penhora, eis que os arts. 184 do CTN e 30 da Lei 6.830/1980 trazem previsão expressa de que os bens gravados com ônus real também respondem pelo pagamento do crédito tributário ou dívida ativa da Fazenda Pública. (...) (STJ, 2.ª T., REsp 1.232.074/RS, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, j. 22.02.2011, DJe 04.03.2011). (...) 5. As cláusulas de inalienabilidade, impenhorabilidade e incomunicabilidade, que gravam os imóveis do embargante, não podem ser opostas contra a Fazenda Pública em sede de execução fiscal, nos termos do art. 184 do CTN e do art. 30 da Lei 6.830/1980. (...) (TRF- 3.ª Reg., 6.ª T., ApCív 0004299-72.2008.4.03.6126, Rel. Des. Federal Consuelo Yoshida, j. 16.08.2012, DJF 23.08.2012).

PRESUNÇÃO DE FRAUDE Caso o devedor se valha de esquemas ardilosos, com o intuito de burlar o Fisco, após sua inscrição em dívida ativa, restará caracterizada a fraude à execução.

PENHORA ONLINE Art. 185-A do CTN Na hipótese de o devedor tributário, devidamente citado, não pagar nem apresentar bens à penhora no prazo legal e não forem encontrados bens penhoráveis, o juiz determinará a indisponibilidade de seus bens e direitos, comunicando a decisão, preferencialmente por meio eletrônico, aos órgãos e entidades que promovem registros de transferência de bens, especialmente ao registro público de imóveis e às autoridades supervisoras do mercado bancário e do mercado de capitais, a fim de que, no âmbito de suas atribuições, façam cumprir a ordem judicial. O bloqueio universal de bens e de direitos, previsto no art. 185-A do CTN, não se confunde com a penhora de dinheiro aplicado em instituições financeiras, por meio do sistema Bacen Jud, disciplinada no art. 655-A do CPC (redação conferida pela Lei 11.382/2006). (STJ. 2ª Turma. AgRg no Ag 1164948/SP, Rel. Min. Herman Benjamin, DJe 02/02/2011). Requisitos: 1) citação do devedor; 2) inexistência de pagamento ou apresentação de bens à penhora no prazo legal; 3) exaurimento das diligências na busca por bens penhoráveis - a) a exequente deve ter pedido e o juiz determinado a penhora on line (Bacen Jud) e b) a exequente deve ter expedido ofícios aos registros públicos do domicílio do executado e ao Departamento Nacional ou Estadual de Trânsito - DENATRAN ou DETRAN.

Jurisprudência: PREFERÊNCIA DO CRÉDITO Art. 186 do CTN - O crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for sua natureza ou o tempo de sua constituição, ressalvados os créditos decorrentes da legislação do trabalho ou do acidente de trabalho. Nesse sentido, primeiramente são pagos os créditos trabalhistas e acidentários. Logo em seguida, procede-se ao pagamento dos créditos tributários. Posteriormente, se ainda houver saldo remanescente, as demais classes legais são pagas.

Nos processos de falência, outros créditos, além dos trabalhistas e acidentários, passam a preferir ao crédito tributário. São eles: - Créditos extraconcursais; - Importâncias passíveis de restituição; - Créditos com garantia real, no limite do valor do bem gravado. Ademais, quanto aos créditos decorrentes da legislação do trabalho, passou a ser admitido por meio de lei o estabelecimento de limites e condições para a preferência dos créditos decorrentes da legislação do trabalho. Os créditos extraconcursais são aqueles surgidos como decorrentes da administração da própria massa falida, ocorridos no curso do processo de falência. Súmula nº 192 do STF: Não se inclui no crédito habilitado em falência a multa fiscal com efeito de pena administrativa. Súmula nº 417 do STF: Pode ser objeto de restituição, na falência, dinheiro em poderdo falido, recebido em nome de outrem, ou do qual, por lei ou contrato, não tivesse ele a disponibilidade. Súmula nº 565 do STF: A multa fiscal moratória constitui pena administrativa, não se incluindo no crédito habilitado em falência. ORDEM DE PREFERÊNCIA ENTRE OS CREDORES TRIBUTÁRIOS O concurso de preferência somente se verifica entre as pessoas jurídicas de direito público, na seguinte ordem: 1º União, 2º Estados, 3º Distrito Federal e Territórios, conjuntamente e pro rata, 3º Municípios, conjuntamente e pro rata artigo 187 do CTN. Quanto o sujeito passivo deve a um mesmo sujeito ativo de um débito vencido, referente a um ou mais tipos tributários, o fisco pode determinar a imputação do crédito na ordem estabelecida no artigo 163 do CTN:

I - em primeiro lugar, aos débitos por obrigação própria, e em segundo lugar aos decorrentes de responsabilidade tributária; II - primeiramente, às contribuições de melhoria, depois às taxas e por fim aos impostos; III - na ordem crescente dos prazos de prescrição; IV - na ordem decrescente dos montantes. OUTRAS GARANTIAS Averbação pré-executória Lei 13.606/18 Lei 10.522/02 (PORTARIA PGFN Nº 33) Art. 20. Serão arquivados, sem baixa na distribuição, mediante requerimento do Procurador da Fazenda Nacional, os autos das execuções fiscais de débitos inscritos como Dívida Ativa da União pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional ou por ela cobrados, de valor consolidado igual ou inferior a R$ 10.000,00 (dez mil reais). Art. 20-B. Inscrito o crédito em dívida ativa da União, o devedor será notificado para, em até cinco dias, efetuar o pagamento do valor atualizado monetariamente, acrescido de juros, multa e demais encargos nela indicados 1 o A notificação será expedida por via eletrônica ou postal para o endereço do devedor e será considerada entregue depois de decorridos quinze dias da respectiva expedição. 2 o Presume-se válida a notificação expedida para o endereço informado pelo contribuinte ou responsável à Fazenda Pública. 3 o Não pago o débito no prazo fixado no caput deste artigo, a Fazenda Pública poderá: I - comunicar a inscrição em dívida ativa aos órgãos que operam bancos de dados e cadastros relativos a consumidores e aos serviços de proteção ao crédito e congêneres; e II - averbar, inclusive por meio eletrônico, a certidão de dívida ativa nos órgãos de registro de bens e direitos sujeitos a arresto ou penhora, tornando-os indisponíveis. Só vale para tributos federais. Súmula 429 do STJ: A citação postal, quando autorizada por lei, exige o aviso de recebimento.

https://www.youtube.com/watch?v=q3-c9twjsfk Protesto extrajudicial http://www.stf.jus.br/portal/cms/vernoticiadetalhe.asp?idconteudo=329103

Arrolamento de bens Lei 9.532/97 A autoridade fiscal competente procederá ao arrolamento de bens e direitos do sujeito passivo sempre que o valor dos créditos tributários de sua responsabilidade for superior a trinta por cento do seu patrimônio conhecido. Se o crédito tributário for formalizado contra pessoa física, no arrolamento devem ser identificados, inclusive, os bens e direitos em nome do cônjuge, não gravados com a cláusula de incomunicabilidade. Neste caso o regime de bens deve ser levando em consideração.

A partir da data da notificação do ato de arrolamento, mediante entrega de cópia do respectivo termo, o proprietário dos bens e direitos arrolados, ao transferi-los, aliená-los ou onerá-los, deve comunicar o fato à unidade do órgão fazendário que jurisdiciona o domicílio tributário do sujeito passivo. tiverem lei específica. Só vale para tributos federais, salvo se o estado, distrito federal ou município Cautelar fiscal Lei 8.397/92 Art. 185 do CTN Presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu começo, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, por crédito tributário regularmente inscrito como dívida ativa. Procedimento após a formalização do crédito, exceto: a) tentativa de colocar bens em nome de terceiro; b) vende de bens sem comunicar a fazenda pública. Desconsideração da personalidade jurídica O CTN permite a comunicabilidade entre o patrimônio da empresa e o patrimônio do sócio, mediante o instituo da desconsideração da personalidade jurídica.

Tal evento ocorrera em virtude da identificação do sócio com a condição de gerente, ao executar atos inequívocos de condução da sociedade. Ademais o mero inadimplemento, não gera responsabilidade do sócio, exceto: Desconsideração inversa da personalidade jurídica caracteriza-se pelo afastamento da autonomia patrimonial da sociedade, para, contrariamente do que ocorre na desconsideração da personalidade propriamente dita, atingir o ente coletivo e seu patrimônio social, de modo a responsabilizar a pessoa jurídica por obrigações do sócio controlador (Resp. nº 948.117/MS. Rel. Min. Nancy Andrighi. Superior Tribunal de Justiça. 3ª Turma. J. 22.06.2010). Prescrição intercorrente Veja a íntegra do acórdão: https://ww2.stj.jus.br/websecstj/cgi/revista/rej.cgi/ita?seq=1371076&tipo=0&nreg=2 01201691933&SeqCgrmaSessao=&CodOrgaoJgdr=&dt=20181016&formato=PDF&sal var=false

BONS ESTUDOS!!!! MONITORIA: ZOZIMAR RAMONDA