RELATÓRIO TRIMESTRAL SOBRE O MERCADO DE TRABALHO DO MUNICÍPIO DE OSASCO - JULHO A SETEMBRO DE 2010 -



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Transcrição:

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE OSASCO SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO, TRABALHO E INCLUSÃO (SDTI) DEPARTAMENTO INTERSINDICAL DE ESTATÍSTICA E ESTUDOS SOCIOECONÔMICOS (DIEESE) PROGRAMA OSASCO DIGITAL OBSERVATÓRIO DO TRABALHO DE OSASCO E REGIÃO RELATÓRIO TRIMESTRAL RELATÓRIO TRIMESTRAL SOBRE O MERCADO DE TRABALHO DO MUNICÍPIO DE OSASCO - JULHO A SETEMBRO DE 2010 - NOVEMBRO DE 2010

EXPEDIENTE DA SECRETARIA DO DESENVOLVIMENTO, TRABALHO E INCLUSÃO DA PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE OSASCO Prefeito: Emídio Pereira de Souza Vice-Prefeito Dr. Faisal Cury Secretária: Dulce Helena Cazzuni Secretário Adjunto: Luis Mansur Szajubok

EXPEDIENTE DO DEPARTAMENTO INTERSINDICAL DE ESTATÍSTICA E ESTUDOS SOCIOECONÔMICOS - DIEESE Direção Técnica Clemente Ganz Lúcio Diretor Técnico Ademir Figueiredo Coordenador de Estudos e Desenvolvimento José Silvestre Prado de Oliveira Coordenador de Relações Sindicais Francisco José Couceiro de Oliveira Coordenador de Pesquisas Nelson de Chueri Karam Coordenador de Educação Rosana de Freitas Coordenadora Administrativa e Financeira Equipe Responsável pelo Projeto Ademir Figueiredo Coordenador de Estudos e Desenvolvimento Angela Maria Schwengber Supervisor dos Observatórios do Trabalho Alexandre Guerra - Técnico Marcos Aurélio Souza Técnico Ronnie Aldrin Silva - Técnico Equipe Executora DIEESE DIEESE Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos Rua Ministro Godói, 310 Parque da Água Branca São Paulo SP CEP 05001-900 Fone: (11) 3874 5366 Fax: (11) 3874 5394 E-mail: en@dieese.org.br http://www.dieese.org.br

SUMÁRIO APRESENTAÇÃO 5 INTRODUÇÃO 6 I SALDO DO NÚMERO DE TRABALHADORES NAS GRANDES REGIÕES E UNIDADES DA FEDERAÇÃO 7 II SALDO DO NÚMERO DE TRABALHADORES EM OSASCO SEGUNDO CARACTERÍSTICAS DOS TRABALHADORES E DAS VAGAS 13 CONCLUSÃO 19 ANEXO 21 4

APRESENTAÇÃO O objetivo do presente relatório é realizar uma análise da movimentação do emprego formal no município de Osasco no período de julho a setembro de 2010 em comparação com igual período de 2009. Com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados CAGED, registro administrativo do Ministério do Trabalho e Emprego - MTE, a movimentação do mercado de trabalho é apresentada em duas seções. Na primeira, mostra-se um panorama geral da movimentação do mercado formal de trabalho no Brasil. Na segunda, identificam-se os elementos relevantes do saldo de empregos gerado no município de Osasco segundo algumas características econômicas como setores e subsetores de atividade, famílias ocupacionais com maior destaque no saldo e suas características segundo tamanho dos estabelecimentos, rendimento e tempo de permanência no emprego. 5

INTRODUÇÃO No terceiro trimestre de 2010, o mercado de trabalho formal brasileiro gerou 728 mil vagas, o que representou uma elevação de 15,0% sobre o resultado de julho a setembro de 2009 (633.145 postos). Quando se observa a movimentação do emprego no acumulado de julho a setembro de 2010 a partir das unidades da federação, nota-se que os maiores saldos positivos ocorreram em São Paulo (206.702 vagas), em Pernambuco (71.390 vagas) e no Rio de Janeiro (60.656). Os estados cujos saldos registraram o maior crescimento em relação ao mesmo período do ano anterior foram Minas Gerais (168,0%); Maranhão (145,4%) e Tocantins (118,3%) Em Osasco, no terceiro trimestre de 2010 registrou-se um saldo positivo de 4.053 vagas, sendo o melhor resultado na década para o período. A análise por setores e subsetores de atividade econômica indica que os setores de Serviços e Comércio registraram o melhor saldo do período, respondendo por mais da metade do saldo gerado no trimestre, puxados, nos Serviços, pelos subsetores de Serviços técnicos profissionais (577 postos) e Serviços de alojamento e alimentação (264 postos) e no Comércio pelo Comércio varejista (657 postos). O setor da Indústria de transformação, com saldo de 601 vagas, registrou forte recuperação na comparação com igual trimestre de 2009, quando ocorreu a eliminação de 652 postos. Dez famílias ocupacionais responderam por mais da metade do saldo positivo de Osasco, com destaque para Agentes, assistentes e auxiliares administrativos, ocupando 16,5% dos postos verificados no município. A seguir aparecem os Professores de nível médio no ensino fundamental e Operadores do comércio em lojas e mercados, ambos com uma proporção de 8,1% do total. Por tamanho, os estabelecimentos com até 4 e com 1000 ou mais empregados acumularam o maior saldo positivo de emprego no acumulado de julho a setembro, ocupando 66,2% do saldo total do período. O saldo positivo do trimestre se concentrou nas menores faixas de salário mínimo e os desligados, de modo geral, apresentaram baixo tempo de permanência no emprego, com 62,1% dos desligamentos no trimestre ocorrendo entre trabalhadores com menos de um ano de emprego. 6

I SALDO DO NÚMERO DE TRABALHADORES: BRASIL, GRANDES REGIÕES E UNIDADES DA FEDERAÇÃO Entre julho e setembro de 2010, o Brasil gera 728 mil postos formais de trabalho De acordo com os dados divulgados pelo CAGED, entre julho e setembro de 2010 a movimentação do mercado de trabalho formal no Brasil apresentou saldo positivo de 728.086 postos formais. Este resultado foi 15,0% acima do verificado em igual período de 2009 (633.145 postos). Na análise mensal, observa-se que os meses de julho e agosto foram os principais responsáveis pelo aumento do número de trabalhadores formalizados no terceiro trimestre de 2010 em relação ao mesmo trimestre de 2009. Em julho de 2010, foi verificado um saldo positivo de 181.796 postos aumento de 31,4% sobre julho do ano anterior enquanto o saldo de agosto de 2010 registrou elevação de 23,7% sobre o mesmo mês de 2009. Setembro de 2010 foi o único mês do trimestre em análise a apresentar uma queda da quantidade de postos formalizados na comparação mensal de 2009 (-2,3%) (Gráfico 1). GRÁFICO 1 Saldo de empregos formais Brasil, Jul/09 a Set/09 e Jul/10 a Set/10 800.000 700.000 600.000 500.000 400.000 633.145 728.086 300.000 200.000 138.402 181.796 242.126 299.415 252.617 246.875 100.000 0 2009 2010 2009 2010 2009 2010 2009 2010 Fonte: MTE, Caged. Elaboração: DIEESE. Julho Agosto Setembro Julho a Setembro 7

Sudeste apresenta o melhor resultado por regiões Analisando o saldo de vagas por região do país, o Sudeste apresentou o maior saldo positivo de vagas no acumulado de julho a setembro de 2010 (326.361 vagas), o que significou uma elevação de 26,8% em comparação com igual período de 2009 (257.293 postos). Entretanto, o maior crescimento relativo ocorreu na região Sul, com crescimento de 29,6%, passando de 89.874 postos para 116.521 (Gráfico 2). 350.000 GRÁFICO 2 Saldo acumulado de empregos formais Grandes Regiões, julho a setembro de 2009 e 2010. 326.361 300.000 250.000 200.000 205.484 216.134 257.293 150.000 100.000 89.874 116.521 50.000 43.251 39.806 37.243 29.264 0 Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste jul a set/09 jul/ a set/10 Fonte: MTE, Caged Elaboração: DIEESE A maior participação no saldo total também permanece no Sudeste, que cresceu de 40,6% no trimestre de 2009, para 44,8%. A região Nordeste se manteve como a segunda região com maior proporção no saldo total, de 29,7%, o que representou uma queda de 2,8 pontos percentuais no confronto com o terceiro trimestre de 2009 (Tabela 1). 8

Tabela 1 Saldo acumulado e distribuição do saldo Grandes regiões, julho a setembro de 2009 e 2010. Região jul a set/09 jul/ a set/10 Participação no trimestre (%) 2009 2010 Norte 43.251 39.806 6,8 5,5 Nordeste 205.484 216.134 32,5 29,7 Sudeste 257.293 326.361 40,6 44,8 Sul 89.874 116.521 14,2 16,0 Centro-Oeste 37.243 29.264 5,9 4,0 Fonte: MTE, Caged Elaboração: DIEESE O estado de São Paulo acumulou um saldo positivo de 206.702 postos no terceiro trimestre de 2010. Foi o maior saldo positivo no período e representou 28,4% do saldo positivo total do país, seguido de Pernambuco, com saldo de 71.390 postos ou 9,8% do total nacional. O Rio de Janeiro respondeu pelo terceiro maior resultado, com 60.656 vagas ou 8,3% do total brasileiro. Os maiores crescimentos relativos na geração de postos foram verificados nos estados de Minas Gerais (168,0%), saindo de 19.047 postos para 51.055; no Maranhão, com crescimento de 145,4%, de 4.110 postos para 10.085; e no Tocantins, com aumento de 1.357 para 2.963 postos, o que significou elevação de 118,3% (Tabela 2). 9

TABELA 2 Saldo acumulado do emprego formal Brasil, Grandes Regiões e UFs, julho a setembro de 2009 e 2010. Unidades da Acumulado Federação jul a set/09 jul a set/10 Norte 43.251 39.806 Rondonia 8.961 6.940 Acre 1.455 1.450 Amazonas 13.930 9.657 Roraima 546 907 Para 16.456 17.089 Amapa 546 800 Tocantins 1.357 2.963 Nordeste 205.484 216.134 Maranhao 4.110 10.085 Piaui 6.597 3.956 Ceara 36.279 30.260 Rio Grande do Norte 14.096 15.943 Paraiba 15.713 16.914 Pernambuco 51.520 71.390 Alagoas 38.403 30.614 Sergipe 7.124 7.341 Bahia 31.642 29.631 Sudeste 257.293 326.361 Minas Gerais 19.047 51.055 Espirito Santo 7.756 7.948 Rio de Janeiro 40.149 60.656 Sao Paulo 190.341 206.702 Sul 89.874 116.521 Parana 35.099 48.158 Santa Catarina 29.888 31.880 Rio Grande do Sul 24.887 36.483 Centro-Oeste 37.243 29.264 Mato Grosso do Sul 4.071 4.716 Mato Grosso 10.017 5.636 Goias 16.311 12.754 Distrito Federal 6.844 6.158 Brasil 633.145 728.086 Fonte: MTE, Caged. Elaboração: DIEESE. 10

Osasco registra saldo positivo de 4.053 vagas no terceiro trimestre e obtém o melhor resultado na década O município de Osasco apresentou, entre julho e setembro de 2010, saldo positivo de 4.053 vagas, resultado 78,5% superior a igual período do ano anterior (2.271vagas). A análise da movimentação do emprego nos trimestres destacados, entre 2009 e 2010, revela que também houve elevação do saldo para o Brasil, região sudeste, estado de São Paulo e região metropolitana de São Paulo RMSP. Para Osasco, julho de 2010 registrou a maior participação no saldo no acumulado, com 1.770 postos ou 43,7% do total (Tabela 3). TABELA 3 Saldo do emprego formal Brasil, Sudeste, São Paulo e Osasco, julho a setembro de 2009 e 2010. Localidade jul/10 ago/ set/10 Saldo acumulado no trimestre 2009 2010 Bras il 181.796 299.415 246.875 633.145 728.086 Sudeste 90.905 149.227 86.229 257.293 326.361 São Paulo 62.497 90.633 53.572 190.341 206.702 RMSP 31.727 49.052 35.519 88.958 116.298 Osas co 1.770 1.440 843 2.271 4.053 Fonte: MTE, Caged Elaboração: DIEESE Cabe ainda destacar que o resultado observado no terceiro trimestre de 2010, em Osasco, foi o maior da década, com quantidade de postos gerados 32,0% acima do segundo melhor saldo para acumulado nos meses de julho a setembro, verificado em 2007 (3.137 postos) (Gráfico 3). 4.500 4.000 3.500 3.000 2.500 2.000 1.500 1.000 500 0 GRÁFICO 3 Saldo acumulado de empregos formais Osasco, julho a setembro de 2009 e 2010. 1.650 668 608 2.383 2.594 3.070 3.137 476 2.271 4.053 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Julho a Setembro Fonte: MTE, Caged Elaboração: DIEESE 11

II SALDO DO NÚMERO DE TRABALHADORES EM OSASCO SEGUNDO CARACTERÍSTICAS DOS TRABALHADORES E DAS VAGAS Setores de Serviços e Comércio ocupam mais da metade dos postos gerados no trimestre O saldo da movimentação do emprego em Osasco por setores e subsetores de atividade econômica mostrou que, entre julho e setembro de 2010, os Serviços com 1.248 postos, e o Comércio, com 1.140, apresentaram os maiores saldos positivos do período, respondendo por 30,8% e 28,3% do saldo total do município verificado no período. Embora a maior participação no saldo do terceiro trimestre de 2010 tenha ocorrido nos setores destacados, quando se compara o período com igual trimestre de 2009 observa-se que a Indústria de transformação registrou forte recuperação do saldo, saindo de um resultado negativo de 652 postos, entre julho e setembro de 2009, para a geração de 601 vagas em igual trimestre de 2010. O resultado na Indústria de transformação foi impulsionado pelo saldo positivo do subsetor de Alimentos e bebidas, com 269 postos formais, contra a eliminação de 158 vagas no terceiro trimestre de 2009, seguido do subsetor de Papel e gráfica, com saldo de 111 vagas. Entre julho e setembro do ano anterior esse saldo havia sido de 2 vagas. O saldo no setor de Serviços foi puxado pelo desempenho no subsetor de Serviços técnicos profissionais (577 vagas ou 46,2% do total do setor), seguido de Serviços de alojamento alimentação, com 264 postos ou 21,2% do total do setor. No Comércio o destaque ficou por conta do Comércio varejista, com a geração de 657 postos ou 57,6% do total do setor. A análise mensal do saldo mostra que, no terceiro trimestre de 2010, julho apresentou a maior participação no resultado total verificado na Indústria de transformação (57,1%); nos Serviços (44,2%) e na Administração pública (55,9%). Na Construção civil e no Comércio os maiores resultados foram observados em agosto. Na Construção, chegou a ser 15,0% superior ao total (169 postos no mês contra 147 na soma total do trimestre). No Comércio, o saldo de agosto representou 50,4% do total acumulado entre julho e setembro de 2010 (Tabela 4). 12

Setores e Subsetores TABELA 4 Saldo do emprego segundo setor e subsetor de atividade Osasco, julho a setembro de 2009 e 2010. Saldo Mensal 07/10 08/10 09/10 Saldo Acumulado jul a set/09 jul a set/10 Ind. Extrativa Mineral 0 0 0 0 0 Indústria de Transformação 343 73 185-652 601 Ind. Minerais não Metálicos 24 8 6-13 38 Metalúrgica 20-20 17-559 17 Mecânica 6-11 33 15 28 Elétrica e Eletrônica 69 23-8 86 84 Material Transporte 24 22 24-1 70 Madeira e Mobiliário -19-1 1 33-19 Papel e Gráfica 109 0 2 2 111 Borracha, Fumo e Couro 0-34 9-20 -25 Química 10-77 33 30-34 Têxtil 46-1 17-61 62 Calçados 0-6 6-6 0 Alimentos e Bebidas 54 170 45-158 269 Serviços Industriais de Utilidade Pública 9-6 -4-28 -1 Construção Civil 23 169-45 125 147 Comércio 337 574 229 1.475 1.140 Comércio Varejista 281 407-31 1.039 657 Comércio Atacadista 56 167 260 436 483 Serviços 552 443 253 675 1.248 Instituições Financeiras 105 50-9 -23 146 Serviços Técnicos Profissionais 375 179 23 387 577 Transporte e Comunicação 3 52 14-33 69 Serv. Alojamento e Alimentação 34 77 153 102 264 Serv. Médicos, Odonto e Veterinários 32 18 35 68 85 Ensino 3 67 37 174 107 Administração pública 503 183 214 674 900 Agricultura 3 4 11 2 18 Total 1.770 1.440 843 2.271 4.053 Fonte: MTE, Caged Elaboração: DIEESE No terceiro trimestre de 2010, mais da metade do saldo se deve a dez famílias ocupacionais No terceiro trimestre de 2010, observa-se que dez famílias ocupacionais 1 responderam por mais da metade do saldo de Osasco (58,8% ou 2.383 postos), das quais se destacaram Agentes, assistentes auxiliares administrativos, com 667 postos ou 16,5% do total, seguido de Professores de 1 De acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego, a família ocupacional constitui um conjunto de ocupações similares correspondente a um domínio de trabalho mais amplo que aquele da ocupação. A descrição completa das dez famílias ocupacionais utilizadas no presente relatório é apresentada no anexo. 13

nível médio no ensino fundamental e Operadores do comércio em lojas e mercados, ambas com 327 postos criados ou 8,1% do total. Juntas, essas três famílias somaram 32,6% do saldo total apresentado por Osasco no período em questão. Quando se analisa o ranking das famílias ocupacionais com maior participação no saldo total do município, verifica-se que apenas as três primeiras famílias ocupacionais com maior destaque entre julho e setembro de 2010 também apareciam em igual período de 2009. Observa-se, do mesmo modo, que as dez famílias ocupacionais que registraram os maiores saldos no terceiro trimestre de 2009 representavam 92,3% do saldo total do município. Em igual período do ano seguinte, as dez famílias representavam 58,8% do saldo total do trimestre. Esta diferença pode ser explicada pelo forte crescimento do emprego formal já observado entre julho e setembro de 2010 frente ao acumulado de julho a setembro de 2009, com mais famílias ocupacionais participando desse movimento de expansão das vagas no município (Tabela 5). TABELA 5 Ranking das dez famílias ocupacionais com maior participação no saldo Osasco, julho a setembro de 2009 e 2010 Terceiro trimestre 2009 2010 Valores Participação Família ocupacional Família ocupacional absolutos (%) 1º - Agentes, assistentes e auxilares administrativos Valores absolutos Participação (%) 492 21,7 1º - Agentes, assistentes e auxilares administrativos 667 16,5 2º - Operadores do comércio em lojas e mercados 280 12,3 2º - Professores de nível médio no ensino fundamental 327 8,1 3º - Caixas e bilheteiros (exceto caixa de banco) 248 10,9 3º - Operadores do comércio em lojas e mercados 327 8,1 4º - Professores de nível médio no ensino fundamental 207 9,1 4º - Almoxarifes e armazenistas 227 5,6 5º - Trabalhadores de embalagem e etiquetagem 207 9,1 5º - Escriturários de serviços bancários 178 4,4 6º - Operadores de telemarketing 161 7,1 6º - Garçons, barmen, coperios e sommeliers 160 3,9 7º - Trabalhadores nos serviços de manutenção de edificações 8º - Trabalhadores de cargas e descargas de mercadorias 9º - Ajudantes de obras civis 121 5,3 159 7,0 7º - Médicos 143 3,5 128 5,6 8º - Técnicos de vendas especializadas 128 3,2 9º - Trabalhadores operacionais de conservação de vias permanentes (exceto trilhos) 116 2,9 10º - Agentes de saúde e de meio ambiente 93 4,1 10º - Alimentadores de linhas de produção 110 2,7 Total 2096 92,3 Total 2383 58,8 Demais famílias 175 7,7 Demais famílias 1670 41,2 Fonte: MTE, Caged Elaboração: DIEESE 14

Saldo positivo concentra-se nos estabelecimentos com até 4 e com 1000 ou mais empregados Segundo tamanho de estabelecimento, o saldo acumulado de julho a setembro de 2010 apontou para a concentração de postos nos estabelecimentos com 1000 ou mais empregados, respondendo por 44,0% do total, seguido dos estabelecimentos com até 4 empregados, com 22,2% do total. A análise do saldo pelas dez famílias ocupacionais que tiveram a maior participação no saldo do trimestre mostra que os trabalhadores Agentes, assistentes e auxiliares administrativos apresentaram números parecidos em relação à distribuição dos empregados por tamanho de estabelecimento, ocupando 29,5% das vagas nos estabelecimentos até 4 empregados, seguido dos estabelecimentos com 1000 ou mais trabalhadores, com 25,2% e de 250 a 499 empregados, 23,1%. Os Operadores do comércio em lojas e mercados e Alimentadores de linhas de produção verificaram maior proporção do saldo nos estabelecimentos com até 4 trabalhadores. O número de postos criados para Garçons, barmen, copeiros e sommeliers ficou concentrado nos estabelecimentos até 4 e de 1000 ou mais empregados. A geração de postos nas famílias ocupacionais Técnicos de vendas especializadas e Trabalhadores operacionais de conservação de vias permanentes se concentrou nos estabelecimentos de 500 a 999 empregados. As demais famílias registraram maior proporção nos estabelecimentos com 1000 ou mais trabalhadores (Tabela 6). TABELA 6 Distribuição do saldo do emprego por família ocupacional segundo tamanho do estabelecimento Osasco, julho a setembro de 2010 (%). Família ocupacional Até 4 De 5 a 9 De 10 a 19 De 20 a 49 De 50 De 100 De 250 De 500 1000 ou a 99 a 249 a 499 a 999 mais Agentes, assistentes e auxilares administrativos 29,5 3,7-1,3 1,5 4,0 2,2 23,1 12,0 25,2 100,0 Professores de nível médio no ensino fundamental 0,0 0,0 0,6 0,9 0,3-0,3 0,0 0,0 98,5 100,0 Operadores do comércio em lojas e mercados 44,6 0,9 16,8 12,8 11,0 19,9-1,5-4,9 0,3 100,0 Almoxarifes e armazenistas 5,7 3,5 5,3 0,0 1,8-10,6-1,3 11,5 84,1 100,0 Escriturários de serviços bancários -1,7 2,8 6,2 3,4 4,5 11,8 0,0 0,0 73,0 100,0 Garçons, barmen, coperios e 58,8-6,9-4,4-2,5-10,6 6,3 2,5 0,0 56,9 100,0 sommeliers Médicos 0,7 0,0 0,0 0,0 0,0-2,1 0,0 0,0 101,4 100,0 Técnicos de vendas especializadas 3,9 0,0 1,6 2,3-3,9-7,8 4,7 99,2 0,0 100,0 Trabalhadores operacionais de 3,4 0,0 0,0 14,7-0,9-16,4 0,0 99,1 0,0 100,0 conservação de vias permanentes Alimentadores (exceto trilhos) de linhas de produção 64,5 10,0-0,9 39,1-19,1 18,2-2,7-9,1 0,0 100,0 Total 22,2 1,7 2,7 5,0 1,3 3,1 6,4 13,5 44,0 100,0 Fonte: MTE, Caged Elaboração: DIEESE 15 Total

Menores rendimentos concentram saldo positivo Segundo faixas de salário mínimo (SM), o saldo positivo verificado no acumulado de julho a setembro de 2010 ficou concentrado na faixa de 1,01 a 2,0 salários mínimos (SM), com exceção da família Escriturários de serviços bancários, em que predominaram salários na faixa de 2,01 a 5,0 SM (87,1%). Em algumas famílias ocupacionais, como Alimentadores de linhas de produção, o saldo na faixa de 1,01 a 2,0 salários mínimos chegou a ser maior que o resultado total da família, em função do saldo negativo verificado em outras faixas salariais (Tabela 7). TABELA 7 Distribuição do saldo do emprego por família ocupacional segundo faixa de salário mínimo Osasco, julho a setembro de 2010 (%) Família ocupacional Até 1,0 1,01 a 2,0 2,01 a 5,0 5,01 a 7,0 7,01 a 10,0 10,01 a 20,0 Mais de 20,0 Agentes, assistentes e auxiliares administrativos 3,6 86,8 10,8-0,5-0,3 0,3-0,2 100,0 Professores de nível médio no ensino fundamental 0,0 45,0 55,0 0,3-0,3 0,0 0,0 100,0 Operadores do comércio em lojas e mercados 8,0 106,7-12,6-0,6-0,9 0,0 0,0 100,0 Almoxarifes e armazenistas 1,3 109,3-7,9-0,4-0,9-0,9-0,4 100,0 Escriturários de serviços bancários 0,6 12,9 87,1-0,6 0,0 0,0 0,0 100,0 Garçons, barmen, copeiros e sommeliers 10,1 92,5-2,5 0,0 0,0 0,0 0,0 100,0 Médicos 0,0 81,8 18,9 0,0 0,0-0,7 0,0 100,0 Técnicos de vendas especializadas 3,1 99,2-1,6 1,6-1,6-0,8 0,0 100,0 Trabalhadores operacionais de conservação de vias permanentes (exceto trilhos) 16 Total -0,9 98,3 2,6 0,0 0,0 0,0 0,0 100,0 Alimentadores de linhas de produção -0,9 136,4-35,5 0,0 0,0 0,0 0,0 100,0 Total 3,0 83,8 14,0-0,2-0,4-0,1-0,1 100,0 Fonte: MTE, Caged Elaboração: DIEESE Quanto ao tempo médio de permanência no emprego, verifica-se que mais da metade (62,1%) dos trabalhadores desligados entre julho e setembro de 2010 possuía menos de um ano no último emprego. Para 19,1% dessas dez famílias ocupacionais verificou-se tempo de permanência no último posto de trabalho entre 12,0 a 23,9 meses. Somados, esses dois grupos mostram que 83,1% dos desligados no trimestre tinham menos de dois anos no trabalho. Por família ocupacional, dentre as dez que se destacaram entre julho e setembro de 2010, apenas Escriturários de serviços bancários registraram um quinto dos desligamentos na faixa de 24,0 a 35,9 meses de permanência no emprego e entre 36,0 a 59,9 meses foram 10,6%. Os trabalhadores dessa família que registraram dois anos ou mais de tempo de emprego somaram 40,0% do total (Tabela 10). Os trabalhadores Médicos apresentaram forte concentração do saldo na faixa de permanência de 12,0 a 23,9 meses, com 69,5% do total da família. Por outro lado, a maior

instabilidade no emprego foi verificada entre os Alimentadores de linhas de produção, que de julho a setembro de 2009 verificaram 34,1% dos desligamentos entre trabalhadores que não chegaram a completar 3 meses no emprego (Tabela 8). TABELA 8 Distribuição dos desligados por família ocupacional segundo tempo de permanência no emprego Osasco julho a setembro de 2010 Família ocupacional 1,0 a 2,9 3,0 a 5,9 6,0 a 11,9 12,0 a 23,9 24,0 a 35,9 36,0 a 59,9 60,0 a 119,9 120 ou Mais Total Agentes, assistentes e auxiliares administrativos 14,4 17,6 20,5 21,8 12,7 7,3 4,2 1,5 100,0 Professores de nível médio no ensino fundamental 10,5 34,2 26,3 17,1 1,3 1,3 7,9 1,3 100,0 Operadores do comércio em lojas e mercados 25,5 22,9 18,4 17,1 7,5 4,8 3,0 0,8 100,0 Almoxarifes e armazenistas 18,2 24,0 16,7 16,2 10,9 6,8 4,8 2,5 100,0 Escriturários de serviços bancários 11,8 15,3 15,3 17,6 20,0 10,6 8,2 1,2 100,0 Garçons, barmen, copeiros e sommeliers 24,3 21,7 20,2 20,6 6,7 4,0 1,6 0,8 100,0 Médicos 3,4 5,9 19,5 69,5 0,0 0,0 1,7 0,0 100,0 Técnicos de vendas especializadas 21,0 22,3 27,5 20,2 3,9 3,0 1,7 0,4 100,0 Trabalhadores operacionais de conservação de vias permanentes (exceto trilhos) 21,9 28,1 24,0 12,5 7,3 4,2 1,0 1,0 100,0 Alimentadores de linhas de produção 34,1 21,6 16,1 11,0 6,0 5,1 3,5 2,7 100,0 Total 21,8 21,1 19,3 19,1 8,6 5,4 3,4 1,3 100,0 Fonte: MTE, Caged Elaboração: DIEESE Conclusão 17

Ao longo de 2010, o mercado de trabalho formal brasileiro vem apresentando sucessivos recordes no saldo de empregos medidos pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados - CAGED, registro administrativo do Ministério do Trabalho e Emprego MTE. Até setembro, os números do CAGED mostraram que em todo o Brasil já foram gerados 2,2 milhões de postos de trabalho com carteira, reforçando as expectativas de que o ano se encerre com a geração recorde de mais de 2 milhões de empregos. O cenário econômico do país tem contribuído fortemente para os resultados observados no mercado de trabalho. Após ter passado pela turbulência causada pela crise financeira com origem nos Estados Unidos, que no último trimestre de 2008 fez a economia recuar 3,6% e encerrar 2009 com queda de 0,2%, no ano corrente o Produto Interno Bruto tem sido projetado para crescer acima de 7% e nos anos seguintes a uma média de 5%. O desempenho da economia tem impactos evidentes sobre o mercado de trabalho. A análise trimestral desenvolvida no atual estudo mostrou que o terceiro trimestre de 2010 registrou saldo de empregos celetistas 15,0% acima do verificado para o mesmo trimestre de 2009. Neste período o crescimento relativo do emprego foi maior nas regiões Sul e Sudeste, de 29,6% e 26,8%, respectivamente. Todavia, quando se observa o crescimento do saldo por unidades da federação observa-se que Minas Gerais, com elevação de 168,0%, e Tocantins, com 118,3%, foram os destaques na comparação trimestral. Em Osasco se observou a mesma tendência já apontada para o Brasil no que diz respeito ao saldo. No acumulado de julho a setembro de 2010, o resultado no município cresceu 78,5%, impulsionado pelo desempenho nos setores de Comércio e Serviços, mas, também, pela forte recuperação na Indústria de transformação, que registrou a eliminação de 652 postos, entre julho e setembro de 2009, para em igual período de 2010 apresentar a geração de 601 vagas. Estes dados na Indústria estão em linha com os números divulgados pelo IBGE 2, apontando crescimento de 7,9% no setor o terceiro trimestre de 2010 frente ao mesmo trimestre do ano anterior. A distribuição dos resultados na geração de postos de trabalho em Osasco segue bastante concentrado. Do total de empregos formais criados em Osasco no trimestre investigado, mais da metade ocorreu entre dez famílias ocupacionais. Todavia, deve-se destacar que o desempenho do mercado de trabalho formal em Osasco, no terceiro trimestre de 2010, beneficiou um número maior 2 http://ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=1745&id_pagina=1. Acessado em 04/11/2010. 18

de famílias ocupacionais, tendo em vista que dez famílias responderam por 92,3% do saldo total no acumulado de julho a setembro de 2009. O saldo de vagas é bastante concentrado entre estabelecimentos de até 4 e de 1000 ou mais empregados, dado que a movimentação do emprego no município ocorre com maior frequência no Comércio e nos Serviços nos quais predominam estabelecimentos menores. A Administração pública, do mesmo modo, tem papel relevante na formação do saldo, levando a que os números da movimentação do emprego, em Osasco, sejam observados com destaque nos estabelecimentos com 1000 ou mais empregados. Quando se verifica o saldo de emprego em Osasco em relação à remuneração paga no que diz respeito às dez famílias com maior destaque no saldo do trimestre percebe-se a importância de elevação do salário mínimo para o país e para Osasco. Do saldo total dessas famílias, pouco mais de quatro quintos (83,8%) percebiam salários 1,01 a 2,0 mínimos. Por fim, embora o mercado de trabalho formal esteja vivendo um momento de significativo crescimento do número de vagas geradas, deve-se ficar atento para mais um indicador da qualidade desses postos. O que se verifica é que além de serem postos de baixa remuneração, também são pouco estáveis. Entre julho e setembro de 2010, mais de três quintos dos trabalhadores desligados (62,1%) não chegou a completar um ano de emprego. Em casos como o de Alimentadores de linhas de produção, ocupação típica da Indústria de transformação, um terço do total de trabalhadores desligados não chegou a completar três meses no emprego, sinal de grande instabilidade presente nesse mercado de trabalho. 19

ANEXO 20

Quadro Descrição das famílias ocupacionais destacadas no estudo Código - Família ocupacional Descrição sumária Formação e experiência 2231 - MÉDICOS Realizam consultas e atendimentos médicos; tratam pacientes e clientes; implementam ações de prevenção de doenças e promoção da saúde tanto individuais quanto coletivas; coordenam programas e serviços em saúde, efetuam perícias, auditorias e sindicâncias médicas; elaboram documentos e difundem conhecimentos da área médica. 3312 - PROF ESSOR DE NÍVEL MÉDIO NO ENSINO FUNDAMENTAL 3541 TÉCNICOS DE VENDAS ESPECIALIZADAS 4110 AGENTES, ASSISTENTES E AUXILIARES ADMINISTRATIVOS Ministram aulas no ensino fundamental de 1ª à 4ª série, ensinando os alunos com técnicas de alfabetização, expressão artística e corporal; exercem atividades de planejamento do ano letivo, discutindo a proposta da escola, participando da definição da proposta pedagógica, fixando metas, definindo objetivos e cronogramas e selecionando conteúdos; preparam aulas, pesquisando e selecionando materiais e informações; diagnosticam a realidade dos alunos e avaliam seu conhecimento, acompanhando o processo de desenvolvimento dos alunos e aplicando instrumentos de avaliação; podem interagir com a comunidade escolar, buscando conscientizá-la sobre temas fundamentais para a cidadania e a qualidade de vida. Planejam vendas especializadas; demonstram produtos e serviços; concretizam vendas. Acompanham clientes no pós-venda; contatam áreas internas da empresa. Sugerem políticas de vendas e participam de eventos. Executam serviços de apoio nas áreas de recursos humanos, administração, finanças e logística; atendem fornecedores e clientes, fornecendo e recebendo informações sobre produtos e serviços; tratam de documentos variados, cumprindo todo o Procedimento necessário referente aos mesmos. Atuam na concessão de microcrédito a microempresários, atendendo clientes em campo e nas agências, prospectando clientes nas comunidades. Essas ocupações são exercidas por profissionais com formação superior em Medicina, credenciados pelo Conselho Regional de Medicina (CRM). O exercício pleno das funções se dá após o período de um a dois anos de experiência profissional. Para o exercício da função no Programa de Estratégia de Saúde da Família não é necessário experiência anterior. O exercício dessa ocupação requer formação de nível médio profissionalizante em magistério. A partir de 2007, o requisito mínimo de formação será nível superior completo na área de educação. Para o exercício dessas ocupações requer-se conhecimentos especializados da área de atuação, escolaridade de nível médio, acompanhada de cursos e treinamentos de até duzentas horas. A(s) ocupação(ões) elencada(s) nesta família ocupacional demanda formação profissional para efeitos do cálculo do número de aprendizes a serem contratados pelos estabelecimentos, nos termos do artigo 429 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, exceto os casos previstos no art. 10 do Decreto 5.598/2005. Para o acesso às ocupações dessa família ocupacional requer-se o ensino médio completo, curso básico de qualificação de até duzentas horas/aula e de um a dois anos de experiência profissional. A(s) ocupação(ões) elencada(s) nesta família ocupacional demanda formação profissional para efeitos do cálculo do número de aprendizes a serem contratados pelos estabelecimentos, nos termos do artigo 429 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, exceto os casos previstos no art. 10 do 21

Decreto 5. 598/2005. 4132 - ESCRITURÁRIOS DE SERVIÇOS BANCÁRIOS Prestam atendimento a usuários de serviços bancários; realizam operações de caixa; fornecem documentos aos clientes e executam atividades de cobrança. Apóiam as atividades da agências e demais setores do banco; administram fluxo de malotes; compensam documentos e controlam documentação de arquivos. Estabelecem comunicação com os clientes, prestandolhes informações sobre os serviços bancários. O exercício dessas ocupações requer, no mínimo, ensino médio completo. Operadores de crédito e cobrança e caixas de banco recebem treinamento de cerca de duzentas horas/aula. Exercem atividades diferenciadas e trabalham em vários setores dos bancos. O pleno desempenho das atividades é atingido após um a dois anos de atuação na área. A(s) ocupação(ões) elencada(s) nesta família ocupacional demanda formação profissional para efeitos do cálculo do número de aprendizes a serem contratados pelos estabelecimentos, nos termos do artigo 429 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, exceto os casos previstos no art. 10 do Decreto 5.598/2005. 4141- ALMOXARIFES E ARMAZENISTAS Recepcionam, conferem e armazenam produtos e materiais em almoxarifados, armazéns, silos e depósitos. Fazem os lançamentos da movimentação de entradas e saídas e controlam os estoques. Distribuem produtos e materiais a serem expedidos. Organizam o almoxarifado para facilitar a movimentação dos itens armazenados e a armazenar. Para o exercício dessas ocupações requer-se formação equivalente ao nível médio completo e curso básico de qualificação de até duzentas horas/aula. O pleno desempenho das atividades ocorre após um a dois anos de experiência profissional. A(s) ocupação(ões) elencada(s) nesta família ocupacional demanda formação profissional para efeitos do cálculo do número de aprendizes a serem contratados pelos estabelecimentos, nos termos do artigo 429 da consolidação das Leis do Trabalho - CLT, exceto os casos previstos no art. 10 do Decreto 5.598/2005. 5211 - OPERADORES DO COMÉRCIO EM LOJAS E MERCADOS Vendem mercadorias em estabelecimentos do comércio varejista ou atacadista, auxiliando os clientes na escolha. Registram entrada e saída de mercadorias. Promovem a venda de mercadorias, demonstrando seu funcionamento, oferecendo-as para degustação ou distribuindo amostras das mesmas. Informam sobre suas qualidades e vantagens de aquisição. Expõem mercadorias de forma atrativa, em pontos estratégicos de vendas, com etiquetas de preço. Prestam serviços aos clientes, tais como troca de mercadorias; abastecimento de veículos; aplicação de injeção e outros serviços correlatos. Fazem inventário de mercadorias para reposição. Elaboram relatórios de vendas, de promoções, de demonstrações e de pesquisa de preços. Em geral, para o exercício das ocupações de atendente de farmácia, demonstrador de mercadorias, promotor de vendas, repositor de mercadorias, vendedor de comércio varejista e vendedor atacadista, requer-se do ensino fundamental ao ensino médio, podendo o mesmo variar de acordo com a ocupação, e quarta série do ensino fundamental para frentista. O tempo médio para o desempenho profissional é heterogêneo: três a quatro anos para vendedores, um a dois anos para atendente de farmácia e menos de um ano para as demais ocupações. A(s) ocupação(ões) elencada(s) nesta família ocupacional demanda formação profissional para efeitos do cálculo do número de aprendizes a serem contratados pelos estabelecimentos, nos termos do artigo 429 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, exceto os casos previstos no art. 10 do Decreto 5.598/2005. 5134 - GARÇONS, BARMEN, COPEIROS E Atendem os clientes, recepcionando-os e Para o acesso ao trabalho nessa família 22

SOMMELIERS 7842 - ALIMENTADORES DE CÓDIGO LINHAS DE PRODUÇÃO 9922- TRABALHADORES OPERACIONAIS DE CONSERVAÇÃO DE VIAS PERMANENTES (EXCETO TRILHOS) Fonte: CBO/MTE Elaboração: DIEESE servindo refeições e bebidas em restaurantes, bares, clubes, cantinas, hotéis, eventos e hospitais; montam e desmontam praças, carrinhos, mesas, balcões e bares; organizam, conferem e controlam materiais de trabalho, bebidas e alimentos, listas de espera, a limpeza e higiene e a segurança do local de trabalho; preparam alimentos e bebidas, realizando também serviços de vinhos. Preparam materiais para alimentação de linhas de produção; organizam a área de serviço; abastecem linhas de produção; alimentam máquinas e separam materiais para reaproveitamento. Realizam manutenção geral em vias, manejam áreas verdes, tapam buracos, limpam vias permanentes e conservam bueiros e galerias de águas pluviais. Recompõem aterros e recuperam obras de arte. Controlam atividades de conservação e trabalham seguindo normas de segurança, higiene, qualidade e proteção ao meio ambiente. ocupacional é exigido, no mínimo, o ensino fundamental incompleto e até um ano de experiência. A formação profissional ocorre com a prática no local de trabalho ou em cursos profissionalizantes. O trabalhador tem a possibilidade de ascender na carreira, iniciando como ajudante ou auxiliar, podendo atingir a ocupação de maître (família ocupacional 5101). O sommelier, para o qual é requerido o ensino médio, necessita de especialização e experiência de um a dois anos. O mercado de trabalho tende a aumentar a exigência do nível de qualificação e profissionalização desses trabalhadores. A(s) ocupação(ões) elencada(s) nesta família ocupacional demanda formação profissional para efeitos do cálculo do número de aprendizes a serem contratados pelos estabelecimentos, nos termos do artigo 429 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, exceto os casos previstos no art. 10 do Decreto 5.598/2005. O trabalho é exercido por pessoas com escolaridade de quarta à sétima série do ensino fundamental, acrescido de curso de qualificação profissional de nível básico, com, no máximo, duzentas horas de duração. O exercício pleno da função se dá em menos de um ano de experiência profissional. A(s) ocupação(ões) elencada(s) nesta família ocupacional demanda formação profissional para efeitos do cálculo do número de aprendizes a serem contratados pelos estabelecimentos nos termos do artigo 429 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, exceto os casos previstos no art. 10 do Decreto 5.598/2005. Para o exercício dessas ocupações requer-se ensino fundamental incompleto (quarta a sétima série). O pleno desempenho das atividades ocorre entre um e dois anos de experiência profissional. A(s) ocupação(ões) elencada(s) nesta família ocupacional demanda formação profissional para efeitos do cálculo do número de aprendizes a serem contratados pelos estabelecimentos nos termos do artigo 429 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, exceto os casos previstos no art. 10 do Decreto 5.598/2005. 23