Aula 10 CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADE

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Transcrição:

Página1 Curso/Disciplina: Direito Eleitoral. Aula: Condições de elegibilidade. Professor (a): Bruno Gaspar Monitor (a): Lívia Cardoso Leite Aula 10 CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADE Um dos temas mais importantes e mais cobrados em concursos públicos em Direito Eleitoral. Está dentro de um tema mais amplo, que é a ELEGIBILIDADE dos candidatos. O que significa ELEGIBILIDADE? CAPACIDADE ELEITORAL PASSIVA. Direito de SER VOTADO. O cidadão brasileiro que pretende se lançar candidato a algum cargo público eletivo deverá, necessariamente, preencher determinados requisitos que estão previstos tanto na Constituição Federal de 1988, no art. 14, 3º, como também na Lei nº 9504/97. de paz; CF, art. 14, 3º - São condições de elegibilidade, na forma da lei: I - a nacionalidade brasileira; II - o pleno exercício dos direitos políticos; III - o alistamento eleitoral; IV - o domicílio eleitoral na circunscrição; V - a filiação partidária; VI - a idade mínima de: a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador; b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal; c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz d) dezoito anos para Vereador. Esses requisitos são as CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADE. Estão no art. 14, 3º, da Constituição Federal de 1988. São elencadas 6 CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADE. Importante guardar que elas são REQUISITOS POSITIVOS que devem ser preenchidos pelos candidatos que pretendem ocupar um cargo público eletivo. Serão estudadas as CAUSAS DE INELEGIBILIDADE. Na verdade elas também tem a ver com o termo mais amplo, que é elegibilidade, mas são as CONDIÇÕES RESTRITIVAS, EXCLUDENTES do exercício da cidadania PASSIVA, da capacidade eleitoral PASSIVA. Para o cidadão brasileiro ocupar um cargo público eletivo, para se lançar candidato, em relação às causas de inelegibilidade, ele não pode incidir em nenhuma

Página2 delas. Isso será visto no próximo bloco. Agora serão trabalhadas as CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADE, que estão no art. 14, 3º, da Constituição Federal de 1988. Elas são os REQUISITOS POSITIVOS que devem ser preenchidos por aqueles que pretendem concorrer a um cargo público eletivo. São 6 CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADE. Tratar-se-á de cada uma delas. da CF. - NACIONALIDADE BRASILEIRA: a 1ª condição de elegibilidade. Está no inciso I, do art. 14, 3º, O que significa? Para se ocupar um cargo público eletivo tem de ser brasileiro NATO ou NATURALIZADO. Ter nacionalidade brasileira é requisito fundamental para concorrer a cargos públicos eletivos. Tem de ser brasileiro NATO ou NATURALIZADO. Nesse ponto, em relação a essa condição de elegibilidade, chama-se atenção para um ponto específico que pode ser perguntado nas provas e que não pode ser esquecido: os estrangeiros naturalizados só podem concorrer aos cargos de vereador, prefeito, governador, deputado estadual, deputado federal e senador. Existem 2 cargos que só podem ser ocupados por brasileiro NATOS: PRESIDENTE e VICE- PRESIDENTE DA REPÚBLICA. Por isso não se pode esquecer, no art. 14, 3º, I, da Constituição, da remissão ao art. 12, 3º, também da Constituição Federal de 88. CF, art. 12, 3º - São privativos de brasileiro nato os cargos: I - de Presidente e Vice-Presidente da República; II - de Presidente da Câmara dos Deputados; III - de Presidente do Senado Federal; IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal; V - da carreira diplomática; VI - de oficial das Forças Armadas; VII - de Ministro de Estado da Defesa. O estrangeiro naturalizado pode concorrer aos outros cargos, mas não pode ser Presidente e nem Vice-Presidente da República. São cargos eletivos para os quais eles não podem sequer concorrer. Há outros cargos no art. O que importa agora é que ser brasileiro NATO ou NATURALIZADO é CONDIÇÃO DE ELEGIBILIDADE. Tem de fazer a remissão para o art. 12, 3º, I, da CF, que é o que fala que PRESIDENTE e VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA necessariamente têm de ser brasileiros NATOS. Não podem ser naturalizados. - PLENO EXERCÍCIO DOS DIREITOS POLÍTICOS: 2ª condição de elegibilidade.

Página3 Os direitos políticos já foram tratados no módulo, nos 1ºs blocos. Viu-se que eles denotam as capacidades eleitorais ATIVA e PASSIVA, ou seja, de votar e de ser votado. Os direitos políticos são adquiridos a partir do ato de ALISTAMENTO ELEITORAL. Nesse ponto, quando uma pessoa se alista torna-se eleitora e passa a exercer plenamente os direitos políticos, a não ser que incida sobre ela uma das CAUSAS DE PERDA OU DE SUSPENSÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS, que estão previstas no art. 15 da Constituição. CF, art. 15 - É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de: I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado; II - incapacidade civil absoluta; III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos; IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII; V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, 4º. A não ser que o cidadão incida em uma dessas CAUSAS DE PERDA OU DE SUSPENSÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS, nos outros casos, a pessoa adquire os direitos políticos no momento em que se dirige à zona eleitoral e se alista como eleitora. A partir daí ela passa a exercer plenamente os direitos políticos e pode se candidatar, nos termos da lei e da Constituição, ou seja, preenchendo os demais requisitos, todas as CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADE. Os direitos políticos só não serão plenos, a partir do momento em que a pessoa se alista, quando incidir alguma das hipóteses do art. 15 da CF, que são as hipóteses DE PERDA OU DE SUSPENSÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS. Obs: fazer remissão para o art. 15 da CF hipóteses DE PERDA OU DE SUSPENSÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS previstas na Constituição Federal de 1988. 3º. - ALISTAMENTO ELEITORAL: 3ª condição de elegibilidade. Prevista na Constituição no art. 14, A partir do momento em que a pessoa se alista torna-se eleitora e passa a exercer plenamente os direitos políticos. O alistamento eleitoral também é uma CONDIÇÃO DE ELEGIBILIDADE. O que é o ALISTAMENTO ELEITORAL? Nada mais é do que a inscrição da pessoa no cadastro de eleitores. A partir do momento em que ela se alista, recebe um TÍTULO DE ELEITOR, que é o documento hábil a comprovar o alistamento eleitoral. Não há muito mistério. O documento hábil a comprovar o alistamento é o TÍTULO DE ELEITOR. A partir do momento em que a pessoa se alista, ela passa a exercer os direitos políticos, que estão no art. 14, 3º, II, da CF, a não ser que incida alguma das hipóteses do art. 15 da Constituição. A 3ª CONDIÇÃO DE ELEGIBILIDADE é muito simples: o ALISTAMENTO. Nada mais é do que a inscrição no cadastro de eleitores.

Página4 - DOMICÍLIO ELEITORAL NA CIRCUNSCRIÇÃO: 4ª condição de elegibilidade. Desde já deve-se fazer na Constituição, no inciso IV do art. 14, 3º, onde diz que o domicílio eleitoral na circunscrição é uma condição de elegibilidade, remissão para o art. 9º da Lei nº 9504/97. Lei nº 9504/97 - Estabelece normas para as eleições. Art. 9º - Para concorrer às eleições, o candidato deverá possuir domicílio eleitoral na respectiva circunscrição pelo prazo de, pelo menos, um ano antes do pleito, e estar com a filiação deferida pelo partido no mínimo seis meses antes da data da eleição. (Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015) Parágrafo único. Havendo fusão ou incorporação de partidos após o prazo estipulado no caput, será considerada, para efeito de filiação partidária, a data de filiação do candidato ao partido de origem. O candidato só pode concorrer na circunscrição em que está alistado. A pessoa só pode concorrer a cargo eletivo na circunscrição em que está alistada, pois é ali que mantém o seu domicílio eleitoral. Se a pessoa quer ser vereadora no município do Rio de Janeiro, tem de ter domicílio eleitoral neste. Se quer ser prefeita de Duque de Caxias, não pode ter domicílio eleitoral no município do Rio de Janeiro. Tem de tê-lo no município de Caxias. Essa é a regra. Tem de estar nesse domicílio eleitoral a PELO MENOS 1 ANO. Para concorrer, tem de estar domiciliada na circunscrição, conceito visto no bloco anterior, a PELO MENOS 1 ano. Fazer a remissão do art. 14, 3º, da Constituição Federal de 88, inciso IV, ao art. 9º da Lei nº 9504/97, que diz que a pessoa tem de estar domiciliada no local a pelo menos 1 ano. Esta é uma CONDIÇÃO DE ELEGIBILIDADE: DOMICÍLIO ELEITORAL NA CIRCUNSCRIÇÃO A PELO MENOS 1 ANO. - FILIAÇÃO PARTIDÁRIA: 5ª e penúltima condição de elegibilidade. Já foi tratada um pouco quando se falou sobre partidos políticos nos blocos anteriores. Aqui também será tratado o tema. O sistema eleitoral brasileiro foi concebido de forma que os partidos políticos exercem papel fundamental no exercício da democracia. São essenciais ao funcionamento desta. Tanto é que não são admitidas candidaturas avulsas. Para concorrer a cargo público eletivo, a filiação partidária é uma CONDIÇÃO DE ELEGIBILIDADE. A pessoa tem de estar filiada a um partido político. Não pode concorrer sem estar filiada a um partido político. Para ser votada, tem de estar filiada a um partido político A PELO MENOS 6 MESES. Fazer uma remissão do inciso V, do art. 14, 3º, da CF, ao art. 9º, da Lei nº 9504/97. Obs: domicílio eleitoral: 1 ano antes do pleito.

Página5 O que importa agora é a filiação partidária. 1 ano antes da eleição tem de ter domicílio eleitoral na circunscrição. Filiado ao partido político tem de ser no prazo de 6 MESES. O art. 9ª da Lei nº 9504/97 foi alterado pela Lei nº 13165/15, a minirreforma que aconteceu no ano de 2015. Esta alterou o art. 9º da Lei nº 9504/97 justamente para reduzir o prazo da filiação partidária. Antes era 1 ano para o domicílio eleitoral na circunscrição e 1 ano para a filiação partidária; 1 ano que a pessoa tinha de estar com o registro deferido pelo partido político. Agora não! O prazo de FILIAÇÃO PARTIDÁRIA é de 6 MESES. 6 MESES antes da eleição a pessoa tem de estar filiada ao partido político. Qual a natureza desse prazo? É mínimo. Tem muitos livros que esquecem de falar sobre isso. O estatuto do partido político pode fixar um prazo superior a 6 meses como condição de elegibilidade, ou seja, para que se possa concorrer pelo partido. O prazo mínimo é de 6 meses, mas o estatuto do partido pode fixar um prazo maior. Fazer remissão do inciso V, do art. 14, 3º, da CF para o art. 9º da Lei nº 9504/97, que diz que o prazo é de 6 MESES. Nesse dispositivo deve-se fazer outra remissão, para o art. 20 da Lei dos Partidos Políticos. No art. 9º da Lei nº 9504/97, deve-se fazer outra remissão, para o art. 20 da Lei dos Partidos Políticos. Qual é a Lei dos Partidos Políticos? Já foi visto em blocos anteriores: Lei nº 9096/95. Lei nº 9096/95 - Dispõe sobre partidos políticos, regulamenta os arts. 17 e 14, 3º, inciso V, da Constituição Federal. Lei dos Partidos Políticos. Art. 20 - É facultado ao partido político estabelecer, em seu estatuto, prazos de filiação partidária superiores aos previstos nesta Lei, com vistas a candidatura a cargos eletivos. Parágrafo único. Os prazos de filiação partidária, fixados no estatuto do partido, com vistas à candidatura a cargos eletivos, não podem ser alterados no ano da eleição. Obs: o prazo de 6 MESES de FILIAÇÃO PARTIDÁRIA, previsto na Lei nº 9504/97 como CONDIÇÃO DE ELEGIBILIDADE, é prazo mínimo. O partido político pode estabelecer em seu estatuto, de acordo como art. 20 da Lei nº 9096/95, um prazo superior ao de 6 meses. A FILIAÇÃO PARTIDÁRIA é a 5ª CONDIÇÃO DE ELEGIBILIDADE prevista na Constituição. - IDADE MÍNIMA: 6ª e última condição de elegibilidade. O art. 14, 3º, VI, da Constituição, estabelece as idades mínimas para cada cargo público eletivo. 1ª observação questão que já foi cobrada em concursos públicos há bastante tempo: menor emancipado pode concorrer ao cargo de vereador?

Página6 Nas condições de elegibilidade fala-se que a idade mínima tem de ser 18 anos. A resposta da questão é não. O critério é cronológico. O fato de ele ser emancipado não significa que ele possa concorrer ao cargo de vereador. Só pode concorrer a vereador quem tem 18 anos completos. Essa foi a resposta a uma questão antiga de múltipla escolha que já caiu lá atrás. Foi uma prova de Direito Constitucional, e não de Direito Eleitoral. considerada? 2ª observação: em que momento a condição de elegibilidade da idade mínima deve ser Lei nº 9504/97, art. 11, 2º - A idade mínima constitucionalmente estabelecida como condição de elegibilidade é verificada tendo por referência a data da posse, salvo quando fixada em dezoito anos, hipótese em que será aferida na data-limite para o pedido de registro. (Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015) O art. dá exatamente a resposta ao questionamento. 1ª coisa a se fazer: art. 14, 3º, VI, da CF idade mínima. O que fazer na Constituição? Remissão ao art. 11, 2º, da Lei nº 9504/97 Lei das Eleições. Isso é fundamental para que se entenda a partir de quando se deve contar a questão da idade mínima. Remissão do art. 14, 3º, VI, da CF, que é a questão da idade mínima, ao art. 11, 2º, da Lei nº 9504/97, que diz que essa condição de elegibilidade da idade mínima, em regra, deve ser considerada tendo em vista a DATA DA POSSE. Esse é o momento em que deve ser verificada a idade mínima para cada cargo público eletivo previsto na Constituição. DATA DA POSSE esse é o momento em que deve ser considerada a idade mínima como condição de elegibilidade, salvo quando fixada em 18 anos. Quando ela é fixada em 18 anos? No caso de vereador. O art. 14, 3º, VI, d, da CF, fala em 18 anos para vereador. Nesses casos será aferida na DATA LIMITE PARA PEDIDO DE REGISTRO. No caso de vereador (18 anos), a idade mínima deve ser considerada na DATA LIMITE PARA PEDIDO DE REGISTRO DE CANDIDATURA, e não na data da posse. A data da posse é para os demais cargos, para as demais idades. Para vereador (18 anos), a data limite, quando se tratar de uma pessoa de 18 anos, a data que deve ser considerada é a DATA LIMITE DO PEDIDO DE REGISTRO DE CANDIDATURA. Essa é a data que deve ser considerada para a aferição da idade mínima para o cargo público eletivo. Não deixar de fazer a remissão! É fundamental para que se possa fazer algum cálculo em determinado caso concreto que apareça na hora da prova. Como já falado em blocos anteriores, em Direito Eleitoral há Constituição Federal, Código Eleitoral, Lei dos Partidos Políticos, Lei Geral das Eleições (Lei nº 9504/97), Lei Complementar nº 64/90 e algumas outras, além das Resoluções que são expedidas pelo Tribunal Superior Eleitoral. Se não houver um

Página7 Código com todas as remissões é possível que se perca na hora da prova. Direito Eleitoral não é a única matéria estudada. Mais do que nunca, em Direito Eleitoral é importante que se façam remissões no Código. Quanto à idade mínima, está pacificada qual a data que deve ser considerada: a DATA DA POSSE, a não ser quando fixada em 18 anos, que deve ser aferida tendo-se em vista a DATA LIMITE PARA O PEDIDO DE REGISTRO DE CANDIDATURA. Em relação às demais condições de elegibilidade - domicílio eleitoral, alistamento, pleno exercício dos direitos políticos, filiação partidária -, em que momento o candidato deve reunir todos esses requisitos? Leva-se sempre em consideração a DATA DA ELEIÇÃO. A filiação partidária, por exemplo, tem de ser 6 meses antes da eleição, com o registro deferido por determinado partido político. Domicílio eleitoral: 1 ano antes da eleição tem de estar com domicílio eleitoral na circunscrição em que se pretende concorrer. Tem de estar alistado também. Há o requisito do alistamento eleitoral. Também tem por base o DIA DA ELEIÇÃO. Isso é importante! A DATA DA ELEIÇÃO é o momento em que o candidato deve reunir os 6 requisitos, as 6 condições de elegibilidade. Elas têm de ter por base essa data. Foram estudadas as 6 CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADE: - nacionalidade brasileira: - pleno exercício dos direitos políticos; - alistamento eleitoral - o título de eleitor é o documento hábil a comprová-lo e, consequentemente, o exercício dos direitos políticos; - domicílio eleitoral na circunscrição pelo prazo de 1 ano; - filiação partidária de 6 meses até a data da eleição - prazo mínimo para estar filiado ao partido político; - idade mínima fazer remissão para o art. 11, 2º, da Lei nº 9504/97. Essas são as CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADE. O que são CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADE? São os REQUISITOS POSITIVOS que devem ser preenchidos pela pessoa que pretende concorrer a um cargo público eletivo. São 6 CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADE. Todas estão previstas na Constituição Federal. Encerra-se o bloco por aqui. No bloco seguinte falar-se-á sobre as CAUSAS DE INELEGIBILIDADE, que ao contrário das condições, obstam a cidadania PASSIVA, ou seja, a CAPACIDADE ELEITORAL PASSIVA. Isso será tratado no próximo bloco.