1 de 3 PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO PARECER DO DIRIGENTE DE CONTROLE INTERNO RELATÓRIO Nº : 201108924 EXERCÍCIO : 2010 PROCESSO Nº : 00205.000186/2011-61 UNIDADE AUDITADA : 153038 - UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA MUNICÍPIO - UF : Salvador - BA Em conclusão aos encaminhamentos sob a responsabilidade da CGU quanto ao processo de contas do exercício sob exame, da Unidade acima referida, expresso, a seguir, opinião conclusiva, de natureza gerencial, sobre os principais registros e recomendações formulados pela equipe de auditoria, em decorrência dos trabalhos conduzidos por este órgão de controle interno sobre os atos de gestão do referido exercício. 2. No que diz respeito ao cumprimento das Ações Governamentais a cargo da Universidade Federal da Bahia - UFBA e do Complexo Hospitalar e de Saúde, subunidade consolidada, verifica-se que, em geral, as metas foram atingidas, não sendo identificados, entretanto, elementos que evidenciassem avanços marcantes na gestão avaliada. 3. As principais constatações, oriundas dos trabalhos de Auditoria de Avaliação da Gestão do exercício de 2010, referem-se à ausência de detalhamento do objeto do gasto em faturas de pagamento; à não comprovação de execução de despesas em contrato com fundação de apoio; à ausência de providências para ressarcimento de valores pagos a maior a contratada e à não utilização do Sistema de Concessão de Diárias e Passagens SCDP. Foi identificado, ainda, acompanhamento deficiente de contratos e de convênios, bem como ausência de prestação de contas. Quanto à área de recursos humanos, verificou-se a manutenção de contratação irregular de pessoal, via fundação de apoio, para desenvolvimento de atividades permanentes do Complexo Hospitalar; a prorrogação de cessão de servidores sem o devido reembolso de despesas pelo cessionário e o exercício de outro vínculo por professores em regime de dedicação exclusiva. 4. Dentre as causas estruturantes relacionadas às constatações, pode-se citar estrutura deficiente para acompanhamento e controle de contratos e de convênios; intempestividade na adoção de
2 de 3 providências para ressarcimento de valores pagos a maior em contrato; implantação do SCDP não concluída; estrutura deficiente de recursos humanos das unidades que compõem o Complexo Hospitalar e de Saúde da UFBA; ausência de rotina para acompanhamento e cobrança de valores referentes a servidores cedidos; e falha no acompanhamento de exercício de cargos. As recomendações formuladas referem-se à suspensão de pagamentos com base em faturas genéricas que não detalham nem comprovam o objeto do gasto; ao levantamento dos valores pagos a maior a contratada e à adoção de providências para o devido ressarcimento ao erário; à conclusão da implantação do SCDP; e à formalização de procedimentos a serem observados no acompanhamento, no controle e na prestação de contas de contratos e de convênios. Recomendou-se, ainda, a suspensão de aquisições de bens e de serviços administrativos ordinários ou de natureza permanente das unidades do Complexo Hospitalar por meio de fundação de apoio; o retorno dos servidores cedidos, com cobrança dos valores devidos a título de reembolso; e a reposição ao erário dos valores pagos a título de dedicação exclusiva a professores em exercício de outras atividades. 5. Em relação ao Plano de Providências Permanente referente à avaliação da gestão de 2009, restaram pendentes de atendimento recomendações relativas ao acompanhamento de projetos realizados em parceria com fundação de apoio; ao acompanhamento da execução de contratos e de convênios; à apuração de responsabilidade de empresas em supostas irregularidades em licitação e à adoção de providências efetivas para obtenção de ressarcimento de valores pagos a maior indevidamente em contratos. 6. No que diz respeito aos controles internos administrativos da Unidade, foram identificadas falhas nos projetos básicos elaborados para contratação de fundações de apoio; impropriedades e ausência de prestações de contas de projetos realizados em parceria com fundações de apoio; ausência de normatização da relação da Universidade com suas fundações de apoio; falhas nas licitações, com termos de referência/projetos básicos inconsistentes e incompletos; falhas na formalização de processos, com ausência de documentos indispensáveis; fragilidades no acompanhamento de contratos, com ocorrência de pagamentos indevidos; e deficiências no planejamento de aquisições. 7. Não foram identificadas, ao longo do exercício, práticas administrativas que tenham resultado em impacto positivo sobre as operações da Unidade. Assim, em atendimento às determinações contidas no inciso III, art. 9º da Lei n.º 8.443/92, combinado com o disposto no art. 151 do Decreto n.º 93.872/86 e inciso VI, art. 13 da IN/TCU/N.º 63/2010 e fundamentado no Relatório de Auditoria, acolho a conclusão expressa no Certificado de Auditoria. Desse modo, o processo deve ser encaminhado ao Ministro de Estado supervisor, com vistas à obtenção do Pronunciamento Ministerial de que trata o art. 52, da Lei n.º 8.443/92, e posterior remessa ao Tribunal de Contas da União. Brasília, 25 de julho de 2011 JOSÉ GUSTAVO LOPES RORIZ DIRETOR DE AUDITORIA DA ÁREA SOCIAL
3 de 3