COMPRAS GOVERNAMENTAIS COMO POLÍTICA INDUTORA DO DESENVOLVIMENTO LOCAL José Lusmá (Poty) jsantos@tce.pb.gov.br br
Fortalecimento do mercado interno (competição); Isonomia tratar iguais como iguais e diferentes como diferentes; Função social da contratação (fomento); Atenuação do princípio p da estrita eficiência econômica; Incentivo à inovação tecnológica, como estímulo a cultura empreendedora e o desenvolvimento
COMPRAS GOVERNAMENTAIS Lei 8.666/93 Lei das Licitações; Lei 10.520/2002 Instituição do Pregão; Lei Complementar 123/2006 Lei Geral das MPE
Consideram sese microempresas ou empresas de pequeno porte a sociedade empresária, a sociedade simples e o empresário a que se refere o art. 966 da Lei n 10.406, de 10 de janeiro de 2002, devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso (art. 3º da LC 123/2006)
VANTAGENS DA LEI COMPLEMENTAR 123 123//2006 (arts. 42 a 49):: Condições favoráveis nas aquisições Públicas; Exigência de subcontratação até 30% (ver art. 72 da L 8.666/93, L. 8 666/93 que mantém té a responsabilidade bilid d d do contratado por eventuais subcontratações que faça); Cota de 25% nas aquisições de bens e serviços de natureza divisível (arts. 47 e 48 ver Art. 15, inciso IV, e Art. 23, 1º, 2º e 5 da L. 8.666/93); Prioridade no pagamento de empenho às MPE; Exclusividade nas aquisições até R$ 80 mil (art. 48)
Os Artigos 46 a 49 da Lei Complementar nº 123/2006, que cuidam especificamente das licitações com tratamento diferenciado em favor das MPE, necessitam de regulação pelos estados e municípios
Identificar e adequar as especicações de produtos e serviços realidade e potencialidade local (bastará levantar o que foi contratado e executado no ano anterior). Adequar q editais e p processos de modo a contemplar: p Parcelamento de partes iguais lotes; Parcelamento de partes distintas obras; Priorização nas dispensas por valor; Habilitação inversão de fases; Sistema de registro de preços SRP (aquisição de bens ou serviços de uso frequente)
ART. 6º. LICITAÇÃO EXCLUSIVA ç $ 80.000,00, licitação exclusiva p para MPE até R$ deverá ser preferencial (art. 6º) - o limite deve ser observado para itens da mesma família elemento e subelemento de despesa (ex. material de expediente); 9A Não se aplica a licitação exclusiva situações (art.9º), justificadamente: 9 nas seguintes i) não houver um mínimo de 3 MPE sediadas local ou regionalmente; ii) não for vantajosa para a Administração; li it ã for f dispensável di á l ou inexigível; i i í l iii) a licitação iv) ultrapassar 25% do orçamento disponível para contratações
TCU Privilégios concedidos às microempresas e empresas de pequeno porte...independem da existência de previsão editalícia: acórdãos 702/2007 e 2144/2007; TJRS O favorecimento em licitações a empresas de pequeno porte deve estar previsto no Edital: processo 70028030328. Importante: Na dúvida, deverá constar. Do contrário questionar o edital, se necessário impugná-lo
A posição oficial desta Corte, em meu entendimento, está bem colocada no informe técnico de fls., na medida que há amparo constitucional para serem editadas normas que regulem sobre o tratamento diferenciado e privilegiado para as ME e EPP. A ordem econômica estabelecida no art. 170 da Constituição Federal está fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, significando que o regime econômico é capitalista, mas de direção social, [...]. [..], transformando-a em recomendação para legislar, tendo em conta o excepcional interesse público local que envolve a matéria. [..] Tendo em vista a importância da matéria em toda a órbita municipal, dê-se ciência aos demais municípios, assim como a FAMURGS. (Parecer do Conselheiro HELIO SAUL MILESKI do TCE.RS Proc. 7102-02.00/09-8 Natureza: Consulta. Origem: Executivo Municipal de Coxilha. Data da Sessão: 31.03.2010).
[..]. Portanto, a informação da perda da condição de ME ou EPP, por ser ato declaratório, era responsabilidade da empresa Centerdata que, por não tê-la feito e por ter auferido indevidamente dos benefícios da LC 123/2006, ação quecaracteriza fraude à licitação, deve ser declarada inidônea para participar de licitações da administração pública federal. O Plenário acolheu o voto do relator. Acórdão n.º 1028/2010-Plenário, TC- 005.928/2010-9, rel. Min. Walton Alencar Rodrigues, 12.05.2010
Capacitar os envolvidos nas compras; Criar um cadastro de MPE fornecedoras; Fazer a divulgação dos benefícios; Realizar licitações para MPE até R$ 80 mil (art. 48 da LC 123/2006 ver Art. 22, 6.)
1 MPE que ganham licitações de grande valor e continuam a usufruir dos benefícios, já que só deixam de ser MPE no ano seguinte ( 9º do art. 3º da Lei Complementar nº 123/06); 2 Uso indevido dos benefícios por falsas MPE criadas por grandes e médias empresas para usufruir dos benefícios (vedado pelo 4 4º do art. 3º da Lei Complementar nº 123/06); 3 Dificuldades de interpretação e aplicação de alguns dispositivos do capítulo V da Lei Complementar nº 123, de 2006 dos
Exemplo: uma pequena empresa que ganha uma ou várias licitações que alcançam no ano o valor de R$ 100 milhões. 2 - Por que é um problema? Indício de ser uma falsa MPE, ou porque o tratamento favorecido já alcançou seu objetivo, objetivo proporcionando contratações de valor superior a 2.4 milhões ano. 3 Proposta de solução: alterar a Lei Complementar nº 123, de 2006, estabelecendo limite, apenas para fins de uso dos dispositivos do capítulo V
4 - Como controlar? Criar um cadastro nacional informatizado de MPE contratadas pela Administração Pública (Nome, CNPJ e valor do contrato no ano). 5 Observação: As MPE que ultrapassarem o valor de R$ 2.4 milhões em contratos públicos não estarão impedidas de participar das licitações, mas apenas de usufruir dos benefícios do capítulo V, e continuarão a ser MPE para quaisquer outros efeitos da Lei até ano fiscal seguinte.
IMPORTANTE: A As vantagens t concedidas did pela l LC 123/06 possuii limites para as benesses do próprio Estatuto, bem como a p participação p ç nos certames licitatórios,, devendo, os abusos cometidos e a falta de observância a lei, serem denunciados tanto ao Tribunal de Contas de cada Estado, Estado como também ao Ministério Público, para efetiva adoção das medidas administrativas e jjudiciais cabíveis ((ver art. 299 do Código Penal Brasileiro)
1 Exemplo: Uma grande empresa cria uma MPE apenas para usufruir dos benefícios do cap. Vda Lei Complementar nº 123, de 2006. 2 - Por que é um problema? O 4º do art. 3º da Lei veda esse tipo de prática, já que a Lei é desviada para beneficiar médias e grandes empresas.
1 Exemplo: p O 1º do art. 48 é de difícil aplicação: p ç 1o O valor licitado por meio do disposto neste artigo não poderá exceder a 25% (vinte e cinco por cento) do total licitado em cada ano civil. 2 - Por que é um problema? Dificulta e restringe exageradamente a aplicação dos benefícios previstos na Lei. nº 123, de 2006, 3 Solução? Alterar a Lei Complementar n revogando ou alterando os dispositivos que geram dificuldades de interpretação.
IMPORTANTE: a) Verificar se a condição de microempresa e de empresa de pequeno porte está inseridaid na redação do nome empresarial, de conformidade com o artigo 72 da LC nº 123/06; b) Pedir que as MPE declarem estar enquadradas no artigo 3º da Lei nº 123/06 e não enquadradas nos impedimentos contidos no 4º, do mesmo artigo; atgo; c) Solicitar certidão, a ser fornecida pela Junta Comercial, nos termos do artigo 8º da Instrução Normativa nº 103/07 do Departamento Nacional de Registro de Comércio; d) Por força da Lei n 11.488/2007, o regime diferenciado da ME e EPP
A licitante ME ou EPP deve submeter sese ao cumprimento integral dos requisitos limítrofes da habilitação (arts. 27 ao 31 da LNL), com a ressalva de que a exigência de comprovação de regularidade fiscal será cobrada apenas na assinatura do contrato... (MOTTA, Carlos Pinto Coelho. Regime licitatório diferenciado das microempresas e empresas de pequeno porte. Fevereiro/2007. p. 12)
É IMPORTANTE: 1. A permanente capacitação de pequenas empresas na comercialização de produtos e serviços a empresas e órgãos públicos, realizando parcerias com institutos de pesquisas, universidades, SEBRAE, SENAI e SENAC. 2. A parceria com o Tribunal de Contas com o objetivo de esclarecer a aplicação do capítulo V da Lei complementar 123/2006, como forma de possibilitar o desenvolvimento econômico e social, local e regional
OBRIGADO! José Lusmá (Poty) jsantos@tce.pb.gov.br