RESPOSTA: No que tange à equipe técnica é importante observar que a licitante interessada, deverá respeitar todos os requisitos exigidos pelo Edital.

Transcrição

1 É possível a uma Fundação de Apoio a uma Universidade, participar da Concorrência nº 002/2013, sabendo-se que a execução técnica das atividades de elaboração do Manual de Contabilidade Regulatório será realizada pela equipe de professores/pesquisadores da Universidade? O subitem 2.1 do Edital de Concorrência nº 02/2013, observa que somente pessoas jurídicas que atuem em ramo de atividade compatível com o objeto, inscritas e habilitadas no Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores SICAF e/ou que comprovem sua qualificação na forma indicada no mencionado Edital, poderão participar da licitação. No que tange à equipe técnica é importante observar que a licitante interessada, deverá respeitar todos os requisitos exigidos pelo Edital. Para fins de credenciamento, previsto no item 2.10 do Edital, poderá ser apresentado em substituição à carta de credenciamento (anexo II), uma procuração pública ou particular. Nosso entendimento está correto? Para fins de credenciamento de representante legal, no ato da entrega dos Envelopes, a Carta de Credenciamento de Representante Legal (Anexo II) poderá ser substituída por procuração pública ou particular, desde que tais instrumentos tragam em seu bojo as informações nela requerida. De acordo com a Lei Complementar nº 123/06, Art. 44 e 45: Art. 44 Nas licitações será assegurada, como critério de desempate, preferência de contratação para as microempresa e empresas de pequeno porte. 1º Entende-se por empate aquelas situações em que as propostas apresentadas pelas microempresas e empresas de pequeno porte sejam iguais ou até 10% (dez por cento) superiores à proposta mais bem classificada. Art. 45 Para efeito do disposto no art. 44 desta Lei Complementar, ocorrendo o empate, proceder-se-á da seguinte forma: I a microempresa ou empresa de pequeno porte mais bem classificada poderá apresentar proposta de preço inferior àquela considerada vencedora do certame, situação em que será adjudicado em seu favor o objeto licitado; II não ocorrendo a contratação da microempresa ou empresa de pequeno porte, na forma do inciso I do caput deste artigo, serão convocadas as remanescentes que porventura se enquadrem na hipótese dos 1º e 2º do art. 44 desta Lei Complementar, na ordem classificatória, para o exercício do mesmo direito; III no caso de equivalência dos valores apresentados pelas microempresas e empresas de pequeno porte que se encontrem nos intervalos estabelecido nos 1º e 2º do art. 44 desta Lei Complementar, será realizado sorteio entre elas para que se identifique aquela que primeiro poderá apresentar melhor oferta. Já o Decreto Federal n /2007, que regulamenta o dispositivo acima referido, dispõe em seu art. 5º que: Art. 5º Nas licitações do tipo menor preço, será assegurada, como critério de desempate, preferência de contratação para as microempresas e empresas de pequeno porte. (grifos nossos) Em outros termos, não há que se falar em empate segundo o critério criado pelos arts. 44 e 45 da LC 123/2006, que possui por referência unicamente o preço das propostas, quando o preço não for o único critério de escolha da melhor proposta, como é o presente caso. Assim, entendemos que a preferência para microempresa e empresa de pequeno porte é aplicável somente em processos licitatórios do tipo Menor Preço, devendo ser desconsiderados os itens 3.7 a 3.9 do Edital por se tratar de licitação do tipo Técnica e Preço. Nosso entendimento está correto?

2 Consultado, o Serviço Jurídico desta ADASA entendeu como incorreto o posicionamento dessa empresa, nos termos do parecer abaixo, transcrito: Em relação ao item 02 dos questionamentos realizados pela empresa interessada, que contém indagação sobre a aplicabilidade do direito de preferência previsto nos artigos 44 e 45 da Lei Complementar nº 123/2006, a resposta da ADASA é no sentido de que o entendimento da empresa está incorreto. Assim, mantêm-se os termos do edital inalterados, pois o direito de preferência previsto nos artigos 44 e 45 da Lei Complementar nº 123/2006 são aplicáveis nas licitações do tipo técnica e preço. Tal posicionamento fundamenta-se no fato de que a Lei Complementar nº 123/2006 não traz nenhuma vedação expressa à aplicação dos artigos 44 e 45 nas licitações do tipo técnica e preço, pois o art. 44 da LC 123/2006 dispõe expressamente que nas...licitações será assegurada, como critério de desempate.... É de se afirmar, ainda, que se a lei não traz nenhuma limitação, a norma infralegal (decreto ou qualquer outro ato administrativo) não poderia fazer essa limitação, pois estaria ocorrendo em inovação em relação à lei, o que de toda forma é vedado. Ademais, é a própria Constituição Federal, em seus artigos 170, inc. IX e 179, que assegurou a dispensa de tratamento jurídico diferenciado e favorecido às microempresas e empresas de pequeno porte, assim definidas em lei. Por fim, deve ser ressaltado que a LC 123/2006, na parte em que trata do tratamento diferenciado das microempresas e empresas de pequeno porte nas licitações, consubstanciase em norma geral sobre licitações, e, conforme inciso XXVII do art. 22 da Constituição Federal, compete privativamente à União legislar sobre normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, 1, III, e, conforme inciso I do mesmo art. 22, compete privativamente à União legislar sobre direito comercial. Desta forma, no caso em comento, em conformidade com o edital, o procedimento a ser adotado na licitação será o seguinte: Nas licitações do tipo técnica e preço, a comissão de licitação deve realizar o julgamento normalmente, abrindo o envelope com a proposta técnica e o envelope com a proposta de preço, apurando-se a nota final de cada licitante, que é resultante da ponderação dos dois fatores, técnica e preço. O direito de preferência preconizado no art. 44 da Lei Complementar nº 123/06 somente deve ser exercido se houver empate na nota final, repita-se, resultante da ponderação entre os fatores técnica e preço. Veja-se que o 1º do art. 44 da referida Lei Complementar prescreve que se entende "por empate aquelas situações em que as propostas apresentadas pelas microempresas e empresas de pequeno porte sejam iguais ou até 10% superiores à proposta mais bem classificada". Ou seja, o parâmetro para identificar o empate é a proposta como um todo. E, nas licitações do tipo técnica e preço, a proposta como um todo resulta da conjunção da técnica e do preço. Quer dizer que isoladamente o preço não é o parâmetro para identificar o pretenso empate nas licitações do tipo técnica e preço. Pois bem, se houver microempresas ou empresas de pequeno porte cujas notas finais, resultantes da técnica e do preço, não sejam superiores a 10% da melhor nota final, a que tiver oferecido a melhor proposta fará jus ao direito de preferência. Nesse sentido, a comissão de licitação deve intimar a microempresa ou a empresa de pequeno porte mais bem classificada para exercer o direito de preferência. Essa

3 intimação pode ser realizada diretamente, se a microempresa ou a empresa de pequeno porte que fizer jus ao direito de preferência estiver presente na sessão. Em caso contrário, se ela não estiver presente, a comissão de licitação deve intimá-la por meio de carta-registrada ou outro instrumento, concedendo a ela o prazo para que exerça o direito de preferência. Cumpre salientar que o direito de preferência outorgado à microempresa ou empresa de pequeno porte enseja a ela a melhora apenas da parte da proposta relativa ao preço; ela não poderá alterar a parte da proposta relativa à técnica. Nesse sentido, o inc. I do art. 45 da Lei Complementar nº. 123/06 é claro e peremptório ao enunciar que o direito de preferência é exercido com a apresentação de proposta de preço inferior àquela considerada vencedora do certame. Dessa forma, a licitante microempresa ou empresa de pequeno porte, que fizer jus ao direito de preferência, tem a oportunidade apenas de reduzir o seu preço. No entanto, para que ela seja a vencedora, é necessário, com base no novo preço apresentado por ela, refazer o cálculo do fator preço de todos os demais licitantes e, depois disso, a ponderação entre os fatores preço e técnica novamente. A licitante microempresa ou empresa de pequeno porte somente é a vencedora se, com o novo preço apresentado por ela, a nota final dela for superior à da empresa inicialmente apontada como vencedora. Se isso não ocorrer, a comissão de licitação deve verificar se há outras microempresas ou empresas de pequeno porte que também tenham oferecido propostas não superiores a 10% da proposta mais bem classificada apresentada por licitante que não seja microempresa ou empresa de pequeno porte. Se houver, a comissão de licitação deve garantir a elas, de acordo com a ordem inicial de classificação, o direito de preferência, que se exerce da mesma forma. Ao final, exercido ou não o direito de preferência, a comissão de licitação deve intimar diretamente os licitantes, se todos estiverem presentes à sessão, ou por meio de publicação na Imprensa Oficial, oportunizando a eles a interposição de recursos. Tendo em vista que existem empresas que possuem mais de 100 alterações contratuais e como forma de diminuir o volume da documentação, entendemos que, para atender o quesito (Tempo na Atividade) do item 9.14 do edital, o comprovante de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica CNPJ (no qual consta a data de abertura da empresa) será considerado documento hábil para comprovar o tempo de atividade da empresa licitante. Nosso entendimento está correto? Correto o entendimento da interessada, no tocante a comprovação do tempo de atividade da empresa. Com relação ao termo trabalhos previsto nas Tabelas 2, 3 e 4, dos itens 9.14, 9.15 e 9.16 do Edital, respectivamente, entendemos que se apenas um atestado fizer referência à execução de vários trabalhos distintos, ele receberá a nota referente à quantidade de trabalhos executados, limitada à quantidade máxima de trabalhos prevista em cada quesito. Nosso entendimento está correto?. Esta Comissão Permanente de Licitação entende ser possível a apresentação de um atestado, mesmo referenciando a execução de vários trabalhos distintos, que deverá ser avaliado pela

4 quantidade de trabalhos executados, limitada à quantidade máxima de trabalhos prevista em cada quesito. Importante ressaltar que, conforme preceitua o Edital, para a Tabela 2: Os trabalhos apresentados para pontuação do item NÃO serão reconhecidos para pontuação dos itens 1.3.2, 1.3.1, e Os trabalhos apresentados para pontuação do item NÃO serão reconhecidos para pontuação nos itens , e Os trabalhos apresentados para pontuação do item 1.3.1, serão reconhecidos para pontuação nos itens e Os trabalhos apresentados para pontuação do item serão reconhecidos para pontuação do item Considerando que o esclarecimento das dúvidas acima expostas é de suma importância para elaboração de proposta que melhor atenda ao exigido no edital e às necessidades da entidade contratante, e ainda que antes da data de entrega das propostas há os recessos de final de ano, o que faz com que muitos órgãos e empresas trabalhem no sistema de plantão, o que dificulta a obtenção de certidões e atestados, além do mais, os serviços dos correios que ficam prejudicados nessa época, solicitamos a prorrogação da data de recebimento e abertura das propostas por mais 10 (dez) dias úteis contados da data indicada no edital para o recebimento e abertura dos envelopes. A publicação do Edital foi feita em 13/11/2013, prevendo o recebimento dos envelopes para 10 de janeiro de A Lei nº 8.666/93 estabelece, no 2º do inciso II de seu art. 21: 2 o O prazo mínimo até o recebimento das propostas ou da realização do evento será: I - quarenta e cinco dias para: (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) a) concurso; (Incluída pela Lei nº 8.883, de 1994) b) concorrência, quando o contrato a ser celebrado contemplar o regime de empreitada integral ou quando a licitação for do tipo "melhor técnica" ou "técnica e preço"; (Incluída pela Lei nº 8.883, de 1994) A data de recebimento dos envelopes, marcada para 10/01/2014, não só obedece como ultrapassa o prazo determinado pela Lei, já que a sessão foi marcada para o prazo de 59 dias após a publicação do Edital, já prevendo as dificuldades encontradas no período de recesso natalino dos órgãos e entidades públicas. Assim, esta Comissão entende não ser necessária a prorrogação da data de recebimento e abertura das propostas. A cláusula doze da minuta contratual estabelece que os preços serão irreajustáveis, sendo nula de pleno direito qualquer estipulação de reajuste de preço. Por sua vez, a cláusula quinta informa que o prazo de vigência do contrato será de 15 (quinze) meses, contados da data da sua assinatura, podendo ser prorrogado na ocorrência das hipóteses previstas no art. 57 da Lei 8.666/93. Assim, entendemos que caso o contrato seja prorrogado, a contratada terá direito ao reajuste no preço, objetivando a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro inicial do contrato. Nosso entendimento está correto?

5 O Edital prevê os prazos para o desenvolvimento e entrega dos 4 Produtos, e cujos valores percentuais também já se encontram determinados, conforme o Item 4. DAS ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO, do ANEXO I PROJETO BÁSICO. Além disso, os prazos de entrega também estão detalhados no item 6 CRONOGRAMA FÍSICO, tendo o último produto prazo para entrega em até 12 meses. Ou seja, o prazo de execução dos trabalhos é de 12 meses, embora o de vigência seja de 15. Os 3 últimos meses de vigência do contrato serão apenas para as providências de encerramento do contrato. Esta Comissão entende não caber o reajustamento de preços, já que os serviços estão contemplados em etapas bem definidas. Guilherme Drügg Barreto Vianna Presidente CPL