Nº 08/2018 11 de setembro de 2018 NEWSLETTER 1. PRESCRIÇÃO STJ DECIDE SOBRE PRAZO PRESCRICIONAL PARA DISCUSSÃO DE RESPONSABILIDADE POR INADIMPLEMENTO CONTRATUAL A 2ª Seção do Superior Tribunal de Justiça pacificou entendimento acerca do prazo prescricional em casos de inadimplemento contratual e decidiu que a pretensão prescreve em dez anos. 2. SÓCIO FALIDO EMPRESÁRIO É AUTORIZADO A EXERCER ATIVIDADES COMERCIAIS ANTES DO FIM DO PROCESSO DE FALÊNCIA A Justiça de São Paulo autorizou um empresário a exercer atividades comerciais antes do término do processo de falência da sociedade da qual era sócio. 3. COMPRA E VENDA DE IMÓVEL RESCISÃO CONTRATUAL POR INADIMPLEMENTO DO VENDEDOR E PAGAMENTO DE ALUGUÉIS PELO COMPRADO O Superior Tribunal de Justiça entendeu que é devido o pagamento de aluguéis pelo período em que o comprador permanece na posse do bem imóvel, nas hipóteses de rescisão de contrato de compra e venda, independentemente de culpa do vendedor.
1 PRESCRIÇÃO STJ DECIDE PRAZO PRESCRICIONAL PARA DISCUSSÃO DE INADIMPLEMENTO CONTRATUAL A 2ª Seção do Superior Tribunal de Justiça pacificou entendimento acerca do prazo prescricional em casos de inadimplemento contratual e decidiu que a pretensão prescreve em dez anos. A divergência, existente no próprio STJ, se dava em virtude da omissão, pelo Código Civil de 2002, acerca de qual prazo prescricional adotar em questões de inadimplemento contratual. Por um lado, o artigo 205 dispõe que o prazo de prescrição é de dez anos quando a lei não houver fixado prazo menor; por outro, o artigo 206, 3º, inciso IV, prevê prazo prescricional de três anos para a pretensão de reparação civil. A relatora do caso, Ministra Nancy Andrighi, entendeu que deve ser aplicado o prazo prescricional geral, de dez anos, conforme artigo 205, uma vez que o termo reparação civil, mencionado no artigo 206, está associado às questões de responsabilidade civil extracontratual. A Ministra também concluiu que o mesmo prazo prescricional de dez anos deve ser aplicado a todas as pretensões do credor nas hipóteses de inadimplemento contratual, como a reparação por perdas e danos decorrentes. Clique aqui para acessar o inteiro teor do voto. 02
2 SÓCIO FALIDO EMPRESÁRIO É AUTORIZADO A EXERCER ATIVIDADES COMERCIAIS ANTES DO FIM DO PROCESSO DE FALÊNCIA A Justiça de São Paulo liberou um empresário a exercer atividade empresarial antes do término do processo de falência da sociedade da qual era sócio. Em decisão de primeira instância, o juiz da 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo autorizou a reabilitação de um sócio falido ao exercício de atividade empresarial. A controvérsia se devia ao fato de que a Lei nº 11.101 de 2005, que regula os processos falimentares no país, não permite que os administradores de empresas falidas exerçam atividade empresarial antes do fim do processo de falência. Para fundamentar sua decisão, o juiz considerou elementos como a não existência de crime falimentar, a boa-fé do empreendedor e a possibilidade natural de que um empreendimento seja malsucedido. O juiz entendeu, ainda, como grave violação aos direitos fundamentais do cidadão, ao trabalho e à livre inciativa, o prazo legal para retorno do sócio falido ao mercado, tendo em vista que o processo de falência pode se estender por décadas em razão da própria burocracia estatal e da morosidade do judiciário. O caso julgado tramitava há mais de dez anos e, nos termos da sentença, esperar pelo fim do processo para então dar início a contagem do prazo de reabilitação do falido violaria a própria lógica do sistema de insolvência empresarial. Desse modo, o juiz determinou o marco do retorno do empresário à prática de atividades empresariais na data do arquivamento da investigação de prática de crime falimentar. Clique aqui para acessar o inteiro teor da decisão. 03
3 COMPRA E VENDA DE IMÓVEL RESCISÃO CONTRATUAL POR INADIMPLEMENTO DO VENDEDOR E PAGAMENTO DE ALUGUÉIS PELO COMPRADOR O Superior Tribunal de Justiça entendeu que é devido o pagamento de aluguéis pelo período em que o comprador permanece na posse do bem imóvel, nas hipóteses de rescisão de contrato de compra e venda, independente de culpa do vendedor. Nos termos da decisão, o desfazimento do negócio jurídico de compra e venda de imóvel motiva o retorno das partes ao estado anterior, incluindo devolução do preço pago, a indenização pelas benfeitorias e restituição do imóvel com o respectivo pagamento de aluguéis pelo período de ocupação. Isso se dá, segundo o STJ, mesmo quando o descumprimento contratual ocorre pela parte vendedora, sob pena de configuração de enriquecimento sem causa do comprador. Clique aqui para acessar o inteiro teor do voto. 04
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