QUESTIONÁRIOS UTILIZADOS PARA AVALIAR QUALIDADE DE VIDA E NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA EM IDOSOS: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA GALVAO, B. M. F. 1 ; FONTANA, R. 2 ; ROSA, B. P. S. 3 ¹Acadêmica do curso de Educação Física do Centro Universitário Luterano de Palmas CEULP/ULBRA. E-mail: barbara_mgalvaob@hotmail.com. 2 Acadêmico do curso de Educação Física do Centro Universitário Luterano de Palmas CEULP/ULBRA. 3 Professora do curso de Educação Física do Centro Universitário Luterano de Palmas CEULP/ULBRA. RESUMO: O objetivo deste estudo foi fazer um levantamento de publicações nas principais bases de dados, sintetizar e analisar as evidências da literatura sobre a qualidade de vida e atividade física utilizando os questionários WHOQOL e IPAQ. Desta forma, seguiu-se os passos necessários para estruturar uma Revisão Integrativa sobre o tema. Foram utilizadas as seguintes bases de dados: SciELO, MEDLINE, PubMed, LILACS, BVS e Portal de Periódicos CAPES. Foram encontrados inicialmente nas bases de dados 96 artigos. Depois da análise dos artigos, foram selecionados 7 estudos que atenderam aos critérios de inclusão. Os resultados apresentados demonstram a relação positiva entre o nível de atividade física e a melhoria da percepção de qualidade de vida. Afinal, a percepção de qualidade de vida pode estar diretamente relacionada com a capacidade funcional do idoso e sua independência que por sua vez é influenciada pela prática de atividade física. PALAVRAS CHAVE: qualidade de vida, atividade física, idosos. INTRODUÇÃO: O crescimento do número de idosos em termos absolutos e relativos vem acompanhando o desenvolvimento mundial e é caracterizado por taxas cada vez menores de fecundidade e por taxas maiores da esperança média de vida (CARVALHO, 2006; MATSUDO et al., 2000). O envelhecimento é um processo multidimensional que engloba mecanismos de reparação e de destruição, desencadeados ou interrompidos em momentos e ritmos diferentes para cada ser humano, sendo a velhice entendida como um processo inevitável e perfeitamente natural (BERGER, POIRIER, 1995). Ilano et al. (2004) descrevem os efeitos do envelhecimento, ou seja, as consequências deste processo involutivo no organismo do indivíduo, o que afeta fundamentalmente três dimensões básicas: o plano psico-afetivo, o social e o físico. Em geral, o envelhecimento é um processo que envolve um declínio das funções psicológicas, cognitivas, sociais, fisiológicas e funcionais (SPIRDUSO et al., 2005). É justamente na tentativa de amenizar os efeitos associados ao processo do envelhecimento que, para Mota (2008), atualmente o maior desafio dos profissionais da área é proporcionar para essa população um envelhecimento ativo, saudável, independente e com qualidade de vida. A maior característica do conceito de qualidade de vida é a sua natureza multidimensional. Sendo que é definida por um conjunto de dimensões: disposição física, bem-estar emocional, socialização; além de outras atividades, tais como: satisfação de vida e percepção de saúde (CARVALHO, MOTA, 2002). Além de depender da realidade que está sendo empregada depende ainda de variáveis humanas (domínio bio-psico-social), materiais (econômicos) e do envolvimento (naturais e artificiais) (MOTA, 2008). Ao longo do processo de envelhecimento, os idosos sofrem mudanças no seu dia-a-dia, neste sentido, a atividade física é uma forma de garantir a independência e qualidade de vida dos idosos. MATERIAL E MÉTODOS: O presente estudo utilizou-se da metodologia da Revisão Sistemática e sua respectiva sucessão de etapas bem definidas. Iniciando pela identificação do tema (definição do
problema); estabelecimentos dos critérios de inclusão e exclusão (uso da base de dados e busca dos estudos pelo título e critérios); identificação dos estudos selecionados (leitura dos resumos e palavraschave); categorização dos estudos selecionados (leitura e análise crítica dos estudos selecionados), análise e interpretação dos resultados, apresentação da síntese do conhecimento. (BOTELHO, CUNHA, MACEDO, 2011). Assim, a importância de estudar a estreita relação entre os fatores essenciais na vida do idoso: qualidade de vida e atividade física. Neste estudo para investigar os dois eixos propostos serão investigados os diversos estudos que utilizaram os dois questionários usados internacionalmente WHOQOL (World Health Organization Quality of Life) e IPAQ (International Physical Activity Questionnaire). Portanto, a pergunta central: Quais são as evidências científicas da associação entre qualidade de vida e atividade física, utilizando os questionários WHOQOL e IPAQ? O objetivo deste estudo foi fazer um levantamento de publicações acadêmicas nas principais bases de dados, sintetizar e analisar as evidências da literatura sobre a associação entre qualidade de vida e atividade física utilizando os questionários WHOQOL e IPAQ. Desta forma, seguiu-se os passos necessários para estruturar uma Revisão Integrativa sobre o tema. Foram utilizadas as seguintes bases de dados: SciELO (Scientific Electronic Library Online); MEDLINE PubMed (produzido pela National Library of Medicine do National Institutes of Health); LILACS (Literatura Latino-Americana em Ciências da Saúde); BVS (Biblioteca Virtual em Saúde) e Portal de Periódicos CAPES/MEC (Portal da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior). Para a busca das evidências foi determinado os termos ou palavras-chave (descritores): WHOQOL E IPAQ. A combinação dos termos foi realizada com a utilização do operador AND. Foram encontrados inicialmente nas bases de dados 96 artigos (11 artigos no SciELO; 8 artigos PuBMed; 15 artigos LILACS; 6 artigos BVS; 56 artigos portal CAPES). A partir dessa pesquisa inicial, foram excluídos dissertações e teses, estudos de cartas ao editor, resumos de congressos, livros ou capítulos de livros. Foram considerados os artigos nos idiomas Espanhol, Inglês e Português e que tenham sido publicados nos últimos dez anos. Após a leitura dos títulos foram excluídos os artigos repetidos. Após a leitura dos resumos foram excluídos os artigos que não reportaram a utilização de ambos os instrumentos de coletas, e artigos que não tinham a população idosa na sua amostra. Foram considerados somente os artigos disponíveis na íntegra. Depois da análise dos artigos, foram selecionados sete estudos que atenderam aos critérios de inclusão. RESULTADOS E DISCUSSÃO: No que diz respeito a amostra dos estudos selecionados, quatro estudaram somente mulheres idosas (CONTE E LOPES, 2005; MAZO et al., 2008; CARCALHO et al., 2010; VAGETTI et al., 2012) e três estudaram mulheres e homens idosos (GUEDES et al., 2012; PORTO et al., 2012; GUTIERRES et al., 2014). Somente um estudo (MAZO et al., 2008) definiu a amostra com idosos com idade igual ou superior a 65 anos, isso talvez devido ao fato do estudo ter sido publicado em Portugal, os demais definiram a idade a partir de 60 anos. Afinal de acordo com a OMS são considerados idosos nos países desenvolvidos aqueles com idade igual ou superior a 65 anos e nos países em desenvolvimento indivíduos com idade igual ou superior a 60 anos. De forma, geral os estudos se caracterizaram com uma amostra grande, só dois estudos tinham menos de 60 idosos, os demais tinham acima de 190 idosos, destacando o estudo dos autores Guedes et al. (2012) com 1204 idosos. Sobre o questionário para avaliar a percepção de qualidade de vida, podemos dizer que dentre os artigos selecionados, três utilizaram o WHOQOL-Bref (CONTE e LOPES, 2005; MAZO et al., 2008, PORTO et al. 2012), um estudo utilizou o WHOQOL-Old (CARVALHO et al., 2010) e dois estudos utilizaram o WHOQOL-Bref junto com WHOQOL-Old (VAGETTI et al., 2012; GUTIERRES et al., 2014). A partir de um projeto para elaborar um instrumento internacional que avaliasse a qualidade de vida foi criado o WHOQOL-100 composto por 100 itens, que está traduzido para 20 idiomas. Este instrumento foi desenvolvido na versão em português, na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, sob a coordenação do Dr. Marcelo Pio de Almeida Fleck (FLECK et al., 1999). Na intenção de desenvolver um questionário curto e de rápida aplicação, foi desenvolvido o módulo WHOQOL-BREF que contém 26 questões (WHOQOL GROUP, 1998). O WHOQOL-BREF foi validado no Brasil por Fleck (2000). Tendo em vista os diversos estudos e pesquisas com idosos o Grupo WHOQOL elaborou um módulo para adultos idosos (WHOQOL-OLD) com intuito de complementar os instrumentos já existentes, na mesma perspectiva internacional e transcultural (CHACHAMOVICH e FLECK, 2006). O módulo WHOQOL-OLD foi traduzido para o português sob a supervisão dos autores Chachamovich e Fleck (2006). Sobre o questionário para perceber o nível de
atividade física, três estudos utilizaram a versão 8, na forma curta (CONTE e LOPES, 2005; VAGETTI et al., 2012; PORTO et al., 2012), três estudos utilizaram o questionário na versão longa (MAZO et al., 2008; CARVALHO et al., 2010; GUTIERRES et al., 2014) e um estudo não foi possível identificar o seu formato. O Questionário Internacional de Atividade Física (International Physical Activity Questionnaire IPAQ), versão 8, forma longa, foi adaptado para idosos por Mazo e Benedetti (2010), validado para a população brasileira por Matsudo et al. (2001) e validado para população idosa por Benedetti et al. (2004) e Benedetti et al. (2007). O questionário pode ser aplicado em entrevista por telefone ou auto aplicação, pode ser na versão longa e curta. A versão curta do IPAQ refere-se aos últimos 7 dias, a forma longa, refere-se à semana usual e é recomendada para investigação que exige uma avaliação mais minuciosa (MARSHALL e BAUMAN, 2001). As pesquisas selecionadas de forma geral tinham como um dos seus objetivos a relação, comparação ou associação entre a percepção de qualidade de vida e o nível de atividade física. Apenas o estudo dos autores Vagetti et al. (2012), utilizou o IPAQ para caracterizar a amostra, sendo o objetivo central a predição da qualidade de vida global idosas ativas. Gutierres et al. (2014) se destaca por se tratar de um grupo de idosos com deficiência em instituições de longa permanência. Os autores Gutierres et al. (2014) concluíram que os idosos com maiores escores nos domínios da autonomia e da intimidade, menor tempo sentado, menor escore no domínio morte estão associados com maiores escores de qualidade de vida. Porto et al. (2012) perceberam que a melhoria da autopercepção de qualidade de vida está significativamente associada à atividade física e que somente o domínio meio ambiente (WHOQOL-Bref) não foi associado com inatividade física. No estudo de Mazo et al. (2008) verificaram que idosas com piores resultados no domínio físico da qualidade de vida têm um risco três vezes maior de serem menos ativas fisicamente, e ainda que a atividade física desempenha um papel importante na qualidade de vida das mulheres idosas. Para Conte e Lopes (2005) o nível de atividade física apresentou-se associado positivamente com o domínio físico. Carvalho et al. (2010) constataram que as mulheres despendem muito tempo na posição sentada e relacionou a prática de exercícios físicos para contribuir para uma melhor qualidade de vida. Vagetti et al. (2012) entenderam que nos programas de atividade física é importante ter um envolvimento social para uma melhor qualidade de vida. Guedes et al. (2012) averiguaram que os resultados indicaram que o alto nível de atividade física pode contribuir para uma melhoria da qualidade de vida. CONCLUSÃO: Os resultados apresentados demonstram a relação positiva entre o nível de atividade física e a melhoria da percepção de qualidade de vida. Afinal, a percepção de qualidade de vida pode estar diretamente relacionada com a capacidade funcional do idoso e sua independência que por sua vez é influenciada pela prática de atividade física. A participação em atividade física regular pode retardar declínios funcionais, pode reduzir o início de doenças crônicas tanto em idosos saudáveis como nos doentes crônicos. Uma vida ativa melhora a saúde mental e frequentemente promove contatos sociais (OMS, 1997). Já é consenso na literatura que a atividade física regular e orientada ajuda a minimizar os efeitos degenerativos no organismo durante o processo de envelhecimento (ACSM, 2006; RIKLI e JONES, 2001; FIATARONE et al., 1990). REFERÊNCIAS: ACMS American College of Sports Medicine. ACSM s Guidelines for Exercise Testing and Prescription. 7ª ed. Philadelphia: ACSM s Publications, 2006. BENEDETTI T. R. B.; ANTUNES P. C.; RODRIGUEZ-ANEZ C. R.; MAZO G. Z.; PETROSKI E. L. Reprodutibilidade e validade do questionário internacional de atividade física (IPAQ) em homens idosos. Revista Brasileira Medicina do Esporte; 13(1):11-6. 2007. BENEDETTI, T.; MAZO, G.; BARROS, M. Aplicação do Questionário Internacional de Atividade Físicas para avaliação do nível de atividades físicas de mulheres idosas: validade concorrente e reprodutibilidade teste/reteste. Revista Brasileira Ciência Movimento, 12(1):25-33. 2004. BERGER, L.; MAILLOUX-POIRIER, D. Pessoas Idosas: uma abordagem global. Lisboa: Lusodidacta, 1995.
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