APLICAÇÃO DO SF-36 EM ILP: atividade de extensão.
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- Lídia Botelho Antas
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1 APLICAÇÃO DO SF-36 EM ILP: atividade de extensão. VILELA Daisy de Araújo ¹; COSTA, Agatha Ferreira da² ; SOUZA, Carlos Eduardo de 2 ; TATMATSU, José C. Rocha 3. INTRODUÇÃO: O envelhecimento populacional é, na atualidade, um fenômeno observado mundialmente, sendo marcado por um crescimento mais elevado da população idosa em relação aos demais grupos etários. No Brasil, pode ser exemplificado pelo aumento da participação da população acima de 60 anos, no total da população nacional de 4%, em 1940, para 9% em (CAMARANO, 1997). Estima-se que em 2025 possamos atingir no Brasil um público de 16 milhões de pessoas, no intuito de desenvolver estudos e pesquisas na área, busca-se através de projetos de extensão, promover a saúde através da reabilitação e prevenção e incapacidades funcionais da terceira idade, qualificando discentes através de parcerias com a comunidade. Envelhecer num país com tantos problemas sociais, econômicos e estruturais a resolver constitui-se em grande desafio para os indivíduos, para o conjunto da sociedade e para o governo, no sentido de oferecer condições qualificadas para o prolongamento da vida. (RODRIGUES, 2002). A evolução do conceito de qualidade de vida (QDV) tem-se encontrado também associada a diversos referenciais teóricos que refletem conceitos como: satisfação com a vida, felicidade, existência com significado e bem-estar subjetivo, na generalidade dos casos utilizados indiscriminadamente como sinônimos (CANAVARRO et AL, 2007). Telles Filho, (1999) abordou as causas da inserção dos idosos nos asilos. Por diversas causas, tais como condições precárias de saúde, idade RESUMO REVISADO PELO COORDENADOR DA AÇÃO DE EXTENSÃO: A UNIVERSIDADE VAI A ESCOLA- CÓDIGO (CAJ 536). COORDENADORA DA EXTENSÃO: Profª Daisy de Araújo Vilela. 1-Professora UFG CAJ daisy.vilela@yahoo.com.br 2 Alunos de graduação do curso de Fisioterapia UFG CAJ 3-Professor Universidade Federal do Ceará (UFC).
2 avançada, debilidade física e até mesmo alterações no comportamento (doenças, alterações cognitivas), muitos idosos encontram dificuldades para exercer atividades laborais. Nesses casos, somando-se às dificuldades financeiras e à falta de respaldo familiar, há muitos encaminhamentos desses a Instituições de Longa Permanência(ILP).Embora a legislação brasileira estabeleça que o cuidado dos membros dependentes deva ser responsabilidade das famílias, este se torna cada vez mais escasso. O envelhecimento da população e o aumento da sobrevivência de pessoas com redução da capacidade física, cognitiva e mental estão requerendo que os asilos deixem de fazer parte apenas da rede de assistência social e integrem a rede de assistência à saúde, ofereçam algo mais que um abrigo. A maioria das instituições brasileiras (65,2%) é de natureza filantrópica, refletindo sua origem. Apenas 6,6% são públicas, com predominância das municipais, o que corresponde a 218 instituições, número bem menor do que o de instituições religiosas vicentinas, aproximadamente 700 (CAMARANO E KANSAS, 2010). A internação do idoso em uma instituição de longa permanência é uma alternativa em certas situações, quando se verificam a necessidade de reabilitação, ausência temporária do cuidador domiciliar, estágios terminais de patologias e dependência elevada (CHAIMOWICZ, 1999). Com relação à extensão, autores relatam que os programas de extensão universitária possibilitam ao aluno vivenciar o fazer, o criar e o construir. E esta vivência é concretizada com a participação dos discentes em projetos oferecidos pelo curso de formação inicial em um processo de integração daquilo que ocorre extra classe e que possibilita o enriquecimento do processo de formação profissional. Por meio de projetos de extensão são expostas as dificuldades encontradas e a clara intenção de mostrar a validade deste contexto, possibilitando ao acadêmico ter contato direto com o meio no qual está inserido. Coêlho (1996) afirma que formação universitária não pode ser definida somente como transmissão de informações e técnicas, nem como instrução ou simples profissionalização. A formação universitária inclui e ultrapassa todas estas funções, pois se refere ao homem como um todo, capaz de compreender a natureza, a sociedade e o próprio homem. Mais do que profissionalizar, formar na universidade significa desenvolver no indivíduo a capacidade de
3 entender e transformar a realidade, na qual está inserida. Deve-se manter o compromisso de efetivamente existirem Universidades capazes de formar bons profissionais, críticos, reflexivos e que acima de tudo, consigam intervir junto à realidade em que se encontram. Durante a graduação, o futuro profissional tem a oportunidade de se qualificar e de ter contato com um leque de conhecimentos importantes para seu crescimento profissional e humano. Para Aragão et al (1999), a formação universitária deve ocorrer mediante uma proposta baseada em uma dimensão tripartile voltada para o desenvolvimento de ensino, pesquisa e extensão. Esta formação só é considerada completa, quando o conhecimento é propiciado a partir destes três princípios. Vasconcelos (1996, p. 8) justifica que ensino, pesquisa e extensão representam, com igualdade de importância, o tripé que dá sustentação a qualquer universidade que se pretenda manter como tal. OBJETIVOS: Estudar as limitações decorrentes da idade, promovendo saúde no âmbito público. Resgatando a auto estima e avaliando a qualidade de vida dos moradores de um abrigo publico para idosos Desta forma contribuindo para a formação de profissionais voltados para as questões relativas ao envelhecimento. METODOLOGIA: A pesquisa exploratória, com aplicabilidade de métodos e técnicas de reabilitação como suporte para prevenção e tratamento das alterações de mobilidades presentes. A coleta dos dados foi realizada utilizando instrumentos validados (SF-36), com respostas fechadas e aplicados por acadêmicos previamente treinados da Universidade Federal do Piauí-UFPI, sob supervisão dos coordenadores do projeto de extensão Pesquisa em envelhecimento humano, cadastrado em 15/04/2008, registro nº 08-CMRV Com vista e aprovação pelo CEP 0057/08.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO Dos 28 moradores na ILP, há uma prevalência de mulheres 57 %. Idade média entre 60,5 anos. As mulheres possuem nível de qualidade de vida mais baixo que o dos homens, pois, no escore do perfil de saúde de Nottingham, quanto maior o resultado, menor é o nível de qualidade de vida. Observar níveis inferiores de capacidade funcional das mulheres se comparados aos dos homens. Conforme aumenta a idade, a capacidade funcional diminui e o nível de qualidade de vida. Esses achados estão de acordo com os resultados de Cueto (2003). Mazuim (2005) em estudo em idosos lúcidos constatou que, antes de serem institucionalizados, tanto os homens quanto as mulheres realizavam atividades rotineiras, o que favorecia a manutenção da autonomia e independência; após a institucionalização, em virtude da escassa atividade sugerida, muitos perdiam a capacidade funcional. Guedes e Silveira (2004) utilizaram a escala de Barthel para diagnosticar a capacidade funcional, encontrando que 59,63% dos idosos institucionalizados são independentes. Utilizando o mesmo instrumento em idosos residentes em seus domicílios e praticantes de atividade física 03 vezes na semana, 82,6% muito boa e 17,6 % boa (BORGES et al.; 2005). CONCLUSÃO: O surgimento de parceiras privadas e governamentais, foram de grande auxilio na execução de nossas atividades. Há muito a ser feito, contamos com o compromisso dos novos acadêmicos para que possamos dar continuidade ao nosso trabalho e darmos aos moradores do abrigo para idosos qualidade de vida e resgate de sua saúde. A universidade constitui-se como uma instituição que tem como finalidade criar o saber, comprometida com a divulgação e socialização do saber produzido, voltado para o avanço da ciência, da arte, e da cultura. Isso implica na estreita relação entre ensino, pesquisa e extensão nos diferentes campos do conhecimento e formação.
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: BANCO DE DADOS REFERENTES ÀS INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA DO ESTADO DE MINAS GERAIS. Ministério Público do Estado de Minas Gerais. Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa dos Direitos das Pessoas Portadoras de Deficiência e Idosos, Belo Horizonte, Junho, 2005 ( CAMARANO, Ana Amélia and KANSO, Solange. As instituições de longa permanência para idosos no Brasil. Rev. bras. estud. popul. [online]. 2010, vol.27, n.1, pp ISSN CANAVARRO, M. C. et al. Desenvolvimento dos Instrumentos de Avaliação da Qualidade de Vida na Infecção VIH da Organização Mundial de Saúde (WHOQOL-HIV; WHOQOL-HIV-BREF) para Português de Portugal: Apresentação de um projecto, Anais... 6 congresso virtual HIV/AIDS, [s.l.], Disponível em: >. Acesso em: 07 abr CHAIMOWICZ, F. ; GRECO, D.B. Dinâmica da institucionalização de idosos em Belo Horizonte. Revista de Saúde Pública, Brasil, vol. 33, n. 5, p , RODRIGUES, N.; RAUTH, J. Os Desafios do Envelhecimento no Brasil. FREITAS, E. et al. Tratado de Geriatria e Gerontologia. Rio de Janeiro: Editora Guanabara, 2002 ; cap. 12, p. 106 a 110.
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