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Transcrição:

GOVERNO DO MARANHÃO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO NÚCLEO GEOAMBIENTAL LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA INFORMATIVO CLIMÁTICO MARANHÃO O Maranhão foi o estado que mais apresentou focos de queimadas no Brasil em agosto de 2018, seguido do Pará e Mato Grosso. AGOSTO DE 2018

ASPECTOS GERAIS DA ATMOSFERA Condições atmosféricas e oceânicas que influenciaram o Maranhão em agosto de 2018 O mês sempre é marcado pelo aumento no número de queimadas, e este ano não foi diferente. Devido às condições meteorológicas favoráveis como atuações de massas de ar seco, o número de focos queimadas sofreu um significativo aumento se comparado com o mês anterior. É importante lembrar que as condições meteorológicas vêm potencializar queimadas que muitas vezes são inicializadas pelas pessoas. É comum nessa época do ano a ocorrência de massas de ar quente e seco na região central do Brasil e que também atingem parte do Maranhão. A grande área central do Brasil, dominada por essas massas, apresenta poucas chuvas (Figura 1).

Figura 1 Distribuição climatológica da chuva em todo o Brasil no mês de agosto. Em 2018 o mês de agosto apresentou chuvas significativas logo no início do mês. Esses eventos pegaram de surpresa a população de São Luís, que não está acostumada com episódios de chuva nessa época do ano, mesmo com a normal climatológica da cidade sendo de 30 mm. Mas vale lembrar que foram apenas dois momentos de chuva; um no dia 2 (Figura 2) com 14 mm acumulados e outro no dia 9 com total de apenas 5,4 mm de chuva. Outras chuvas registaram menos de 1 mm, mas que no total de todos os registros, ficou-se próxima da média histórica, o que não acontecia há anos na cidade. Figura 2 Imagem do satélite meteorológico GOES 16 no dia 02 de agosto de 2018 às 18:11 UTC (15:11 Hora Local), mostra em destaque, nuvens carregadas apenas no setor norte do Estado. Fonte: CPTEC.

Definição de alguns fenômenos meteorológicos que influenciam as condições de tempo no Maranhão em determinadas épocas do ano: DOL: Distúrbio Ondulatório de Leste é uma perturbação atmosférica que se origina na costa oeste da África e se propaga no oceano Atlântico e algumas vezes modulam a convecção da região Nordeste do Brasil provocando episódios expressivos de chuva. ZCAS: É uma região de convergência de umidade em baixos e médios níveis que ocorre em uma faixa orientada de noroeste a sudeste atravessando o Brasil. Geralmente esta região está associada com abundante nebulosidade e precipitação que que atua no mínimo três dias e ocorre nos meses de outubro a abril. VCAN: Vórtice Ciclônico de Altos Níveis é um sistema de baixa pressão atmosférica, de escala sinótica, que se forma na média e alta troposfera (entre 5 e 13 quilômetros de altitude). Pode tanto inibir quanto causar chuvas. No centro do VCAN não há nebulosidade significativa ZCIT: Zona de Convergência Intertropical é um cinturão de nuvens formado pelo encontro dos ventos alísios na faixa equatorial do globo. Provoca chuvas na região em que atua. MADDEN-JULIAN (OSCILAÇÕES INTRASSAZONAIS): São distúrbios atmosféricos que se propagam para leste e possuem um intervalo de tempo de 30 a 60 dias. Desempenham papel fundamental na precipitação na região tropical do globo. MASSA DE AR QUENTE E SECA: provoca inibição de chuvas e aumento nas temperaturas, bem como a diminuição dos valores de umidade relativa dor ar. As condições oceânicas do Pacífico Equatorial próxima à costa da América do Sul mostram que a Temperatura da Superfície do Mar, em agosto de 2018, esteve levemente acima da média climatológica (temperaturas levemente mais quentes). Para os próximos meses, o fenômeno El Niño deve se configurar, porém de intensidade fraca, segundo informações da agência americana de atmosfera e oceanos (NOAA).

Figura 3 Anomalia da TSM em agosto de 2018.

DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DA PRECIPITAÇÃO PLUVIOMÉTRICA NO MARANHÃO EM AGOSTO DE 2018 Na Figura 4 tem-se a distribuição dos totais acumulados de chuva no Brasil observados durante o mês de agosto de 2018. Pode-se notar que a região central do país (incluindo parte do Maranhão) apresenta pouca chuva (entre 2 e 25 mm). Isso é reflexo da condição de tempo dominante engatilhada pela ação das massas de ar quente e seco. Figura 4 Distribuição de chuvas no Brasil em agosto de 2018. Fonte: CPTEC.

Considerando que agosto é um mês de inicialização do período seco em grande parte do Maranhão, as chuvas são realmente escassas no estado. A Figura 5 apresenta a climatologia da precipitação pluviométrica (chuva) no Estado do Maranhão no mês de agosto; isso representa uma média de quanto é esperado que chova ao longo do Estado neste mês. Pode-se observar que os volumes de chuva das normais não ultrapassam os 50 mm. É claro, que não se descarta eventos de chuvas em localidades do estado, como ocorreu em São Luís. As localidades de Turiaçu, São Luís e Bacabal e áreas adjacentes foram as que apresentaram os maiores volumes de chuva do mês de agosto de 2018 (Figura 6). Entretanto, esses valores não passaram a marca de 30 mm; o que de modo geral, não atinge a média histórica máxima que fica em torno de 45 mm. Nota: O termo precipitação (PRP) é definido como qualquer deposição d água em forma líquida ou sólida proveniente da atmosfera, a exemplo da chuva, neve, granizo, chuvisco e outros hidrometeoros. Quando se refere à chuva, a mesma é definida como precipitação pluviométrica, medida a partir de instrumentos chamados pluviômetros ou pluviógrafos (mede e registra) e geralmente é expressa em milímetros (mm), onde uma precipitação de 1 mm equivale a um volume de 1 litro de água em uma superfície de 1 m².

Figura 5: Climatologia da chuva em agosto no Maranhão.

Figura 6 - Distribuição das chuvas em agosto de 2018 no Maranhão: valores observa Os acumulados de chuva no mês de agosto de 2018 para alguns municípios do Maranhão que possuem postos de medição de chuva, são mostrados na Figura 7. Pode-se perceber que os totais de chuva dos municípios não foram tão expressivos como nos meses anteriores. O município de Bacabal registrou o maior acumulado do mês (29,4 mm).

ALCÂNTARA FAROL PREGUIÇAS SÃO LUÍS TURIAÇU FAROL SANTANA PEDREIRAS COROATÁ ZÉ DOCA CHAPADINHA BACABAL AÇAILÂNDIA SITIO NOVO IMPERATRIZ ESTREITO BURITICUPU GRAJAÚ BARRA DO CORDA CAXIAS COLINAS SÃO FELIX DE BALSAS BALSAS ALTO PARNAÍBA CAROLINA PRP (mm) Total de precipitação em agosto de 2018 em algumas localidades do Maranhão 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 Municípios Figura 7 Total mensal de chuva (precipitação) registrada em algumas localidades do Maranhão no mês de agosto de 2018. ATENÇÃO: Uma precipitação (chuva) de 1 milímetro (mm) representa o equivalente a um volume de 1 litro de água numa superfície de 1 m². FOCOS DE QUEIMADAS Com a considerável diminuição das chuvas, o número de focos de queimadas se mais acentuado neste mês. Em agosto de 2018 o Maranhão totalizou o valor de 2833 focos ativos de queimadas, estes detectados pelos satélites de referência. Houve um aumento expressivo em relação ao mês anterior. Com esses valores, o Maranhão foi o estado que mais queimou no Brasil, seguidos de Pará e Mato Grosso. O município de Mirador (366 focos) ficou entre os dez que mais queimaram no país este mês.

Figura 8 Distribuição dos focos de queimadas de acordo com os municípios que mais queimaram em agosto de 2018.