Legale Educacional REGISTRO DE IMÓVEIS. Marcus Vinicius Kikunaga

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Transcrição:

Legale Educacional REGISTRO DE IMÓVEIS 2018 Marcus Vinicius Kikunaga

P r o f e s s o r : M a r c u s V i n i c i u s K i k u n a g a Advogado Mestre em Direitos Difusos e Coletivos pela Universidade Metropolitana de Santos UNIMES Especialista em Direito Notarial e Registral pela Escola Paulista de Direito - EPD. Professor da Pós-Graduação em Direito Notarial e Registral Imobiliário na EPD Professor do Legale Cursos Jurídicos Professor da Pós-Graduação em Direito Imobiliário da Unicuritiba/PR Professor do Escola Superior de Advocacia - ESA Professor do Instituto Conde Matarazzo/SC Autor do Manual Lex Magister de Prática Imobiliária Notarial e Registral de 2010 a 2013

Objetivo: Capacitar o discente a sistematizar a atividade notarial e registral

3.1. Do Sistema Registral 3.1.1. Introdução O nosso sistema registral, após a entrada em vigor da Lei dos Registros Públicos (Lei nº 6.015/73), alterou seu viés para perpetuar o histórico do imóvel. Assim, somente com o registro se opera a aquisição da propriedade (art. 1.245, 1º, do CC).

3.1. Do Sistema Registral 3.1.2. Conceito de registro imobiliário Ato primordial da aquisição da propriedade imobiliária inter vivos, por meio de cópia, em livro próprio, de todo título oneroso ou gratuito e dos demais atos translativos de domínio judiciais ou administrativos, que originam oponibilidade erga omnes em face da publicidade gerada por consulta obrigatória. (Manual Lex Prática Imobiliária, inclui prática registral e notarial, fascículo 61, São Paulo, Ed. Lex Magister, p. 9)

3.1. Do Sistema Registral 3.1.2. Conceito de registro imobiliário Serventia extrajudicial que tutela os direitos reais imobiliários. Direito real (art. 1.225, CC) Coisa própria = propriedade e laje (unidade de poder) Coisa alheia (divisão de poder) fruição aquisição garantia sui generis

3.1. Do Sistema Registral 3.1.3. Metodologias de registro

3.1. Do Sistema Registral 3.1.4. Atos registrais a) Registro a.1) Serventia = local físico a.2) Assento = fólio real / folha / ficha / livro a.3) Ato de registro em sentido amplo = qualquer lançamento no assento (registro em sentido estrito, inscrição, transcrição, averbação ou anotação) a.4) Ato de registro em sentido estrito = art. 167, I, L. 6015/73) d.1. Inscrição (art. 179, a, Decreto 4857/39) art. 168, LRP d.2. Transcrição (art. 179, b, Decreto 4857/39) art. 168, LRP

3.1. Do Sistema Registral 3.1.4. Atos registrais b. Averbação (art. 246, L. 6.015/73) Ato administrativo de alteração de qualquer elemento do assento registral. Ex: Averbação de construção ou demolição Ex2: Averbação de cancelamento de ônus real Ex3: Averbação de casamento Ex4: Averbação de óbito

3.1. Do Sistema Registral 3.1.4. Atos registrais c. Anotação (art. 106, L. 6.015/73) Art. 106. Sempre que o oficial fizer algum registro ou averbação, deverá, no prazo de cinco dias, anotá-lo nos atos anteriores, com remissões recíprocas, se lançados em seu cartório, ou fará comunicação, com resumo do assento, ao oficial em cujo cartório estiverem os registros primitivos, obedecendo-se sempre à forma prescrita no artigo 98. Parágrafo único. As comunicações serão feitas mediante cartas relacionadas em protocolo, anotando-se à margem ou sob o ato comunicado, o número de protocolo e ficarão arquivadas no cartório que as receber.

3.1. Do Sistema Registral 3.1.5. Dos livros obrigatórios a) Livro de Recepção de Títulos exame e cálculo; b) Livro nº 1 Protocolo; c) Livro nº 2 Registro Geral; d) Livro nº 3 Registro Auxiliar; e) Livro nº 4 Indicador Real; f) Livro nº 5 Indicador Pessoal; g) Livro de Registro de Aquisição de Imóveis Rurais por Estrangeiros (art. 10, L. 5.709/1991) Obs: Os livros nºs 2, 3, 4 e 5 poderão ser substituídos por fichas.

3.1. Do Sistema Registral 3.1.6. Bem jurídico Garantir o acesso à propriedade (art. 5º, inciso XXII, CF) 3.1.7. Função 1º) Controle da legalidade 2º) Criar e aperfeiçoar o cadastro da propriedade imobiliária

3.2. Princípios 1º) P. obrigatoriedade do registro (172, LRP e 1227, CC) A mutação jurídico-real nasce com a inscrição e, por meio desta, se exterioriza a terceiros. (Afrânio de Carvalho, Registro de Imóveis, 3ª ed., Forense, Rio de Janeiro, 1982, p. 163)

3.2. Princípios 2º) P. unitariedade matricial (176, 1º, I, LRP) Entende-se por este princípio a impossibilidade da matrícula conter mais do que um imóvel em sua descrição, bem como da abertura de matrícula de parte ideal de imóvel. NSCGJ Cap. XX, item 56. A matrícula será aberta com os elementos constantes do título apresentado e do registro anterior. Se este tiver sido efetuado em outra circunscrição, deverá ser apresentada certidão expedida há no máximo 30 (trinta) dias pelo respectivo cartório, a qual ficará arquivada, de forma a permitir fácil localização. NSCGJ Cap. XX, item 56.1. Se na certidão constar ônus ou ações, o oficial fará a abertura da matrícula e em seguida (AV. 1) averbará sua existência, consignando sua origem, natureza e valor, o que ocorrerá, também, quando o ônus estiver lançado no próprio cartório. Por tais averbações não são devidos emolumentos e custas.

3.2. Princípios 3º) P. da legalidade (não exauriência do art. 167, I e II, LRP) Somente podem ser lançados os atos que contem com expressa previsão legal. os direitos registráveis são taxativamente fixados pela lei, constituem um numerus clausus. (Afrânio de Carvalho, Registro de Imóveis, Forense, Rio de Janeiro, 1976, pág. 76) Ex: Arrolamento fiscal (lei 9.532/97) Ex2: Direito de superfície (LRP, 167, I, 39 x 1.369, CC) Ex3: Penhora (LRP, 167, I, 5 x 828/837/844, ncpc) Ex4: Adjudicação por condomínio edilício (art. 63, 3º, L. 4.591/64) Ex5: Doação a condomínio edilício (TJMG 2ª Câmara - Ap. Cível nº 1.0188.13.006872-2/00, j. 24.11.2015)

3.2. Princípios 4º) P. da prioridade (art. 182, 183 e 205, LRP) O título ao ser recepcionado para registro recebe uma numeração cronológica que garante a sua prioridade ao registro. Esse número é o que garantirá a sua prioridade ao registro. O prazo para que o oficial promova o registro é de 30 dias. No caso de devolução do título com exigências e a parte não as cumpra a prenotação será cancelada. Exceção: Art. 192, LRP

3.2. Princípios 4º) P. da prioridade (art. 182, 183 e 205, LRP) a) Prioridade de atendimento das pessoas vulneráveis NSCGJ Cap. XIII, item 88. Na prestação dos serviços, os (...) devem: a) atender as partes com respeito, urbanidade, eficiência e presteza; b) atender por ordem de chegada, assegurada prioridade às pessoas com deficiência, aos idosos com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos, às gestantes, às lactantes, às pessoas com crianças de colo e aos obesos, exceto no que se refere à prioridade de registro prevista em lei; (L. 10.294/99, art. 7, II e Prov. CG 32/2016.) NSCGJ Cap. XIII, Item 88.2. No caso da alínea b, ressalvado o prudente critério do (...), não se concederá a prioridade quando houver indícios de abuso de direito.

3.2. Princípios 4º) P. da prioridade (art. 182, 183 e 205, LRP) b) Ineficácia da prioriedade NSCGJ - Cap. XX item 18. No Livro de Recepção de Títulos serão lançados exclusivamente os títulos apresentados para exame e cálculo dos respectivos emolumentos, a teor do artigo 12, parágrafo único, da Lei n 6.015/73, os quais não gozam dos efeitos da prioridade. NSCGJ Cap. XX item 20. A recepção de títulos somente para exame e cálculo é excepcional e sempre dependerá de requerimento escrito e expresso do interessado onde declare ter ciência de que a apresentação do título na forma escolhida não implica prioridade e preferência dos direitos, cujo requerimento será arquivado em pasta própria.

3.2. Princípios 5º) P. da territorialidade (art. 169, LRP) É a delimitação de atuação pela circunscrição imobiliária. Comarca = unidade territorial de jurisdição Exceção = Imóvel em + de uma circunscrição (art. 169, II) Ex: Registro de loteamento Ex2: Registro de formal de partilha de gleba (Ap. Cível nº 13.549-0/5, rel: Onei Raphael j. 02.12.1992

3.2. Princípios 6º) P. da instância ou Rogação (art. 13, LRP) Todos os títulos que forem apresentados à qualificação do oficial deverão conter expressa ou implicitamente a autorização para se proceder os atos requeridos.

3.2. Princípios 6º) P. da instância ou Rogação (art. 13, LRP) Exceções: a) retificação de erro evidente (art. 213, 1º da LRP) b) alteração de logradouros públicos (art. 167, II, 13, LRP) c) abertura de matrícula (item 55, Cap. XX, NSCGJ/SP) 55. É facultada a abertura de matrícula, de ofício, desde que não acarrete despesas para os interessados, nas seguintes hipóteses: a) para cada lote ou unidade autônoma, logo em seguida ao registro de loteamento, desmembramento ou condomínio; b) no interesse do serviço.

3.2. Princípios 7º) Segundo Afrânio de Carvalho, o princípio da especialidade significa que toda inscrição deve recair sobre um objeto precipuamente individuado A especialidade deve ser observada tanto quanto: 1ª) OBJETIVA refere-se aos imóveis (direitos reais) (176, 1º, II, item 3 e 225, LRP) 2º) SUBJETIVA refere-se aos titulares de direitos (176, 1º, nº 4, e 180, LRP).

3.2. Princípios 8º) P. da Disponibilidade Corolário do P. continuidade. Art. 172 - No Registro de Imóveis serão feitos, nos termos desta Lei, o registro e a averbação dos títulos ou atos constitutivos, declaratórios, translativos e extintos de direitos reais sobre imóveis reconhecidos em lei, " inter vivos" ou " mortis causa" quer para sua constituição, transferência e extinção, quer para sua validade em relação a terceiros, quer para a sua disponibilidade.

3.2. Princípios 8º) P. da Disponibilidade 8.1. Disponibilidade objetiva ou qualitativa (imóvel) a) Bens no comércio (urbano, rural ou enfitêutico): 1) Caução locatícia 2) Arrolamento fiscal 3) Ônus real 3.1. Fruição (usufruto, superfície, servidão) 3.2. Garantia (hipoteca, penhor e anticrese) 3.3. Aquisição (ccv ou cessão de direitos)

3.2. Princípios 8º) P. da Disponibilidade 8.1. Disponibilidade objetiva ou qualitativa (imóvel) a) Bens no comércio (urbano, rural ou enfitêutico): 4) Garantias judiciais 4.1. Sequestro (arts. 301, 553, p.único, NCPC) 4.2. Arresto (arts. 828 e 830, NCPC) 4.3. Penhora (art. 831, NCPC) 4.4. Hipoteca legal (art. 495, NCPC)

3.2. Princípios 8º) P. da Disponibilidade 8.1. Disponibilidade objetiva ou qualitativa (imóvel) b) Bens fora do comércio por lei ou natureza: b.1) Bens públicos (99, Código Civil) b.2) Penhora da Fazenda Nacional (53, 1º, L. 8.212/91) b.3) Indisponibilidade pela falência - Lei 11.101/2005 Art. 103. Desde a decretação da falência ou do seqüestro, o devedor perde o direito de administrar os seus bens ou deles dispor.

3.2. Princípios 8º) P. da Disponibilidade 8.1. Disponibilidade objetiva ou qualitativa (imóvel) c) Bens fora do comércio por mandamento judicial: c.1) Bloqueio de matrícula (214, 3º, LRP) Art. 214 - As nulidades de pleno direito do registro, uma vez provadas, invalidam-no, independentemente de ação direta.(renumerado do art. 215 com nova redação pela Lei nº 6.216, de 1975). (...) 3o Se o juiz entender que a superveniência de novos registros poderá causar danos de difícil reparação poderá determinar de ofício, a qualquer momento, ainda que sem oitiva das partes, o bloqueio da matrícula do imóvel. 4o Bloqueada a matrícula, o oficial não poderá mais nela praticar qualquer ato, salvo com autorização judicial, permitindo-se, todavia, aos interessados a prenotação de seus títulos, que ficarão com o prazo prorrogado até a solução do bloqueio.

3.2. Princípios 8º) P. da Disponibilidade 8.1. Disponibilidade objetiva ou qualitativa (imóvel) c) Bens fora do comércio por mandamento judicial: c.2) Indisponibilidade judicial Prov. 13/2012 - CGJ/SP (DJE 14/05/12) - vigência a partir de 01/06/2012 Prov. 39/2014 CNJ (DOU 25.07.14) vigência a partir de 10/08/2014 a) Ordens genéricas b) Ordens específicas

3.2. Princípios 8º) P. da Disponibilidade 8.1. Disponibilidade objetiva ou qualitativa (imóvel) d) Bens fora do comércio voluntariamente: d.1) Bem de família voluntário (1711 a 1722, Código Civil) d.2) Bem alienado fiduciariamente (Lei 9.514/97) d.3) Bem clausulado com inalienabilidade (1848 e 1911, CC) Obs: Salvo possibilidade de subrogação (1103 e 1112, CC)

3.2. Princípios 8º) P. da Disponibilidade 8.2. Disponibilidade subjetiva ou quantitativa (sujeitos) a) Titularidade particular ou exclusiva Obs: solteiros, separação convencional de bens e participação final nos aquestos b) Titularidade em comunhão Obs: Analisar estado civil (comunhão universal, parcial ou separação obrigatória) c) Titularidade em condomínio civil Obs: Respeitar direito de preferência (1.322, Código Civil)

3.2. Princípios 9º) P. da Continuidade (art. 195, 196, 197, 222, 223, 225, 228, 229 e 237 LRP) Exigência de causalidade subjetiva e objetiva ininterrupta de assentos. Art. 197 - Quando o título anterior estiver registrado em outro cartório, o novo título será apresentado juntamente com certidão atualizada, comprobatória do registro anterior, e da existência ou inexistência de ônus. Art. 222 - Em todas as escrituras e em todos os atos relativos a imóveis, bem como nas cartas de sentença e formais de partilha, o tabelião ou escrivão deve fazer referência à matrícula ou ao registro anterior, seu número e cartório

3.2. Princípios 10º) P. da Concentração (P. Inoponibilidade) (art. 54, L. 13.097/15) Admissão de presunção absoluta da boa-fé do titular de direito real. Art. 54. Os negócios jurídicos que tenham por fim constituir, transferir ou modificar direitos reais sobre imóveis são eficazes em relação a atos jurídicos precedentes, nas hipóteses em que não tenham sido registradas ou averbadas na matrícula do imóvel as seguintes informações:

3.2. Princípios 10º) P. da Concentração (P. Inoponibilidade) (art. 54, L. 13.097/15) I - registro de citação de ações reais ou pessoais reipersecutórias (167, I, 21, L. 6.015/73);

3.2. Princípios 10º) P. da Concentração (P. Inoponibilidade) (art. 54, L. 13.097/15) II - averbação, por solicitação do interessado, de constrição judicial, do ajuizamento de ação de execução ou de fase de cumprimento de sentença, procedendo-se nos termos previstos do art. 828, Ncpc (antigo 615-A CPC); Art. 828. O exequente poderá obter certidão de que a execução foi admitida pelo juiz, com identificação das partes e do valor da causa, para fins de averbação no registro de imóveis, de veículos ou de outros bens sujeitos a penhora, arresto ou indisponibilidade.

3.2. Princípios 10º) P. da Concentração (P. Inoponibilidade) (art. 54, L. 13.097/15) III - averbação de restrição administrativa ou convencional ao gozo de direitos registrados, de indisponibilidade ou de outros ônus quando previstos em lei; e

3.2. Princípios 10º) P. da Concentração (P. Inoponibilidade) (art. 54, L. 13.097/15) IV - averbação, mediante decisão judicial, da existência de outro tipo de ação cujos resultados ou responsabilidade patrimonial possam reduzir seu proprietário à insolvência, nos termos do inciso II do art. 792, ncpc, (antigo 593 CPC) (Fraude à execução). Art. 792. A alienação ou a oneração de bem é considerada fraude à execução: (...) IV - quando, ao tempo da alienação ou da oneração, tramitava contra o devedor ação capaz de reduzi-lo à insolvência; V - nos demais casos expressos em lei.

3.2. Princípios 10º) P. da Concentração (P. Inoponibilidade) (art. 54, L. 13.097/15) V OBJETIVO DA LEI: Não poderão ser opostas - situações jurídicas não constantes da matrícula no RI, inclusive para fins de evicção, ao 3º de boa-fé que adquirir ou receber em garantia direitos reais sobre o imóvel,

3.2. Princípios 10º) P. da Concentração (P. Inoponibilidade) (art. 54, L. 13.097/15) VI - Situações não protegidas: 1º) Falência (hipóteses dos arts. 129 e 130 da Lei no 11.101, de 9.2.2005) 2º) usucapião, herança e casamento (hipóteses de aquisição e extinção da propriedade que independam de registro de título de imóvel.) 3º) Imóveis públicos (art. 58) Art. 58. O disposto nesta Lei não se aplica a imóveis que façam parte do patrimônio da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e de suas fundações e autarquias.

3.2. Princípios 10º) P. da Concentração (P. Inoponibilidade) (art. 54, L. 13.097/15) VII Proteção dos empreendimentos imobiliários Art. 55. A alienação ou oneração de unidades autônomas integrantes de incorporação imobiliária, parcelamento do solo ou condomínio edilício, devidamente registrada, não poderá ser objeto de evicção ou de decretação de ineficácia, mas eventuais credores do alienante ficam subrogados no preço ou no eventual crédito imobiliário, sem prejuízo das perdas e danos imputáveis ao incorporador ou empreendedor, decorrentes de seu dolo ou culpa, bem como da aplicação das disposições constantes da Lei no 8.078, de 11.9.1990.

3.2. Princípios 10º) P. da Concentração (P. Inoponibilidade) (art. 54, L. 13.097/15) Lei 7.433/85 - Art 1º - Na lavratura de atos notariais, inclusive os relativos a imóveis, além dos documentos de identificação das partes, somente serão apresentados os documentos expressamente determinados nesta Lei. 2o O Tabelião consignará no ato notarial a apresentação do documento comprobatório do pagamento do ITBI, as certidões fiscais e as certidões de propriedade e de ônus reais, ficando dispensada sua transcrição. (Redação dada pela Lei nº 13.097, de 2015)

3.2. Princípios 11º) P. Tempus regit actum Significa a aplicação das exigências legais contemporâneas ao registro, e não aquelas que vigoravam quando da lavratura do título apresentado a registro. REGISTRO DE IMÓVEIS - Escritura de Compra e Venda lavrada antes da averbação da indisponibilidade, mas apresentado a registro depois dela - Impossibilidade de registro até que a indisponibilidade seja cancelada por quem a decretou - Tempus regit actum- Precedentes do CSM - Recurso não provido (AP. CÍVEL 0015089-03.2012.8.26.0565 SCS - j. 23/08/2013 Relator: José Renato Nalini) Outros precedentes: Apelação Cível nº, 115-6/7, rel. José Mário Antonio Cardinale, Apelação Cível nº 777-6/7, rel. Ruy Camilo, Apelação Cível nº 530-6/0, rel. Gilberto Passos de Freitas, Apelação Cível nº 0004535-52.2011.8.26.0562, rel. José Renato Nalini

3.2. Princípios 11º) P. Tempus regit actum Exceção: Art. 176. 2º Para a matrícula e registro das escrituras e partilhas, lavradas ou homologadas na vigência do Decreto nº 4.857, de 9 de novembro de 1939, não serão observadas as exigências deste artigo, devendo tais atos obedecer ao disposto na legislação anterior. (Incluído pela Lei nº 6.688, de 1979)

3.2. Princípios 12º) P. Cindibilidade Pela sistemática adotada pela LRP, o CSM Ap. Cív. nº 2.642-0-São Paulo. "Isso porque só aquele sistema da transcrição dos títulos justificava não se admitisse a cisão do título, para considerá-lo apenas no que interessa. "Vale dizer que hoje é possível extratar só o que comporta inscrição, afastando-se aquilo que não puder constar do registro, por qualquer motivo, como quando, eventualmente, houver ofensa à continuidade registrária.

3.2. Princípios 12º) P. Cindibilidade REGISTRO DE IMÓVEIS - Instrumento particular de venda e compra - Descrição do bem imóvel objeto da alienação - Coincidência entre as individualizações constantes do registro e do título - Princípio da especialidade objetiva observado - Condicionamento do registro à prévia averbação da construção levantada no terreno - Realidade extratabular estranha à qualificação registral - Exigência descabida - Dúvida improcedente - Recurso provido. (CSMSP - APELAÇÃO CÍVEL 0000070-28.2012.8.26.0606/Suzano J. 07/02/2013 Relator: José Renato Nalini)

3.2. Princípios 12º) P. Cindibilidade Exceções: art. 187 e 244, LRP 1ª) Art. 187, LRP (Registro de permuta) Art. 187 - Em caso de permuta, e pertencendo os imóveis à mesma circunscrição, serão feitos os registros nas matrículas correspondentes, sob um único número de ordem no Protocolo. 2ª) Art. 244, LRP (Averbação de pacto antenupcial) Art. 244 - As escrituras antenupciais serão registradas no livro nº 3 do cartório do domicílio conjugal, sem prejuízo de sua averbação obrigatória no lugar da situação dos imóveis de propriedade do casal, ou dos que forem sendo adquiridos e sujeitos a regime de bens diverso do comum, com a declaração das respectivas cláusulas, para ciência de terceiros.

3.3. Do Processo de Registro 3.3.1. Prenotação 3.3.2. Título adequado 1º) Escritura pública - critério é a exigência legal e o valor (fiscal ou do negócio) iguais ou superiores a 30 s.m. Precedente: STJ REsp nº 1.099.480-MG. 2º) Instr. particular (permissão legal ou negócios abaixo de 30 s.m.) 3º) Instr. oriundo de paises estrangeiros 4º) Títulos judiciais 5º) Títulos de natureza pública (terras devolutas, concessão de uso) 6º) Autos de arrematação judiciais ou particulares (art. 37, DL 70/66)

3.3. Do Processo de Registro 3.3.3. Contraditório Análise de eventuais prenotações de títulos conflituosos. 3.3.4. Qualificação positiva Título que cumpra todos os requisitos legais

3.4. Retificação dos atos registrais 3.4.1. Retificação ex officio (art. 213, inciso I, LRP) a) omissão ou erro cometido na transposição de elementos do título; b) indicação ou atualização de confrontação; c) alteração de denominação de logradouro público, (...); d) retificação que vise a indicação de rumos, ângulos de deflexão ou inserção de coordenadas georeferenciadas, em que não haja alteração das medidas perimetrais; e) alteração ou inserção que resulte de mero cálculo matemático feito a partir das medidas perimetrais constantes do registro; f) reprodução de descrição de linha divisória de imóvel confrontante que já tenha sido objeto de retificação; g) inserção ou modificação dos dados de qualificação pessoal das partes, comprovada por documentos oficiais, ou mediante despacho judicial quando houver necessidade de produção de outras provas;

3.4. Retificação dos atos registrais 3.4.2. Retificação a requerimento (art. 213, inciso II, LRP) a) Alteração de área do imóvel inserção ou alteração de medida perimetral de que resulte, ou não, alteração de área, instruído com planta e memorial descritivo assinado por profissional legalmente habilitado, com prova de anotação de responsabilidade técnica no competente Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura - CREA, bem assim pelos confrontantes. b) Conteúdo do assento não expressa a verdade (212, LRP e 1247, CC)

3.5. Cancelamentos e encerramento da matrícula 3.5.1. Cancelamento (233 e 234, LRP) - Decisão judicial 3.5.2. Encerramento 1ª) Alienações parciais 2º) Fusão (234 e 235, LRP)

3.6. Processo de dúvida 3.6.1. Conceito É o procedimento administrativo que visa sanear o juízo obstativo de registro pelo oficial.

3.6. Processo de dúvida 3.6.2. Princípios 1º) P. Qualificação (legalidade) Ex1: Arrolamento de bens Formal de partilha Qualificação registral que questiona a que título a viúva do de cujus deveria receber seu quinhão Indagação que desborda dos limites da qualificação registral impossibilidade de a via administrativa discutir o mérito da decisão judicial transitada em julgado Recurso provido. (Apelação Cível n 1025290-06.2014.8.26.0100 j. 22.01.2015)

3.6. Processo de dúvida 3.6.2. Princípios 1º) P. Qualificação (legalidade) Ex2: Formal de partilha - Inobservância do princípio da continuidade - Inocorrência - Qualificação registral que não pode discutir o mérito da decisão judicial - Recurso provido. (Apelação Cível nº 0001717-77.2013.8.26.0071 j. 10/12/2013)

3.6. Processo de dúvida 3.6.2. Princípios 1º) P. Qualificação (legalidade) Ex3: Apesar de se tratar de título judicial, está ele sujeito à qualificação registrária. O fato de tratar-se o título de mandado judicial não o torna imune à qualificação registrária, sob o estrito ângulo da regularidade formal, O exame da legalidade não promove incursão sobre o mérito da decisão judicial, mas à apreciação das formalidades extrínsecas da ordem e à conexão de seus dados com o registro e a sua formalização instrumental" (Ap. Cível nº 031881-0/1).

3.6. Processo de dúvida 3.6.2. Princípios 2º) P. Instância (Inércia do oficial) Requerimento: a) Verbal b) Escrito c) Ordem judicial d) Ofício do MP

3.6. Processo de dúvida 3.6.3. Natureza jurídica Procedimento administrativo vinculado. Não se confunde com jurisdição voluntária (103, CPC) Não se admite discussão de alta indagação.

3.6. Processo de dúvida 3.6.4. Hipótese de incidência (art. 198, LRP) 1º) Atos de registro = dúvida (CSM/SP art. 64, VI, Decreto-lei Complementar 3/69 e art. 16, V, Regimento Interno do TJSP) 2º) Atos de averbação = pedido de providência (CGJ)

3.6. Processo de dúvida 3.6.5. Partes 1º) Suscitante sujeito ativo da dúvida = Oficial (1º, LRP) ou Tabelião de Protestos (18, L. 9492/97) 2º) Suscitado é o interessado (jurídico ou econômico) no ato ou apenas aquele em cujo nome será feito o registro. 3º) Terceiro interessado - aquele que possa ter um direito atingido se o título for registrado 4º) Terceiro prejudicado (202, LRP) 5º) Tabelião de Notas como assistente (item 41.4.1, Cap. XX, NSCGJ) Obs: Apresentante pode ser entendido como o interessado?

3.6. Processo de dúvida 3.6.6. Procedimento de dúvida 1º) Prenotação do título (art. 221 e 174, LRP) Observar: Art. 12, LRP Cap. XX, item 26.4. Nenhuma exigência fiscal, ou dúvida, obstará a apresentação de um título e o seu lançamento no Protocolo, com o respectivo número de ordem, salvo o depósito prévio de emolumentos, nas hipóteses em que há incidência deste. 47.2. Será também prorrogado o prazo da prenotação se a protocolização de reingresso do título, com todas as exigências cumpridas, der-se na vigência da força da primeira prenotação.

3.6. Processo de dúvida 3.6.6. Procedimento de dúvida 2º) Prazo para qualificação do título Prov. 58/89, Tomo II, Cap. XX item 43. O prazo para exame, qualificação e devolução do título, com exigências ou registro, será de 10 (dez) dias, contados da data em que ingressou na serventia. Prov. 58/89, Tomo II, Cap. XX item 43.1. O prazo acima ficará reduzido a 5 (cinco) dias, se o título for (...) estruturado em XML (...). Prov. 58/89, Tomo II, Cap. XX item 43.2. Reapresentado o título com a satisfação das exigências, o registro será efetivado nos 5 (cinco) dias seguintes.

3.6. Processo de dúvida 3.6.6. Procedimento de dúvida 2º) Prazo para qualificação do título Prov. 58/89, Tomo II, Cap. XX item 43.3. Caso ocorram dificuldades na qualificação registral em razão da complexidade, novidade da matéria, ou volume de títulos apresentados em um mesmo dia, o prazo poderá ser prorrogado, somente por uma vez, até o máximo de 10 (dez) dias, desde que emitida pelo Oficial nota escrita e fundamentada a ser arquivada, microfilmada ou digitalizada com a documentação de cada título. Prov. 58/89, Tomo II, Cap. XX item 43.4. As disposições acima não se aplicam às hipóteses de prazos previstos em lei ou decisão judicial.

3.6. Processo de dúvida 3.6.6. Procedimento de dúvida 3º) Qualificação negativa NSCGJS/SP Cap. XX, item 40. É dever do Registrador proceder ao exame exaustivo do título apresentado. Havendo exigências de qualquer ordem, deverão ser formuladas de uma só vez, por escrito, de forma clara e objetiva, em formato eletrônico ou papel timbrado do cartório, com identificação e assinatura do preposto responsável, para que o interessado possa satisfazê-las ou requerer a suscitação de dúvida ou procedimento administrativo.

3.6. Processo de dúvida 3.6.6. Procedimento de dúvida 3º) Qualificação negativa NSCGJS/SP Cap. XX, item 40.1. A nota de exigência deve conter a exposição das razões e dos fundamentos em que o Registrador se apoiou para qualificação negativa do título, vedadas justificativas de devolução com expressões genéricas, tais como para os devidos fins, para fins de direito e outras congêneres.

3.6. Processo de dúvida 3.6.6. Procedimento de dúvida 3º) Qualificação negativa NSCGJS/SP Cap. XX, item 40.2. Ressalva-se a emissão de segunda nota de exigência, exclusivamente, na hipótese de, cumpridas as exigências primitivamente formuladas, surgirem elementos que não constavam do título anteriormente qualificado ou em razão do cumprimento parcial das exigências formuladas anteriormente.

3.6. Processo de dúvida 3.6.6. Procedimento de dúvida 4º) Cumprimento parcial das exigências (Irresignação parcial) Apelação n 0075967-91.2013.8.26.0100 j. 16/10/2014 A concordância parcial com as exigências do Oficial prejudica a dúvida, que só admite duas soluções: a determinação do registro do título protocolado e prenotado, que é analisado, em reexame da qualificação, tal como se encontrava no momento em que surgida dissensão entre a apresentante e o Oficial de Registro de Imóveis; ou a manutenção da recusa do Oficial. Para que se possa decidir se o título pode ser registrado ou não é preciso que todas as exigências e não apenas parte delas sejam reexaminadas pelo Corregedor Permanente. Nesse sentido, é pacífica a jurisprudência deste Egrégio Conselho Superior, como demonstra o julgamento da apelação cível no. 1.118-6/8, rel. Des. Ruy Camilo, de 30.06.2009.

3.6. Processo de dúvida 3.6.6. Procedimento de dúvida 5º) Requerimento do interessado Prov. 58/89 CGJSP, Tomo II, Cap. XX, item 41. Não se conformando o apresentante com a exigência, ou não a podendo satisfazer, será o título, a seu requerimento e com a declaração de dúvida, remetido ao Juízo competente para dirimi-la, obedecendo-se ao seguinte: a) o título será prenotado; b) será anotada, na coluna "atos formalizados", à margem da prenotação, a observação "dúvida suscitada", reservando-se espaço para anotação do resultado; (...)

3.6. Processo de dúvida 3.6.6. Procedimento de dúvida 6º) Suscitação de dúvida pelo oficial 7º) Anotação à margem da prenotação (suspensão do prazo) 8º) Contra-fé ao interessado e notificação para impugnação em 15 dias ou inércia (199, LRP) 9º) Remessa ao juiz competente 10º) Intimação ao TN para apresentar justificativas lavratura 11º) Vista ao MP (custus legis) em 10 dias

3.6. Processo de dúvida 3.6.6. Procedimento de dúvida 12º) Sentença improcedente = manda registrar ou averbar -------------------------------------------------------------------- 13º) Sentença procedente = oficial tem razão 14º) Apelação administrativa (atos de registro) ou recurso administrativo (atos de averbação) em15 dias 15º) Acórdão do CSM (atos de registro) ou julgamento pela CGJ (atos de averbação)

3.7. Cancelamentos e encerramento da matrícula 3.7.1. Cancelamento (233 e 234, LRP) - Decisão judicial 3.7.2. Encerramento 1ª) Alienações parciais 2º) Fusão (234 e 235, LRP) 3.7.3. Bloqueio (art. 214, LRP) - Decisão judicial Art. 214 - As nulidades de pleno direito do registro, uma vez provadas, invalidamno, independentemente de ação direta. 3o Se o juiz entender que a superveniência de novos registros poderá causar danos de difícil reparação poderá determinar de ofício, a qualquer momento, ainda que sem oitiva das partes, o bloqueio da matrícula do imóvel.

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