Análise de contingências e comportamento humano

Documentos relacionados
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo Faculdade de Ciências Humanas e da Saúde Curso de Psicologia Eletiva Teórica 5º per.

PROGRAMA DE ENSINO. Área de Concentração EDUCAÇÃO ESCOLAR E PROCESSOS DE DESENVOLVIMENTO HUMANO

PROGRAMA DE ENSINO. Área de Concentração EDUCAÇÃO ESCOLAR E PROCESSOS DE DESENVOLVIMENTO HUMANO

1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO:

Objetivos (não escrever nada neste campo, preencher a tabela abaixo) Fatos e Conceitos Procedimentos e Habilidades Atitudes, Normas e Valores

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS FACULDADE DE PSICOLOGIA

Objetivos (não escrever nada neste campo, preencher a tabela abaixo)

Relatório de Currículo Pleno

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS/CAMPUS JATAÍ MESTRADO EM EDUCAÇÃO

EMENTAS DO CURSO DE PSICOLOGIA EMENTA DAS DISCIPLINAS DA 1ª SÉRIE

Plano de Ensino. Identificação. Câmpus de Bauru. Curso 1503 / 1504 / Licenciatura em Matemática. Ênfase

Carga horária total: 04 Prática: 04 Teórico Prática: Semestre Letivo 1º/2012 Ementa

Universidade Anhanguera-Uniderp Pró-Reitoria de Graduação. Curso: PLANO DE ENSINO E APRENDIZAGEM

Carga horária total Não há educação HP370 Avaliação Neuropsicológica HP341 saúde

EMENTAS DAS DISCIPLINAS

PLANO DE ENSINO. IV. OBJETIVOS O aluno deverá:

Programas das Disciplinas Pedagógicas

UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE Decanato Acadêmico

Pré-requisito Coreq Disciplina 01 PSI101 - Introdução à História da Psicologia - Ativa desde: 01/01/2009. Natureza - OBRIGATÓRIA TEÓRICA 36

Pontifícia Universidade Católica de São Paulo Recredenciada pela Portaria do MEC Nº622 de 17 de maio de 2012, DOU de 18/05/2012.

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO PLANO DE ENSINO PERÍODO LETIVO/ANO 2010

ESTRUTURA CURRICULAR CURSO: PSICOLOGIA HORÁRIA 1 SEMESTRE 2 SEMESTRE 3 SEMESTRE

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA PLANO DE ENSINO I.

Curso de Psicologia - Rol de Disciplinas Optativas. HP363 A Clínica da Psicanálise HP338 2

MATRIZ CURRICULAR 2017 FORMAÇÃO DE PSICÓLOGO CICLO BÁSICO. 1º Período

CENTRO UNIVERSITÁRIO FACEX CURSO DE PSICOLOGIA MATRIZ CURRICULAR

Curso: Pedagogia Componente Curricular: Psicologia da Educação Carga Horária: 50 horas. Semestre letivo/ Módulo. Professor(es):

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA

MATRIZ CURRICULAR. * 1º PERÍODO* Disciplinas / Atividades Pré-requisito C/H

1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO:

Plano de Ensino. Identificação. Câmpus de Bauru. Curso 1102D - Comunicação Social: Radialismo. Ênfase. Disciplina A - Psicologia da Comunicação

PLANO DE ENSINO I EMENTA

COORDENADORIA DO CURSO DE MEDICINA CAMPUS DOM BOSCO PLANO DE ENSINO. Co-requisito: Não há. Grau: Bacharelado EMENTA

1º SEMESTRE FUNDAMENTOS EPISTEMOLÓGICOS DA PSICOLOGIA II 60 HISTÓRIA DA PSICOLOGIA: CIÊNCIAS E PROFISSÃO 60 LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL 60

PLANO DE CURSO. Habilitar o estudante de psicologia no conhecimento teórico e prático na atenção psicossocial em saúde mental.

EMENTAS DAS DISCIPLINAS

CURRÍCULO DO CURSO. Atividade Curricular Créditos T E P EAD Estrutura Tipo pré-requisito Pré-requisito

EMENTAS DAS DISCIPLINAS

PROGRAMA DE DISCIPLINA

DEPARTAMENTO: Métodos e Técnicas em Psicologia PROFESSOR (A): Rosa Maria Farah CARGA HORÁRIA: 51

Programa Analítico de Disciplina EDU117 Psicologia do Desenvolvimento da Aprendizagem

A disciplina apresenta os aspectos conceituais do psicodiagnóstico clínico. Correlaciona conceitos teóricos e possibilidades técnicas.

PLANO DE CURSO. Discutir (com reflexão e revisão permanente) os principais conceitos da Teoria sóciohistórico-cultural

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PROGRAMA DE ESTUDOS PÓS-GRADUADOS EM PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO 1º SEMESTRE DE 2018

FLUXOGRAMA DO CURSO DE PSICOLOGIA 1º SEMESTRE

Programa Analítico de Disciplina EDU211 Psicologia da Educação II

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA PLANO DE ENSINO DA DISCIPLINA

Estrutura Curricular do Curso de Graduação em Psicologia Ano 2019 Disciplinas 1º semestre Semestre Carga horária

UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE Decanato Acadêmico

Plano de Ensino. Identificação. Câmpus de Bauru. Curso 2202D - Comunicação Social: Jornalismo. Ênfase. Disciplina A - Psicologia

REINSCRIÇÃO 26 a 29/06/2012

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS/CAMPUS JATAÍ MESTRADO EM EDUCAÇÃO

GRADE II ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM PSICOLOGIA

MATRIZ CURRICULAR DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA - BACHARELADO

Psicologia Humanista e Existencial Prof. Tércio Eliphas - 6º Período / Noite

Matriz Curricular NOME CÓD.

CURSO: PSICOLOGIA EMENTAS PERÍODO

PSICOLOGIA MATUTINO / NOTURNO

CURSO: PSICOLOGIA EMENTAS º PERÍODO

liberada por se tratar de um documento não aprovado pela PUC Goiás.

MATRIZ CURRICULAR DO CURSO DE PSICOLOGIA ASMEC OURO FINO/MG

UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE Decanato Acadêmico

Projeto CNPq/CAPES Processo / BOBBIO, N.; MATTEUCCI, N.; PASQUINO, G. Dicionário de política. São Paulo: UNB, 2010.

MATRIZ CURRICULAR PSICOLOGIA

PLANO DE APRENDIZAGEM

GRADE CURRICULAR DO CURSO DE BACHARELADO EM PSICOLOGIA DA FAIT 1º SEMESTRE

HORÁRIOS DE AULAS PARA O ANO LETIVO 2019 CURSO DE GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA - NOVA ESTRUTURA CURRICULAR

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA CÓDIGO DISCIPLINA REQUISITOS CHF 907 PSICOLOGIA APLICADA À SAÚDE --

Pré-requisito Coreq Disciplina CCS145 - CULTURA E PSICOLOGIA - Ativa desde: 01/06/2006. Natureza - Atividade Obrigatoria

Coordenação de Psicologia

Bases Epistemológicas do Movimento Humano, Cultura e Educação

UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE Decanato Acadêmico

ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOLOGIA EDUCACIONAL

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA PLANO DE ENSINO I.

UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE

1.1. Matriz Curricular do Curso de Bacharelado em Psicologia

PROGRAMA DE ENSINO. Trabalho Educativo e os conteúdos escolares: contribuições dos fundamentos da Pedagogia Histórico-crítica

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO

ESTÁGIOS OFERECIDOS PARA OS ALUNOS DE 5º ao 7º PERÍODOS (Núcleo Básico)

Matriz Curricular CURSO: PSICOLOGIA CÓD. CURSO: PSC CÓD. NOME

HORÁRIOS DE AULAS PARA O ANO LETIVO 2015 CURSO DE GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA - NOVA ESTRUTURA CURRICULAR

GRADE CURRICULAR DO CURSO DE BACHARELADO EM PSICOLOGIA DA FAIT 1º SEMESTRE

Aulas expositivas, leitura e discussão de textos. Exercícios em grupo de análise e interpretação dos instrumentos de avaliação psicológica.

Grade Bacharelado

CURSO: PSICOLOGIA EMENTAS º PERÍODO

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS FACULDADE DE LETRAS

Psicologia do desenvolvimento I Psicologia da Aprendizagem OBRIG.

Matriz Curricular do Curso de Psicologia Bacharelado 2014 Ênfase II Ênfase II Psicologia e Processos Educativos

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA PLANO DE ENSINO. Materiais de referência

PROGRAMA. Curso: Administração 2012/1 Disciplina: Psicologia Aplicada a Administração. Carga Horária: 60 horas

Campus de Presidente Prudente PROGRAMA DE ENSINO. Área de Concentração EDUCAÇÃO. Aulas teóricas:08 Aulas práticas: 08

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ CONSELHO SUPERIOR DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO

DADO S DA ESTRUTURA CURRIC ULAR

EMENTAS DO CURSO DE PSICOLOGIA 1 SEMESTRE

MATRIZ CURRICULAR - UFF

MEC-UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO DECANATO DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO

Transcrição:

Análise de contingências e comportamento humano DEPARTAMENTO: Métodos e Técnicas em Psicologia PROFESSOR (A): Denigés M. Regis Neto, Maria de Lourdes Bara Zanotto, Thomas Woelz CARGA HORÁRIA: 51 JUSTIFICATIVA DA PROPOSTA: A disciplina pretende dar continuidade à formação do aluno como psicólogo, na perspectiva da Análise do Comportamento, preparando-o para compreender e intervir em problemas humanos. Os conceitos fundamentais apresentados nos quatro semestres anteriores serão condição para o aprofundamento, na presente disciplina, da discussão sobre a análise de contingências como instrumento fundamental para a compreensão da complexidade das relações humanas em diversos contextos. EMENTA: Os problemas humanos na atualidade do ponto de vista da análise do comportamento; As origens, as condições de manutenção e as possibilidades de superação do sofrimento humano a partir de uma análise de contingências; A aplicação da análise de contingências em diversos contextos interpessoais e sociais como a psicoterapia e a educação e suas implicações para a cultura. OBJETIVOS: 1. Aplicar a análise de contingências na compreensão de problemas humanos na cultura, especialmente presentes nas práticas da psicoterapia e da educação; 2. Identificar as contingências perturbadoras do ambiente social que dão origem e mantêm o sofrimento humano; 3. Analisar e formular alternativas de intervenção coerentes com os avanços conceituais da abordagem comportamental. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO: Unidade 1 - A relevância de uma análise comportamental na compreensão do homem: ampliação do conceito de análise de contingências; 12

Unidade 2 - A análise das contingências envolvidas em processos psicoterápicos; Unidade 3 - A análise das contingências envolvidas em processos educacionais; Unidade 4 - Uma proposta teórico-conceitual para análise da cultura e suas relações com as práticas de intervenção do analista do comportamento. METODOLOGIA: O planejamento da disciplina prevê a participação ativa do aluno em discussões em pequenos grupos, em debates e na realização e apresentação de reflexões individuais. FORMAS DE AVALIAÇÃO: A avalição do aluno será contínua. Em cada unidade atividades de avaliação serão realizadas e as notas obtidas serão acumuladas de modo a somar 10,0 (dez) pontos. O total de pontos de cada unidade é de 2,5 e o aluno deve atingir pelo menos 50% destes pontos por unidade. BIBLIOGRAFIA BÁSICA SKINNER, B.F. (2007) Ciência e Comportamento Humano. São Paulo: Martins Fontes. (Trabalho original publicado em 1953). SKINNER, B.F. (1972) Tecnologia do ensino. São Paulo: E.P.U. (Trabalho original publicado em 1968). HOLLAND, J. (1983) Comportamentalismo: parte do problema ou parte da solução? Psicologia. v. 9, n. 1, pp. 59-75. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR ANDERY, M.A.P.A.; MICHELETTO, N.; SÉRIO, T.M.A.P. (2005) A análise de fenômenos sociais: esboçando uma proposta para a identificação de contingências entrelaçadas e metacontingências. Em: Todorov, J.C.; Martone, R.C; Moreira, M.B. Metacontingências: comportamento, cultura e sociedade. Santo André, SP: ESETec Editores Associados, pp 129-147. DE ROSE, J.C. (2005) Análise comportamental da aprendizagem de leitura e escrita. Revista Brasileira de Análise do Comportamento, v.1, n.1, pp. 29-50. GUEDES, M.L. (2011) Porque o controle aversivo não é uma possibilidade na clínica. Acta Comportamentalia: Revista Latina de Análisis de Comportamiento, v.19, pp. 65-70. 13

SKINNER, B.F. (1991) Questões recentes na Análise Comportamental. Campinas: Papirus. (Trabalho original publicado em 1989). SKINNER, B.F. (2007) Seleção por Consequências. Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva. v. IX, n. 1, pp.129-137. (Trabalho original publicado em 1981). 14

Psicologia Sócio-Histórica: contribuições para o estudo do processo de consciência e alienação DEPARTAMENTO: Psicologia Social PROFESSOR (A): Graça Gonçalves, Ana Bock, Odair Furtado CARGA HORÁRIA: 51 JUSTIFICATIVA DA PROPOSTA A perspectiva Sócio-Histórica em Psicologia é apresentada aos estudantes em Psicologia Social II, no 4º período do curso, como uma leitura teórica introduzida na Psicologia Social. Tal leitura é desenvolvida como produção nesta área de conhecimento em Psicologia. Considerando a presença dessa perspectiva na Psicologia, seja em termos de produção de conhecimento ou de subsídio para processos de intervenção, é importante oferecer um espaço na formação em que seja possível aprofundar o campo teórico da abordagem e seus fundamentos. EMENTA A Psicologia Sócio-Histórica e os pressupostos do materialismo histórico-dialético. Categorias fundamentais do estudo do psiquismo. O papel da linguagem na formação da consciência. Trabalho, estrutura social e alienação. Consciência e cidadania. OBJETIVOS Aprofundar o conhecimento e o estudo dos fundamentos epistemológicos e teóricos da Psicologia Sócio-Histórica, com especial atenção ao processo de constituição da consciência, tomada como uma das categorias fundamentais para a compreensão do psiquismo. Pretende-se garantir a compreensão do trabalho como categoria fundante da consciência humana e também sua definição a partir das relações capitalistas de produção. Conseqüentemente, pretende-se aprofundar o conceito de alienação, fundamental para o estudo do processo de consciência na sociedade capitalista e para a reflexão sobre o projeto de transformação social. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO Elementos fundamentais do materialismo histórico dialético. A categoria historicidade. Trabalho e constituição do psiquismo. As categorias teóricas da Psicologia Sócio-Histórica. Atividade e consciência; significados e sentidos. 15

Formação e desenvolvimento da consciência. Desenvolvimento das relações capitalistas de produção na sociedade moderna, o trabalho estranhado e a alienação. Consciência e cidadania na contemporaneidade capitalista. METODOLOGIA Estudo de textos teóricos, aulas expositivas e dialogadas, exercícios grupais e produção de sínteses individuais. FORMAS DE AVALIAÇÃO Presença e participação nas aulas e discussões produzidas no curso. Elaboração de exercícios grupais. Produção teórica individual sob forma de questão síntese. BIBLIOGRAFIA BÁSICA BOCK, A. M. B.; GONÇALVES, M. G. M.; FURTADO, O. (Orgs.). Psicologia sóciohistórica: uma perspectiva crítica em psicologia. São Paulo: Cortez, 2001. KONDER, L. Os Sofrimentos do homem burguês. São Paulo: Ed. Senac, 2000 MARX, K.; ENGELS, F. A ideologia alemã. (1845-1846). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2007. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR (5 obras) BOCK, A.M.B; GONÇALVES, M.G.M. (orgs.) A dimensão subjetiva da realidade. São Paulo: Cortez, 2009. DUARTE, N. Limites e contradições da cidadania na sociedade capitalista. Pro- Posições, Campinas, v. 21, n. 1 (61), p. 75-87, jan./abr. 2010 LEONTIEV, A. O desenvolvimento do psiquismo. Lisboa: Horizonte, 1978 MÉSZÁROS, I. Estrutura social e formas de consciência II: a dialética da estrutura e da história. São Paulo, Boitempo, 2011. VYGOTSKY, L.S. A construção do pensamento e da linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 2001. 16

Fenomenologia e Psicologia: afinidades e diferenças DEPARTAMENTO: Psicologia Social PROFESSOR (A): Hélio Roberto Deliberador CARGA HORÁRIA: 51 JUSTIFICATIVA DA PROPOSTA Esta eletiva dá continuidade à apresentação e à possibilidade de aprofundamento da abordagem Fenomenológica aos graduandos em Psicologia. O curso é proposto novamente, também, pela avaliação favorável que os alunos têm apresentado no seu encerramento, valorizando o conjunto proposto pela coerência em busca do aprofundamento conceitual e sua posição pedagógica. EMENTA Com efeito, o esforço filosófico de Husserl em seu espiríto, destinou-se a resolver, simultaneamente, uma crise das ciências do homem e uma crise das ciências simplesmente, da qual ainda não escapamos. Por essa razão é necessário um permanente esforço de aprofundarmos as afinidades e diferenças entre a Psicologia e a Fenomenologia, questão essa que não está equacionada entre os estudiosos, permanecendo como tarefa a ser empreendida. OBJETIVOS Refletir as conseqüências do diálogo psicologia e filosofia Fenomenológica. As aproximações e distanciamentos. Tratar dos impactos do desenvolvimento técnico - científico sobre o homem e a sociedade globalizada ao final do século XX e início do século XXI. Conhecer os desdobramentos da Fenomenologia na psicologia: projeto da construção de uma Psicologia Fenomenológica Desenvolvimento histórico e modalidades conceituais. Avaliar o significado e as implicações da visão de homem para a Psicologia em geral e a partir disso, o sentido de uma possível psicoterapia Fenomenológica e existencial. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO O sentido e a necessidade do movimento fenomenológico. Origens e significados do movimento fenomenológico em Psicologia. O método científico e sua discutível adequabilidade para apreender o especificamente humano. Estudos Fenomenológicos da percepção e dos sentidos. A espacialidade e o movimento. Esclarecimentos da 17

constituição da vida cotidiana como possibilitadora através dos atos de observar, descrever, enumerar e medir. METODOLOGIA AULA DIALOGADA FORMAS DE AVALIAÇÃO - ESCRITA INDIVIDUAL. - ASSIDUIDADE/PARTICIPAÇÃO/PONTUALIDADE/PREPARAÇÃO E LEITURA PARA AULA. - TRABALHOS INDIVIDUAIS. BIBLIOGRAFIA BÁSICA CARMO, P.S. (2000) Merleau-Ponty: Uma introdução. São Paulo: EDUC MERLEAU-PONTY, M. (1948) Conversas. São Paulo, Ed. Martins Fontes. --------------------------(1976) Ciências do homem e fenomenologia. São Paulo: Ed. Saraiva --------------------------(1994) Fenomenologia da percepção. São Paulo: Martins Fontes BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR FOUCAUT, M. (1975) Doença Mental e Psicologia. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro. FRAGATA, J. (1962) Problemas da Fenomenologia de Husserl. Livraria Cruz da Braga STRAUS, E.W. (1996) Psicologia Fenomenológica. Buenos Aires: Ed. Paidós 18

O normal e o patológico nas Psicologias DEPARTAMENTO: Métodos e Técnicas PROFESSOR (A): Maria Cecilia Vilhena e Paulo José Carvalho da Silva CARGA HORÁRIA: 51 JUSTIFICATIVA DA PROPOSTA As definições de normal e patológico que orientam as práticas psicológicas atuais podem estar permeadas por ideologias científicas e interesses mercadológicos. Faz-se necessário, portanto, mostrar que as classificações não emergem diretamente dos fatos. Ou seja, também são contaminadas pelos próprios recursos metodológicos, filiações conceituais e doutrinárias, vieses teóricos, propósitos práticos e valores de profissão. EMENTA Este curso propõe uma reflexão sobre as referências conceituais e extra-científicas que fundamentam a teoria e a prática do psicólogo no que se refere à questão da normalidade. Focalizaremos aspectos histórico-conceituais, contexto de produção de modelos de investigação e psicodiagnóstico e o mercado das novas terapias. OBJETIVOS Discutir os limites epistemológicos, sociais e éticos das definições de normal e patológico. Examinar as semelhanças e diferenças entre diferentes categorias psicopatológicas do passado e do presente. Discutir a construção dos instrumentos de exame e de investigação clínica. Refletir sobre a pertinência das novas síndromes e o surgimento de diferentes terapias. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO Problematização da noção de normal e patológico. Discussão da questão da ciência e da ideologia científica. Estudo da constituição histórica dos instrumentos de psicodiagnóstico. Estudo das transformações conceituais no âmbito da psicopatologia. Problematização da proliferação de novas classificações. Estudo da noção de novas afecções. Crítica ao mercado das novas terapias. 19

METODOLOGIA Aulas teóricas. Promoção de discussões e debates entre os alunos. FORMAS DE AVALIAÇÃO Os alunos serão avaliados a partir da frequência em aulas, participação nas atividades propostas e avaliação escrita. BIBLIOGRAFIA BÁSICA BOURDIEU, P. O poder simbólico. Trad. F. Tomaz. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2009. CANGUILHEM, G. O normal e o patológico. Trads. M. T. R. C. Barrocas, L. O. F. B. Leite. Rio de Janeiro: Forense Universitaria, 2000. PESSOTTI, I. Os nomes da loucura. São Paulo: Ed. 34, 2001. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR BERLINCK, M. T. & G. E. Berrios (org.). Erotomania. São Paulo: Escuta, 2009. HORWITZ, A. V. & J. C. Wakefield. A tristeza perdida: como a psiquiatria transformou a depressão em moda. Trad. J. Marcoantonio. São Paulo: Summus, 2010. SILVA, M. C. V. M. História dos testes psicológicos: origens e transformações. São Paulo: Vetor, 2011. SILVA, P. J. C. A dor enquanto paixão. Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, v. 10, p. 51-62, 2007. WEINBERG, C. Do ideal ascético ao ideal estético: a evolução histórica da Anorexia Nervosa. Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, v. 13, p. 224-237, 2010. 20

Clínica do autismo e das psicoses infantis DEPARTAMENTO: Psicologia do Desenvolvimento PROFESSOR (A): Silvana Rabello CARGA HORÁRIA: 51 JUSTIFICATIVA DA PROPOSTA Justifica-se por não constar na grade obrigatória deste uma disciplina acerca das psicopatologias graves da infância: autismo e psicoses infantis. Sabemos, hoje, da importância conferida ao estudo destas psicopatologias na infância, assim como de sua detecção e intervenção precoces, visando reduzir seu impacto no quadro do desenvolvimento global destas crianças. EMENTA Esta eletiva pretende contemplar a compreensão das psicopatologias graves da infância como o autismo e as psicoses infantis, assim como das estratégias para sua detecção e intervenção precoces, a partir da psicanálise lacaniana e dos últimos conhecimentos oferecidos pelas neurociências. OBJETIVOS Oferecer conhecimentos básicos acerca do: quadro das psicopatologias graves que possam se manifestar na infância, do seu impacto no desenvolvimento global destas; das condições para sua identificação precoce visando reduzir o impacto dos danos promovidos; dos elementos fundamentais acerca do processo de constituição subjetiva e das neurociências; da dimensão da clinica ampliada neste tratamento, a luz da interdisciplinaridade e da psicanálise lacaniana. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO. critérios diagnósticos via DSM IV e V e via compreensão psicanalítica da organização da subjetividade;. compreensão do processo integrado de constituição subjetiva e do desenvolvimento instrumental numa criança típica e nesses quadros psicopatológicos; 21

. detecção e intervenção precoce;. estratégias interventivas atuais. METODOLOGIA. Aulas expositivas e discussão de textos e casos clínicos através de filmes. FORMAS DE AVALIAÇÃO Será avaliado, o aluno, em função de sua presença, pontualidade, da qualidade de sua participação em aula e a qualidade de suas elaborações escritas. BIBLIOGRAFIA BÁSICA BERNARDINO, L. (2204) As Psicoses não-decididas da infância: um estudo psicanalítico. Casa do Psicólogo. LAZNIK-PENOT, M.C. (1997)Rumo à palavra: três crianças autistas em psicanálise. São Paulo: Editora Escuta. RABELLO,S. Dizeres de crianças: repetições e modulações tonais entoando jogos subjetivos. Tese de Doutorado em Psicologia Clinica PUCSP. 2004. Bibliografia complementar: KUPFER, M.C.M. (2007) Cap2: Tratamento e educação de crianças com transtornos graves : um encontro entre psicanálise e educação especial In: Educação para o futuro. São Paulo: Editora Escuta, 3a ed. (p.39 a 43) KUPFER, M.C.M. (2007) Cap2: O diagnóstico da psicose infantil e do autismo e suas conseqüências para o tratamento infantil, In: Educação para o futuro. São Paulo: Editora Escuta, 3a ed. (p.44 a 61) LAURIDSEN-RIBEIRO E TANAKA, Problemas de saúde mental das crianças: abordagem na atenção básica. ANNABLUME. MAZET E LEBOVICI (1991) Autismo e psicoses da criança. Artes Médicas. VIEIRA,M.C.T., VICENTIN, M.C.G.e FERNANDES, M.I.A.(orgs) (1999) Tecendo a rede: trajetórias da saúde mental em São Paulo. São Paulo: Cabral Editora Universitária 22