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Transcrição:

1 ÁREA TEMÁTICA: (marque uma das opções) ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE ( X ) SAÚDE ( ) TECNOLOGIA E PRODUÇÃO ( ) TRABALHO FATORES EXTERNOS E SOCIOECONÔMICOS QUE PODEM INFLUENCIAR AO DESMAME PRECOCE Roberta Loren Nozuma De Carvalho Someya (roberta.someya@gmail.com) 1 Larissa Stefanni(larrissastefani_2@hotmail.com) 2 Elaine Cristina Antunes Rinaldi (ecrisrinaldi@yahoo.com.br) 3 Resumo: A atenção à Saúde da Criança representa um campo prioritário, visto que a população infantil representa um grupo de grande vulnerabilidade. O leite materno deve ser oferecido exclusivamente para a criança até os primeiros 6 meses. O enfermeiro deve reconhecer e intervir nas possíveis dificuldades durante o processo de amamentação, atuando por meio da educação em saúde no período puerperal. Objetivou-se identificar as características sociodemográficas e os sintomas que possam contribuir para o desmame precoce. Pesquisa quantitativa descritiva realizada na unidade de saúde Nilton Luiz de Castro do município de Ponta Grossa- PR. Questionário auto aplicado para as mães nas consultas de puericulturas, totalizando 38, no ano de 2017 e 2018. Dessas, 20 (54,05%) afirmaram ter companheiro fixo, 10 (27,02%) casadas e 8 (18,91%) não responderam. Sobre a escolaridade 14 (37,83%) concluíram ensino médio, 5 (13,51%) tinham o fundamental incompleto. 38 (100%) durante a amamentação tiveram fissuras mamárias. Cabe considerar que o profissional de enfermagem tem grande importância na prevenção de fissuras mamárias durante a amamentação, o enfermeiro deve investir em grupos de gestantes e no puerpério nas consultas de enfermagem com o objetivo de orientar as mulheres sobre medidas preventivas evitando o desmame precoce. Palavras-chave: Aleitamento Materno. Atenção primária. Desmame precoce. Saúde da criança. INTRODUÇÃO A atenção à Saúde da Criança representa um campo prioritário, visto que a população infantil representa um grupo de grande vulnerabilidade devido ao crescimento rápido e a imaturidade fisiológica e imunológica. Conforme Reichert (2012), a fase inicial da

vida da criança constitui uma das etapas mais importantes para sua saúde, pois nesse período ocorre o processo de crescimento e desenvolvimento neuropsicomotor. O leite materno deve ser oferecido exclusivamente para a criança até os primeiros 6 meses de idade (água e chás não devem ser oferecidos), com o acompanhamento do crescimento e ganho ponderal (CARVALHO, 2015). O aleitamento materno possui diversas vantagens, sendo o alimento fisiologicamente perfeito para o bebê, protege a criança contra infecções, principalmente do aparelho digestivo, pois retarda a exposição a possíveis contaminações alimentares. Diminui também a probabilidade de processos alérgicos decorrentes da exposição precoce às proteínas do leite de vaca e representa economia real em compra de leite em pó, esterilização da água e utensílios pela fervura e gasto com gás de cozinha (CARVALHO, 2015). Os primeiros dias após o parto são fundamentais para o sucesso da amamentação. É um período de intenso aprendizado para a mãe e o bebê (BRASIL, 2015), sendo o puerpério o período de maior importância para que a amamentação ocorra efetivamente. É nesse período em que ocorre a maior incidência dos traumas mamilares, causando dor e desconforto durante a amamentação, favorecendo o desmame precoce. Segundo Coca (2009), vários fatores como idade, escolaridade, estado civil, número de gestações contribuem para o aparecimento de complicações mamárias. A menor idade e a baixa escolaridade podem estar associadas à dificuldade no estabelecimento adequado do processo de lactação, incluindo o erro na técnica (SILVA, 2011). O trauma mamilar é definido como uma lesão ou alteração do tecido mamilar que, geralmente, são resultantes do manejo inadequado ou de erro na técnica da amamentação, posicionamento e pega incorreta do lactente (COSTA,2013). Recentemente algumas pesquisas apontam que muitas crianças entram no processo de desmame precocemente nos primeiros meses de vida, e passam a receber alimentos não saudáveis ao invés dos alimentos caseiros, prejudicando a formação de hábitos alimentares saudáveis e podendo ocasionar aparecimento de doenças (BRASIL, 2013). Azevedo (2015), afirma que o enfermeiro deve estar preparado para prevenir, reconhecer e resolver possíveis dificuldades durante o processo de aprendizado da amamentação, atuando por meio da educação em saúde no período pós- parto, a fim de assegurar que a criança seja amamentada de forma exclusiva até os 6 meses de idade. 2 OBJETIVOS

Diante dos pressupostos descritos acima, se faz necessário conhecer o contexto social e entende-lo para que se possa atuar de forma resolutiva, logo, o objetivo da pesquisa é identificar as características sociodemográficas (estado civil, escolaridade) e a frequência de sintomas que possam contribuir para o desmame precoce no momento da amamentação. 3 METODOLOGIA Pesquisa quantitativa descritiva, acerca de uma vivência das acadêmicas do curso bacharelado em enfermagem do projeto de extensão PET GRADUA-SUS, da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), no ano de 2017 e 2018. Foi realizado um questionário auto aplicado contendo dez questões a respeito de dados sociodemográficos (estado civil, escolaridade), conhecimento das mulheres a respeito do aleitamento materno e perguntas relacionadas a traumas decorrentes da amamentação como fissuras mamárias e outros sintomas, o qual foi entregue durante as consultas de puericulturas na unidade de saúde Nilton Luiz de Castro totalizando 38 mães paranaenses participantes. Os dados foram tabulados em estatística simples no excel. RESULTADOS Nesta amostra referente a escolaridade, foi observado que 14 (37,83%) das mulheres concluíram o ensino médio; 5(13,51%) tinham apenas o ensino fundamental incompleto; 4(10,81%)concluíram o ensino superior; 1(2,70%) ensino superior incompleto; 9 (24,32%) não responderam. Baseado nos resultados pelo fato da maioria possuir o ensino médio, poderiam prover sua autonomia, ou seja, ter sua gravidez planejada. Silva (2011) afirma quanto menor for a idade e a baixa escolaridade podem estar associadas a fatores que podem dificultar a realizar o processo de aleitamento materno, incluindo o erro na técnica, fator contribuinte para o aparecimento de lesões mamilares. De acordo com a amostra 20 (54,05%) mantinham relação estável, 10 (27,02%) eram casadas. 8 (18,91%) não responderam. A existência de uma relação estável é um ponto positivo para a adesão a amamentação e a diminuição da ocorrência de traumas mamilares. Para (Barreira, 2004), a participação do companheiro no processo da amamentação, pode representar um elemento significativo de apoio emocional à nutriz, proporcionando mais segurança ao amamentar. O fato do pai não participar ativamente da alimentação do filho, podem criar conflitos que desencorajam a mulher quanto ao processo de lactação (BRASILEIRO 2010).

Em relação aos sintomas 100% das mulheres, afirmaram que durante a amamentação sentiram algum desses sintomas: dor, calor, rubor e fissuras. As lesões mamilares são muito dolorosas e, com frequência, são porta de entrada para bactérias, podendo levar a um quadro de mastite. Dentre os sintomas presentes, estão: eritema, edema, fissuras, bolhas, marcas brancas, amarelas ou escuras, hematomas ou equimoses (BRASIL, 2015). Dessa forma, é imprescindível que o enfermeiro tenha conhecimento técnico e científico sobre anatomia e fisiologia da lactação, da sucção, dos fatores emocionais e psicológicos que possam interferir. Também que estabeleça empatia e técnicas de comunicação, para uma orientação efetiva sobre posicionamento e pega adequada, extração manual do leite materno e formas alternativas de oferta do leite materno, que não sejam por meio de mamadeiras (AZEVEDO, 2015). 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS Cabe considerar que o profissional de enfermagem tem grande importância na prevenção de fissuras mamárias durante a amamentação, porém no presente estudo observamos que ainda existem falhas nesse processo devido a maioria das mulheres apresentarem fissuras mamárias entre outros sintomas, o qual por meio de educação em saúde pode ser amplamente evitado. O enfermeiro precisa investir no pré-natal, em grupos de gestantes, visitas domiciliares no puerpério e nas consultas de puericulturas, com o objetivo de incentivar o aleitamento materno exclusivo, orientando sobre medidas preventivas de trauma mamilar evitando o desmame precoce. APOIO: (se for o caso de contar com órgãos financiadores). REFERÊNCIAS AZEVEDO, A, R. et al. O manejo clínico da amamentação: saberes dos enfermeiros. Revista de Enfermagem. Rio de Janeiro. v. 19. nº 3. p. 439-435. 2015. BRASIL, MINISTERIO DA SAUDE; Dez passos para uma alimentação saudável, Guia alimentar para crianças menores de dois anos: um guia para o profissional da saúde na atenção básica, 2ª Ed. Brasilia, 2013. BARREIRA, S.M.C and MACHADO, M. F. A. S. Amamentação: compreendendo a influência familiar. Acta Scientiarum. Health Sciences. Maringá, v. 26, no. 1, p. 11-20, 2004.

BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde da criança: Aleitamento Materno e Alimentação Complementar. Cadernos de Atenção Básica nº 23. Brasília, 2015. BRASILEIRO, A. A. et al. Impacto do incentivo ao aleitamento materno entre mulheres trabalhadoras formais. Caderno de saúde Pública, v.26, n.9, p.1705-13, 2010. BRASIL, MINISTERIO DA SAUDE; Dez passos para uma alimentação saudável, Guia alimentar para crianças menores de dois anos: um guia para o profissional da saúde na atenção básica, 2ª Ed. Brasilia, 2013. 5 CARVALHO, C.A; FONSÊCA, P.C.A; PRIORI, S.E et al. Consumo alimentar e adequação nutricional em crianças brasileiras: revisão sistemática. Revista Paulista de Pediatria, São Paulo, v.33 n.2 p. 211-221, 2015. COCA, K. P; et al. Fatores associados ao trauma mamilar na maternidade. Jornal de Pediatria, Porto Alegre. v. 85, nº. 4, p. 341-345, 2009. COSTA, A, et al. Evidências das intervenções na prevenção do trauma mamilar na amamentação: revisão integrativa. Revista Eletrônica Enfermagem. v.15, n.3, p.790-801., 2013. REICHERT, A.P.S, ALMEIDA, A.B, SOUZA, L.C, SILVA, M.E.A, COLLET, N; Vigilância Do Crescimento Infantil: Conhecimento E Práticas De Enfermeiros Da Atenção Primária À Saúde. Revista Rene. v.13 nº1 p.114-126, 2012. SILVA, I. M. D; SILVA, K.V; LEAL, L.P; JAVORSKI, M. Técnica da amamentação: Preparo das nutrizes atendidas em um Hospital Escola, Recife-PE. Revista Rene, Fortaleza, nº 12. p. 1021-27. 2011.