VOZ SAÚDE. 28 anos da Femipa reúne autoridades e associados PÁGS.4 E 5. Femipa assume presidência do Conselho Estadual de Saúde

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Transcrição:

VOZ SAÚDE HOSPITAIS HUMANITÁRIOS DO PARANÁ M A R Ç O A B R I L 2 01 4. N. 7 8 28 anos da Femipa reúne autoridades e associados PÁGS.4 E 5 PÁG. 3 Femipa assume presidência do Conselho Estadual de Saúde PÁG. 7 Seminário irá abordar novos rumos para a Saúde

CURTAS EDITORIAL Ao longo desses 28 anos, a Femipa tem se mostrado uma federação forte, representativa e que, conquista, a cada dia ainda mais credibilidade e solidez. Mais uma vez, a realização do já tradicional café da manhã da entidade comprovou isso. A presença de importantes autoridades ligadas ao setor em nosso evento nos dá a certeza de que estamos no caminho certo na luta por melhorias para os gestores hospitalares e, consequentemente, para o atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde. Somado a isso, mais uma vez os prestadores, por intermédio da Femipa, conseguiram eleger um representante para a presidência da mesa diretora do Conselho Estadual de Saúde. Momento importante para o segmento, que confirma todo o trabalho que vem sendo realizado. Estamos certos de que este ano ainda teremos muitos novos desafios, já que em ano eleitoral pretendemos acompanhar de perto as propostas apresentadas pelos candidatos ao governo do Estado. Lembrando que, mais uma vez, a Federação irá se preparar para sugerir aos candidatos projetos e iniciativas que possam melhorar ainda mais a qualidade do atendimento SUS e a gestão hospitalar. As frentes de ação da Femipa são muitas. O objetivo um só: garantir que os hospitais afiliados exerçam a sua missão maior de oferecer atendimento de qualidade e digno aos paranaenses, recebendo para isso a remuneração justa e necessária para manter a saúde financeira das organizações. Boa leitura! Luiz Soares Koury Presidente Femipa O Jornal VOZ Saúde é uma publicação bimestral da Federação das Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Beneficentes do Estado do Paraná - FEMIPA Produção: INTERACT Conteúdo www.interactcomunicacao.com.br Jornalista responsável: Juliane Ferreira - MTb 04881 DRT/PR Redação: Maureen Bertol e Vanda Ramos Diagramação: Pedro Vieira Os artigos assinados não representam necessariamente a opinião da Femipa. Endereço: Rua Padre Anchieta, 1691 - sala 505 Champagnat Cep 80.730-000 - Curitiba - Paraná Fone: 41 3027.5036 - Fax: 41 3027.5684 www.femipa.org.br femipa@terra.com.br Presidente: Luiz Soares Koury Diretoria e associados se reúnem em Foz do Iguaçu Para cumprir com o cronograma de reuniões de 2014, a diretoria da Femipa marcou para o dia 23 de maio, às 14h, a Reunião Presencial com representantes da entidade e afiliados. O evento, que acontecerá no auditório do Hospital Ministro Costa Cavalcanti, em Foz do Iguaçu, vai discutir assuntos do cotidiano dos hospitais paranaenses e demais demandas do setor da saúde. A reunião também servirá para apresentar aos associados as ações programadas para o ano. Após o encontro, todos os presentes poderão participar da visita às instalações da Usina Hidrelétrica de Itaipu, a maior geradora de energia limpa e renovável do planeta. Além disso, aqueles que desejarem poderão estender a estadia e aproveitar para agendar passeios às Cataratas do Iguaçu, uma das sete maravilhas naturais do mundo, e aos países vizinhos, como Argentina e Paraguai. Em breve será divulgada a pauta completa da reunião. Inflação hospitalar IMAGEM: PÁG. 2 ICH Em Londrina, o evento foi realizado no Hospital Evangélico, com a participação do presidente da Femipa, Luiz Soares Koury Hospitais filantrópicos do Paraná estão sendo capacitados para fornecer os dados para o Índice de Custos Hospitalares (ICH), um indicador de inflação dos custos de operação de hospitais e santas casas. A iniciativa da Femipa, da Fehospar, da Ahopar e do Sindicato dos Hospitais do Paraná pretende garantir que mais hospitais contribuam com informações para a construção do índice. O Workshop Índice de Custos Hospitalares, realizado em parceria com o ISAE, passou por Londrina, Maringá e Cascavel. Lançado em 2011, o objetivo do ICH é garantir um acompanhamento, de forma contínua, da evolução desse índice. As informações são enviadas pelas instituições hospitalares para uma página na internet, que alimenta todo o sistema da pesquisa. A ideia das entidades é que a partir desse dado, os hospitais tenham um indicador real do impacto dos custos sobre a atividade hospitalar, estabelecendo um indexador para os contratos, por exemplo, com as operadoras de planos de saúde. 2 FEMIPA

POLÍTICA Representante da Femipa é eleito presidente do Conselho Estadual de Saúde Foto: divulgação SESA Antonio Novaes Neto assume a função pela segunda vez e quer manter uma comunicação eficiente com os afiliados para legitimar representação Desde o dia 28 de fevereiro, o Conselho Estadual de Saúde (CES) tem uma nova mesa diretora para 2014/2015. O presidente eleito foi o representante da Femipa Antonio Novaes Neto. É a segunda vez que a federação assume a presidência do CES, o que reforça o interesse da entidade nas políticas públicas do Estado e na qualificação dos serviços em benefício da população. O espaço público de debate permite que a sociedade participe da gestão do Sistema Único de Saúde (SUS). Isso traz mais transparência. O interesse da Femipa não é sua defesa própria, mas sim a defesa de um SUS fortalecido. Assim, garantimos que as parcerias dentro do controle social sejam respeitadas em benefício de um SUS mais amplo e digno para as pessoas, reforça Novaes Neto. Confira a entrevista com o presidente eleito: Quais são os desafios da sua gestão? É a segunda vez que assumo a presidência do Conselho. Na primeira vez, representei o Conselho Regional de Farmácia do Paraná. Espero poder utilizar essa experiência para consolidar o trabalho que já vem sendo realizado. Nesse ano eleitoral, precisamos garantir que o conselho seja coeso e determinado. Também vamos acompanhar a implementação da Fundação Estatal. Quais assuntos devem estar em pauta? A agenda mínima e alguns instrumentos de gestão que o Conselho tem obrigação de deliberar, como: relatório anual de gestão; Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO); Lei Orçamentária Anual (LOA); entre outros. Teremos ainda duas conferências temáticas, uma sobre a saúde do trabalhador e a outra sobre as pessoas portadoras de deficiências. No mês de maio teremos a comemoração dos 20 anos do CES e também pretendemos fazer uma reunião itinerante, que será em uma entidade no interior do Paraná para deixarmos o Conselho mais próximo da região. por uma entidade fortalecida, vamos cobrar dos candidatos ao governo uma pauta de reinvindicações para o SUS. Queremos que eles apresentem bons planos de governo, para que possamos cobrar do governador eleito o cumprimento do que foi prometido ao controle social. Com relação à Fundação Estatal, como o Conselho vai trabalhar? Vamos acompanhar todos os passos da implementação da Fundação, que tem um prazo legal e diretrizes a serem cumpridas. O papel do Conselho é fiscalizar para que tudo esteja correto. Também vamos indicar os membros para o conselho curador e precisamos criar critérios para a escolha desses membros. Vale lembrar que não podemos indicar conselheiros. De que forma os filiados da Femipa podem contribuir com temas para o debate nas reuniões do Conselho? Tanto eu como a conselheira Rosita estaremos sempre abertos para ouvir a opinião deles. Os associados podem participar dos assuntos do SUS mandando informações e opiniões por e-mail ou participando das reuniões. Aproveito para ressaltar que essa participação é muito importante. Só conseguimos legitimar nossa representação se ouvirmos nossos filiados. Se não tivermos uma comunicação eficiente entre representantes e associados, não teremos uma boa participação dentro do controle social. Por isso, todos precisam participar e se envolver. O senhor citou o ano eleitoral. Nesse período de eleição, muda alguma coisa na rotina do Conselho? Não podemos deixar que os objetivos do Conselho sejam alterados por ser ano eleitoral. Como estou assumindo a presidência Membros da nova mesa diretora do Conselho até 2015 Março Abril, 2014 3

CAPA Fotos: Marco Antonio Tavares 28 anos da Femipa reúne autoridades e associados Secretário de Estado da Saúde marcou presença no evento de comemoração e exaltou a parceria com a federação Para comemorar os 28 anos de fundação da Femipa, a entidade realizou, em março, o tradicional café da manhã com filiados e autoridades. Entre os convidados estava o secretário de Estado da Saúde, Michele Caputo Neto, além do superintendente de Gestão de Sistemas de Saúde, Paulo Almeida. O encontro reconheceu o importante trabalho realizado pela Femipa em prol dos hospitais e da saúde dos paranaenses. O presidente da Femipa, Luiz Soares Koury, destacou a participação da entidade em programas como HOSPSUS e Cuidados Continuados, bem como nos movimentos Saúde +10 e reajuste da tabela do SUS. Koury afirmou que a presença da Femipa nessas discussões é de extrema importância para o setor filantrópico. Desde já manifesto nosso desejo pela continuidade do HOSPSUS fase 3, que promove a participação dos hospitais menores. Durante o evento, o secretário Michele Caputo Neto também fez questão de reconhecer a importante parceria com a federação e comentou que, desde o início, a Femipa trouxe propostas fundamentais para a área da saúde. A entidade é formada por uma base sólida, com um compromisso comum, de consenso, A entidade é formada por uma base sólida, com um compromisso comum, de consenso, fatores que contribuem para seu crescimento, secretário de Estado da Saúde, Michele Caputo Neto. O presidente da Femipa, Luiz Soares Koury, e o secretário de Estado da Saúde, Michele Caputo Neto 4 FEMIPA

CAPA fatores que contribuem para seu crescimento, garantiu. Sobre a gestão do setor, Caputo Neto disse: Os recursos financeiros são importantes, mas a gestão também faz a diferença. O Estado não tem a mesma eficiência de gestão que os profissionais dos hospitais têm. No fim do evento, os associados e os representantes da Femipa participaram da Assembleia Geral Ordinária, que apresentou o balanço financeiro da federação e as principais atividades rea lizadas durante o ano passado. Também estiveram presentes no café da manhã: Carlos Al- berto Del Claro, diretor presidente da Agência Paraná de Desenvolvimento; doutor Ilmar Carneiro Leão, representando o secretário municipal de Saúde Adriano Massuda; Antonio Garcez Neto, então presidente do Conselho Estadual da Saúde do Paraná; Rafael Bertoldi, representando o vice-governador Flávio Arns; René Moreira, diretor geral da Secretaria de Estado da Saúde; Renato Merolli, presidente da Fehospar; Brenno Kreisel, presidente da Ahopar; e Fábio Motta, presidente do Instituto de Planejamento e Pesquisa para Acreditação em Serviços de Saúde (Ipass). Março Abril, 2014 5

POLÍTICA Paraná terá Fundação Estatal de Atenção à Saúde Segundo a Secretaria de Estado da Saúde projeto deve melhorar e ampliar os serviços de saúde que são oferecidos pelo SUS Em fevereiro, a Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) aprovou o projeto de lei para criação da Fundação Estatal de Atenção à Saúde (Funeas), que vai gerenciar alguns serviços públicos de saúde, como hospitais e centros de pesquisa. Para falar sobre o assunto, o Jornal Voz Saúde conversou com o secretário de Estado da Saúde, Michele Caputo Neto. Por que o projeto vai ser melhor para a administração pública? MICHELE CAPUTO NETO: A gestão desses serviços continua sendo do Estado, através da Secretaria de Estado da Saúde. Com a Fundação, queremos otimizar recursos por conta do contrato de gestão, que fixará metas de quantidade e qualidade para os serviços gerenciados. O projeto é uma resposta de curto, médio e longo prazos para melhorar os serviços de saúde oferecidos à população pelo sistema público. Com a Funeas, o Governo do Estado poderá também ampliar a oferta de serviços especializados na área de saúde (consultas e exames especializados, atendimento multiprofissional e cirurgias eletivas). O senhor afirma que a Funeas vai trazer mais autonomia e resolutividade à secretaria. Por quê? MICHELE CAPUTO NETO: Porque a Fundação é um modelo moderno de gerência que terá metas de quantidade e qualidade dos serviços oferecidos à população. Por ser uma entidade pública com personalidade jurídica de direito privado, deverá contratar profissionais pela CLT, mediante concurso público, seguindo pisos salariais de categorias profissionais vigentes no mercado de trabalho. Hoje, uma das grandes dificuldades do serviço público A visão jurídica Para o advogado, professor e doutor em direito administrativo Fernando Borges Mânica, a adoção do modelo da fundação estatal na saúde pode configurar um avanço na prestação dos serviços para a população, mas não pode ser usado com o intuito de se esquivar dos limites impostos pela Constituição Federal. Se por um lado a adoção do modelo de fundação estatal pode ser mais eficiente do de saúde é atrair profissionais especialistas, que não se interessam pela oferta de vagas. Com a Funeas, a previsão é que sejam criados mais de 460 novos leitos hospitalares até 2016, por exemplo. Por que isso não era possível antes? MICHELE CAPUTO NETO: Esse modelo jurídico institucional da Funeas, dadas suas características de autonomia orçamentária e financeira, não sofrerá os mesmos entraves burocráticos da administração pública direta. O projeto aprovado pela Alep é um modelo com maior agilidade para gerenciar os serviços públicos de saúde. Na prática, o que muda para a população? MICHELE CAPUTO NETO: A população vai sentir os benefícios porque o Estado poderá ampliar a oferta de leitos e serviços especializados de saúde. Vamos melhorar a qualidade dos serviços oferecidos pelo SUS no Paraná. Quem vai fiscalizar a Fundação Estatal? MICHELE CAPUTO NETO: A Fundação Estatal passará pelos mesmos controles das outras entidades da administração pública indireta. Ela terá supervisão da Secretaria de Estado da Saúde e controle do Tribunal de Contas do Estado, por órgãos de controle interno do Governo do Estado e do Conselho Estadual de Saúde, bem como pelo Ministério Público. Esses controles serão ainda maiores, porque será feito um contrato de gestão entre a Fundação e a Secretaria de Estado da Saúde para estabelecer os resultados que a Funeas deverá alcançar. que a assunção da atividade pela Administração Pública Direta (Secretaria de Saúde), por conta da especialização gerada pela criação de um ente administrativo autônomo, por outro, a Funeas deverá se submeter aos limites impostos à Administração Pública, o que gera certa rigidez em sua aptidão a exercer serviços especializados como os de saúde, explica. 6 FEMIPA

EVENTO Vem aí o 7º Seminário Femipa Neste ano, o tema do encontro será Novos Rumos para a Saúde! Financiamento, Custeio e Gestão Nos dias 13 e 14 de novembro, na sede da Associação Médica do Paraná (AMP), será realizado o 7º Seminário Femipa, que, neste ano, terá uma dinâmica diferente da edição do ano passado. A grande novidade é que os participantes terão duas manhãs de salas temáticas, tratando de assuntos técnicos voltados para gestores e colaboradores do setor hospitalar; e duas tardes de auditório, onde autoridades e palestrantes de peso irão abordar assuntos de grande relevância para a classe. Este novo formato certamente vai proporcionar maior interação entre os participantes. Além disso, eles terão contato com os assuntos do próprio dia a dia, com temas relacionados ao cenário do setor hospitalar e da saúde. Isso vai gerar reflexão e planejamento, explica Paulo Becker, consultor da Femipa. Na programação inicial, a abertura ficará por conta do palestrante Luiz Nelson Porto Araújo, da Delta Eco- Evento irá discutir questões como atendimento humanizado, faturamento SUS, gestão empresarial, estratégias de gestão, inovação organizacional, bem como políticas públicas e legislação. nomics & Finance, com o tema Orçamento para a Saúde: Análise 2014 e Cenário 2015. O 7º Seminário Femipa, que é considerado um dos mais importantes do segmento hospitalar filantrópico do país, vai discutir questões como atendimento humanizado, faturamento SUS, gestão empresarial, estratégias de gestão, inovação organizacional, bem como políticas públicas e legislação. Além das palestras e salas temáticas, os participantes poderão visitar a Feira de Fornecedores, que já é tradicional no Seminário e traz materiais, equipamentos e serviços. Aos interessados, a programação completa e a ficha de inscrição estarão disponíveis a partir do dia 1º de julho de 2014, no hotsite do evento: www.seminario. femipa.org.br. O site da Femipa também terá atualizações com notícias do encontro. Vale ressaltar que o Seminário já conta com dois patrocinadores: Logimed, que assina o evento como corealizadora há três anos, e a Sismatec. Março Abril, 2014 7

HOSPITAL EM DESTAQUE Hospital Santa Casa de Maringá comemora 60 anos em 2014 Nessas seis décadas, Santa Casa manteve os princípios da caridade e filantropia e se tornou referência de atendimento ano de 1954 certamente foi um ano marcante para o Brasil. Enquanto o principal assunto foi a Copa do Mundo de O Futebol, que aconteceu na Suíça, os brasileiros passaram por um momento de bastante tensão na política com o suicídio do presidente Getúlio Vargas. Nesse mesmo ano, em Maringá (PR), nascia o Hospital Santa Casa Maringá. A Santa Casa sempre se dedicou aos pacientes desprovidos de recursos, mantendo os princípios da caridade e da filantropia. Desde o início, foi reconhecida como entidade de utilidade pública municipal, estadual e federal. Diversos casos me chamam a atenção, mas o principal deles é o fato de um pequeno salão de baile ter se transformado no hospital que é. Nossa base é a excelência na qualidade dos serviços e do atendimento. Hoje é possível encontrar aqui o que até então encontrávamos somente em grandes centros, declara Maria Aparecida Cardoso, gerente de Projetos e Relações Institucionais da Santa Casa. Nesses 60 anos, o hospital cresceu significativamente e conta, hoje, com 17 mil metros quadrados de área construída, um total de 243 leitos, sendo 35 leitos de UTI, cinco leitos UCIN (Unidade Cuidados Intermediários Neonatal), além de oito salas cirúrgicas duas exclusivas para obstetrícia. Na década de 1950, por exemplo, eram 10 leitos. A equipe, que também era bem reduzida, agora conta com cerca de 1.200 colaboradores e 300 médicos. Outra novidade foi a implantação da Escola Corporativa, com o objetivo de garantir que cada colaborador aprenda a desenvolver sua função dentro dos padrões do hospital. A escola contribui para que eles conheçam a filosofia da Irmandade e da Santa Casa e estejam focados no atendimento de qualidade e na humanização. Assim teremos desenvolvimento pessoal, capacitação profissional e educação continuada, explica a gerente. No momento, a Santa Casa está trabalhando em um grande projeto de expansão até 2020, com destaque para a implantação da hemodinâmica; ressonância magnética; nova estrutura para setores de apoio, como Same (Serviço de Arquivo Médico e Estatística), marcenaria e serralheria, guarda de equipamentos, almoxarifado e creche; ampliação do pronto atendimento; ampliação do serviço de imagens; ampliação do serviço de hemodiálise; ampliação de leitos (enfermarias e UTI s); e novo centro cirúrgico. O projeto prevê uma ampliação total de 12 mil e 400 metros quadrados. A saúde no Brasil Sobre o sistema de saúde brasileiro, a Maria Aparecida acredita que houve muito avanço nos últimos 20 anos, como investimento em recursos humanos, ciência e tecnologia. Porém, ainda há muito por fazer para garantir melhorias à área. Para superarmos os desafios, é necessário maior mobilização política para reestruturar o financiamento e redefinir os papéis dos setores público e privado, opina Maria Aparecida. LINHA DO TEMPO Década de 1950 Década de 1960 Década de 1970 Década de 1980 Década de 1990 Década de 2000 Em 12 de julho de 1954 é fundada a Santa Casa de Misericórdia de Maringá, pela iniciativa da Igreja Católica. Com a ajuda da comunidade maringaense, é inaugurado o ambulatório Nossa Senhora de Fátima. Inaugurado o Pavilhão Rural, construído com donativos de fazendeiros da região. Iniciam-se os trabalhos de maternidade, centro cirúrgico e obstétrico. O patrimônio e a administração do hospital passam à Congregação dos Irmãos da Misericórdia de Maria Auxiliadora e passa a se chamar Hospital e Maternidade Maria Auxiliadora. Lançada a pedra fundamental e iniciada a construção do novo hospital. Inaugurado o pavilhão para os serviços de Laboratório de Análises Clínicas, Radiologia, Fisioterapia e Consultórios Médicos. Tem início o serviço de Diagnóstico por Imagem. Inaugurado o pavilhão dos serviços de Pediatria e Clínica Feminina. Além dos Serviços de Cirurgia Geral e Clínica Médica Masculina. Inaugurado, parcialmente, o sexto pavilhão. Inicia-se o processo de visão de qualidade. Inaugurado o Centro de Educação Profissional Maria Auxiliadora. Implantação do parto humanizado. Implantado o Centro de Educação Continuada. Implantado o Serviço de Quimioterapia; ampliado o número de leitos em Ortopedia; implantado o serviço de Odontologia Hospitalar para portadores de necessidades especiais; implantado o serviço de Pedagogia Hospitalar. 8 FEMIPA