PERFIL MOTOR DE ESCOLARES INGRESSANTES NO ENSINO FUNDAMENTAL I DA ESCOLA MUNICIPAL FREI FLORENTINO DA CIDADE DE MUZAMBINHO - MG RESUMO

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Transcrição:

6ª Jornada Científica e Tecnológica e 3º Simpósio de Pós-Graduação do IFSULDEMINAS 04 e 05 de novembro de 2014, Pouso Alegre/MG PERFIL MOTOR DE ESCOLARES INGRESSANTES NO ENSINO FUNDAMENTAL I DA ESCOLA MUNICIPAL FREI FLORENTINO DA CIDADE DE MUZAMBINHO - MG Danilo S. FELIPE; Edilson D. FELICIO; Januária A. S. REZENDE; Hudson L. G. MOREIRA; Tiago H. PEDROSA. RESUMO Atualmente as crianças deixam de lado as brincadeiras tradicionais para ficarem mais conectados às tecnologias e por isso se tornando mais sedentários e tendendo a obesidade. A Educação Física é primordial para o desenvolvimento motor. O presente estudo visa analisar o perfil motor de escolares no ensino fundamental I, da escola municipal Frei Florentino Muzambinho/MG. A amostra foi composta por 76 escolares, 58 do sexo masculino e 32 do feminino. Os escolares foram submetidos ao köperkoodinationstes Für Kinder (KTK) cujo objetivo é avaliar equilíbrio, ritmo, força, lateralidade, velocidade e agilidade. Os meninos obtiveram resultados superiores às meninas, nos perfis motores normal e alta coordenação motora, houve empate nos perfis boa coordenação motora e perturbação na coordenação motora. Os meninos tiveram resultados mais positivos quando comparados às meninas. Mas avaliando todos, 82,90% dos escolares possui coordenação motora normal, 10,52% possui boa coordenação, 5,26% possui perturbação na coordenação, 1,32% alta coordenação. E 94,74% possuem perfil motor positivo (soma das classificações normal, boa e alta coordenação motora). Dessa forma, concluímos que os meninos obtiveram resultados mais positivos do que as meninas. A partir destes dados, promover intervenção, para que essas crianças consigam melhorar seus perfis motores e com isso o melhor desenvolvimento motor. Palavras-chave: perfil motor; ensino fundamental; desenvolvimento motor.

INTRODUÇÃO Hoje em dia, as crianças deixam de lado as brincadeiras tradicionais para ficarem cada vez mais conectados às novas tecnologias. Este fato se enquadra, ultimamente, como uma das causas da obesidade infantil. E, se esta moléstia não for tratada neste momento, se arrastará por toda a vida do ser humano. Outra consequência da inatividade física das crianças está relacionada ao déficit no desenvolvimento motor (CARMINATO, 2010). Ou seja, esse não aproveitamento das oportunidades de aquisição de habilidades motoras, por meio de brincadeiras e outras quaisquer atividades do contexto da Educação Física, não favorece o desenvolvimento motor das crianças. Desenvolvimento motor, segundo Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) é a alteração ininterrupta do comportamento motor no decorrer da vida, oriunda da interação entre a biologia do indivíduo, as condições do ambiente e as demandas da tarefa (onde esta última faz parte do contexto da Educação Física). Dessa maneira, percebe-se importância do desenvolvimento motor para o ser humano e pode-se entender o quanto a Educação Física é importante acerca deste tema. Com isso, a Educação Física Escolar se torna primordial para o aprimoramento do desenvolvimento motor, pois, quase a totalidade das crianças do mundo está matriculada em um dos três níveis de ensino: infantil, fundamental e médio. Por essa e outras razões identifica-se a importância de proporcionar aulas de Educação Física com um amplo leque de oportunidades motoras, no intuito de evitar com que os fatores da tarefa sejam limitantes no desenvolvimento motor das crianças. E com vista nisso, o presente estudo visa analisar o perfil motor de escolares ingressantes no ensino fundamental I, escola municipal Frei Florentino da cidade de Muzambinho - MG. MATERIAL E MÉTODOS Esta foi uma pesquisa transversal de caráter descritivo que avaliou o perfil motor dos escolares ingressantes no ensino fundamental da escola municipal Frei Florentino da cidade de Muzambinho.

A amostra foi composta de 76 escolares, matriculados no primeiro ano do ensino fundamental I, com faixa etária entre 6 a 7 anos, sendo que 58 do sexo masculino e 32 do sexo feminino. A referida escola foi selecionada de forma intencional, por ser a única a oferecer o espaço adequado para aplicação do teste. Os escolares deste estudo foram submetidos ao köperkoodinationstes Für Kinder (KTK), proposto por Kiphard e Schilling (1974), cujo objetivo é avaliar o equilíbrio, o ritmo, força, a lateralidade, a velocidade e a agilidade. Componentes esses que foram distribuídos em quatro tarefas (trave de equilíbrio, saltos monopedais, saltos laterais e transferência de plataforma). Os desempenhos dos escolares serão avaliados conforme os critérios propostos no protocolo da bateria. Sobre este protocolo iremos explicar as quatro tarefas: a primeira tarefa será trave de equilíbrio. Tarefa na qual os escolares deveriam andar para trás e equilibrar-se na barra. Antes de começar a tarefa propriamente dita, era possibilitado que o aluno realizasse um ensaio. E nesse ensaio o aluno andava uma vez em cada uma das barras (ia de frente e voltava de costas). Depois desse ensaio, o aluno realizava a tarefa propriamente dita, procurava andar sobre a barra de costas com muito cuidado para não cair, sendo motivado para dar o maior número de passos, sendo que, o protocolo pede a realização de três tentativas em cada barra. Já na segunda tarefa, saltitar com uma perna e ultrapassar um obstáculo, o aluno deveria ultrapassar saltando sobre um obstáculo de espuma e aterrissar com o mesmo pé. Durante o tempo do percurso o aluno não poderia apoiar com o outro pé no chão. Eram realizadas três tentativas em cada perna, em cada altura do obstáculo. Quando o aluno realizava a tarefa perfeitamente com a primeira espuma colocava-se mais uma, e assim sucessivamente até o máximo de espumas que era dez. A terceira tarefa foi saltos laterais. Nessa tarefa o aluno colocava as pernas juntas, sobre uma plataforma de madeira, com uma divisão no meio. Quando era dado o sinal, o aluno começava a saltar de um lado para o outro, com os dois pés juntos, o mais rápido possível, e por cima da madeira divisória até que completasse o tempo do teste 15 segundos. Se o aluno saltasse e tocasse na madeira ou caísse fora da plataforma de madeira o salto não era validado, mais ele continuava saltando até completar o tempo (15 segundos), era contado somente os saltos corretos. Na quarta e última tarefa que era a transposição lateral, o aluno ficava de pé em cima de uma das pranchas, e com as duas mãos pegava a outra prancha e

colocava do lado, mudando o corpo para esta nova prancha, repetindo o processo, sem parar e o mais rápido possível até completar 20 segundos. Era permitido um ensaio antes de começar, e depois após o comando começava o teste. A análise dos dados foi feita através de estatística descritiva utilizando do programa Excel, versão Office 14, da empresa Microsoft Office. O presente trabalho obedeceu aos princípios éticos necessários para realizar estudos que envolvem a participação de seres humanos. RESULTADOS E DISCUSSÃO Na sequência, estão os resultados obtidos pelos escolares que realizaram os testes na Escola Municipal Frei Florentino e a classificação geral dos perfis motores dos referidos alunos. Gráfico 1: Classificação das crianças de acordo com seus perfis motor, entre sexos Legenda: AC = Alta Coordenação Motora; BC = Boa Coordenação Motora; Normal = Coordenação Motora Normal; PC = Perturbação na Coordenação Motora E diante do gráfico 1 foi feita uma comparação entre dois grupos, meninos e meninas. Os meninos obtiveram resultados superiores às meninas nos perfis de normal e alta coordenação motora. Houve empate entre os meninos e as meninas nas quantidades de escolares com perfis motores boa coordenação motora e perturbação na coordenação motora. No entanto, os meninos tiveram resultados mais positivos quando comparados às meninas. No gráfico 2 estão as porcentagens analisadas de forma geral, sem divisão de grupos.

Gráfico 2: Classificação da Coordenação Motora Geral legenda: AC = Alta Coordenação Motora; BC = Boa Coordenação; Normal = Coordenação Motora Normal; PC = Perturbação na Coordenação Motora. Ao analisar o gráfico 2, percebe-se que a maioria dos escolares, 82,90%, possui coordenação motora normal. A segunda maior parcela, 10,52% das crianças, possui boa coordenação motora. A terceira maior parcela, 5,26% possui perturbação na coordenação motora. E a última e menor parcela, 1,32% dos escolares, possui alta coordenação motora. No estudo de Carminato (2010), na análise da coordenação motora entre faixas etárias, encontraram-se os resultados mais positivos dentre os meninos quando comparados às meninas. Isto corrobora com o nosso trabalho, pois, os meninos também tiveram perfis motores mais positivos quando confrontados com os perfis das meninas. Ao analisar os resultados do segundo gráfico, percebemos que a maioria dos escolares, 94,74% dos escolares, possui um perfil motor positivo, ou seja, aquelas que obtiveram as classificações normal, boa coordenação motora e alta coordenação motora. Em contrapartida, no trabalho de Lopes et. al. (2011) a maior quantidade de crianças possui insuficiência na coordenação motora. CONCLUSÕES Dessa forma, concluímos em nosso estudo que os meninos obtiveram resultados mais positivos do que as meninas. No entanto, novos estudos deverão ser realizados para a constatação deste objetivo, com mais escolares e assim uma comparação mais específica. E a partir

disso, promover um trabalho de intervenção para que se permita que essas crianças consigam melhorar seus perfis motores e com isso atingir o melhor desenvolvimento motor. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS GALLAHUE, D. L.; OZMUN, J. C.; GOODWAY, J. D. Compreendendo o desenvolvimento motor: bebês, crianças, adolescentes e adultos. 7. ed. Porto Alegre: AMGH, 2013. SCHILLING, F.; KIPHARD, E.J. Körperkoordinationstest für kinder, KTK. Weinheim, Beltz Test Gmbh, 1974. CARMINATO, R. A. Desempenho motor de escolares através da bateria de teste KTK. Dissertação de Mestrado, UFPR. CORITIBA, 2010. LOPES, L. O. et al. Associações entre actividade física, habilidades e coordenação motora em crianças portuguesas. Revista brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano, 13(1), 15-21, 2011.