Diagnose de doenças não parasitárias em trigo

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Transcrição:

Diagnose de doenças não parasitárias em trigo Erlei Melo Reis, Sandra Maria Zoldan e Beatriz Coelho Germano Equipe de fitopatologia da OR Melhoramento de Sementes Ltda 1. Introdução. A diagnose (determinação da causa) de doenças é uma ferramenta útil para sinalizar que medidas de controle devem ser aplicadas para controlá-las. Em lavouras de trigo é comum encontrar-se sintomas de doenças parasitárias e não parasitárias. Os sintomas de doenças causadas por fungos e bactéria são facilmente reconhecidos levando a identificação segura do agente causal da doença (consulte www.orsementes.com.br) e da recomendação para o seu controle. No entanto, os sintomas de anomalias não parasitárias, em geral são de diagnose um pouco mais difícil. Este documento tem por objetivo facilitar a diagnose das doenças não parasitarias na cultura do trigo. 2. Cor e textura normais de folhas de trigo. Para se proceder a diagnose correta devese ter em mente a aparência (coloração e textura) de uma folha de trigo normal sadia (Fig. 1). Figura 1. Folhas-bandeira de trigo com pigmentação e textura normais.

3. Folhas com pontuações cloróticas de causa genética. Nesse quadro sintomatológico, as folhas apresentam pequenas áreas ou pontos cloróticos diminutos, de forma arredondada ou alongada, sem coalescerem. Estas áreas não evoluem em tamanho (como nas manchas causadas por fungos) com o decorrer do tempo, não necrosam e são próprias de algumas cultivares (Fig. 2). Figura 2. Folhas de trigo com pontuações cloróticas de origem genética. Figura 3. Evolução dos sintomas da infecção de Drechslera tritici-repentis, agente causal da mancha amarela. Tais sintomas não devem ser confundidos com os iniciais de infecção de fungos que causam manchas foliares, como por exemplo Drechslera tritici-repentis, agente causal da mancha amarela (Fig. 3). Nesse caso, as pontuações não são tão numerosas e não seguem uma distribuição uniforme (equidistantes). Os sintomas iniciais são pequenas

pontuações elíticas amarelas com um ponto central escuro (Fig. 3), evoluem atingindo comprimento de até 1 cm. 4. Reação de resistência à ferrugem da folha. Algumas cultivares de trigo resistentes à ferrugem da folha, causada por Puccinia triticina, apresentam pontuações cloróticas em resposta a reação de hipersensibilidade nos sítios de penetração do fungo nos tecidos foliares do trigo (Fig. 4). Figura 4. Sintomas de reação de defesa hipersensível do trigo à penetração de Puccinia triticina. 5. Folhas com estrias. Em algumas cultivares de trigo, as folhas normalmente apresentam estrias longitudinais, no sentido das nervuras, alternadas de verde com diferentes matizes desde verde normal escura a verde claro amarelado (Fig. 5). Todas as plantas ostentam esses sintomas. Sua causa é desconhecida sendo comum em algumas cultivares. Figura 5. Sintomas de estrias foliares de causa genética. No caso do mosaico, uma doença parasitária, as estrias são mais largas e contrastantes com o tecido verde normal das folhas. O mosaico ocorre em reboleiras de plantas ou em plantas esparsas em lavouras (Fig. 6).

Figura 6. Folhas de trigo com sintomas da virose do mosaico. 6. Queima da ponta das folhas bandeiras. Trata-se de uma injúria mecânica causada por vento norte forte, quente e de longa duração. Esse vento, de direção norte-sul, é comum antecedendo a ocorrência de chuvas, resulta no chicoteamento, principalmente, das folhas bandeiras do trigo, antes do espigamento. Isso causa a desidratação e necrose da extremidade das folhas na parte superior do dossel. Mais tarde a porção apical morta pode dilacerar e enegrecer pela colonização de fungos saprófitos (Fig. 7). A totalidade das folhas da lavoura exigem esses sintomas. Figura 7. Sintoma de necrose apical da folha-bandeira. 7. Injúria na dobra da folha bandeira. Esse complexo de sintomas tem sido atribuído a doença bacteriana. Os sintomas/desenvolvimento dessa anomalia não satisfazem os princípios de uma doença de causa parasitária. Por exemplo, as fontes de inóculo da estria bacteriana são sementes infectadas que introduz o inóculo na lavoura e, após, é mantido nos

restos culturais. Por isso, os sintomas surgem nas folhas inferiores e pelos ciclos secundários desenvolvem-se nas superiores atingindo a folha bandeira, pedúnculo e espiga. A principal doença bacteriana relatada em trigo é a estria bacteriana (consultar www.orsementes.com.br) causada por Xanthomonas axonopodis pv ondulosa. Os sintomas são distintos do da injúria química da folha bandeira. Causa estrias nas folhas, ataca o pedúnculo e as espigas onde produz copiosa exsudação bacteriana. Caminhando-se numa lavoura atacada a roupa fica melada. Esse quadro sintomatológico é semelhante à injúria química, como por exemplo, causada pelo herbicida paraquate (Fig. 8). Figura 8. Sintomas de injúria química do herbicida paraquate, em folha de trigo. Essa injúria ocorre principalmente na folha bandeira, nas demais não são evidentes. Não ocorre em todas as safras estando relacionados com a ocorrência de períodos longos de chuva após a formação da folha bandeira. Parcelas lado a lado, da mesma cultivar, mesma semente, com poucos dias de diferença de idade, num estádio se manifesta, enquanto que no outro não ocorre. Noutras situações, ocorre apenas em algumas plantas enquanto que a maioria se desenvolve normalmente. Ocorre independentemente se a lavoura é de rotação ou de monocultura de trigo. Os sintomas evoluem de anasarca, a necrose branca, dilaceração e escurecimento das manchas devido a colonização de fungos saprofíticos (Fig. 9).

Figura 9. Evolução dos sintomas da injúria da folha bandeira. 8. Mancha aquosa da folha. Os sintomas da mancha aquosa, uma doença parasitária, são distintos dos causados por injúrias física ou química (Fig. 10). A mancha aquosa tem como agente causal o fungo Microdochium nivale.. Figura 10. Sintoma da mancha aquosa da folha de trigo causada por Microdochium nivale.

9. Injúria causada por geada em plântulas. Esses sintomas são observados durante o inverno quando ocorrem temperatura < 4 o C e as lavouras de trigo encontram-se no primeiro estádio de crescimento (expansão da primeira folha e emissão de novas). Nos dias seguintes após a geada/temperatura baixa as plântulas injuriadas mostram bandas de tecido amarelecido e avermelhado na região que se encontravam no nível do solo na noite em que ocorreu o evento de baixa temperatura. Nos dias seguintes ao evento, pelo crescimento das plântulas as bandas agora são visíveis alguns centímetros acima do nível do solo. Danos mais severos ocorrem nas baixadas onde a temperatura foi mais negativa. Tem sido apontado como causa, a mudança brusca da temperatura do solo de < 4 o C durante à noite, seguida de 10-20 C durante o dia. Não necessitando, portanto, da ocorrência de temperaturas negativas com a ocorrência de gelo. Quando ocorre apenas um evento, as plântulas mostram somente uma banda verde esmaecido/avermelhado e se for o caso de dois eventos observam-se duas bandas (Fig. 11). Figura 11. Plântulas recém emergidas exibindo sintomas de bandas alternadas de coloração verde pálido/amarela/avermelhado com verde normal relacionadas com baixa e alta temperatura do solo/ar. Imagens sedidas por Julio Grando, Casa Camera, Maurício Cardoso, RS. Podem ocorrer bandas com estrangulamento parcial das folhas (Fig. 12).

Figura 12. Bandas de injúria de frio em plântulas de trigo e plântulas com bandas estranguladas. 10. Retenção das aristas O sintoma de retenção das aristas, com o consequente dobramento da espiga que fica deformada, tem causa mecânica. Qualquer fator (granizo, vento forte, golpe mecânico) que desloque/quebre a parte da bainha próxima da folha bandeira, no estádio do emborrachamento, dificulta ou impede a sua emersão, devido as aristas ficarem presas no ponto que quebrou (Fig. 13). Figura 13. Retenção das aristas e curvatura da espiga. 11. Sintomas de fitotoxicidade do herbicida 2,4 D. A aplicação precoce de 2,4-D pode reduzir o rendimento de grãos de trigo pela interferência nos primórdios de espiguetas, localizadas no ápice de crescimento, denominado ponto de crescimento. Um dos

sintomas clássicos de fitotoxicidade desse herbicida é a retenção das espigas no colmo após a elongação, que permanecem tortas, com o ápice preso ao colmo pelas aristas (Fig. 14). Figura 14. Sintomas de deformação de espigas, colmos e folhas causadas pelo herbicida 2,4 D. [A indicação correta do momento da aplicação de herbicidas (2,4 D-amina) em trigo consta em: Informações técnicas para trigo e triticale safra 2015/VIII Reunião da Comissão Brasileira de Pesquisa de Trigo e Triticale; Gilberto Rocca da Cunha e Eduardo Caierão, ed. Técnicos. - Brasília, DF: Embrapa, 2014. 229 p. (Tabela 4.2, pág. 112)]. Esse texto é mais uma ferramenta de diagnose que a OR Sementes coloca à disposição dos produtores de suas cultivares de trigo para ampliar o conhecimento sobre doenças não parasitárias que frequentemente ocorrem nas lavouras, facilitando sua identificação. Constantemente esse texto será ampliado com outros sintomas de causa não parasitária que ocorrem em lavouras de trigo. OR Melhoramento de Sementes Ltda Trigos que rendem com qualidade industrial diferenciada www.orsementes.com.br