Segundo o Art. 165 da CF/88 CAPÍTULO II DAS FINANÇAS PÚBLICAS Seção II DOS ORÇAMENTOS Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: I - o plano plurianual; II - as diretrizes orçamentárias; III - os orçamentos anuais. 2
PPA LDO LOA Contemplará o que o Governo pretende realizar em um período de 4 anos. (Concebe vários programas para resolver problemas). Ex: Construir 20 hospitais durante os 4 anos de vigência do PPA. Norteia a elaboração da LOA. (Ponte entre PPA e LOA) Ex: Construirá 5 hospitais, neste ano, (previstas no PPA). Executa os programas concebidos no PPA ano a ano, ESTIMANDO RECEITAS e FIXANDO DESPESAS. Ex: Gastará, neste ano, R$ 5.000.000,00 na construção de 5 hospitais (que estavam contempladas no PPA e na LDO). 3
OBS 1: PPA e a LDO são Instrumentos Orçamentários relativamente novos, já que surgiram com a CF/88. OBS 2: LDO só existe no Brasil. OBS 3: APLICAÇÃO: U/E/DF/M. OBS 4: OBS 5: OBS 6: O PPA é um planejamento estratégico de longo/médio prazo. Duração: 4 anos. A LOA e a LDO são planejamentos considerados de curto prazo. Duração: 1 anos. A LDO é a ponte entre o PPA e a LOA (diz como a LOA executará os programas do PPA). 4
Segundo a CF/ 88 art.165, 1º : 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. VIGÊNCIA A vigência do PPA não coincide com o mandato do chefe do PE. O 1º ano do mandato do chefe do PE está abrangido pelo PPA, assim como LDO e LOA elaborados pelo governo anterior. O objetivo dessa metodologia é assegurar um mínimo de continuidade administrativa. (Art. 35 2º do ADCT) Porém o Chefe do Poder Executivo não está impedido de propor alterações. 5
O PPA Concebe vários programas para resolver problemas. Todo PROGRAMA nasce de um PROBLEMA da sociedade que deve ser resolvido pelos seus representantes legalmente constituídos. Um PROGRAMA é executado por meio de AÇÕES que o integram tais como: PROJETOS, ATIVIDADES, OPERAÇÕES ESPECIAIS e OUTRAS AÇÕES que devem ser suficientes para o alcance do objetivo explícito pelo PROGRAMA. O ORÇAMENTO empregado atualmente é o ORÇAMENTO-PROGRAMA, que possui, ênfase nas realizações. A Administração Pública precisa mensurar essas realizações, e o faz por meio do instrumento denominado INDICADOR que vai determinar o quanto do problema foi resolvido, com as ações implementadas. 6
Programas TEMÁTICOS Retrata no PPA a agenda de governo organizada pelos Temas das Políticas Públicas e orienta a ação governamental. Ele articula um conjunto de Objetivos afins, permite uma agregação de iniciativas governamentais mais aderentes à gestão pública e, desse modo, aprimora a coordenação das ações de governo. Ex.: Programa Temático Energia Elétrica Programa Temático Agricultura Irrigada Programa Temático Aperfeiçoamento do Sistema Único de Saúde (SUS) Programas de Gestão, Manutenção e Serviços ao Estado. São instrumentos do Plano que classificam um conjunto de ações destinadas ao apoio, à gestão e à manutenção da atuação governamental, bem como as ações não tratadas nos Programas Temáticos por meio de suas Iniciativas. Ex.: Programa de Gestão e Manutenção da Saúde, da Educação, das Comunicações, entre outros. 7
CF/88, ADCT, Art. 35 (...) 2 - Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, 9, I e II, serão obedecidas as seguintes normas: I - o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício financeiro do mandato presidencial subsequente, será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do primeiro exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa; 8
Segundo a CF/ 88 art.165, 2º : 2º - A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. A LDO atenderá o disposto no 2º do art. 165 da Constituição e disporá sobre: Art. 4º A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no 2º do art. 165 da Constituição e: I - disporá também sobre: a) equilíbrio entre receitas e despesas; b) critérios e forma de limitação de empenho, a ser efetivada nas hipóteses previstas na alínea b do inciso II deste artigo, no art. 9o e no inciso II do 1o do art. 31; c) (VETADO) d) (VETADO) e) normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas financiados com recursos dos orçamentos; f) demais condições e exigências para transferências de recursos a entidades públicas e privadas; II - (VETADO) III - (VETADO) 9
LRF, art. 4º. 1º Integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias Anexo de Metas Fiscais, em que serão estabelecidas metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os dois seguintes. LRF, art. 4º. 3º A lei de diretrizes orçamentárias conterá Anexo de Riscos Fiscais, onde serão avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas, informando as providências a serem tomadas, caso se concretizem. Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios não poderá exceder os limites estabelecidos em lei complementar. (Regulamentado pela LRF). 1º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos, empregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público, só poderão ser feitas: I - se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes; II - se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, ressalvadas as empresas públicas e as sociedades de economia mista. 10
Adm. Direta U, E, DF, M PODER EXECUTIVO PODER LEGISLATIVO + TRIBUNAL DE CONTAS PODER JUDICIÁRIO MINISTÉRIO PÚBLICO Adm. Indireta AUTARQUIAS FUNDAÇÕES PÚBLICAS EMPRESAS PÚBLICAS SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA Apenas as DEPENDENTES contempladas no orçamento FISCAL e da SEGURIDADE SOCIAL LRF, 2, III. Empresa Estatal Dependente: Empresa controlada que receba do ente controlador recursos financeiros para pagamento de despesas com PESSOAL ou de CUSTEIO EM GERAL ou de CAPITAL, excluídos no último caso, aqueles provenientes de aumento de participação acionária. 11
CF/88, ADCT, Art. 35 (...) 2 - Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, 9, I e II, serão obedecidas as seguintes normas: (...) II - o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado até oito meses e meio antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento do primeiro período da sessão legislativa; 12
ORÇAMENTO PÚBLICO ESTIMA RECEITAS FIXA DESPESAS PEÇA AUTORIZATIVA As receitas devem ser estimadas, pois o governo não tem certeza de que as receberá. Todo mundo vai pagar os seus impostos? Qual o valor exato? Por outro lado, as despesas devem ser fixadas, pois governo deve ter um limite para os seus gastos. O ORÇAMENTO é um documento legal, porque está contido em uma lei, a Lei Orçamentária Anual - LOA, autorizando o Poder Público arrecadar Recursos Financeiros (RECEITA PÚBLICA) para financiar as demandas sociais (DESPESA PÚBLICA). 13
CF/88, art. 165, 5º - A lei orçamentária anual compreenderá: I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público. A LOA executa ano a ano os programas contemplados no PPA VIGÊNCIA: 1 ANO 14
Lei 4320/64, Art. 34. O exercício financeiro coincidirá com o ano civil. CF/88, Art. 165 6º - O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia. CF/88, Art. 165. 7º Os orçamentos previstos no 5º, I e II, deste artigo, compatibilizados com o plano plurianual, terão entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional. 15
A LOA programa a vida econômica e financeira do Estado e o programa de trabalho do governo para o período de 1 ano. Trata-se de uma lei autorizativa, expressa em termos monetários. Cumpre ano a ano as etapas do PPA, ou seja, é a materialização dos programas contidos no PPA. Metodologia atual utilizada na sua elaboração: orçamento-programa. A respectiva lei corresponde, na verdade, a 03 (três) suborçamentos (OF, OI, OSS). 16
LRF, Art. 5º O projeto de lei orçamentária anual, elaborado de forma compatível com o plano plurianual, com a lei de diretrizes orçamentárias e com as normas desta Lei Complementar: (...) III - conterá reserva de contingência, cuja forma de utilização e montante, definido com base na receita corrente líquida, serão estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, destinada ao: a) (VETADO) b) atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos. LRF, Art. 5º 4º É vedado consignar na lei orçamentária crédito com finalidade imprecisa ou com dotação ilimitada. (PRINCÍPIO DA ESPECIFICAÇÃO) 17
CF/88, ADCT, Art. 35 (...) 2 - Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, 9, I e II, serão obedecidas as seguintes normas: (...) III - o projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa. 18
CF/88 Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum. 1º Caberá a uma Comissão mista permanente de Senadores e Deputados: I - examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre as contas apresentadas anualmente pelo Presidente da República; II - examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição e exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária, sem prejuízo da atuação das demais comissões do Congresso Nacional e de suas Casas, criadas de acordo com o art. 58. 19
CF/88 Art. 166. 2º As emendas serão apresentadas na Comissão mista, que sobre elas emitirá parecer, e apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário das duas Casas do Congresso Nacional. 3º - As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente podem ser aprovadas caso: I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias; II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre: a) dotações para pessoal e seus encargos; b) serviço da dívida; c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; III - sejam relacionadas: a) com a correção de erros ou omissões; ou b) com os dispositivos do texto do projeto de lei. 20
CF/88 Art. 166. 5º - O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor modificação nos projetos a que se refere este artigo enquanto não iniciada a votação, na Comissão mista, da parte cuja alteração é proposta. Após ter enviado o projeto de LOA, o chefe do Poder Executivo tem um prazo para propor modificações de suas "intenções iniciais". Esse prazo corre enquanto não se inicia a votação, na Comissão Mista de Deputados e Senadores, da parte a se alterar. Caso a votação da parte a ser alterada já tiver sido iniciada na Comissão Mista, não poderá o PR encaminhar proposta de alteração do projeto de LOA. 21
1ª ELABORAÇÃO 4ª CONTROLE / AVALIAÇÃO CICLO ORÇAMENTÁRIO 2ª DISCUSSÃO / APROVAÇÃO 3ª EXECUÇÃO 22
A autorização legislativa para a realização da despesa constitui crédito orçamentário, que poderá ser inicial ou adicional. CRÉDITO INICIAL CRÉDITO ADICIONAL É aquele aprovado pela Lei Orçamentária Anual, constante dos OF, OI e OSS. São as autorizações de despesas não computadas ou insuficientemente dotadas na LOA. 23
São autorizações de DESPESAS NÃO COMPUTADAS ou INSUFICIENTES dotadas na Lei do Orçamento. (Lei 4320/64, art. 40) Os CRÉDITOS ADICIONAIS classificam-se em (Lei 4320/64, art. 41): CRÉDITOS SUPLEMENTARES CRÉDITOS ESPECIAIS São os que se destinam a reforçar a dotação orçamentária que se tornou insuficiente durante a execução do orçamento e objetivam a correção de erros de orçamentação. São os que se destinam a atender despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica, ou seja, a sua ocorrência indica a existência de erros de planejamento. CRÉDITOS EXTRAORDINÁRIOS São os que se destinam ao atendimento de despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna, calamidade pública. 24
Segundo o Art. 43 da Lei 4.320/64, os créditos SUPLEMENTARES e ESPECIAIS dependem da INDICAÇÃO DOS RECURSOS disponíveis que compensarão a abertura dos respectivos créditos. São considerados recursos para abertura de créditos SUPLEMENTARES e ESPECIAIS, desde que não comprometidos: 1 SUPERÁVIT FINANCEIRO (apurado no BP) DO EXERCÍCIO ANTERIOR; 2 3 EXCESSO DE ARRECADAÇÃO; ANULAÇÃO PARCIAL OU TOTAL DE DOTAÇÕES ORÇAMENTÁRIAS OU DE CRÉDITOS ADICIONAIS, autorizados em lei; 4 5 6 O PRODUTO DE OPERAÇÕES DE CRÉDITOS AUTORIZADAS; RESERVA DE CONTINGÊNCIA destinada ao atendimento de passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas; Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de LOA, ficarem sem despesas correspondentes. 25