AVALIAÇÃO DE CONHECIMENTO DE PARTICIPANTES DO CURSO BOAS PRÁTICAS NO SERVIÇO DE ALIMENTAÇÃO BAGÉ/RS

Documentos relacionados
Avaliação dos Conhecimentos Sobre Coleta de Amostras de Funcionários de uma Unidade de Alimentação e Nutrição de Campo Grande-MS

Elaboração de POPs e Manual de Boas Práticas de Fabricação em um supermercado no município de Viçosa 1

APLICAÇÃO DAS BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO COMO REQUISITO DE SEGURANÇA ALIMENTAR EM UM SUPERMERCADO, NO MUNICÍPIO DE VIÇOSA 1

Ana Lúcia de Freitas Saccol, Lize Stangarlin, Luisa Helena Hecktheuer, Neila Richards

CONDIÇÕES HIGIÊNICO-SANITÁRIAS DE UMA UNIDADE DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO DO MUNÍCIPIO DE APUCARANA, PR

III JORNADA Científica e Tecnológica do OESTE BAIANO. Semana Nacional de Ciência e Tecnologia 19 a 22 de outubro de 2010, Barreiras Bahia

R D C N º A N V I S A

Cantina Escolar. Manual de Práticas Saudáveis. Secretaria da Educação 1

FORMAÇÃO EM BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO PARA AGRICULTORAS FAMILIARES DA REGIÃO BOM SUCESSO GOIÁS: RELATO DE EXPERIÊNCIA.

11/03/2011. Elaboração de Alimentos. Ministério da Agricultura

AVALIAÇÃO DAS BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO EM UM RESTAURANTE DE COLETIVIDADE DO INTERIOR DO CEARÁ

3-Departamento de Ciências e Tecnologia de Alimentos Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais campus

Como elaborar um MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO (2ª PARTE)

Como elaborar um MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO (1ª PARTE)

Relatório de Atividades

A HIGIENIZAÇÃO DE MANIPULADORES DE UMA UNIDADE DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO (UAN)

AVALIAÇÃO DO BINÔMIO TEMPO X TEMPERATURA DE PREPAROS ALIMENTARES EM UMA UNIDADE PRODUTORA DE REFEIÇÕES DO MUNICÍPIO DE JOÃO PESSOA/PB

ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DE MÃOS DE MANIPULADORES, MÁQUINAS DE MOER CARNE E FACAS DE CORTE, EM SUPERMERCADOS DA CIDADE DE APUCARANA- PR

Manual de Boas Práticas de Fabricação. Alda Tâmara Nutricionista CRN Porto Alegre, 26 de fevereiro de 2016

AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO-SANITÁRIAS E FÍSICO-ESTRUTURAIS DO SERVIÇO DE NUTRIÇÃO E DIETÉTICA DE UM HOSPITAL, NO MUNICÍPIO DE VIÇOSA 1

CONDIÇÕES HIGIÊNICO-SANITÁRIAS DE CACHORROS QUENTES AMBULANTES DO MUNICÍPIO DE APUCARANA- PR

Plano de Trabalho Docente

RESOLUÇÃO CONSEPE/UNICEP Nº 026/2017 Data: 17 de novembro de 2017

AVALICAÇÃO DAS CONDICÕES HIGIÊNICO-SANITÁRIAS EM ESTABELECIMENTOS COMERCIALIZADORES DE VEGETAIS NA CIDADE DE VITÓRIA DE SANTO ANTÃO

Psicologia do Esporte, Exercício e Saúde, Saúde Ocupacional e Mídia - GIPESOM. Montes Claros, MG - Brasil.

Tópicos Especiais em Química. Legislações e Normas. Giselle Nobre

Orientações para estabelecimentos comerciais de alimentos

Introdução. Graduando do Curso de Nutrição FACISA/UNIVIÇOSA. 3

Nutricionista Entrevistado(a) Estatutário [ ] Celetista [ ] Contratado [ ] Concursado Celetista [ ] Outro [ ] CRN-

AVALIAÇÃO DA TEMPERATURA DOS EQUIPAMENTOS E ALIMENTOS SERVIDOS EM UMA UNIDADE DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO DE UM HOTEL NA CIDADE DE FORTALEZA

AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO-SANITÁRIAS EM PANIFICADORA DO MUNICÍPIO DE CAMPINA GRANDE-PB

LISTA DE AVALIAÇÃO PARA CATEGORIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO PORTARIA Nº817

AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES DO ARMAZENAMENTO À SECO DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS DO SETOR SUPERMERCADISTA DE SANTA MARIA RS

Resolução nº 216 de 15 de setembro de Dispõe sobre Regulamento Técnico de Boa Práticas para Serviços de Alimentação.

BOAS PRÁTICAS DE HIGIENE E MANIPULAÇÃO DE ALIMENTOS. Profa. Simone de Carvalho Balian Depto Medicina Veterinária Preventiva e Saúde Animal - VPS?

Roteiro de inspeção interna Restaurantes e similares

1 OBJETIVO 2 APLICAÇÃO 3 ATRIBUIÇÕES E RESPONSABILIDADES 4 DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA 5 TERMINOLOGIA 6 DESCRIÇÃO DO PROCESSO DE INSPEÇÃO

SEGURANÇA ALIMENTAR PARA OS PEQUENOS NEGÓCIOS

AVALIAÇÃO TÉCNICA DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO- SANITÁRIAS DE CARNES COMERCIALIZADAS EM FEIRAS LIVRES DE UM MUNICÍPIO ALAGOANO

IMPORTÂNCIA DO TREINAMENTO PARA MANIPULADORES DE ALIMENTOS EM RELAÇÃO À HIGIENE PESSOAL

CURSO DE MANIPULAÇÃO DE ALIMENTOS COM ENFASE EM BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO DE ALIMENTOS

MONITORAMENTO DA TEMPERATURA DE PREPARAÇÕES FRIAS DE UMA UNIDADE DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO COMERCIAL DA CIDADE DE SANTA MARIA -RS 1 RESUMO

Pilar: Empresa (Rotina)

AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DE MANIPULADORES DE ALIMENTOS QUANTO ÀS BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO

Eliane Maria Ferrarezzo Márcia Valéria Massa Cavaletto Rafael Cérgoli Roberto Melle P. Junior INSTALAÇÕES CIVIS PARA COZINHAS INDUSTRIAIS

ANÁLISE DA EFICIÊNCIA DA HIGIENIZAÇÃO DE MESAS DE MANIPULAÇÃO DE FRUTAS E HORTALIÇAS DO RESTAURANTE UNIVERSITÁRIO DO IFMG CAMPUS BAMBUÍ RESUMO

Newton Araújo Silva Júnior

CAPACITAÇÃO EM BOAS PRÁTICAS PARA MANIPULADORES DA ALIMENTAÇÃO ESCOLAR DA REDE PÚBLICA DE ENSINO DA REGIÃO CENTRAL DO RIO GRANDE DO SUL, BRASIL 1

SINDNUT-PA Sindicato dos Nutricionistas no Estado do Pará

CONTROLE DAS TEMPERATURAS DE DISTRIBUIÇÃO DE ALIMENTOS QUENTES EM UMA UNIDADE DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO DE SANTA MARIA- RS 1

IMPLANTAÇÃO E CAPACITAÇÃO DE COZINHAS MODELO DE ESCOLAS PÚBLICAS NO MUNICÍPIO DE BANANEIRAS-PB

CAPACITAÇÃO EM BOAS PRÁTICAS DE MANIPULAÇÃO DE ALI- MENTOS NA REDE PÚBLICA MUNICIPAL DE ENSINO

CONDIÇÕES HIGIÊNICO-SANITÁRIAS EM ESTABELECIMENTOS DE COMERCIALIZAÇÃO DE ALIMENTOS NA EMPASA DE JOÃO PESSOA/PB

Boas Práticas em food trucks: uma parceria que deu certo. Profa. Dra. Lize Stangarlin-Fiori

1 OBJETIVO 2 APLICAÇÃO 3 ATRIBUIÇÕES E RESPONSABILIDADES 4 DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA 5 TERMINOLOGIA 6 DESCRIÇÃO DO PROCESSO DE INSPEÇÃO

PROGRAMA NACIONAL DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR PNAE: Ações de Alimentação e Nutrição no PNAE

BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO PARA FORNECEDORES DA ALIMENTAÇÃO ESCOLAR DE PRODUTOS ORIUNDOS DA AGRICULTURA FAMILIAR DE FRANCISCO BELTRÃO - PR

AULAS PRÁTICAS DE CONTROLE DE QUALIDADE DE ALIMENTOS Estudo de caso dos estabelecimentos de alimentação RESUMO

Centro de Educação Superior do Oeste - CEO

TREINAMENTO DE BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO NO PROCESSAMETO MÍNIMO DE FRUTAS E HORTALIAS. Apresentação: Pôster

RESOLUÇÃO N 26, DE 02 DE JULHO DE 2015

BOAS PRÁTICAS NO PREPARO, MANIPULAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DA NUTRIÇÃO ENTERAL

APLICAÇÃO DO MANUAL DE BOAS PRÁTICAS TENDO COMO FOCO A HIGIENE PESSOAL DO MANIPULADOR RESUMO

AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DAS POLPAS E SUCOS DE FRUTAS, UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO-SANITÁRIAS DE RESTAURANTES COMERCIAIS DA CIDADE DE ROLIM DE MOURA RO.

ANÁLISE DAS BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO (BPF): APLICAÇÃO DE UM CHECK-LIST EM DOIS FRIGORÍFICOS NO MUNICÍPIO DE SALGUEIRO-PE.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO UNIRIO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE ESCOLA DE NUTRIÇÃO PROGRAMA DE DISCIPLINA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA ESTE DOCUMENTO NÃO SUBSTITUI O ORIGINAL

TEMPO E TEMPERATURA NA DISTRIBUIÇÃO DE PREPARAÇÕES EM UMA UNIDADE DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO 1

ANUÁRIO DA PRODUÇÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DISCENTE. Celita Maria Lobo Rosilene Gomes Almeida Prof. Fabiola Pedrosa Marques. Vol. 13, N.

Implementação das Boas Práticas de Fabricação

CONDIÇÕES HIGIENICOSSANITÁRIAS DE CRECHES PÚBLICAS EM UM MUNICÍPIO NO SUL DE MINAS GERAIS - BRASIL.

LEGISLAÇÃO E DOCUMENTOS TÉCNICOS APLICADOS ÀS BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO PARA AGROINDÚSTRIAS

CONTROLE DE QUALIDADE E TECNOLOGIA DE ALIMENTOS EM PRODUÇÃO DE REFEIÇÕES

PLANEJAMENTO FÍSICO E FUNCIONAL EM UAN. Curso de Nutrição Profa. Márcia Lopes Weber

Palavras chave: boas práticas, contaminação, segurança alimentar, RDC 216

LISTA DE VERIFICAÇÃO - AVALIAÇÃO DAS AÇÕES ADMINISTRATIVAS. Local: Nome do responsável: Verificador: RESPOSTAS SIM NÃO INSUFICIENTE SENDO IMPLANTADO N

6) Desenvolvimento das etapas para elaboração e implantação do plano de APPCC

CONDIÇÕES HIGIÊNICO-SANITÁRIAS DE ESTABELECIMENTOS COMERCIALIZADORES DE CARNES NO MERCADO PÚBLICO DO MUNICÍPIO DE PAU DOS FERROS - RN

COORDENAÇÃO DE SAÚDE

Recomendações para Preparo da Nutrição Enteral

Avaliação físico-sanitária de unidades de alimentação de escolas públicas em Sergipe

BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO E POPs. Profª Me. Tatiane da Silva Poló

CONSELHO FEDERAL DE NUTRICIONISTAS REFEIÇÃO CONVENIO [ ] CESTA DE ALIMENTOS [ ] 1.1. Nutricionista Entrevistado(a) CRN-7

BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO EM ESTABELECIMENTOS DE ALIMENTAÇÃO DA CIDADE DE DOURADOS-MS

AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO-SANITÁRIAS EM UM ESTOQUE DE ARMAZENAMENTO DE ALIMENTOS DE ESCOLA DO MUNICÍPIO DE SEROPÉDICA/RJ.

ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DA CARNE BOVINA COMERCIALIZADA IN NATURA EM SUPERMERCADOS DO MUNICÍPIO DE ARAPONGAS-PR

PERFIL HIGIÊNICO-SANITÁRIO DAS ESCOLAS NO MUNICÍPIO DE IMPERATRIZ- MA 1. Richardison Bezerra Almeida Graduando em Engenharia de Alimentos

A IMPORTÂNCIA DA ATUAÇÃO DO TND FRENTE AS SUPERVISÕES DE QUALIDADE

AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO-SANITÁRIAS DOS MANIPULADORES DE ALIMENTOS DAS BARRACAS DA FEIRA LIVRE DE SEROPÉDICA, RJ

NUTRIÇÃO E HOTELARIA: UMA REVISÃO DE LITERATURA SOBRE O CUMPRIMENTO DE BOAS PRÁTICAS DE PRODUÇÃO EM UNIDADES DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO HOTELEIRAS

Formação de Merendeiras: análise das formações pelos Cecanes. Lorena Chaves Nutricionista/RT COTAN/FNDE Cecane UnB Mestranda Unifesp

AVALIÇÃO MICROBIOLÓGICA DE UNIDADES DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR DA REGIÃO CENTRAL DO RS

AVALIAÇÃO DA EFICÁCIA DA CAPACITAÇÃO EM BOAS PRÁTICAS DE MANIPULAÇÃO ANALYSIS OF DATA COLLECTED FOR ASSESSING THE EFFECTIVENESS OF

Boas Práticas para a Conservação dos Alimentos. Palestrante: Liza Ghassan Riachi CICLO DE PALESTRAS ALIMENTAÇÃO E SAÚDE

ALIMENTAÇÃO ESCOLAR. Prefeitura de São Bento do Sul Secretaria Municipal de Educação

FORMAÇÃO CONTINUADA DE MANIPULADORES DE ALIMENTOS PARA O DESENVOLVIMENTO DO SETOR ALIMENTÍCIO DA REGIÃO DE ARAQUARI-SC

TEMPO E TEMPERATURA EM UNIDADES DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO:

Áreas de atuação e atribuições dos Técnicos em Nutrição e Dietética. Samara Crancio Nutricionista Coordenadora de Fiscalização CRN-4

Transcrição:

AVALIAÇÃO DE CONHECIMENTO DE PARTICIPANTES DO CURSO BOAS PRÁTICAS NO SERVIÇO DE ALIMENTAÇÃO BAGÉ/RS MARTINS, A. T. J¹, FURTADO, F. D², SCHIRMANN, G.S 3, ROKENBACH, R 4, BORTOLINI, V.M.S 5 ¹ Centro Universitário Urcamp Bagé RS Brasil alinethmartins@gmail.com ² Centro Universitário Urcamp Bagé RS Brasil francine96furtado@gmail.com 3 Centro Universitário Urcamp Bagé RS Brasil- gabrielaschirmann@urcamp.edu.br 4 Centro Universitário Urcamp Bagé RS Brasil- renirockenbach@urcamp.edu.br 5 Centro Universitário Urcamp Bagé RS Brasil - verabortolini@urcamp.edu.br RESUMO A alimentação é essencial tanto para o crescimento como para a manutenção da vida, entretanto ela é um dos principais veículos transmissores de doenças. A URCAMP como instituição comunitária, disponibiliza a capacitação e formação de trabalhadores dos serviços de alimentação, fornecendo subsídios na qualificação destes serviços O objetivo da pesquisa foi avaliar o conhecimento dos participantes quanto as Boas Práticas no Serviço de Alimentação. Concluiu-se com esse projeto que estratégias de intervenção devem continuar sendo discutidas para melhorar a qualidade dos alimentos servidos a população. Palavras-chave: Boas Práticas no Serviço de Alimentação, Avaliação, Alimentação. 1 INTRODUÇÃO A alimentação é essencial tanto para o crescimento como para a manutenção da vida, entretanto ela é um dos principais veículos transmissores de doenças, principalmente nos grupos mais susceptíveis, como as crianças e os idosos. Assim, os estabelecimentos que fornecem alimentação devem fornecer uma dieta equilibrada do ponto de vista nutricional e segura do ponto de vista higiênicosanitário (OLIVEIRA et al., 2008). Para a prevenção dessas doenças são preconizadas a educação e a formação dos manipuladores que trabalham em serviços de alimentação para a incorporação de práticas voltadas para o controle de qualidade e a segurança do alimento (GÓES et al., 2001; TAVOLARO et al., 2006). A URCAMP como Instituição Comunitária está inserida na comunidade, e disponibiliza a capacitação e formação de trabalhadores dos serviços de alimentação, fornecendo subsídios na qualificação destes serviços. Este projeto de extensão capacita e atualiza procedimentos de Boas Práticas para Serviços de Alimentação, a fim de garantir as condições higiênico sanitárias do alimento

preparado, como requisito para o alvará sanitário de empresas de alimentação e também possibilita aos acadêmicos de Nutrição a vivência em organização de eventos e elaboração de práticas educativas. O objetivo da pesquisa foi avaliar o conhecimento dos participantes do Cursos quanto as Boas Práticas no Serviço de Alimentação. 2 METODOLOGIA O projeto tem como parceria a Prefeitura Municipal de Bagé, através da Coordenadoria Municipal de Vigilância Sanitária e o Curso de Nutrição (Urcamp). Além do conteúdo abordado durante o Curso, é aplicado um questionário com questões sobre os assuntos estudados para avaliação do aprendizado. Durante o ano de 2018 participaram dos Cursos 66 pessoas. Todos os 66 questionários foram corrigidos sob o critério: questões acertadas e questões erradas ou não respondida/não sabe. O nível de conhecimento foi classificado quanto às respostas de cada questão: variáveis com mais de 70% de acerto e variáveis com menos de 70% de acerto. A análise de dados foi obtida através do software Epidata 3.1 e Epyanálise, para determinar a frequência descritiva. 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO Segundo Oliveira (2003), manipuladores de alimentos, corresponde a qualquer indivíduo que entre em contato com um produto alimentício (CAVALLI, 2007). Identificou-se que 43,9% (n=29) não souberam dizer quem é o manipulador de alimentos, houve dúvidas em 34,8% (n=23) e apenas 21,2% (n=14) responderam corretamente. A Tabela 1 descreve o resultado que não atingiu 70% de acerto. Com relação à questão, quem é o manipulador de alimentos, apenas 24,2% (n=16) responderam corretamente. Os Procedimentos Operacionais Padrão (POPs) são instruções detalhadas descritas para alcançar a uniformidade na execução de uma função específica (ICH,1996; OPAS, 2016). Sobre o POP 69,7% (n=46) responderam corretamente e 30,3% (n=20) não souberam responder. Conforme a Resolução RDC n 216, o responsável pelas atividades de manipulação dos alimentos deve ser o proprietário ou funcionário designado, devidamente capacitado, sem prejuízo dos casos onde há previsão legal para responsabilidade técnica (BRASIL, 2004) em relação à esta questão 80,3% (n=53) não souberam responder.

Para assumir o cargo de Responsável Técnico (RT) na indústria de alimentos e ter a atribuição de implantar e supervisionar as boas práticas de fabricação, as quais tratam das práticas que garantam a qualidade sanitária e a conformidade dos produtos alimentícios com regulamentos técnicos específicos (BRASIL, 2002). Neste estudo, 63,9% (n=42) responderam corretamente quem é o responsável técnico nos estabelecimentos que manipulam alimentos. Variável N % Manipulador de alimentos Pessoas que trabalham diretamente com o alimento 23 34,8 Pessoas que trabalham indiretamente e diretamente com o alimento 14 21,2 Não sabe 29 43,9 O que não se deve fazer enquanto prepara o alimento Tossir e espirrar 04 6,1 Falar desnecessariamente 01 1,5 Fumar 02 3,0 Falar no celular 01 1,5 Duas ou três alternativas 27 40,9 Todos 16 24,2 Não sabe 15 22,7 O que significa a sigla POP Procedimento Operacional Padronizado 46 69,7 Não sabe 20 30,3 Responsável pelas atividades de Manipulação dos Alimentos no estabelecimento Responsável pelo estabelecimento 13 19,7 Não sabe 53 80,3 Responsável técnico nos estabelecimentos que manipulam alimentos Profissional Nutricionista ou Veterinário 42 63,6 Não sabe 24 36,4 Tabela 1. Variável com menos de 70% de acertos. A Tabela 2 descreve as questões com mais de 70% de acertos. Ressalta-se que o não uso de uniforme preferencialmente de cor clara dificulta a visualização da higiene do mesmo (SILVA JUNIOR, 2008). Nesta pesquisa, 89,4% (n=59) responderam com um ou mais acertos. Para que ocorra uma correta higienização das mãos é importante que os manipuladores tenham suas unhas curtas e sem esmaltes, pois as mesmas compridas comportam grande número de microrganismos, dentre eles os patógenos (ABREU et al., 2011). No estudo sobre a higiene das unhas e apenas uma pessoa respondeu de forma incorreta. Nesta questão, 7,6% (n=5) responderam de forma incorreta, assim como, 100% responderam corretamente quanto à higiene das mãos. A RDC n 216 (2004) preconiza que os manipuladores que apresentem lesões e ou sintomas de enfermidades que possam comprometer a qualidade higiênico-sanitária dos alimentos devem ser afastados da atividade de preparação dos alimentos enquanto

persistirem essas condições de saúde e que os mesmos devem realizar controle de saúde. Quase 100% responderam de forma correta sobre comunicar ou não o responsável sobre alterações na saúde. Conforme a RDC n 26 (2015) contaminação cruzada é a presença de qualquer alérgeno alimentar não adicionado intencionalmente ao alimento como consequência do cultivo, produção, manipulação, processamento, preparação, tratamento, armazenamento, embalagem, transporte ou conservação de alimentos, ou como resultado da contaminação ambiental. Neste estudo, 86,4% (n=57) responderam corretamente. A Organização Mundial de Saúde afirma que a alta temperatura contribui para a garantia da inocuidade dos alimentos, podendo eliminar quase todos os microorganismos patogênicos. Dos participantes 71,2% (n=47) souberam responder corretamente. Variável N % Uniforme do manipulador de alimentos Um ou mais acertos 59 89,4 Não sabe 07 10,6 Higiene das unhas Certo 65 98,5 Errado 01 1,5 Higiene das mãos após manuseio de lixo / tosse e espirro Certo 61 92,4 Errado 05 7,6 Não comunicar o responsável sobre alterações de saúde Certo 60 90,9 Errado 06 9,1 Higiene das mãos é uma das melhores forma de evitar contaminação Certo 66 100 Errado 00 0 Contaminação cruzada Um ou mais acertos 57 86,4 Não sabe 09 13,6 Temperatura ideal para destruição dos microorganismos Mais de 70 C 47 71,2 Errado 19 28,8 Tabela 2. Variável com mais de 70% de acertos 4 CONCLUSÃO Concluiu-se com esse projeto que estratégias de intervenção deverão continuar sendo discutida para melhorar a qualidade dos alimentos servidos a população. A identificação dos domínios onde se verificou um menor nível de conhecimentos possibilitará o desenvolvimento de estratégias que visem a melhoria

e manutenção dos conhecimentos dos manipuladores e poderá contribuir para a melhoria da saúde e qualidade de vida da população. REFERÊNCIAS Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº 216 de 15 de setembro de 2004. Dispõe sobre Regulamento Técnico de Boas Práticas para Serviços de Alimentação. 2004. Brasil. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. IBGE Cidades. Disponível em <http://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm?1>. Acesso em: 18 set. 2018. Góes, J.A.W.; Furtunato, D.M.N.; Veloso, I.S.; Santos, J.M. Capacitação dos manipuladores de alimentos e a qualidade da alimentação servida. Higiene Alimentar. 15(82):20-22; 2001. International Conference on Harmonisation of Technical Requirements for Registration of Pharmaceuticals for Human Use. ICH Harmonised Tripartite. Guideline for Good Clinical Practice; 1996. Oliveira, A. de M. et al. Manipuladores de alimentos: um fator de risco. Revista Higiene Alimentar, pág 12-19, v. 17, n.114/115,2003; Oliveira, M.N.; Brasil, A.L.D.; Taddei, J.A.A.C. Avaliação das condições higiênicosanitárias das cozinhas de creches públicas e filantrópicas. Ciência e Saúde Coletiva. ; 13(3):1051-1060; 2008. Organização Panamericana de Saúde (OPAS). Buenas práticas clínicas. Documento das Américas. 2006. Washington (DC): OPAS; 2006. Resolução RDC nº 216, de 15 de setembro de 2004. Dispõe sobre Regulamento Técnico de Boas Práticas para Serviços de Alimentação. Rosa, M. S.; Negreiros, S. R. F.; Sebra, L. M.'A. J.; Stamford, T. L. M. Monitoramento de tempo e temperatura de distribuição de preparações à base de carne em escolas municipais de Natal (RN), Brasil. Rev. Nutr. [online]. 2008, vol.21, n.1, pp. Silva Junior, E. A. Manual de controle higiênico-sanitário em serviços de alimentação. 6. ed. atual. São Paulo, SP: Varela, 2008. Tavolaro, P.; Oliveira, C.A.F.; Lefévre, F. Avaliação do conhecimento em práticas de higiene: uma abordagem qualitativa. Interface Comunic., Saúde, Educ. 10(19):243-254; 2006. World Health Organization. Five keys to safer food manual [cited 2007 Sept 10]. Available from: www.who.int/foodsafety/publications/consumer/