Palavras-chaves: perfil sócio-econômico, resíduos sólidos, catadores, reciclagem.



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PERFIL SOCIOECONÔMICO DOS CATADORES DA UNIDADE DE BENEFICIAMENTO DE RESÍDUOS VÍTREOS EM PROCESSO DE INCUBAÇÃO JUNTO A INCUBADORA DA UNIVERSIDADE DE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE IUEES/UFCG Norma Maria Silva de Oliveira 1, Crislene R. S. Morais 2, Waleska Silveira Lira 3, Alderiza veras de Albuquerque 4 1 UEAMa - Univ. Federal de Campina Grande UFCG, Av. Aprígio Veloso, 882, CEP 58.109-970, Bodocongó, Campina Grande PB.E-mail: normalimam@ig.com.br 2 UEAMa - Univ. Federal de Campina Grande UFCG, Av. Aprígio Veloso, 882, CEP 58.109-970, Bodocongó, Campina Grande PB.E-mail: crislene@dema.ufcg.edu.br 3 DAE - Univ. Estadual da Paraiba UEPB, Rua Getulio Vargas, s/n, CEP 58.100-000, Bodocongó, Campina Grande PB.E- waleska.silveira@oi.com.br 4 UEAMa - Univ. Federal de Campina Grande UFCG, Av. Aprígio Veloso, 882, CEP 58.109-970, Bodocongó, Campina Grande PB.E-mail: alderizaverasa@yahoo.com.br RESUMO A questão dos resíduos sólidos tem a cada dia apresentado um motivo de preocupação para sociedade brasileira e um desafio para os gestores e estudiosos do assunto. Este trabalho apresenta uma avaliação do perfil sócio-econômico dos catadores de resíduos sólidos do lixão localizado no município de Campina Grande-PB. Para coleta de dados, foi realizada uma pesquisa de campo utilizando como instrumento, um questionário aplicado a catadores da Unidade de Beneficiamento de Resíduos Vítreos, escolhido por amostragem e que catam especificamente no lixão. Os dados obtidos revelaram que a maioria dos catadores é constituída de mulheres de cor parda, um número considerável de catadores nasceu na zona urbana e que a grande maioria não possui o ensino fundamental. Palavras-chaves: perfil sócio-econômico, resíduos sólidos, catadores, reciclagem. INTRUDUÇÃO A preocupação da sociedade em busca da qualidade de vida e do meio ambiente, vem crescendo cada vez mais nos últimos 10 anos, as cidades enfrentam grandes problemas quando se trata da localização e implantação de áreas específicas para disposição dos resíduos sólidos dentro dos limites urbanos (IBGE). O município de Campina Grande PB, não diferente dos demais. Atualmente cerca de 400 ton/dia são depositados em condições impróprias a céu aberto. A cidade de Campina Grande é o segundo município da Paraíba em população e exerce grande influência política e econômica sobre

aproximadamente 42,5% do território estadual, abrangendo 57 municípios paraibanos com 23.960 km 2 e 1 milhão de habitantes, (PMCG). O lixo do município de Campina Grande, PB, não tem nenhum tipo de tratamento e sua destinação final é o Lixão localizado no bairro do Mutirão pertencente à prefeitura, estando a uma distancia de 10 km da cidade e apenas 2 km de conjunto habitacional. O acesso ao mesmo é através da alça sudoeste na BR-230. A vida útil estimada do Lixão é de 10 anos e a sua idade é de 8 anos. No entanto, boa parte da área foi utilizada devido à grande quantidade de lixo gerado no município, nas atividades do dia-a-dia. A Figura 1 mostra um panorama atual e geral do lixão de Campina Grande PB. Foto 1- Visão panorâmica do lixão a céu aberto de resíduos sólidos urbanos da cidade de Campina Grande/PB. FUNDAMENTAÇÃO TEORICA As atividades domésticas, comercial, hospitalar, construção e demolição, poda e capina, dentre outras, originam diversos rejeitos, classificados como resíduos sólidos urbanos, os quais precisam ser dispostos em áreas diferenciadas conforme classificação quanto ao risco ao meio ambiente e a saúde pública (LIMA, 2005). A grave crise social existente no nosso país, que tem uma das piores distribuições de renda do mundo, tem levado um número cada vez maior de pessoas a buscar a sua sobrevivência através da catação de materiais recicláveis existentes no lixo das ruas em dias de coleta e nos lixões (RIBEIRO, 2006). No lixão da cidade de Campina Grande-PB encontram-se aproximadamente 500 catadores disputando os resíduos sólidos que ali chegam. O trabalho do catador tem um caráter relevante, pois, alem de ser meio de sobrevivência, é um serviço publico de

preservação da saúde e da natureza. Todavia a maioria desses trabalhadores não tem consciência da importância e do valor econômico e ambiental do seu papel (SAMPAIO et al, 2008). OBJETIVO Este trabalho teve como objetivo verificar o perfil socioeconômico dos catadores da unidade de beneficiamento de resíduos vítreos em processo de incubação junto à incubadora da universidade de federal de campina grande IUEES/UFCG. METODOLOGIA A população de catadores informais do lixão do Mutirão da cidade de Campina grande-pb é de aproximadamente 500 pessoas. O levantamento de dados para a avaliação do perfil sócio-econômico foi feito através da aplicação de questionários com 07(sete) grupos de perguntas que foram: IDENTIFICAÇÃO, MORADIA, TRABALHO E RENDA, ESCOLARIDADE, SAÚDE/ PREVIDÊNCIA, MOVIMENTO, ESCOLARIDADE e FAMÍLIA. Tendo sido realizado no segundo bimestre de 2009, utilizando o seguinte procedimento metodológico: identificação de campo de pesquisa, coleta de dados e tabulação dos resultados. RESULTADOS E DISCUSSÃO IDENTIFICAÇÃO No resultado da identificação os entrevistados responderam possuir documentos tais como certidão de nascimento ou casamento, RG, CPF, Título de Eleitor e carteira de trabalho, os mesmo não tem PIS (Programa de Integração Social) que é uma inscrição junto à previdência Social, que é a seguradora do trabalhador Brasileiro. Como essa inscrição é feita pelo empregador da empresa publica ou particular os catadores não possuem, pois sempre trabalharam na informalidade. Quanto á naturalidade, objetivou-se quantificar os catadores nascidos na cidade de Campina Grande PB, ou oriundos de outras cidades da federação, de acordo com a

Figura 1. zona urbana zona rural 87% Figura 1 Naturalidade. Os dados da Figura 1 apresentam que todos nasceram em Campina Grande PB. Sendo que 87% nasceram na zona urbana e na zona Rural. De acordo com a Figura 2, observa-se que 75% dos entrevistados são do sexo feminino e são do sexo masculino. masculino feminino 75% Figura 2 Sexo. Analisando os dados da figura 3, observa-se que a Faixa etária dos catadores está compreendida com idades entre 28 e 59 anos. 12% 12% 24% 28 anos 30 anos 31 anos 32 anos 34 anos 36 anos 59 anos Figura 03 Idade.. De acordo com os dados da Figura 04 pode 62% dos entrevistados tem cor

parda, têm como cor negra, e o restante têm com amarela. negra parda amarela 62% Figura 4 Cor. SITUAÇÃO FAMILIAR Metade dos catadores entrevistados é chefe de família, ou seja, trabalham para manter todas as despesas da casa e a outra metade dos catadores não são chefe de família. Analisando os dados da Figura 6 pode-se constatar que 75% dos entrevistados têm filhos e não tem filhos. sim não 75% Figura 6 Tem Filhos. Em relação ao estado civil dos entrevistados a Figura 7 mostra que 62% são amigados, são solteiros e são viúvos. solteiro amigado viuvo 62% Figura 7 estado Civil.

MORADIA Todos os catadores moram na zona urbana em casa própria, as casa tem de 1 a 3 cômodos tem energia e água encanada tem banheiro e não tem rede de esgoto. TRABALHO E RENDA O tipo de atividade desenvolvida (realizada) antes de ser catador(a) está representado na Figura 8. 62% empregada doméstica agricultora neuhum Figura 8 - Trabalho antes de ser catador. Analisando os dados da Figura 8, pode-se constatar que 62% dos entrevistados realizava nenhuma atividade antes de ser catador(a), uma vez que muitos já nasceram dentro dos lixões, já trabalharam de empregada doméstica e trabalharam na agricultura. sim não 87% Figura 9 Trabalho em zona rural. Dos catadores entrevistados todos nunca tiveram as carteiras profissionais assinadas, há mais de 15 anos são catadores, Não tem outra ocupação a não ser catar resíduos sólidos, nenhum é aposentado e tem renda mensal com a catação de aproximadamente meio salário mínimo.

ESCOLARIDADE ensino fund. Completo ensino fund. Imcompleto 87% Figura 10 Nível de escolaridade. Dos entrevistados todos estão sem freqüentar escola, mas já freqüentaram a escola sendo que de acordo com o gráfico da Figura 10 só dos entrevistados tem o ensino fundamental completo os demais não chegaram a concluir a 1ª fase do ensino fundamental, parte dos catadores entrevistados declara que mesmo tendo freqüentado escolas, não sabem ler nem escrever corretamente. Alegam que querem voltar a estudar o que não aconteceu ainda por falta de tempo, falta de oportunidades e o horário que não é propício. Quando feita as argüições se gostaria de participar de capacitação todos responderam que sim em curso de computação, cabeleireira e outros em que melhore a qualidade de vida dos mesmos. SAÚDE/PREVIDÊNCIA Dentre os entrevistados nenhum apresenta deficiência física e nunca contribuíram com o INSS mesmo sendo autônimo. Quando perguntado se tem algum problema crônico de saúde, 62% responderam que não tem nenhum tipo de doença, apresentam pressão alta e desvio na coluna de acordo com o gráfico 11 abaixo. pressão alta desvio de coluna nenhum 62% Figura 11 Problema de saúde.

Segundo as informações obtidas na pesquisa, observa-se que 62% dos entrevistados não apresentam nenhum tipo de doenças enquanto que apresentam pressão alta seguidos de com problemas de coluna. MOVIMENTO A participação dos catadores em associação e cooperativa é um pouco desestimulada os mesmos não levam a sério, dos entrevistando só uma pessoa que de encontro/formação do movimento, e alegam que a maior dificuldade do catador na associação/ cooperativa é quando feita a coleta saber fazer a venda sem prejuízos. FAMÍLIA No questionamento sobre a família dos catadores que moram na mesma residência 24% dos entrevistados responderam que a família é composta por 6 pessoas, 24% por 2 pessoas também, e com, 1 pessoa, 3 pessoas, 4 pessoas e 5 pessoas ficaram com cada uma respectivamente. Foi também perguntado quantos filhos com idade compreendida entre 7 e 14 anos estão fora da escola, foi visto que em uma família existe uma criança sem estudar, a mãe respondeu que é porquê a mesma não gosta de estudar. Figura 12. 24% 24% 1 pessoa 2 pessoas 3 pessoas 4 pessoas 5 pessoas 6 pessoas Figura 12 Quantidade de pessoas por família. Nas famílias de catadores que residem juntos no mesmo espaço físico não existem pessoas com mais de 60 anos. 50% dos catadores tem filhos com idade compreendida entre 7 e 14 anos, e os outros 50% não tem. Não existem catadores com menos de 16 anos nas famílias entrevistados. Do total de pessoas que trabalham em cada residência responderam que somente uma pessoa trabalha em cada casa, já em 75% das residências trabalham 2 pessoas de acordo com a Figura 14..

1 pessoa 2 pessoas 75% Figura 14 Quantidade de pessoas que trabalham em cada residência. Quanto à questão de portadores de deficiência químicos e físicos nas famílias, foi respondido que: não existem portadores de deficiência física, enquanto que com deficiência química (dependência) ficou assim representado na Figura 15, onde, 38% são dependentes químicos e 62% não apresentam dependência, sendo que a dependência são cigarro e bebida alcoólica. 38% sim não 62% Figura 15 Dependência química. De acordo com os dados da Figura 16 observa-se que 74% dos entrevistados recebem o benefício da bolsa família/peti, recebem doações do tipo pão e leite e os outros não recebe nenhum tipo de benefício. Nenhum bolsa familia/peti doações 74% Figura 16 Recebimento de beneficio. Considerações finais

O município de Campina Grande/PB, não apresenta nenhum tipo de gerenciamento de resíduos sólidos, a disposição final desses materiais feita a céu aberto, sem nenhum tratamento, no Lixão localizado no Bairro do Mutirão. Sabendo que o trabalhador catador, é o primeiro elo da cadeia produtiva de reciclagem, importante para o desenvolvimento sustentável, o conhecimento sobre sua realidade é imprescindível e, nesse sentido, um estudo sobre o seu perfil torna-se básico na perspectiva de se empreender intervenções de políticas públicas. Durante a realização da pesquisa, os resultados obtidos permitem concluir quer: A população de catadores é do sexo feminino de cor parda, tendo idade compreendida entre 28 e 59 anos e nasceu na zona urbana da cidade de Campina Grande e tem documentos pessoais. Os dados mostram que a maioria dos entrevistados são chefas de família e possuem filhos tendo como estado civil amigados e tem residências próprias e não realizavam outras atividades antes de ser catadores. Não tem outra ocupação a não ser catar resíduos sólidos, são trabalhadores informais e apresentam renda mensal de meio salário mínimo, vivendo, portanto, abaixo da linha de pobreza. Grandes partes dos catadores não apresentam nenhum tipo de doenças, enquanto alguns apresentam problemas de coluna devido a posição de recolher os resíduos. Entre os entrevistados não tem menores de 18 anos e metade deles tem filhos com idade compreendida entre 7 e 14 anos a maioria dessas crianças estão matriculadas regularmente em escolas do próprio bairro. A maioria dos entrevistados recebe o benefício do Governo Federal tal como da bolsa família/peti. REFERENCIAS BIBLIOGRAFIA

IBGE. PESQUISA NACIONAL DE SANEAMENTO BASICO Limpeza urbana e coleta de lixo, 2006. LIMA, J. D. Sistema Integrados de Destinação Final de Resíduos Sólidos Urbanos. Editado por: ABES Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental Seção Paraíba. 1ª edição 2005. OLIVEIRA, S. A. Limpeza Urbana Aspectos Sociais Econômicos e Ambientais. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal da Paraíba/Universidade Estadual da Paraíba, 2004. OLIVEIRA, N. M. S. Caracterização gravimétrica dos resíduos sólidos classificação e diagnóstico dos resíduos vítreos gerados no município de campina grande PB. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de Campina Grande-UFCG, 2007. PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINA GRANDE - PMCG. http://www.seplam.pmcg.pb.gov.br/. Acesso em 16/07/2009. RIBEIRO, M. D. Aspectos sócio-ambientais dos resíduos sólidos descartados e comercializados no centro comercial e no lixão de Campina grande-pb. I Simpósio Nordestino de Saneamento Ambiental. ABES-PB. João Pessoa, 2006. SAMPAIO, E. B.; VASCONCELOS, M. C.A.; MELO, R. O. L. Economia Solidária e processos de incubação. Universidade Federal de Sergipe, 2008.