MINI-CURSO SILVANE MAGALI VALE NASCIMENTO (UFMA/GERAMUS)

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Transcrição:

XXXIII ENCONTRO DE ASSISTENTES SOCIAIS DO ESTADO DO MARANHÃO MINI-CURSO Processo de trabalho do Assistente social na área de gênero e políticas para as mulheres SILVANE MAGALI VALE NASCIMENTO (UFMA/GERAMUS)

AS RELAÇÕES DE GÊNERO COMO EXPRESSÃO DA QUESTÃO SOCIAL As relações de gênero são anteriores ao surgimento do patriarcado. Considerando serem as primeiras produto dos processos de socialização e o segundo, produto do surgimento da propriedade do excedente de produção, da propriedade privada não-capitalista, juntamente com as descobertas que faziam os homens sobre o processo da reprodução biológica dos seres humanos ainda no período neolítico.

Conforme Michel(1982), A acumulação de bens por alguns dá origem à formação de uma sociedade estatal, baseada ma escravidão, nas classes sociais e na degradação das condições das mulheres (p.18). Observa Saffioti (2004) é fundamental estabelecer a diferença entre patriarcado na concepção Weberiana e patriarcado na concepção utilizada pelo movimentos feminista e por inúmeras estudiosas e pesquisadora da temática, percebendo-o como um conceito que se reatualiza.

Pateman( 1993), nos explica como o contrato sexual difere do contrato social. Enquanto este último propunha a liberdade entre os homens, o primeiro aprisionava as mulheres. Nesse sentido, afirma Pateman (1993): Os teóricos do contrato não tinham a intenção de contestar o direito patriarcal original em seu ataque violento ao direito paterno (p.18). o poder conjugal, não é paterno, e sim parte do direito sexual masculino, o poder que os homens exercem enquanto homens e não enquanto pais (PATEMAN, 1993, p. 42).

O patriarcado moderno não assegura o direito dos pais e sim dos maridos, contudo os maridos expressam apenas um sentido figurado, pois o patriarcado se expressa no PODER DO MACHO (SAFFIOTI, 1987), logo, de maridos, namorados, amantes, no PODER DO MACHO nas sociedades. Dessa forma, o patriarcado se espraia na sociedade e alcança o Estado. Então, é necessário entender que as práticas patriarcais não acontecem apenas no espaço privado, ou seja, no âmbito da casa. Mas está presente também no Estado.

EXISTE PATRIARCADO EM TODAS AS SOCIEDADES? O patriarcado não se expressa de forma homogênea. No Oriente, o patriarcado se expressa de forma diferenciada. E para alguns/algumas estudiosos/as, a interpretação do patriarcado nessas sociedades se dá com base no pensamento de Weber. Nas sociedades capitalistas, o patriarcado expressa a lógica da articulação entre capitalismo e racismo. O capitalismo é mais reente do que o patriarcado e o racismo, porém; é fortalecido pelos dois sistemas.

As mulheres ao tornarem-se trabalhadoras são exploradas como tais. Mas essa exploração se difere quando se considera as mulheres do ponto de vista das classes sociais. As mulheres também serão consideradas de formas diferentes no mundo do trabalho quando se considera a sua pertença de raça/etnia. Raça: é um conceito ressignificado sociologicamente para expressar as desigualdades e opressão (dominação+exploração) que recai sobre as populações não-branca, preferencialmente, as populações negras.

Etnia: são as expressões culturais, costumes, valores e tradições de um população. Não está relacionada aos fenótipos. AS MULHERES TAMBÉM SÃO EXPLORADAS DENTRO DE CASA? NO TRABALHO DOMÉSTICO NÃO- REMUNERADO? Algumas pesquisadoras e estudiosas feministas francesas como Danièle Kergoat, Monique Haicault e Danièle Combes (1986), ressaltam que as mulheres não são apenas exploradas na produção, mas também no processo de reprodução que inclui o trabalho doméstico não remunerado.

Conforme Combes e Haicualt, (186), [...] a história do capitalismo, será igualmente, e desde o início, a história de uma nova organização da reprodução (p.27). As autoras destacam que a reprodução é no capitalismo: uma das forças em jogo da luta de classes e da luta dos sexos. E a reprodução é também no capitalismo, uma questão do Estado (COMBES, HAICAULT, 1986, p.27). A família é também, e de forma indissociável, o resultado de um Estado[...] (COMBES, HAICAULT, 1986, p.28).

Mas a família também não pode ser pensada como uma categoria homogênea. Considerando o campo e a cidade, as famílias se expressam em diversas situações. As relações homoafetivas também expressam novas organizações familiares, e todos esses reordenamentos materializam relações de gênero. A família, os indivíduos, as coletividades constituem objeto de nossa intervenção. Mas todas essas expressões estão inseridas em relações de gênero, étnico/raciais, geracionais e de classe.

O PROCESSO DE TRABALHO DO/A ASSISTENTE SOCIAL NA ÁREA DE GÊNERO Somos a maioria mulheres, trabalhando com mulheres Como a nossa leitura da realidade permite essa compreensão? Trabalhar com mulheres não é trabalhar as relações de gênero. E porque a ênfase nas mulheres?

Porque a omissão e secundarização do debate reflete a forma de posicionar a mulher na sociedade. Nesse sentido, as relações de gênero exprimem em sua maioria, relações patriarcais. Logo, o objetivo ao se trabalhar com as relações de gênero como categoria teórica de análise e categoria teórica operacional, é desconstruir essa relação tal como ela se materializa nas sociedades. A família, as mulheres, não são construções mentais tão somente. Existe concretude. Mas como sujeitos que existem concretamente, precisam ser interpretados nessa concretude.

A PARCIALIDADE DO SUJEITO INSTITUCIONALIZADO NO PROCESSO DE TRABALHO DO/A ASSISTENTE SOCIAL: não é o beneficiário/a que deve ser interpretado e sim o/a trabalhador/a no contexto das relações sociais. A mulher trabalhadora, que mora em tal bairro, tal município, que vivencia tais situações decorrente das implicações do seu município, do seu bairro. O seu bairro de hoje ou de ontem? Essa mulher tem procedência social de onde? Porque está aqui nessa instituição? E em quantas outras está como beneficiária/usuária? Porque?

São Luís: as mulheres estão presentes no mercado informal, as mulheres apresentam inserção na construção civil, nas hierarquias dos bancos, nas gestões de órgãos públicos... Como se configuram as localizações dessas mulheres nesses trabalhos? Como as relações de gênero, raça/etnia e geração se manifestam? Essas mulheres são as mesmas que recorrem ao nosso trabalho de assistentes sociais? Como os serviços institucionais no nosso processo de trabalham impactam positivamente a vida das mulheres em São Luís, considerando as relações acima mencionadas?

Maranhão (algumas situações): as trabalhadoras rurais em suas várias expressões, perdem ocupações, perdem recursos naturais, migram em busca de emprego (as mais jovens migram muito para o trabalho doméstico), muitas assumem a chefia familiar por causa dos deslocamentos compulsórios dos seus companheiros, as mulheres continuam invisíveis ou quase invisíveis como trabalhadoras rurais, as políticas para o rural continuam priorizando os homens como produtores, os programas e projetos (inclusive a assistência técnica) continuam priorizando os homens. Nas áreas onde são implantados os grandes projetos, as mulheres continuam sendo expropriadas, exploradas (entender a exploração em relações de produção não-capitalistas) e expulsas do campo em vários casos (NASCIMENTO, 2011).

São Luis (algumas situações): aumentam os casos de violência contra mulheres, a participação das mulheres nos pleitos eleitorais também tem aumentado, aumenta o número de mulheres no judiciário... As políticas para mulheres (federal, estadual, municipal) são conhecidas pelas/os assistentes sociais? Como conseguimos utilizar algumas dessas situações para exercitar a mediação entre as demandas que são apresentadas ao nosso processo de trabalho? Como estimulamos os processos de organização dessas mulheres?

No Maranhão: aumento do número de casos de violência contra mulheres, casos de pedofilia, casos de prostituição infantil(nas áreas de fronteiras e grandes projetos maior ênfase), aumenta a presença das mulheres no movimento sindical, aumento da escolarização das mulheres (em média a partir dos 30 anos muitas mulheres têm retomado os estudos), aumento do número de mulheres no Programa Bolsa-Família, mulheres idosas representam às vezes a principal renda monetária familiar...

Totalidade, mediação, contradição são categorias teóricas de análise fundamentais no processo de trabalho do/a assistente social. Nas relações de gênero, isso permite apreender e analisar: Os antagonismos de classe que perpassam as relações entre as mulheres; Ao antagonismos de classe que perpassam as relações entre homens e mulheres de uma mesma classe; O papel da ideologia nesses processos. Ideologia que sustenta a ideologia dominante e ideologia que permite a contraposição e a revolução no sentido Gramsciano.

REFERÊNCIA MICHEL, Andrée. O feminismo: uma abordagem histórica. Rio de Janeiro, Zahar editores, 1982. NASCIMENTO, Silvane Magali vale Nascimento. A reprodução do campesinato em Brejo (MA) e a participação das agricultoras familiares camponesas frente à expansão da monocultura de soja: duas lógicas de desenvolvimento. Tese de doutorado. PPGPP/UFMA, 2011. PATEMAN, Carole. O contrato sexual. Rio de Janeiro, Paz e terra, 1993. 347p SAFFIOTI, Heleieth. O poder do macho. São Paulo, Moderna, 1987, 120p. SAFFIOTI, Heleieth. Gênero, patriarcado violência. Sã Paulo, Ed. Perseu Abramo, 2004, 151p..