DESVALORIZAÇÃO E INVISIBILIDADE DO TRABALHO DOMÉSTICO: REFLEXÕES INICIAIS

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1 DESVALORIZAÇÃO E INVISIBILIDADE DO TRABALHO DOMÉSTICO: REFLEXÕES INICIAIS Luciana Cândido Barbosa 1 ( UFPB) lucianacbarbosa@gmail.com Problemática Para refletir a problemática do trabalho doméstico não remunerado, se faz necessário adentrar nas compreensões sobre a categoria trabalho, como um elemento fundamental de análise da realidade social. Na história da humanidade o trabalho sempre esteve presente, relacionado ao desenvolvimento humano e à transformação da natureza. É através da inteligência, da criatividade e do desejo para atingir um determinado objetivo, que os seres humanos realizam o processo de trabalho em sociedade. Karl Marx ilustra poeticamente e com brilhantismo, a essência humana do trabalho ao afirmar que: Uma aranha desempenha operações que se parece com a de um tecelão, e a abelha envergonha muito arquiteto na construção de seu cortiço. Mas o que distingue o pior arquiteto da melhor das abelhas, é que o arquiteto figura na mente sua construção antes de transformá-la em realidade. (MARX, 1985, p.202). O trabalho precisa da ação humana para ser realizado, e é um elemento fundamental para o desenvolvimento social e cultural da humanidade. As trocas entre os seres humanos e natureza sempre se produzem em condições sociais determinadas. Ricardo Antunes através da análise dos Escritos de Marx e Engels, descreve o processo de trabalho da seguinte forma: [...] é um processo em que o homem por sua própria ação, media, regula e controla seu metabolismo com a natureza. Ele mesmo se defronta com uma matéria natural, com uma força natural. Ele põe em movimento as forças naturais pertencentes a sua corporalidade, braços e pernas, cabeça e mão, a fim de apropriar-se da matéria natural de uma forma útil para sua própria vida. (ANTUNES, 2004, p. 30). 1 Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Serviço Social da Universidade Federal da Paraíba.

2 2 É interessante compreender que historicamente foram atribuídos ao trabalho diferentes significados, ele pode ser visto como obrigação ou prazer, oposição ao ócio e ao lazer, fonte de realização e como uma forma de sobrevivência. Atualmente a compreensão da categoria trabalho está intrinsecamente relacionada ao trabalho assalariado exercido num espaço urbanizado por um sujeito masculino. Essa idéia está relacionada ao processo de industrialização adotado pelo sistema capitalista, que organizou o trabalho para atender aos interesses econômicos da burguesia, e ao patriarcado que coloca os homens no campo da produção econômica e as mulheres no campo da reprodução social. No capitalismo, o trabalho adquire uma funcionalidade e organização, em um determinado tempo do dia (com uma carga horária), e um valor (um salário). Há uma apropriação do processo de trabalho, de modo a gerar lucro e mais-valia, através da exploração da mão de obra da classe trabalhadora e do controle do seu trabalho assalariado. Assim, a concepção de trabalho adotada pelo sistema capitalista e patriarcal não considera o trabalho exercido no campo da reprodução humana, ou seja, o trabalho doméstico, informal, exercido majoritariamente pelas mulheres. O estudo sobre o trabalho doméstico realizado por feministas tem questionado a concepção persistente adotada pelo sistema capitalista e patriarcal que reconhece apenas o trabalho produtivo, assalariado, gerador de mais valia para a burguesia. As análises feministas apontam para a insuficiência da perspectiva capitalista sobre o trabalho, porque não considera grande parcela da população brasileira, que exerce um trabalho não remunerado, sem carga horária estabelecida. Para Nobre (2004) reconhecer a importância da reprodução e pensar em novos termos de articulação com a produção não significa atribuí-la unicamente às mulheres. É fundamental criar as possibilidades para que o trabalho reprodutivo seja uma ação coletiva, com divisão igualitária de responsabilidades. É importante reconhecer o trabalho doméstico não remunerado exercido por mulheres no campo reprodutivo como trabalho, ampliando a concepção para além da visão econômica, reconhecendo-o no campo da reprodução social. Historicamente, em todas as sociedades as mulheres trabalharam, desenvolvendo as tarefas do campo do privado, da família, as tarefas mais minuciosas e repetitivas, o trabalho doméstico sempre foi uma tarefa de sua autoria. No Brasil colonial as mulheres negras trabalhavam nas casas grandes exercendo diversas tarefas: limpar, cozinhar, lavar e o cuidado com os as crianças e os doentes. Durante séculos essas tarefas foram atribuídas unicamente às mulheres,

3 3 como atividades naturais do sexo feminino, portanto, as mesmas deveriam ser realizadas com destreza, amor e benevolência. Na década de 1970, com o advento da industrialização, as mulheres se inserem massivamente no mundo do trabalho produtivo e assalariado, e é partir daí que seu trabalho passa a ser reconhecido pela sociedade como trabalho, com o modelo de trabalho apresentado pelo sistema capitalista, de extração de mais valia. Ao saírem do espaço doméstico para adentrarem no mundo público do trabalho, apresenta-se a ausência do espaço privado destinado a elas, produzindo a desvalorização de sua participação no mundo do trabalho e mantendo a sua exploração doméstica. Se as mulheres que as exerciam estavam fora de casa, a quem cabiam as tarefas domésticas? Em sendo um trabalho naturalizado como feminino, as trabalhadoras continuaram a exercer o trabalho dentro de casa, ocasionando para elas a dupla jornada de trabalho, ou seja, uma dupla opressão de classe e de gênero. Com essa inserção, o trabalho doméstico, torna-se um problema a ser resolvido para garantir a ordem social no campo da produção e da reprodução. Era necessário repensar o modelo da divisão do trabalho em sociedade que determinava o espaço privado para as mulheres e o espaço público para os homens. No entanto, a permanência das mulheres exercendo as tarefas domésticas não garantiu a divisão equitativa das tarefas domésticas na ocorreu. Ao contrário, o trabalho doméstico continuou sendo considerado exclusivamente feminino, fazendo as mulheres repensarem seu lugar no mundo do trabalho produtivo. É evidente que as mulheres são exploradas pelo capitalismo e pelo patriarcado ao exercerem exclusivamente as tarefas domésticas, porque o tempo que elas levam para organizar o campo da reprodução, como o cuidado com a educação, a saúde, a alimentação e a vestimenta não é computado, é exercido gratuitamente e de forma inesgotável. Ainda na década de 1970, o movimento feminista começa a perceber a exploração sofrida pelas mulheres no campo do trabalho, com um grande volume de trabalho realizado no espaço doméstico realizado com afeto e amor pelos seus familiares. Assim, estudiosas elaboram a teoria da divisão sexual do trabalho que explica o sistema de exploração por sexo no mundo do trabalho. Segundo Danièle Kergoat (2003), essa noção foi explicada inicialmente por etnólogos em seus estudos de sociedades, considerando a divisão das tarefas entre homens e mulheres como uma repartição complementar. Contudo, são as feministas que descortinam as relações de poder existentes da chamada repartição, apontando a existência de desigualdades na vida das mulheres.

4 4 Dessa forma foi se construindo e elaborando o conceito da divisão sexual do trabalho que decorre das relações sociais de sexo, pela destinação prioritária dos homens à esfera produtiva e das mulheres a esfera reprodutiva. A autora nos apresenta o conceito para a divisão sexual do trabalho: A divisão sexual do trabalho é a forma de divisão do trabalho social decorrente das relações sociais de sexo, essa forma [...]. Ela tem por características a destinação prioritária dos homens à esfera reprodutiva e das mulheres a esfera reprodutiva [...]. Esta forma de divisão social do trabalho tem dois princípios organizadores: o princípio de separação (existem trabalhos de homens e trabalhos de mulheres) e o princípio da hieraquização (um trabalho de homem vale mais que um trabalho de mulher). (KERGOAT, 2003, p. 55-6). Embora, nos últimos 40 anos, as mulheres tenham alcançado direitos no campo da educação, política e saúde sexual e reprodutiva, além da participação no mercado de trabalho, apontando avanços sociais e culturais significativos, o exercício do trabalho doméstico ainda é tarefa exclusivamente feminina. Essa tendência é explicada pelas desigualdades de gênero existentes em todas as sociedades, em que as mulheres são colocadas em constantes desigualdades de privilégios em relação aos homens, assentadas nas relações sociais de gênero construídas na sociedade, que disseminam essas desigualdades nas instituições sociais, como a família, a igreja, a escola e o trabalho. Para explicar as desigualdades existentes e persistentes entre os sexos, estudiosas feministas elaboraram a categoria gênero nos anos 1970, como uma categoria útil para análise histórica dessas desigualdades. De Joan Scott (1999, p. 14) temos a seguinte definição: gênero é um elemento constitutivo de relações sociais baseado nas diferenças percebidas entre os sexos, é uma forma primeira de significar as relações de poder. Scott afirma ainda que o conceito de gênero determinou a construção das relações de poder político e a oposição entre masculino e feminino de forma natural e legítima, preservando o sistema existente; indicando ainda que a história pode e deve ser mudada, que não é imutável, porque os homens e as mulheres são sujeitos que produzem a sua própria história e estão em constante mutação. Nessa perspectiva, a divisão sexual do trabalho está intrinsecamente relacionada às relações sociais de sexo, ambas formam um sistema. Nas relações sociais de sexo as relações entre os grupos são antagônicas; as diferenças entre as práticas dos homens e mulheres são

5 5 construções sociais que tem uma base material e ideológica; se baseiam em relações hierárquicas, de poder e dominação. Nessa divisão, as mulheres realizam tarefas e espaços de poder diferenciados dos homens, dentre elas, as tarefas domésticas, atribuindo prioritariamente às mulheres a responsabilidade com os cuidados do lar. Para Daniele Kergoat (1998) apud Maria Betânia Ávilla et al (2007, p. 129) o trabalho doméstico é definido como aquele através do qual se realizam as tarefas do cuidado e da reprodução da vida, o qual é um elemento fundante dessa divisão e, portanto funcional e integrado ao modo de produção capitalista. Ainda para a autora, o trabalho doméstico não é ahistórico, é a forma concreta que toma o trabalho reprodutivo designado para o grupo das mulheres em uma sociedade assalariada. O trabalho doméstico traz características peculiares que reforçam a exploração das mulheres em seu exercício: a servidão; a gratuidade; o afeto; o cuidado e o tempo inesgotável. Esses elementos dificultam a saída das mulheres da teia da opressão patriarcal e capitalista que as explora no mundo do trabalho. A servidão é uma herança histórica trazida do período escravocrata e patriarcal no Brasil, em que as mulheres negras eram obrigadas a executar os serviços domésticos de maneira submissa, servindo aos homens e as mulheres brancas, sendo duplamente exploradas em seus direitos e sua dignidade, pela opressão de gênero e de raça/etnia. A disponibilidade permanente para servir aos outros é constitutiva da noção do trabalho domestico como trabalho das mulheres e isso é uma tensão na relação social de sexo (ÁVILA, 2010, p.131). Essa herança escravocrata é responsável pela permanência majoritária de mulheres negras e póbres no emprego doméstico na atualidade, traduzindo o racismo e a injustiça social. Hirata (2004) apud Avilla ( 2008), afirma: a servidão significa estar sempre á disposição do outro ou da outra; implica fazer uma atividade qualquer do jeito que o outro ou a outra gostar; ser considerada naturalmente uma espécie de adivinhadora dos desejos dos(as) outros (as), a total disponibilidade de tempo. A gratuidade também é um elemento central para analisarmos a invisibilidade e desvalorização do trabalho doméstico. É uma característica que explora sutilmente o trabalho das mulheres, as tarefas são realizadas sem exigir nada em troca, com altruísmo para todos os membros da família, como algo que faz parte de sua natureza feminina. Está relacionada diretamente a construção social de gênero da sociedade. Vejamos o que diz Delphy (2000) apud Ávila (2010) sobre a gratuidade: toma-se o trabalho de alguém sem passar pela extorsão da mais valia, o que causa um efeito paradoxal, pois a exploração se torna menos aparente.

6 6 Outra característica importante é o afeto, as tarefas domésticas são realizadas para as pessoas que as mulheres mais amam seus filhos e filhas, companheiros, mães e outros familiares, esse sentimento reforça a gratuidade, não exigindo nada em troca. Outra tendência importante quando pensamos no trabalho doméstico diz respeito ao cuidado como uma característica atribuída às mulheres trazida pelas relações desiguais de gênero na sociedade. Então é exigido das mulheres o cuidado com o planeta, com a humanidade, com a natureza, com a família e realização do trabalho doméstico. Bila Sorj coloca o cuidado com um tema prioritário para o feminismo para pensar a exploração do trabalho doméstico das mulheres, sendo um dos motivos que dificultam a divisão eqüitativa das tarefas domésticas entre mulheres e homens. A autora afirma: os homens continuar a investir o seu tempo prioritariamente no trabalho remunerado e um crescente número de mulheres são levadas a acumular trabalho remunerado e trabalho não remunerado. (SORJ, 2010, p.58). Enfim, a disponibilidade total das mulheres para o trabalho doméstico é uma exigência do modelo patriarcal e capitalista vigente, o tempo das mulheres como um dos mecanismos inesgotáveis de dominação patriarcal e de exploração econômica. No sistema capitalista apenas o tempo da produção é valorizado porque ele produz mais valia. O tempo no cuidado, da reprodução da vida social não é valorizado, por esse motivo não há uma divisão eqüitativa entre homens e mulheres do tempo exercido na produção e na reprodução social. Essas características reforçam a inviabilidade e desvalorização do trabalho doméstico, por ser este exercido predominantemente pelas mulheres. Vejamos o que diz Ferreira (2005) sobre o assunto: A vulnerabilidade e a precariedade são características do trabalho das mulheres no capitalismo e antes dele, assim como a desvalorização do trabalho reprodutivo e, neste âmbito, a invisiblidade do trabalho doméstico, realizado pelas mulheres, seja nas zonas urbanas ou rurais. (FERREIRA, 2005, p. 34). Essa gama de responsabilidade das mulheres no campo doméstico retira a possibilidade de autonomia e liberdade, privando-as do lazer e do cuidado consigo mesmas. Concluindo, constata-se que o problema da exploração e dominação das mulheres na área do trabalho é político e social. O trabalho doméstico não remunerado exercido pelas mulheres permanece inalterado. Assim é fundamental que a ação política feminista continue a priorizar a discussão sobre a divisão sexual do trabalho, denunciando a opressão vivenciada

7 7 pelas mulheres, propondo mudanças no campo das políticas públicas para as mulheres, assim como avançando teoricamente nos estudos feministas sobre o trabalho. É importante reconhecer e denunciar que o trabalho doméstico permanece invisível e desvalorizado pelo fato de ser exercido por mulheres, não se caracterizando como trabalho. Nesse sentido, é urgente ampliarmos a compreensão sobre o trabalho, para além da esfera econômica, evidenciando o campo da reprodução social, reconhecendo o trabalho doméstico como trabalho, e, portanto, necessário para manutenção da ordem doméstica na vida de mulheres e homens que estão inseridos no mercado de trabalho, Nessa perspectiva, é importante a articulação entre as dimensões da produção e da reprodução no campo do trabalho, reconhecendo que o capitalismo e o patriarcado são dois sistemas que se entrelaçam e estruturam as desigualdades sociais.. REFERÊNCIAS ANTUNES, Ricardo. A dialética do trabalho: escritos de Marx e Engels. Recife: SOS CORPO; Instituto Feminista Para a Democracia, ÁVILA, Maria Betânia. Notas sobre o trabalho doméstico. In: LIMA. Maria Edinalva Bezerra et al (Orgs.). Transformando as relações trabalho e cidadania, produção, reprodução e sexualidade. São Paulo: CUT, Divisão sexual do trabalho e emprego doméstico no Brasil. In: ÁVILA, Maria Betânia. (Orgs.). Reflexões feministas sobre informalidade e trabalho doméstico. Recife: SOS CORPO Instituto Feminista para a Democracia, Algumas questões teóricas e políticas sobre emprego doméstico. In: COSTA, Albertina et. al (Orgs.). Divisão sexual do trabalho, estado e crise do capitalismo. Recife: SOS CORPO - Instituto Feminista para a Democracia, CAMURÇA, Sílvia. A política como questão: revisando Joan Scott e articulando alguns conceitos. In ÁVILA, Maria Betânia (Org.) Textos e imagens do feminismo: mulheres construindo a igualdade. Recife: SOS Corpo, COSTA, Ana Alice et al (Orgs.). Reconfiguração das relações de gênero no trabalho. São Paulo: CUT Brasil, FERREIRA, Verônica. O novo e o velho no trabalho das mulheres. In: SILVA, Carmem (Orgs.). Mulher e trabalho. São Paulo: CUT, HIRATA, Helena; ZARIFIAN, Philippe. O conceito de trabalho. In: TEIXEIRA, Marilani et al (Orgs.). Trabalho e cidadania ativa para as mulheres: desafios para as políticas públicas.

8 8 São Paulo: Coordenadoria Especial da Mulher, São Paulo, (Coleção Caderno da Coordenadoria Especial da Mulher, 3). KERGOAT, Danièle. Divisão sexual do trabalho e relações sociais de sexo. In: TEIXEIRA, Marilani et al (Orgs.). Trabalho e cidadania ativa para as mulheres: desafios para as políticas públicas. São Paulo: Coordenadoria Especial da Mulher, São Paulo, (Coleção Caderno da Coordenadoria Especial da Mulher, 3). NOBRE, Míriam. Trabalho doméstico e emprego doméstico. In: COSTA, Ana Alice Costa et al (Orgs.). Reconfiguração das relações de gênero no trabalho. São Paulo: CUT Brasil, SORJ, Bila. Os cuidados com a família e as desigualdades de gênero e classe. In: COSTA, Albertina et al (Orgs.). Divisão sexual do trabalho, Estado e capitalismo. Recife: SOS Corpo; Instituto Feminista para a Democracia, TEIXEIRA, Marilani et al (Orgs.). Trabalho e cidadania ativa para as mulheres: desafios para as políticas públicas. São Paulo: Coordenadoria Especial da Mulher, São Paulo, (Coleção Caderno da Coordenadoria Especial da Mulher, 3).

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