CONCEITOS DE AVALIAÇÃO, ESTUDOS E RELATÓRIOS DE IMPACTOS AMBIENTAIS IMPACTO AMBIENTAL Considera-se impacto ambiental qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam: A Saúde, a Segurança e o Bem-Estar da população; As atividades sociais e econômicas; A Biota, As condições Estéticas e Sanitárias do meio ambiente; A qualidade dos Recursos Ambientais.
AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL (AIA) A implantação de qualquer atividade ou obra efetiva ou potencialmente degradadora deve submeter-se a uma análise e controle prévios, necessários para se antever os riscos e eventuais impactos ambientais a serem prevenidos, corrigidos, mitigados e/ou compensados quando da sua instalação, bem como as emissões de poluentes e de efluentes a serem monitorados na fase de operação.
AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL (AIA) Sabido que todo e qualquer projeto de desenvolvimento interfere com o meio ambiente, e certo que o crescimento socioeconômico é um imperativo, insta discutir-se os instrumentos e mecanismos que os conciliem, minimizando quanto possível os impactos ecológicos negativos e, conseqüentemente, os custos econômicos e sociais.
AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL (AIA) Dentre os instrumentos de Gestão Ambiental, a Política Nacional de Meio Ambiente, instituída pela Lei 6.938/81, elegeu como ações preventivas afetas ao Estado a Avaliação de Impacto Ambiental e o Licenciamento Ambiental para a instalação de obras ou atividades potencialmente poluidoras. No ordenamento jurídico brasileiro, a Avaliação de Impacto Ambiental - AIA - tem por objetivo analisar a viabilidade ambiental de um projeto, programa ou plano. Estão em jogo, sob alvo de dispositivos legais, empreendimentos relativos a infra-estruturas e atividades produtivas, sejam eles propostos pela iniciativa privada ou pelo Poder Público.
AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL (AIA) Trata-se de um meio de atuação preventiva, que visa evitar as conseqüências danosas, sobre o meio ambiente, de um projeto de obras, ou de qualquer atividade. Seu objetivo central é evitar que um projeto (obra ou atividade), justificável sob o prisma econômico ou em relação aos interesses imediatos de seu proponente, se revele posteriormente nefasto ou catastrófico para o meio ambiente.
AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL (AIA) INSTRUMENTO DE POLÍTICA AMBIENTAL, formado por um conjunto de procedimentos capazes de assegurar, desde o início do processo, que se faça um exame sistemático dos impactos ambientais de uma ação proposta (projeto, programa, plano ou política) e de suas alternativas, e cujos resultados sejam apresentados de forma adequada ao público e aos responsáveis pela tomada da decisão. Os procedimentos devem garantir adoção das medidas de proteção do meio ambiente, determinada no caso de decisão da implantação do projeto.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL (EIA) Como modalidade de Avaliação de Impacto Ambiental (AIA), o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) é hoje considerado um dos mais notáveis instrumentos de compatibilização do desenvolvimento econômico-social com a preservação da qualidade do meio ambiente, já que deve ser elaborado antes da instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação, nos termos do art. 225, 1.o, IV, da Constituição Federal de 1988. Licenciamento: LP, LI e LO
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL (EIA) A obrigatoriedade desses estudos significou um marco na evolução do ambientalismo brasileiro, dado que, até meados da década de 80, nos projetos de empreendimentos apenas eram consideradas as variáveis técnicas e econômicas, sem qualquer preocupação mais séria com o meio ambiente, e muitas vezes, em flagrante contraste com o interesse público. A intensidade do Poder Público não impedia que obras gigantescas, altamente comprometedoras do meio ambiente, fossem erigidas sem um acurado estudo de seus impactos locais e regionais, com o que se perdiam ou se comprometiam, não raro, importantes ecossistemas e enormes bancos genéticos da natureza.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL (EIA) É um INSTRUMENTO CONSTITUCIONAL da Política Ambiental, um dos elementos do processo de avaliação de Impacto Ambiental. Trata-se da execução, por equipe multidisciplinar, das tarefas técnicas e científicas destinadas a analisar, sistematicamente, as conseqüências da implantação de um projeto no meio ambiente, por métodos de AIA e técnicas de previsão dos impactos ambientais.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL (EIA) Compreende o levantamento da literatura científica e legal pertinente, trabalhos de campo, análises de laboratório e a própria redação do relatório. Ou seja, "O EIA é o todo: complexo, detalhado, muitas vezes com linguagem, dados e apresentação incompreensíveis para o leigo.
CONTEÚDO MÍNIMO DO ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL EIA 1 - Diagnóstico ambiental da área de influência do projeto: Completa descrição e análise dos recursos ambientais e suas interações, de modo a caracterizar a situação ambiental da área, antes da implantação do projeto, considerando: Meio físico - O subsolo, as águas, o ar e o clima, destacando os recursos minerais, a topografia, os tipos e aptidões do solo, os corpos de água, o regime hidrológico, as correntes marinhas, as correntes atmosféricas.
Meio biológico - Os ecossistemas naturais - a fauna e a flora - destacando às espécies indicadoras da qualidade ambiental, de valor científico e econômico, raras e ameaçadas de extinção e as áreas de preservação permanente. Meio sócio-econômico - O uso e ocupação do solo, os usos da água e a sócio-econômica, destacando os sítios e monumentos arqueológicos, históricos e culturais da comunidade, as relações de dependência entre a sociedade local, os recursos ambientais e o potencial de utilização desses recursos.
2 Análise dos impactos ambientais: Destina-se à apresentação da análise (identificação, valoração e interpretação) dos prováveis impactos ambientais ocorridos nas fases de planejamento, implantação, operação e, se for o caso, de desativação do empreendimento, sobre meios físico, biológico e antrópico.
A análise dos impactos ambientais inclui, necessariamente, identificação, previsão de magnitude e interpretação da importância de cada um deles, permitindo apreciação abrangente das repercussões do empreendimento sobre o meio ambiente. O resultado dessa análise constituirá um prognóstico da qualidade ambiental da área de influência do empreendimento, útil não só para os casos de adoção do projeto e suas alternativas como, também, na hipótese de sua não- implementação.
3 Definição de medidas mitigadoras: Explicitar as medidas que visam a minimizar os impactos adversos identificados e quantificados no item anterior, as quais deverão ser apresentadas e classificadas quanto: à sua natureza preventiva ou corretiva, avaliando-se, inclusive, a eficiência dos equipamentos de controle de poluição em relação aos critérios de qualidade ambiental e aos padrões de disposição de efluentes líquidos, emissões atmosféricas e resíduos sólidos;
à fase do empreendimento em que tais medidas deverão ser adotadas: planejamento, implementação, operação e desativação, e para o caso de acidentes; ao fato ambiental a que se destinam: físico, biológico ou socioeconômico; ao prazo de permanência de suas aplicações: curto, médio ou longo; à responsabilidade pela implementação: empreendedor, Poder Público ou outros; ao seu custo; Deverão também ser mencionados os impactos adversos que não podem ser evitados ou mitigados.
4 - Programa de acompanhamento e monitoramento dos impactos ambientais: Programa de acompanhamento dos impactos ambientais causados pelo empreendimento em todas as fases planejamento, implantação, operação inclusive na eventual desativação e, quando for no caso de acidentes. O órgão ambiental competente deverá fornecer, nos Termos de Referência, as instruções adicionais que se fizeram necessárias pelas características do empreendimento e do meio ambiente a ser afetado.
5 - Preparação do Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) CONTEÚDO DO RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL (RIMA) O RIMA refletirá as conclusões do EIA, Documento que apresenta os resultados dos estudos técnicos e científicos de avaliação de impacto ambiental. O relatório refletirá as conclusões do Estudo de Impacto Ambiental EIA.
Em linhas gerais, o RIMA deverá conter: Objetivos e justificativas do projeto: Sua relação e compatibilidade com as políticas setoriais, planos e programas governamentais; A descrição do projeto e suas alternativas tecnológicas e locais: relação custo/benefício dos ônus e benefícios sociais/ambientais; A síntese dos resultados dos estudos de diagnósticos ambiental da área de influência do projeto;
Descrição dos impactos ambientais: considerando o projeto, suas alternativas, tempo de incidência dos impactos, indicar os métodos, técnicas e critérios adotados para a identificação, quantificação e interpretação. A caracterização da qualidade ambiental futura da área de influência, comparando as diferentes situações de adoção do projeto e suas alternativas, bem como a hipótese de sua não realização; Descrição do efeito esperado das medidas mitigadoras previstas em relação aos impactos negativos, mencionando aqueles que não puderem ser evitados e o grau de alteração esperado;
Programa de acompanhamento e monitoramento dos impactos ambientais; Recomendação quanto à alternativa mais favoráveis - conclusões e comentários de ordem geral. Identificação da equipe técnica responsável.
PUBLICIDADE E PARTICIPAÇÃO PÚBLICA Para que a população tenha acesso ao EIA e possa efetivamente reunir elementos capazes de influenciar a decisão do órgão licenciador, cópias do seu espelho simplificado RIMA - "permanecerão à disposição dos interessados, nos centros de documentação ou bibliotecas do IBAMA e do órgão estadual de controle ambiental correspondente.
CONAMA - Resolução CONAMA 237 de 1997 Fixou a competência do órgão ambiental Federal, Estadual ou Municipal para o Licenciamento de empreendimentos e atividades de Impacto Ambiental por instrumento legal ou convênio (artigo 6º). Determinou ainda que o licenciamento ambiental deverá ocorrer em um único nível de competência, resguardando a cada ente federado sua competência do exercício de poder de polícia administrativa ambiental para as ações de fiscalização e licenciamento (artigo 7º).
Dependerá de elaboração de Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e respectivo Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), a serem submetidos à aprovação do órgão estadual competente, e do IBAMA em caráter supletivo, o licenciamento de atividades modificadoras do meio ambiente, tais como: Art 2º da Resolução CONAMA 01/86. I - Estradas de rodagem com duas ou mais faixas de rolamento; II - Ferrovias; III - Portos e terminais de minério, petróleo e produtos químicos; IV - Aeroportos, conforme definidos pelo inciso 1, artigo 48, do Decreto-Lei nº 32, de 18.11.66; V - Oleodutos, gasodutos, minerodutos, troncos coletores e emissários de esgotos sanitários; VI - Linhas de transmissão de energia elétrica, acima de 230KV;
VII - Obras hidráulicas para exploração de recursos hídricos, tais como: barragem para fins hidrelétricos, acima de 10MW, de saneamento ou de irrigação, abertura de canais para navegação, drenagem e irrigação, retificação de cursos d'água, abertura de barras e embocaduras, transposição de bacias, diques; VIII - Extração de combustível fóssil (petróleo, xisto, carvão); IX - Extração de minério, inclusive os da classe II, definidas no Código de Mineração; X - Aterros sanitários, processamento e destino final de resíduos tóxicos ou perigosos; Xl - Usinas de geração de eletricidade, qualquer que seja a fonte de energia primária, acima de 10MW;
ESTUDOS AMBIENTAIS SIMPLICADOS OU ESPECÍFICOS Para algumas atividades, desde que não expressamente enumeradas no art. 2 o da Resolução Conama n. 01/86 e desde que não consideradas capazes de provocar impacto ambiental considerável, a ponto de exigir a elaboração do Estudo Impacto Ambiental, a legislação admite a elaboração de estudos ambientais simplificados, sem a complexidade e a profundidade do EIA/RIMA.
ESTUDOS AMBIENTAIS SIMPLICADOS OU ESPECÍFICOS Resolução Conama n.010, de dezembro de 1990, prevê que: "a critério do órgão ambiental competente, o empreendimento, em função da sua natureza, localização, porte e demais peculiaridades, poderá ser dispensado da apresentação dos Estudos de Impacto Ambiental EIA e respectivo Relatório de Impacto Ambiental - Rima" e que "na hipótese da dispensa de apresentação do EIA/Rima, o empreendedor deverá apresentar um RELATÓRIO DE CONTROLE AMBIENTAL RCA, elaborado de acordo com as diretrizes a serem estabelecidas pelo órgão ambiental competente".
PLANO DE CONTROLE AMBIENTAL (PCA) Resolução Conama 010/90 prevê no art. 5 O Plano de Controle Ambiental reúne, em programas específicos, todas as ações e medidas minimizadoras, compensatórias e potencializadoras aos impactos ambientais prognosticados pelo Estudo de Impacto Ambiental - EIA. A sua efetivação se dá por equipe multidisciplinar composta por profissionais das diferentes áreas de abrangência, conforme as medidas a serem implementadas.
Licenciamento ambiental para atividades relacionadas à exploração e lavra de jazidas de combustíveis líquidos e gás natural Relatório de Controle Ambiental RCA - descrição da atividade, riscos ambientais, identificação dos impactos e medidas metigadoras. Estudo da viabilidade Ambiental EVA - plano de desenvolvimento da produção, avaliação ambiental e indicação de medidas de controle.
Relatório da Avaliação Ambiental RAA -Diagnóstico ambiental da área aonde já se encontra implantada a atividade, descrição das ampliações ou novos empreendimentos, avaliação do impacto ambiental e medidas de controle a serem adotadas. Projeto de Controle Ambiental - PCA - Medidas para minimizar os impactos ambientais.
TRABALHO ESTUDOS DE CASOS Atividades empresariais e seus impactos ambientais Escolher uma empresa/atividade e avaliar os aspectos ambientais positivos e negativos, propostas de medidas mitigadoras e compensatórias e análise de risco Apresentação: grupo: