Evolução de alguns indicadores de desempenho das redes eléctricas em Portugal



Documentos relacionados
Ligações às redes de energia eléctrica de instalações consumidoras (em vigor a partir de 12 de maio de 2013)

CARACTERIZAÇÃO DA PROCURA DE ENERGIA ELÉCTRICA EM 2006

MECANISMO DE ATRIBUIÇÃO DA CAPACIDADE NO ARMAZENAMENTO

Ligações às redes de energia eléctrica. Setembro de 2011

O Grupo EDP e a Concorrência no Contexto MIBEL

TARIFAS E PREÇOS PARA A ENERGIA ELÉCTRICA E OUTROS SERVIÇOS EM 2009 E PARÂMETROS PARA O PERÍODO DE REGULAÇÃO

REGULAMENTO TARIFÁRIO

CONFERÊNCIA. Biomassa Financiar uma Fonte Limpa de Produção Energética FINANCIAMENTO DE CENTRAIS DE BIOMASSA. Lisboa, 7 de Julho de 2010

Proposta de protocolo Benefícios aos associados

Revisão Regulamentar 2011

Seminário Mercado Liberalizado de Energia

Autoconsumo, na perspetiva de consumidores industriais, e não só

Uma Janela sobre o Futuro

MANUAL DE PROCEDIMENTOS DO MECANISMO DE GESTÃO CONJUNTA DA INTERLIGAÇÃO PORTUGAL-ESPANHA

ALTERAÇÃO AO PROCEDIMENTO N.º 6 DO MANUAL DE PROCEDIMENTOS DA QUALIDADE DE SERVIÇO DO SETOR ELÉTRICO

Mercado da Energia Eléctrica, a. Actualidade e o Futuro. Paulo Moisés Almeida da Costa

Gestão de Energia e Eficiência Energética nas Empresas O enquadramento legal!

Comentários da REN aos Documentos de Consulta Pública

O mercado nacional de gás natural. Vitor Santos, Presidente da ERSE Gás Natural Oportunidades de Crescimento AGN 12 de novembro de 2014

DISCUSSÃO DOS COMENTÁRIOS PROPOSTA DE ALTERAÇÃO DOS REGULAMENTO DO ACESSO ÀS REDES E ÀS INTERLIGAÇÕES REGULAMENTO DE RELAÇÕES COMERCIAIS

SISTEMA ENERGÉTICO PORTUGUÊS

Centro Cultural de Belém

QUALIDADE DE SERVIÇO DE NATUREZA TÉCNICA NO SECTOR ELÉCTRICO

Metodologia do Cálculo da Capacidade Comercial da Interligação Janeiro de 2008

ENTIDADE REGULADORA DOS SERVIÇOS ENERGÉTICOS. Despacho n.º 7253/2010

Plano de Compatibilização entre Portugal e Espanha no sector energético

ENTIDADE REGULADORA DOS SERVIÇOS ENERGÉTICOS. Despacho n.º 18138/2009

Energias renováveis e o Mercado Ibérico Desafios de harmonização

CAPACIDADES INDICATIVAS DE INTERLIGAÇÃO PARA FINS COMERCIAIS PARA O ANO DE 2014 (CONSIDERANDO APENAS RESTRIÇÕES NA RNT)

Rede Eléctrica Nacional Gestão do Sistema. Julho/ 2015

RELATÓRIO ANUAL PARA A COMISSÃO EUROPEIA

RECOMENDAÇÃO N.º 1/2013 INFORMAÇÃO DO IMPOSTO ESPECIAL DE CONSUMO NA FATURA DE GÁS NATURAL

O SECTOR ELÉCTRICO EM PORTUGAL CONTINENTAL

RECOMENDAÇÃO N.º 1/2012 INFORMAÇÃO DO IMPOSTO ESPECIAL DE CONSUMO NA FATURA DE ELETRICIDADE

Seminário sobre Energia Elétrica Luanda, 8 e 9 de Setembro de 2011

ENE-EP E OS DESAFIOS DA REGULAÇÃO

ENTIDADE REGULADORA DOS SERVIÇOS ENERGÉTICOS DESPACHO N.º 08/2011

Integração da Electricidade Renovável em Mercado. José Carvalho Netto - OMIP

Situação em Portugal: A Estratégia Nacional para a Energia

Normas Europeias para Projecto de Estruturas Metálicas

edp edp Resultados do 1S de Julho de 2007 sinta a nossa energia

A liberalização do sector energético na perspetiva dos consumidores

(in CONSULTA PÚBLICA SOBRE A PROPOSTA DE ORGANIZAÇÃO E PRINCIPIOS DE FUNCIONAMENTO DO MIBGAS ELABORADA PELA CNE E PELA ERSE, Novembro de 2007).

A integração da produção sustentável em Portugal do planeamento à operação Seminário - Energia Eléctrica Universidade Agostinho Neto Luanda 8 de

ANÁLISE DO DESEMPENHO E DAS PREVISÕES DAS EMPRESAS REGULADAS

CARACTERIZAÇÃO DA PROCURA DE ENERGIA ELÉTRICA EM 2015

A Qualidade da Regulação e os Serviços do Sector Eléctrico Angolano

1ª CONFERÊNCIA IBÉRICA DE EMPREENDEDORISMO

S. R. MINISTÉRIO DAS FINANÇAS

ERSE Audição Pública sobre os Regulamentos do Sector do Gás Natural. Lisboa, 26 de Julho de 2006

ÍNDICE 1. QUEM SOMOS 2. A ENERGIA EM PORTUGAL 3. CONTRIBUIÇÃO DAS RENOVÁVEIS PARA O DESENVOLVIMENTO NACIONAL

Renováveis em Cabo Verde

Jayme da costa. A Jayme da Costa desenvolve a sua actividade em várias áreas

Essa energia pode então ser injectada e vendida na sua totalidade à rede a uma tarifa bonificada.

CONSELHO CONSULTIVO Secção do Sector Eléctrico. Parecer CC/SE n 2/2010 Sobre a proposta de revisão do Regulamento de Operação de Redes

REGULAMENTO DE ACESSO

Estratégias Empresariais - EDP João Manso Neto EDP Membro do Conselho de Administração Executivo Lisboa, 29 de Maio de 2008

Comunicado. Proposta de Tarifas e Preços para a Energia Elétrica em 2014

MERCADO LIBERALIZADO DE ENERGIA ELÉCTRICA

REGULAMENTO DE RELAÇÕES COMERCIAIS SETOR ELÉTRICO. Outubro 2012 ENTIDADE REGULADORA DOS SERVIÇOS ENERGÉTICOS

f) Processamentos de dados em baixa tensão, designadamente estimativas de consumo e metodologia de aplicação de perfis de consumo.

Comunicado. Tarifas e Preços para a Energia Elétrica em 2014

ENTIDADE REGULADORA DOS SERVIÇOS ENERGÉTICOS. Directiva n.º 5/2011. Termos e Condições de realização de Leilões de Colocação de PRE

A VISÃO do ENERGYIN Motivos da sua criação & Objectivos

ISAQUE CHANDE COMISSÁRIO CONSELHO NACIONAL DE ELECTRICIDADE M. 15 a 17 de Novembro de 2011 Hotel Avenida Maputo Moçambique

TARIFAS E PREÇOS PARA A ENERGIA ELÉTRICA E OUTROS SERVIÇOS EM 2016

2 O Novo Modelo e os Leilões de Energia

GUIA DO CONSUMIDOR DE ELECTRICIDADE NO MERCADO LIBERALIZADO

Ana Oliveira. Anibal T. de Almeida Enviado: sexta-feira, 9 de Março de :06 Para: De: erse@erse.pt Cc:

Empresa Geral do Fomento e Dourogás, ACE

DOCUMENTO JUSTIFICATIVO DA ALTERAÇÃO DO REGULAMENTO TARIFÁRIO DO SECTOR DO GÁS NATURAL

Energias Renováveis, Regulação e Sustentabilidade

XIX CONGRESSO SOCIEDADE, TERRITÓRIO E AMBIENTE A INTERVENÇÃO DO ENGENHEIRO 19 e 20 de outubro de 2012

PROCEDIMENTOS DE MUDANÇA DE COMERCIALIZADOR - CONSULTA PÚBLICA -

Energia e Desenvolvimento A situação de Cabo Verde: Evolução, Ganhos e Perspectivas

Direcção de Redes Comerciais & Cross Selling Banif Euro Corporates

AUTOCONSUMO NA PERSPECTIVA DE CONSUMIDORES DOMÉSTICOS

AJUSTAMENTOS REFERENTES A 2007 E 2008 A REPERCUTIR NAS TARIFAS DE 2009

GUIA DO CONSUMIDOR DE ELECTRICIDADE NO MERCADO LIBERALIZADO

AJUSTAMENTOS REFERENTES A 2011 E 2012 A REPERCUTIR NAS TARIFAS DE 2013

Manuel Ferreira De Oliveira. Presidente Executivo 05/06/2012

a minha central energética

S. R. MINISTÉRIO DAS FINANÇAS e da ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

O Conselho de Reguladores do MIBEL publica o primeiro estudo descritivo do funcionamento do Mercado Ibérico de Electricidade

REGRAS DE FACTURAÇÃO DE ENERGIA REACTIVA. APIGCEE Associação Portuguesa dos Industriais Grandes Consumidores de Energia Eléctrica

A Carteira de Indicadores inclui indicadores de input, de output e de enquadramento macroeconómico.

EDP Serviços. Colégio de Engenharia Geológica e de Minas. Optimização energética na indústria extrativa

Página Web 1 de 1. Ana Oliveira

TRANSPORTE E DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉCTRICA

TARIFAS E PREÇOS PARA A ENERGIA ELÉTRICA E OUTROS SERVIÇOS EM 2014

Energia Eólica e Impactes Tarifários. Pedro Verdelho 10 Fevereiro 2010

ENTIDADE REGULADORA DOS SERVIÇOS ENERGÉTICOS DIRETIVA N.º 6/2014. Tarifas e Preços de Gás Natural para o ano gás

Atributos da Proposta e Preço Contratual

Transcrição:

Evolução de alguns indicadores de desempenho das redes eléctricas em Portugal Jorge Esteves, XI Reunião Ibero-Americana de Reguladores de Energia Madrid, 18 de Junho de 2007 Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos

Conteúdo da apresentação Os 10 anos de e a evolução das tarifas de uso das redes e dos investimentos nas redes eléctricas A evolução da continuidade de serviço e o incentivo à melhoria da qualidade de serviço nas redes de distribuição A evolução das perdas nas redes e o incentivo à redução das perdas nas redes de distribuição Interligação entre Portugal e Espanha Conclusões (Nota: Todos os dados apresentados referentes a 2006 devem ser encarados como de carácter provisório) 2

Evolução de alguns indicadores de desempenho das redes eléctricas em Portugal Os 10 anos de e a evolução das tarifas de uso das redes e dos investimentos nas redes eléctricas A evolução da continuidade de serviço e o incentivo à melhoria da qualidade de serviço nas redes de distribuição A evolução das perdas nas redes e o incentivo à redução das perdas nas redes de distribuição Interligação entre Portugal e Espanha Conclusões 3

Marcos na evolução do sector eléctrico português e os 10 anos de Constituição de uma única empresa nacional verticalmente integrada (EDP) Novos produtores abastecem o sistema público através de contratos de longo prazo - CAE Definição de um novo enquadramento jurídico para o sector eléctrico 1976 1988 1993 1994 1995 1996 Abertura do sector eléctrico à iniciativa privada Cisão da EDP e separação jurídica das actividades de produção, transporte e distribuição Aprovada Directiva Europeia 96/92/CE 4

Marcos na evolução do sector eléctrico português e os 10 anos de Entrada em funções da Aprovação dos regulamentos do sector eléctrico Protocolo entre Espanha e Portugal para a criação do Mercado Ibérico de Electricidade Celebrado entre Espanha e Portugal o Acordo para a Constituição do Mercado Ibérico de Electricidade Concretização das condições jurídicas e técnicas para que a mudança de comercializador possa ser exercida por todos os clientes 1997 (Fevereiro) 1997 (Junho) 1998 (Setembro) 2000 2001 (Novembro) 2003 2004 2006 2006 2007 (Setembro) (1 de Julho) Início da privatização do Grupo EDP Separação de propriedade do operador da rede de transporte Aprovada Directiva Europeia 2003/54/CE Publicação de nova legislação de enquadramento do sector Nova etapa do funcionamento do MIBEL 5

Os 10 anos de e a evolução das tarifas de uso da rede de transporte URT MAT Tarifas 1999 =100 110 100 90 80 70 60 50 100-9,4% 91-14,8% 77-29,1% 55-3,0% 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 53 5,5% 56 1,8% -4,4% 54 57 URT AT 110 Tarifas 1999 =100 100 90 80 70 100-10,2% 90-16,4% 75-1,1% 74-6,0% 70 10,8% 77 2,1% 79-7,1% 73 60 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 Fonte: 6

Os 10 anos de e a evolução das tarifas de uso das redes de distribuição Tarifas 1999 =100 URD AT 110 100 90 80 70 60 50 40 100-6,3% 94-10,3% 84-12,6-1,9% 73 72 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006-20,8% 57-9,2% 52 3,8% 54 URD MT 110 Tarifas 1999 =100 100 90 80 70 60-6,3% 100 94-7,6% -2,5% 87 84-7,1% -3,7% 78-9,2% 76 3,8% 71 69 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 Fonte: 7

Os 10 anos de e a evolução das tarifas de uso das redes de distribuição (2) 110 URD BT Tarifas 1999 =100 100 90 80 70 60-6,3% 100-6,2% 94 88-18,3% -5,9% 72-3,0% 2,3% -0,9% 68 66 67 66 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 Fonte: 8

Investimentos na rede de transporte M 250 245 222 200 150 127 144 100 50 89 94 91 76 57 64 55 82 110 0 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 Subestações Linhas Acessórias Invest. não Específico Encargos Estrutura Fonte: REN (Preços constantes de 2006) 9

Investimentos nas redes de distribuição M 350 300 250 200 150 100 50 0 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 LINHAS AÉREAS CABOS SUBTERRÂNEOS SUBESTAÇÕES POSTOS DE CORTE E SECCIONAMENTO ILUMINAÇÃO PÚBLICA OUTROS Fonte: 10

Evolução do consumo de energia eléctrica em Portugal GWh 50000 40000 30000 20000 10000 0 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 Fonte: 11

Evolução de alguns indicadores de desempenho das redes eléctricas em Portugal Os 10 anos de e a evolução das tarifas de uso das redes e dos investimentos nas redes eléctricas A evolução da continuidade de serviço e o incentivo à melhoria da qualidade de serviço nas redes de distribuição A evolução das perdas nas redes e o incentivo à redução das perdas nas redes de distribuição Interligação entre Portugal e Espanha Conclusões 12

Qualidade de serviço na rede de transporte Evolução do indicador de continuidade de serviço Tempo de interrupção equivalente 30 30 25 25 20 20 minutos minutos 15 15 10 10 5 5 Fonte: 0 0 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 1994 RNT 1995 c.f.f.m. 1996 (devidos 1997 a incêndios) 1998 1999 Razões 2000de 2001 segurança 2002 2003 2004 2005 2006 RNT 13 (Nota: Dados de 2006 com carácter provisório)

Qualidade de serviço nas redes de distribuição Evolução do indicador de continuidade de serviço SAIFI Número de interrupções por cliente 7 6 5 4 3 2 Áustria AT, MT França BT Grã Betranha AT, MT, BT Itália AT, MT, BT Irlanda AT, MT, BT Portugal AT, MT, BT Espanha AT, MT, BT 1 0 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Fonte: CEER Third Benchmarking Report on Quality of Electricity Supply 2005 e 14 (Nota: Dados de 2006 com carácter provisório)

Qualidade de serviço nas redes de distribuição Evolução do indicador de continuidade de serviço SAIDI Minutos de interrupção por cliente 450 400 350 300 250 200 150 100 Evolução do indicador de continuidade de serviço SAIDI - Áustria AT, MT França BT Grã Betranha AT, MT, BT Itália AT, MT, BT Irlanda AT, MT, BT Portugal AT, MT, BT Espanha AT, MT, BT 50 0 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Fontes: CEER Third Benchmarking Report on Quality of Electricity Supply 2005 e 15 (Nota: Dados de 2006 com carácter provisório)

Incentivo à Melhoria da Qualidade de Serviço Previsto no Regulamento Tarifário, começou a ser aplicado a partir de 1 de Janeiro de 2003. Visa influenciar as decisões de investimento do operador da rede de distribuição relativamente a projectos que permitam alcançar uma melhoria da continuidade de serviço, através da aplicação de incentivos ou penalidades ao desempenho do operador da rede de distribuição, permitindo-lhe um ganho (ou uma perda) suplementar nos proveitos permitidos. Calculado a partir do valor anual do indicador de continuidade de serviço Energia Não Distribuída END na rede de MT. Incentivo à melhoria da qualidade de serviço ( ) RQS máx RQS mín 0 Incentivo END REF -ΔV END REF END REF +ΔV END REF (2003-2005) END REF (2006) END REF (2007) END REF (2008) ΔV VEND Penalização END (kwh) 0,0004 x ED 0,00019 x ED 0,000175 x ED 0,000161 x ED 0,12x END REF 1,5 /kwh RQS máx = RQS min 5 000 000 RQSmin = RQSmax - valor máximo de incentivo ou de penalidade 16

Incentivo à Melhoria da Qualidade de Serviço Evolução do TIEPI de 2001 a 2006 e dos parâmetros do incentivo à melhoria da qualidade de serviço 330 300 307,30 TIEPI (min) 270 240 210 180 150 263,00 222,15 120 90 118,05 113,54 114 60 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 Montantes de incentivo resultantes da aplicação do mecanismo (Nota: Dados de 2006 com carácter provisório) Fonte: 10 3 6000 5000 4000 3000 2000 1000 0 5000 5000 0 0 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 17

Evolução de alguns indicadores de desempenho das redes eléctricas em Portugal Os 10 anos de e a evolução das tarifas de uso das redes e dos investimentos nas redes eléctricas A evolução da continuidade de serviço e o incentivo à melhoria da qualidade de serviço nas redes de distribuição A evolução das perdas nas redes e o incentivo à redução das perdas nas redes de distribuição Interligação entre Portugal e Espanha Conclusões 18

Evolução das perdas na rede de transporte GWh 800 2,0% 600 1,5% 400 1,0% 200 0,5% 0 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 0,0% Perdas em GWh Perdas em % da energia referida à emissão Fonte: 19 (Nota: Dados de 2006 com carácter provisório)

Evolução das perdas nas redes de distribuição GWh 4500 9% 4000 8% 3500 7% 3000 6% 2500 5% 2000 4% 1500 3% 1000 2% 500 1% 0 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 0% Perdas em GWh Perdas em % da energia referida à emissão Fonte: 20 (Nota: Dados de 2006 com carácter provisório)

Incentivo à redução de perdas nas redes de distribuição Aplicado a partir de 1999. Previsto no Regulamento Tarifário, visa influenciar as decisões de investimento do operador da rede de distribuição relativamente a projectos que permitam alcançar reduções extraordinárias de perdas. Permite ao operador da rede de distribuição ser remunerado adicionalmente pelo seu desempenho caso consiga reduzir as perdas nas suas redes abaixo de um valor de referência estabelecido, Perdas REF. O mecanismo é simétrico. No caso de Perdas REF ser excedido, o operador é penalizado. Para além de Perdas REF são estabelecidos um parâmetro de valorização unitária de perdas, V p, e um valor limite máximo para a aplicação do mecanismo, IRP max. Incentivo à redução de perdas nas redes de distribuição [ ] IRP max - IRP max Perdas REF - ΔP Incentivo Perdas REF Perdas REF + ΔP Penalização Perdas [%] Perdas REF (1999-2001) 8,8% Perdas REF (2002-2005) 8,6% Perdas REF (2006) 8,38% Perdas REF (2007) 8,30% Perdas REF (2008) 8,22% ΔP (1999-2005) 1,0% ΔP (2006-2008) 0,5% De 1999 a 2001, Vp situou-se em torno de 50 /MWh e, de 2002 a 2006, em torno dos 60 /MWh. 21

Incentivo à redução de perdas nas redes de distribuição 10,0 Perdas na rede de distribuição [%] 9,5 9,0 8,5 8,0 7,5 8,73 8,58 9,05 8,18 8,61 8,61 8,09 7,0 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 7,20 Montantes de incentivo e penalização resultantes da aplicação do mecanismo 10 3 13000 8000 3000 Fonte: -2000 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 22 (Nota: Dados de 2006 com carácter provisório)

Evolução de alguns indicadores de desempenho das redes eléctricas em Portugal Os 10 anos de e a evolução das tarifas de uso das redes e dos investimentos nas redes eléctricas A evolução da continuidade de serviço e o incentivo à melhoria da qualidade de serviço nas redes de distribuição A evolução das perdas nas redes e o incentivo à redução das perdas nas redes de distribuição Interligação entre Portugal e Espanha Conclusões 23

Interligações entre Portugal e Espanha e a construção do MIBEL 2x 1036 MW 3 x 319 MW Trocas Físicas GWh Importação 8623 Exportação 3182 1148 MW 1036 MW Trocas Comerciais Importação 7649 Exportação 2267 Energia de circulação 1787 Alto Lindoso / Cartelle 1 (400 kv) Alto Lindoso / Cartelle 2 (400 kv) Bemposta / Aldeadávila (220 kv) Pocinho / Aldeadávila (220 kv) Pocinho / Saucelle Falageira / Cedillo (220 kv) (400 kv) Dados referentes a 2006 24 Alqueva / Brovalbes (400 kv)

Utilização das interligações entre Portugal e Espanha de 1998 a 2006 (movimento físico) 12000 10000 8000 Energia [GWh] 6000 4000 2000 0-2000 -4000 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006-6000 -8000-10000 Importação Exportação Saldo Exp - Imp Utilização Exp + Imp Energia circulação Fonte: 25

Capacidade da interligação entre Portugal e Espanha de 2002 a 2006 MW 1400 1200 1000 Valores médios disponíveis para fins comerciais 800 600 Importação Exportação 400 200 0 2002 2003 2004 2005 2006 MW 2500 Valores máximos anuais disponíveis para fins comerciais 2000 1500 1000 Importação Exportação 500 Fonte: 0 2002 2003 2004 2005 2006 26

Capacidade da interligação entre Portugal e Espanha de 2001 a 2006 Evolução da capacidade disponível na interligação no sentido de Portugal para Espanha MW Fonte: REN 27

Capacidade da interligação entre Portugal e Espanha de 2001 a 2006 Evolução da capacidade disponível na interligação no sentido de Espanha para Portugal MW Fonte: REN 28

Interligação entre Portugal e Espanha e a construção do MIBEL Novas metas para a capacidade na interligação (2010) O estudo conjunto REN REE, concluído em 2006, mostra que é possível definir o objectivo global de uma capacidade de interligação para 3000 MW, sendo necessário: Duas novas interligações a 400 kv Minho Galiza Algarve Andaluzia Alguns reforços internos da duas redes. Em 2010, com as previsões de pontas de consumo Portugal Espanha França Cap int 3000 MW 27% da ponta em Portugal Cap int 4000 MW 8% da ponta em Espanha Um valor mínimo de 27% representará uma das mais elevadas percentagens de interligação ao nível das redes interligadas europeias. 29

Conclusões Ao longo dos últimos dez anos, com um consumo de energia eléctrica a crescer moderadamente, foi possível que as tarifas de uso das redes tivessem descido de forma significativa, mantendo-se, ou até aumentando, o nível de investimentos nas redes eléctricas. Partindo de um nível muito baixo, a evolução dos indicadores de continuidade de serviço foi bastante positiva nos últimos anos. O incentivo à melhoria da qualidade de serviço tem permitido premiar o esforço que o operador da rede de distribuição em MT e AT tem desenvolvido nesta área. O nível de perdas nas redes eléctricas tem evoluído positivamente. O incentivo à redução das perdas nas redes de distribuição tem possibilitado o reforço dos proveitos permitidos ao operador da rede de distribuição. 30

Conclusões (2) A existência de capacidade disponível nas interligações entre Portugal e Espanha é uma das chaves fundamentais para assegurar a criação de um verdadeiro mercado ibérico de energia eléctrica (MIBEL). A evolução positiva da capacidade disponível para fins comerciais e o contínuo reforço da sua utilização tem permitido a construção do MIBEL ao longo dos últimos anos, com a próxima etapa a ter o seu início no próximo dia 1 de Julho. A transparência na disponibilização da informação é um factor fundamental para assegurar um acesso não discriminatório de todos os agentes ao sistema eléctrico. Na sua actividade, a tem pugnado por garantir este direito aos agentes e os resultados que têm vindo a ser obtidos é uma garantia de que é este o caminho para assegurar o desenvolvimento de um verdadeiro mercado de energia eléctrica. 31

ENTIDADE REGULADORA DOS SERVIÇOS ENERGÉTICOS Rua Dom Cristóvão da Gama, 1, 3º 1400-113 Lisboa Portugal Telefone +(351) 21 303 32 00 Fax +(351) 21 303 32 01 e-mail: url: erse@erse.pt http://www.erse.pt 32