T 3, T 4 & TSH FUNÇÃO TIROIDEIA PROVAS DA FUNÇÃO TIROIDEIA UNIVERSIDADE NOVA DE LISBOA UNIVERSIDADE NOVA DE LISBOA



Documentos relacionados
HIPOTIROIDISMO INTRODUÇÃO

Provas de Função Tireoidiana

DOENÇAS DA TIREÓIDE. A Tireóide é uma glândula endócrina produtora de 2 hormônios do tipo amina:

DOENÇAS DA TIRÓIDE. Figura nº1 Localização da Tiróide e da Hipófise

MEDICINA NUCLEAR TERAPÊUTICA DE HIPERTIROIDISMO. Susana Carmona

Módulo II.III - Fisiologia. Tema da Aula: Tiróide Docente: Prof. Alberto Escalda Data: 03/12/2008 Número da Aula Previsto:16

Fisiologia da glândula Tireóide

ALTERAÇÕES METABÓLICAS NA GRAVIDEZ

Tireoidites e Comportamento Tireoidiano

ESTUDO DA ORIGEM DIATÉSICA DE NÓDULOS TIREOIDIANOS E TIREOIDITES. Erica Erina Fukuyama Maísa Lemos Homem de Mello Romeu Carillo Jr

Hormônios Metabólicos da

CAMPANHA PELA INCLUSÃO DA ANÁLISE MOLECULAR DO GENE RET EM PACIENTES COM CARCINOMA MEDULAR E SEUS FAMILIARES PELO SUS.

Distúrbios da glândula tireóide Resumo de diretriz NHG M31 (julho 2013)

O sexo feminino é muito mais atingido que o sexo masculino (Quadro 1).

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO. Cada comprimido contém 0,1 mg de levotiroxina sódica

Nódulo da Tireóide. Faculdade de Medicina da Universidade do Porto Serviço de Cirurgia Turma 5 - Grupo D

Doenças da Tireóide. Prof. Fernando Ramos

Hormonas e mensageiros secundários

INTRODUÇÃO. Mais frequentes: Idosos Sexo feminino Deficiência de iodo AP de irradiação cervical

Por não serem solúveis na água, os lípidos circulam no plasma sob a forma de lipoproteínas. Os ácidos gordos livres circulam ligados à albumina.

Pode ser difícil para si compreender o seu relatório patológico. Pergunte ao seu médico todas as questões que tenha e esclareça todas as dúvidas.

Disfunção tiroideia em idosos

Senhor Presidente PROJETO DE LEI

26 de Março de Professor Perseu. Tireóide

Unidade 1 - REPRODUÇÃO E MANIPULAÇÃO DA FERTILIDADE

TIREÓIDE E PARATIREÓIDE

Sistema de Informação/Vigilância epidemiológica

Medicina Nuclear Diagnóstico

DOSSIER DE PATOLOGIA DOENÇAS DA TIRÓIDE

1. O rastreio ecográfico da patologia nodular da tiroide não está indicado na população em geral (Nível

Sistema neuro-hormonal

Excreção. Manutenção do equilíbrio de sal, água e remoção de excretas nitrogenadas.

FISIOLOGIA HUMANA III

RESENHA: Novas perspectivas na luta contra a dependência química provocada pela cocaína.

Hipogonadismo. O que é Hipogonadismo? Causas 25/02/ Minhavida.com.br

CLASSIFICAÇÃO DOS DISTÚRBIOS TIREOIDIANOS EM USUÁRIOS DE UM LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS

População pediátrica A dose de manutenção é normalmente 100 a 150 microgramas por m2 de área de superfície corporal.

Insuficiência de Vitamina D desafio diagnóstico!!!

Parte III: Manipulação da informação

MYCAMINE MYCAMINE. micafungina. micafungina. Guia de Prescrição. e Monitorização. de Prescrição. Guia e Monitorização

FISIOLOGIA ENDÓCRINA. Aula Fisiologia da Tireóide

Relação entre as características ecográficas de um nódulo tiroideu e a sua benignidade/malignidade

Dia Mundial da Diabetes - 14 Novembro de 2012 Controle a diabetes antes que a diabetes o controle a si

Brígida Ferrão. 10 de Outubro de 2014

Glândula tireóide: Sistema Endócrino Hormônios da Tireóide. Glândula Tireóide. Glândula tireóide: Msc. Ana Maria da Silva Curado Lins

Hipotireoidismo. O que é Tireóide?

10/09/2015. Glândula pineal. Hormônio Melatonina : produzido à noite, na ausência de luz. Crescimento; Regulação do sono; CONTROLE HORMONAL

TROMBOCITOPENIA NA GRAVIDEZ

Bom trabalho! FICHA DE TRABALHO BIOLOGIA 12ºANO. Grupo I ESCOLA SECUNDÁRIA DOM MANUEL MARTINS 2007/08. Tigres vs. Alunos (Descubra as diferenças!

Recomendações sobre administração de contrastes em TC e RM

Perguntas e respostas sobre imunodeficiências primárias

Pré diabetes. Diagnóstico e Tratamento

EIXO HIPOTÁLAMO- HIPÓFISE

Hipertensão arterial. Casos clínicos. A. Galvão-Teles 22º CURSO NEDO PÓS-GRADUADO DE ENDOCRINOLOGIA ENDOCRINOLOGIA EM CASOS CLÍNICOS

Congresso do Desporto Desporto, Saúde e Segurança

NÚMERO: 007/2011 DATA: 31/01/2011

Agenda. Nódulo da Tireóide. Medicina Nuclear. Medicina Nuclear em Cardiologia 17/10/2011

Valor do sector do Diagnóstico in vitro, em Portugal. Principais conclusões APIFARMA CEMD. Outubro 2014

ENDORECIFE 2013 GRADE PRELIMINAR

Prescrição Dietética

Dossier Informativo. Osteoporose. Epidemia silenciosa que afecta pessoas em Portugal

Profª Leticia Pedroso

FUMARATO DE QUETIAPINA (Portaria 344-C1)

Alterações do Funcionamento da Glândula da Tiróide

d) uma célula é alvo apenas para um dado hormônio e) uma determinada função pode ser controlada por vários hormônios

Revised American Thyroid Association Management Guidelines for Patients with Thyroid Nodules and Differentiated Thyroid Cancer.

PROCESSO SELETIVO / UNIFAL/ 2008/2 BIOLOGIA GABARITO FINAL COM DISTRIBUIÇÃO DOS PONTOS. Questão 1

CONTROLE E INTEGRAÇÂO

EXERCÍCIO E DIABETES

Protocolo para Tratamento de Carcinoma Diferenciado de Tireoide

NEDO 2012 Cursos NEDO 20º-14e15Abril Évora 21º-16e17Junho Luso 22º-13e14Out. Viseu 23º-24e25Nov.-Algarve

Radiology: Volume 274: Number 2 February Amélia Estevão

Actualizado em * Definição de caso, de contacto próximo e de grupos de risco para complicações

Fracturas osteoporóticas do colo do fémur: consequência inevitável do envelhecimento?

Sistema endócrino + Sistema nervoso. integração e controle das funções do organismo

IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO Alburex 20 albumina humana

CHUC Clínica Universitária de Radiologia

AUMENTO DRAMÁTICO DO INTERESSE E PARTICIPAÇÃO DE CRIANÇAS NO ESPORTE DE ALTO NÍVEL

Transcrição:

FUNÇÃO TIROIDEIA 1 PROVAS DA FUNÇÃO TIROIDEIA T 3, T 4 & TSH 2

CALCITONINA Sintetizada nas células parafoliculares (0,1% das células da tiroide) Reduz a calcemia (deprime os osteoclastos) por um curto período de tempo (efeito mais marcado nas crianças) Tem um efeito mais rápido e menos duradouro que a paratormona Envolvida no metabolismo fosfocálcico Não está envolvida na função tiroideia de controlo da taxa metabólica do organismo Marcador de carcinoma medular da tiroideia (diagnóstico, monitorização) 3 HORMONAS TIROIDEIAS Estimulam fosforilação oxidativa (O 2, ATP, calor ) Acção catabólica: agonistas da adrenalina e glucagina Estimula síntese de ác. biliares e excreção do colesterol Essencial na embriogénese (formação e diferenciação fetal) Agonista da prolactina (lactação e desenvolvimento mamário) 4

HORMONAS TIROIDEIAS Principal hormona segregada pela tiroideia. Toda a T 4 circulante deriva da secreção tiroideia. 93% Tiroxina 99,98% da T 4 liga-se às proteínas 0,02% T 4 L A maioria da T 3 circulante é produzida nos tecidos não tiroideus por desiodação da T 4 pelas halogenases (5 D desiodinase) 7% Triiodotironina 99,7% da T 3 liga-se às proteínas 0,3% T 3 L 5 ACTIVIDADE BIOLÓGICA

TIROXINA (T 4 ) 93% da secreção tiroideia Crucial na maturação fetal do SNC Grande afinidade para a TBG (só 0,02% livre) T 4 VPP para hipo ou hipertiroidismo devido a inúmeras causas pré-analíticas de alteração da ligação às proteínas T 4 L VPP em doentes ambulatórios Em casos hiper ou hipoiroidismo graves, a relação T 4 /T 4 L não é linear TSH & T 4 L são bons indicadores de doença tiroideia 7 TRIIODOTIRONINA (T 3 ) 7% da secreção tiroideia Menor afinidade para a TBG (0,3% livre) T 3 VPP no hipotiroidismo, a conversão de T 4 em T 3 mantém Sens da T 3 até hipotiroidismo grave Típicamente em doença não tiroideia Útil ( Sens) no hipertiroidismo: recorrência e monitorização de Graves, terapêutica c/ anti-tiroideus e c/amiodarona 8

EXPLORAÇÃO LABORATORIAL Fracções totais [nanomolar] 10-9 = ligadas + livres Fracções ligadas: - não penetram nas células (biológicamente inertes), constituem reservatórios de hormona circulantes - Proteínas de ligação: TBG (60-75%), Pré-albumina ou Transtiretina (15-30%), Albumina ( 10%) - alteram-se por causas pré-analíticas e doença não tiroideia (DNT) - variam por alteração das proteínas de transporte 9 EXPLORAÇÃO LABORATORIAL Fracções livres [picomolar] 10-12 : - penetram nas células (biológicamente activas) a T4L pode ser desiodada a T3L (metabólicamente mais activa) - não variam por alteração das proteínas de transporte - método de referência doseamento directo da fracção livre por separação dialítica (2 passos) - métodos correntes sem separação (1 só passo), desenhados para automatização, calculam a fracção livre com base nas variações mais comuns da TBG (T4L pouco fidedigna na DNT, gravidez, disalbuminémia )

VALORES DE REFERÊNCIA TSH, T4 e T3 (livres ou totais) variam menos no mesmo indivíduo que de indivíduo para indivíduo TSH A variação intra-individual não ultrapassa as 0,5 mu/l

DOSEAMENTOS DO T4L CONTROLO DAS H. TIROIDEIAS 14

ACÇÕES DO TSH Grande afinidade para as proteínas T 3 L 0,3% T 4 L 0,02% (T 1 ) (T 2 ) Bomba de I - CHO- Hidratos de carbono; TG- Tiroglobulina; MIT- Monoiodotirosina; DIT- Diiodotirosina 15 EFEITOS DO TSH I 131 uptake 1 2 3 1 2 3 TSH TSH N TSH I 131 uptake I 131 uptake N I 131 uptake Inact enzimas proteoliticos T4 T4 N Act enzimas proteoliticos T4 Colest (excreção biliar ) - Colest (excreção biliar ) ( 10 6 folículos tiroideus) 16

TSH O seu doseamento reflecte fielmente os níveis circulantes (pouca variação intra e inter individual) 3ª geração sensibilidade analítica 0.001 µu/ml S (resposta log/linear entre TSH/T 4 L) VPN (valor normal permite excluir doença funcional tiroideia) Excepções: doentes hospitalizados, 1º trimestre de gravidez, terapêutica (início) com tiroxina/antitiroideus. 17 RELAÇÃO T 4 -TSH 18

RELAÇÃO T 4 -TSH RELAÇÃO T 4 -TSH tratar 0.1 µu/ml Hipertiroidismo subclínico 0.4 TSH 4 Resposta logarítmica Hiportiroidismo subclínico tratar 10 µu/ml T4 Livre 1 1 Variação linear 20

HIPOTIROIDISMO SUBCLÍNICO TSH, T 4 livre N 4.0-8.5% da população (>20% em mulheres com idade >60 anos) Maior risco de progressão para hipotiroidismo (2-5%/ano) Risco aumentado de DCV? ( Colesterol total/ldl) Tratar? Consenso: se TSH >10 µu/ml, ac. anti-tiroideus, grávidas com história de infertilidade ou tratamento com I radioactivo 21 HIPOTIROIDISMO SUBCLÍNICO

HIPOTIROIDISMO 1-2% das mulheres (10 x + freq. sexo feminino) Primário: tiroidite autoimune ++, radioterapia, cirurgia, amiodarona, lítio (3-4% dos doentes), deficiência de Iodo, etc Secundário: lesão hipotálamo/hipófise Doença não-tiroideia (T4 L,T3 L ) Congénito: 1:4.000 nascimentos (deficiências neuropsíquicas, QI ) Presença de anti-tpo (passam a placenta) 23 HIPERTIROIDISMO SUBCLÍNICO TSH, T 4 livre N 2.7% da população (menos frequente que o shipo) Maior risco de progressão para hipertiroidismo (<4%/ano) Alt. cardiovasculares (taquicardia, fibrilhação auricular, disfunção sistólica) Alt. metabolismo ósseo (osteoporose? risco fracturas?) Tratar? Consenso: se TSH <0,1 µu/ml 24

HIPERTIROIDISMO 0.1-6% dos adultos + freq. no sexo feminino >40 anos: 70% Doença de Graves (0.1-0.2% da população): - Presença de TRABS, anti-tpo/tg 20% Bócio nodular, tiroidite (autoimune, viral), amiodarona T. Hashimoto 0.1-5% dos adultos: - Presença de anti-tpo/tg 25 ALTERAÇÕES PRÉ-ANALÍTICAS Discordâncias T4T, T4L, T3, TSH Aumentam a TBG: gravidez (estrogénios), disalbuminémia familiar Competem na ligação disponibilizam T4L e T3L: fenitoína, furosemida, carbamazepina, AGL> 3mmol/L (induzidos ou não por heparinas de e PM e in vitro activação das lipases) Inibem o TSH: corticosteroides em altas doses, dopamina (mascaram hipotiroidismo) Diminuem a conversão T4 T3: propanolol Aumentam a conversão T4 T3: carbamazepina AMIODARONA (contém I) induz hipo ou hipertiroidismo em doentes susceptíveis (ac. anti-pox +) 26

INSTABILIDADE TIROIDEIA Segue-se aos períodos iniciais de tratamento do Hipo ou Hipertiroidismo Estabiliza ao fim de 6 meses AMIODARONA 100 mg de amiodarona contêm 250x a quantidade diária recomendada de iodo Induz hipo ou hipertiroidismo em 14 a 18% dos doentes com ou sem alterações pré-existentes da tiroideia Antes do início da terapêutica TSH e ac anti-tpo Em eutiroideus nos 1 os 6 M de terapêutica TSH T4 T3, normaliza com a continuação se se mantiver eutiroidismo Pré Hipotiroidismo, Hashimoto ou ac antitpo+ factor de risco para hipo em qualquer altura da terapêutica TSH ou T3 sugerem hipertiroidismo 28

DOENÇA A NÃO-TIROIDEIA (DNT) Também chamada Síndrome Eutiroideu ou da T4 baixa Alterações dos testes sem doença tiroideia na maioria dos doentes com doença somática crítica aguda ou crónica (hospitalizados) Doença sistémica ou maligna, traumatismos, infecções, processos inflamatórios e doença psiquiátrica 29 DOENÇA NÃO TIROIDEIA (DNT) 30

DOENÇA NÃO TIROIDEIA (DNT) DOENÇA A NÃO-TIROIDEIA (DNT) Raramente afecta no mesmo sentido e ou proporção TSH, T3, T4 T4L - Resultados variáveis de acordo com a metodologia (dependem da ligação às proteínas e não respondem linearmente com as diluições propostas por cada fabricante) T4T Resultados variáveis de acordo com a gravidade DNT, T4T em doentes com elevada mortalidade (UCI) TSH mais fiável (na ausência de corticoterapia ou dopamina) TSH <0.3 mu/l Dissociação TSH/T4T TSH >4 mu/l T4 Total Intervalo de referência UCI Fase aguda Agravamento Convalescença DNT 32

DOENÇA A NÃO-TIROIDEIA (DNT) Diferir avaliação da função tiroideia sempre que possível (testes ininterpretáveis em doentes graves) Métodos T4L (Ac marcado ou hormona marcada) afectadas de s modos pela medicação e flutuações da albumina na DNT Utilizar TSH (ausência de corticoides ou dopamina) repetir doseamentos para confirmação (eventuais alterações transitórias na fase aguda e convalescença) Utilizar T4T interpretar relativamente à gravidade da DNT (T4T em doente fora da UCI= suspeita de hipotiroidismo) T3T ou T3L suspeita de hipertiroidismo 33 GRAVIDEZ Estrogénios/ depuração TBG (2x) HCG (α TSH) TSH T Filt Glom Excreção renal Iodo T4 Total T3 Total Tg Não se deve dosear Hipertrofia tiroide /N T4 Livre /N T3 Livre RISCO DE HIPOTIROIDISMO EM CASO DE DEF. I 34

GRAVIDEZ TBG TSH (1º trimestre) N (2º, 3º trimestres) T4T T4L discreto (1º trimestre) (2º, 3º trimestres) 35 GRAVIDEZ

GRAVIDEZ Diferir avaliação da função tiroideia sempre que possível Hipertiroidismo (0.2%) Hipotiroidismo (2.5%) Disfunção tiroideia pós-parto: Hiper ou Hipo (DTPP)- 5 a 9% Anti-TPO em 10% das grávidas e 50% têm DTPP Não está indicado o rastreio de hipertiroidismo Não está indicado o doseamento da Tg Utilizar TSH & T4L (VR idade gestacional) para rastreio de hipotiroidismo no 1º trimestre (TSH >4 tratar c/levotiroxina) Risco de DTPP: no início da gravidez anti-tpo TRAbs (atravessam placenta) podem ser bloqueantes no feto 37 DISFUNÇÃO TIROIDEIA PÓS PARTO 13ª a 19ª semana pós parto Hiper ou hipotiroidismo (10 x mais frequente) Graves 10% (rastreio baixo custo/benefício) Forte associação com actpo (título preditivo da doença) Tiroidite (50% das grávidas c/actpo+) 20% a 30% desenvolvem hipotiroidismo permanente 70% recorrem em nova gravidez

ANTICORPOS ANTI-TIROIDEUS TRAbs (Thyroide Receptor Antibodies) LATS (Long Acting Thyroide Stimulator) Ligam-se aos receptores do TSH: - Potenciam a acção do TSH, causando hipertiroidismo (frequente) - Bloqueiam a ligação do TSH ao receptor, levando ao hipotiroidismo (raro) - Atravessam a placenta TRABS

TRABS NA GRAVIDEZ ANTICORPOS ANTI-TIROIDEUS ANTI-TIREOPEROXIDASE (atpo) sensível para diagnóstico de doença tiroideia auto-imune (DAT) factor de risco para DAT/disfunção tiroideia associada a fármacos (lítio, amiodarona, α-ifn) isolados conferem risco 6.1 x de evolução para hipotiroidismo Atravessam a placenta ANTI-TIREOGLOBULINA (atg) A Tg correlaciona com o tamanho/lesão, monitorização da tiroidectomia e risco de recorrência de carcinoma diferenciado tiroideia isolados não conferem risco (<1%) de evolução para hipotiroidismo associados aos atpo potenciam o risco de hipotiroidismo inutilizam os doseamentos da Tg 42

ANTICORPOS ANTI-TIROIDEUS Ac Anti-TPO constituem factor de risco para disfunção tiroideia por DNT PREVALÊNCIA (%) GRUPO ANTI- RECEPTORES TSH (TRAbs, LATS) ANTI- TIREOPEROXIDASE ANTI- TIREOGLOBULINA NORMAL 0 8-27 (risco) 5-20 (?) D. GRAVES 80-95 50-80 50-70 TIROIDITE 0 40-50 40-50 43 ANTICORPOS ANTI-TIROIDEUS

AC. ANTI-PEROXIDASE Tiroidite de Hashimoto TESTES DA FUNÇÃO TIROIDEIA 46

DIAGNÓSTICO em doente ambulatório TSH TSH TSH N TSH T4L N T4L T4L N T4L Eutiroidismo Hipotiroidismo subclínico Hipertiroidismo subclínico Hipotiroidismo T3L Hipertiroidismo 47 PROVAS DA FUNÇÃO TIROIDEIA DIAGNÓSTICO EM DOENTES AMBULATÓRIOS TSH, T 4 L & T 3 L 48

REFERÊNCIAS Laurence M Demers and Carole A Spencer. NACB: Laboratory Support for the Diagnosis and Monitoring of Thyroid Disease Paul W. Ladenson, Peter A. Singer, Kenneth B. Ain, Nandalal Bagchi, S. Thomas Bigos, Elliot G. Levy, Steven A. Smith, Gilbert H. Daniels. American Thyroid Association Guidelines for Detection of Thyroid Dysfunction. Arch Intern Med. 2000;160:1573-1575 Hossein Gharib, R MichaelSubclinical Thyroid Dysfunction: A Joint Statement on Management from the American Association of Clinical Endocrinologists, The American Thyroid Association and The Endocrine Society. L. H. Duntas. Subclinical thyroid disorders: The menace of Trojan horse. J. Endocrinol Invest 26: 472-480, 2003 JH Lazarus, LDKE Premawardhana. Screening for thyroid disease in pregnancy. ACP Best Practice nº 184 Carole Spencer. Department of Medicine University of Sothern California: Contemporary Issues in Thyroid Disease Measurements. 2009 49