A ROTINA DE EDUCADORAS EM ÁREAS DE RISCO Jéssica Castro PUC Rio/ CAPES Resumo A atuação docente é cercada de dilemas, questões políticas e geográficas que definem e selecionam os profissionais que irão atuar em cada meio. Uma das questões que ajudam os educadores a selecionarem o local onde irão atuar é a proximidade, tanto de suas residências como de áreas de risco: favela/comunidade. Motta, Castro & Eisenberg (2012), realizaram uma análise das falas de três educadoras da Educação Infantil da rede pública do Rio de Janeiro, a partir de estudo realizado por Daiute, Eisenberg e Vasconcellos (2012). Motta, Castro & Eisenberg verificaram que as educadoras omitem o perigo dos ambientes nos quais trabalham em seu discurso; ademais, não há um olhar para a reação das crianças. Neste trabalho, buscamos verificar como a violência e o medo que cercam as creches permeiam as práticas das educadoras, como elas percebem seu ambiente de trabalho e a relação do meio com suas rotinas. Esta pesquisa deu origem ao projeto de mestrado que irá abordar como a relação entre a violência e o medo em áreas de risco afeta o trabalho de educadoras na escola e como as crianças representam isto em sua fala e nos seus desenhos. Para este trabalho, revisitamos a entrevista realizada com as educadoras a fim de verificar como elas alteram suas rotinas por causa das interferências da comunidade/favela que cercam suas creches, mesmo parecendo naturalizar o perigo. Vimos que há, nas falas, descrições de rotina e planejamento modificadas para se adequar à situação local. Palavras chaves: Educação Infantil; favela; comunidade; áreas de risco. Introdução A cidade do Rio de Janeiro tem como uma de suas características marcantes o grande número de favelas (1.035) e a violência crescente está ultrapassando os limites geográficos e dominando as manchetes dos jornais. Dias (2010) nos mostra como a imagem da cidade está fortemente relacionada às favelas a ponto de alunos de outra cidade, que não conhecem favela, explicitarem suas representações relacionando as ao Rio de Janeiro, destacando sua violência.
2 A Secretaria Municipal de Educação (SME) do Rio de Janeiro conta com 671 unidades de Educação Infantil divididas da seguinte forma: 247 creches públicas, 56 Unidades Escolares que também atendem na modalidade Creche, 201 Espaços de Desenvolvimento Infantil (EDI) e 167 creches Conveniadas. A Educação Infantil conta com 67.687 alunos, dentre os quais, 51.249 são das creches municipais e 16.438 das creches conveniadas e a Pré escola possui 79.154 alunos. No total, são 4.030 professores de Educação Infantil e 6.140 agentes auxiliares de creche, além dos funcionários administrativos que não constam na divisão por segmento. Já o Ensino Fundamental conta com 1.002 unidades escolares, 508.052 alunos e 21.768 professores (SME, 2014). Em 2009, a SME criou o programa Escolas do Amanhã com intuito de atender escolas localizadas em áreas de risco e em locais que foram pacificados. Este programa, que tem como objetivo garantir uma melhora na aprendizagem e reduzir a evasão dos alunos proporciona aos professores um bônus salarial para atuarem nesses locais. É importante destacar que o programa não atende a todas as escolas em áreas de risco, mas apenas 15% das escolas participam deste programa (155 escolas do Ensino Fundamental). Cavallieri e Vial (2012) e Lopes, Amorim e Cavallieri (2011) analisam dados do IBGE 2010 que nos ajuda a compreender melhor a área que as favelas ocupam no Rio de Janeiro. Cavallieri e Vial apontam que a população da cidade chegava a 6.320.446 no ano de 2010 e que o número de pessoas que residiam em favelas era de 1.443.773, com 45% concentrando se na zona norte da cidade, área que apresenta 38% da população total da cidade. Os autores ainda apontam que dentro dos 160 bairros apenas 21 não possuíam favelas no ano de 2010, excluindo as comunidades urbanizadas. Lopes, Amorim e Fernando Cavallieri (ibdem) apresentam uma lista com as 1.035 comunidades cadastradas na seguinte distribuição: Zona Norte 401 comunidades, Zona Oeste 294 comunidades, Barra e Jacarepaguá 201, Centro 74 e Zona Sul com 65 comunidades. Dentre seus dados podemos destacar que, em 2011, 14,8% das favelas tiveram um crescimento de sua área, 75,9% não tiveram alteração, apenas 8,7% apresentaram redução da área e 0,6% foram removidas pelo poder público. É importante notarmos que há uma parcela crescente e que devemos olhar com maior atenção para essa parcela da sociedade. Metodologia 2
3 As entrevistas aqui analisadas fizeram parte da pesquisa realizada por Daiute, Eisenberg e Vasconcellos (2012) com o objetivo de conhecer as trajetórias e concepções de risco e perigo de três educadoras que atuavam em diferentes áreas de risco da cidade do Rio de Janeiro. A entrevista foi realizada pelas autoras e transcritas pela equipe de Vasconcellos. Neste trabalho analisamos as falas das educadoras sobre como a violência está presente em seu cotidiano. É importante destacar que embora em algumas falas e trabalhos aqui utilizados apareçam o termo favela e, em outros comunidade, adotamos os termos como sinônimos para caracterizar áreas de risco. As educadoras As educadoras entrevistadas foram ex professoras concursadas da Educação Infantil na cidade do Rio de Janeiro. Utilizamos codinomes para as educadoras e para as creches onde trabalham. A primeira educadora, Nádia, atuava na época da entrevista, há 12 anos em creche e seu interesse por trabalhar em creche se deve à necessidade de ficar próxima do seu filho, que na época estudava em uma escola particular na mesma área. Luar atuava há 5 anos como educadora de creche e, começou a trabalhar em creche após ser convidada pela direção de onde participava como bolsista de iniciação cientifica. Já a terceira educadora, Iza, atuava há 2 anos em creche e sempre teve interesse em trabalhar com esse segmento. Entrevistas No decorrer das entrevistas, as educadoras apontaram diferentes questões relacionadas à violência das comunidades. O primeiro ponto que surgiu foi que, ao serem questionadas sobre o motivo de escolha da creche onde atuam, tanto Luar quanto Iza indicam que escolheram justamente aquela unidade pela proximidade de suas casas e por não ser dentro de uma comunidade. Iza relata: Eu escolhi a creche X também por ser mais próxima da minha casa e não ser dentro de comunidade. Ela é próxima de comunidade, mas não é dentro. Então quando eu olhei a localização das outras creches, eu vi que a X era mais próxima da minha casa e um pouco mais longe da comunidade em si. Eu tinha medo, uma menina de 18 anos, na comunidade, fiquei com medo, na verdade vou assumir né?! 3
4 Apenas Nádia não relata sua escolha de unidade relacionada a ser ou não em comunidade. Sua justificativa única foi a proximidade da escola particular de seu filho. Percebemos nas falas das de Luar e Iza a importância do local de trabalho não ser em uma área de risco, uma vez que interfere em suas escolhas de em qual creche trabalhar. Nádia conta que morava e trabalhava no Caju, uma comunidade anteriormente calma, mas que passou a ter mais confrontos entre polícia e traficantes, assim como assaltos. Já Luar e Iza negam a proximidade da comunidade em relação à creche ou mesmo de conhecerem a área, embora Luar se contradiga : Ah, andando uns 15minutos da creche onde trabalho [...]e do outro lado é uma favela. É que cercado por favela e morro. E assim, mais uns quinze minutos andando em um outro sentido tem um morro. [...] E rua em que fica a creche, assim, ela tem um rio, essa rua, e de um lado do rio tem umas casas também, é como se fosse uma favelinha também, tem poucas casas deve ter uns seis, sete barraquinhos, mas tem alguns barracos. Já teve até retirada desse pessoal, que eu sei, por parte da prefeitura, só que eles voltaram Luar justifica que sua creche é alvo do crack, pelo muro ser baixo, o que facilita que à noite algumas pessoas viciadas pulem e deixem vestígios. Luar garante, no entanto, que durante o dia nada acontece e que não é preciso dispensar as crianças. Percebemos como essa situação vivenciada pela educadora não é vista como um risco para as crianças Já Iza relata que a creche é cercada de comunidades, mas que é tranquila, embora a encosta sirva de ponto de encontro para o tráfico de outra comunidade e seja caminho da viatura da polícia em busca dos traficantes. Ela compara o local da sua creche com outras comunidades e afirma ser mais tranquila e segura, tendo apenas uma vez problemas em relação a tiroteio e pela redondeza tem um grande número de assaltos. Nádia explica que os problemas relacionados à violência são maiores quando há confrontos, quando na noite anterior isso acontece as crianças chegam sonolentas e ficam agitadas, assim atrapalhando o planejamento e as atividades propostas. Ela relata a reação das crianças: Muitas quando ouvem algum barulho, ás vezes, não é nem tiro, né?! São coisas parecidas, elas já ficam assim. Ano passado umazinha deitou e se arrastou pelo chão, do berçário II. Iza também relata que as crianças tinham o costume de se abaixar caso ouvissem algum barulho. Nádia conta que a creche fecha quando acontecem os confrontos, aqueles que moram próximo à creche ligam para quem mora mais distante avisando, mas é preciso 4
5 contato com a Coordenadoria Regional de Educação(CRE) para que a creche não abra. Relata, ainda, que quem mora na comunidade acaba se acostumando com essas situações: Porque estava até passando toda hora na reportagem o confronto que tinha tido na noite anterior e ainda de manhã. E durante o dia ainda tiveram, assim, alguns, alguns tiros, né? Mas nada como à noite, porque à noite assim foi tiroteio a noite inteira, né? Então assim a própria CRE pediu pra que a diretora fechasse a creche e dispensasse os funcionários que tinham ido. Porque quem estava em casa, lá tem muitas pessoas de Niterói, São Gonçalo, que viram nem foram, né? Porque assim, infelizmente pra quem mora na comunidade, eu vou falar pra você que nós estamos acostumados, mas não, a gente não vê mais com tanto espanto pra quem não vivência isso, né? Quem não vivência, que só vê pela televisão fica muito mais assustado do que quem mora lá, né? Então assim pra algumas pessoas elas nem iam trabalhar quando tinha alguma coisa que viam pela televisão. Luar também conta que com a autorização da CRE sua creche fechou apenas uma vez desde que começou a trabalhar lá, já Iza nega ter vivenciado tal experiência. Iza conta que seus alunos, em comparação a outros que teve em outra creche, são mais agitados e têm brincadeiras mais violentas. Diz que costumam brincar de polícia e ladrão, brincar de briga, fingir de morto, mas que é uma boa turma e que consegue desenvolver um bom trabalho com eles. Nádia conta ainda sua angústia ao perceber que as crianças, ao brincar, transformam tudo em arma, e ela chegava a proibir essa brincadeira. Luar ao falar de sua experiência mais difícil relata sobre a diferença entre as creches que trabalhava, afirmando que relutou para começar a trabalhar com dificuldade em relação à equipe e a gestão. Iza também relata que foi com a equipe com a qual trabalhava. Nádia concorda com as outras educadoras ao falar de sua pior experiência afirmando ainda a necessidade do respeito às ideias uns dos outros. Percebemos que embora as questões sobre violência permeiem o cotidiano dessas educadoras, nenhuma delas afirma que suas piores experiências profissionais estejam associadas a esse tipo de problemas. Sobre a sua melhor experiência, Luar conta que foi permanecer com a mesma turma e criar um vinculo forte e uma boa relação. Iza segue na mesma linha, destacando a relação boa com as crianças e com suas famílias. Já Nádia relata que sua boa experiência estava relacionada ao desenvolvimento das crianças, enquanto a pior 5
6 experiência para as crianças estava associada aos confrontos que acontecem com frequência e que afetam as crianças, os educadores e os moradores. Eu acho que é sempre uma questão muito delicada, acho que sempre acaba atrapalhando, é sempre uma experiência muito ruim, pode ser no dia, pode ter sido no dia anterior, na semana passada, porque muitas crianças são filhos de traficantes né? Então muitas crianças ou o pai tá preso ou o pai já é falecido né? E às vezes a criança já nasce sem o pai, porque o pai já morreu, na turma onde eu estou agora acho que tem umas quatro crianças que são, assim... que são frutos desses relacionamentos que o pai tá preso, né? Por incrível que pareça essas crianças elas são de um carinho, nossa! Imenso, imenso![...] então acho que esse tipo de experiência mesmo né? A questão dos confrontos atrapalha bastante, é uma... uma má experiência! Nádia narra as reações das crianças demonstrando uma maior carência, mas afirma que elas, por serem pequenas, não conseguem verbalizar essas experiências. Quando questionadas se já tinham se sentido em perigo no local de trabalho, Luar nega e Iza relata apenas uma situação: Só uma vez assim, em relação a tiroteio que eu não sabia, já comentei, que não sabia da onde vem, ai era horário de saída, muitas crianças já tinham ido embora, as que restaram a gente se escondeu naquela parte da secretaria que é mais protegida, os educadores ficaram ali esperando pra poder sair até diminuir porque a gente não sabia da onde vinha o barulho, né? O tiro às vezes vem de longe, mas lá faz eco, então você fica sem saber e tinha tiro, tinha granada, então a gente ficou preocupado com isso, foi essa a situação que eu me lembro assim de mais risco. Já Nádia garante que se acostumou e que tenta manter a calma por causa das crianças assim como criar estratégias para distraí las: eu tento na realidade manter a calma, porque as crianças ficam agitadas né? Porque elas vivenciam isso também, só que elas não sabem lidar tão bem quanto nós né? Então assim tento aumentar um pouco o som do DVD, distraí los né? Pegar os brinquedos, os livrinhos, alguma coisa pra tentar tira los desse foco, do barulho né Nádia, ao tratar das situações de perigo que as crianças vivem, relata a história de uma menina que a mãe largava com os irmãos pequenos sozinhos, a ponto da menina ter sido queimada e deles estarem na rua durante os confrontos. Tanto Nádia quanto Iza afirmam que percebem a visão de bandido como certo e a polícia como errada, seja 6
7 através das brincadeiras das crianças, seja por fazer parte da família ou por dar algo para elas. Nádia conta que: É complicado isso quando eles veem esses traficantes como um exemplo, né? É uma coisa a ser seguida é o que eu quero ser, é o que eu quero me tornar isso em criança muito pequena, né? A gente não tá falando de criança de 10 anos, tá falando de 2 ano, 3 anos Conclusão Através das falas das educadoras percebemos algumas questões relevantes. Primeiramente, vimos que as três educadoras escolhem o local de trabalho de acordo com sua localização, sendo que duas delas afirmam que buscaram um local fora da comunidade para atuar. Contudo, aparece em suas falas que, na verdade, as creches estão localizadas em áreas de risco e que elas sofrem com as questões dos confrontos. Percebemos também como as duas educadoras que afirmaram escolher a creche por estar fora de comunidade, negam as situações de risco, mesmo relatando ocasiões que confirmem os perigos, tanto para as educadoras quanto para as crianças. Há uma forte negação e uma tentativa de justificar o perigo, ao culpar a creche por ter o muro baixo o que permite que usuários de drogas o pulem. E também tentam amenizar a violência, comparando com outros locais mais violentos afirmando que é então um local mais tranquilo. Apenas a educadora que afirma morar e trabalhar em comunidade fala abertamente das questões de risco. As situações vivenciadas pelas educadoras são expressas com muita naturalidade, como Basílio e Siqueira (2019) mostram, a violência se tornou naturalizada. As creches sofrem com as questões da violência, seja fechando por causa dos confrontos ou recebendo os alunos de forma agitada ou sonolentos. As educadoras precisam lidar com essas situações e repensar o planejamento, criando estratégias para lidar com os confrontos quando acontecem durante o horário escolar. Como Basílio e Siqueira afirmam, é preciso repensar as práticas e buscar alternativas de mudanças, uma vez que a instituição escolar é o espaço de socialização e espaço onde as crianças têm outra perspectiva de mundo. É importante destacar que a qualidade da relação da criança com o meio interfere em seu desenvolvimento, devemos considerá la como um ser integral que tem seu desenvolvimento cognitivo, afetivo e motor relacionados (Almeida, 1999). Para a autora, as relações afetivas medeiam a interação entre o desenvolvimento orgânico e 7
8 social e um ambiente afetivamente equilibrado proporciona estabilidade emocional para as crianças. A autora destaca que é essencial que o adulto aprenda a lidar com suas emoções, principalmente o professor, uma vez que a emoção nos acompanha a todo instante e que somos contagiados pelas emoções uns dos outros. A autora destaca ainda que as emoções interferem no processo de aprendizagem o medo e a cólera influenciam negativamente, enquanto a felicidade é a que menos leva danos à atividade intelectual. Portanto, é necessário que as educadoras aceitem a creche como pertencente à comunidade, percebam que sua realidade está envolvida em muitos riscos e perigos deixando de banalizar a violência. É preciso olhar mais para as crianças, buscando realizar um trabalho diferenciado, pensando no desenvolvimento que, pelas interferências do meio, pode ser influenciado. Desta forma, buscaremos pensar nas crianças que vivem neste contexto e como as professoras lidam com essas questões e dificuldades no projeto de mestrado atual. Referência bibliográfica: ALMEIDA, Ana Rita Silva. A emoção na sala de aula. Campinas: Papirus, 1999. BASÍLIO, Priscila Melo; SIQUEIRA, Rejane Brandão. Professores e alunos em áreas de risco: quando a violência faz parte do cotidiano. In: EDUCERE, 2009, BH. EDUCERE, 2009. CAVALLIERI, Fernando e VIAL, Adriana. Favelas na cidade do Rio de Janeiro: o quadro populacional com base no Censo 2010. Coleção Estudos Cariocas. Nº 20120501, Maio, 2012. Disponível em: http://portalgeo.rio.rj.gov.br/estudoscariocas/download/3190_favelasnacidadedoriodej aneiro_censo_2010.pdf DAIUTE, Colette, EISENBERG, Zena, VASCONCELLOS, Vera Maria Ramos de. Parece que é uma coisa até meio normal, né?' Análise de narrativas sobre 'risco' em creches de favelas. Educação em Foco (Juiz de Fora), v. 00, p. 209 228, 2012. DIAS, Juliana Madalena. Crianças e Favelas: Percepções, Mediações e Sentidos. 2010 249 f. Dissertação (Mestrado em Educação) Universidade Federal de Juiz de Fora. Juiz de Fora, 2010. 8
9 LOPES, Gustavo; AMORIM, Vânia e CAVALLIERI, Fernando. Favelas Cariocas: Comparação das Áreas Ocupadas 2004 2011. Coleção Estudos Cariocas. Nº 20111202, Dezembro, 2011. Disponível em: <http://portalgeo.rio.rj.gov.br/estudoscariocas/download/3272_favelascariocas_compar a%c3%a7%c3%a3o_das_%c3%a1reas_ocupadas_2004_2011.pdf> SME, Secretária Municipal de Educação. Prefeitura do Rio de Janeiro. Educação em Números. (última atualização em 25 de agosto de 2014). Disponível em: <http://www.rio.rj.gov.br/web/sme/educacao em numeros> acessado em 11/10/2014 9
10 Anexo 1. Mapa de população de favelas por bairros Fonte: Instituto Municipal Pereira Passos 2012 10