DARCILO KLEIN Nascimento: 11 de Janeiro de 1968. Falecimento: 14 de Junho de 2011. Glória do desporto nacional/ Oh, Internacional/ Que eu vivo a exaltar/ Levas a plagas distantes/ Feitos relevantes/ Vives a brilhar/ Correm os anos, surge o amanhã/ Radioso de luz, varonil/ Segue a tua senda de vitórias/ Colorado das glórias/ Orgulho do Brasil Hino do Internacional. Foi nascido e criado em alto Boa Vista, distrito do município de Santa Cruz do Sul. Filho de Acela Klein e Advino Klein, Darcilo cresceu junto de seus irmãos, Almiro Klein, Marino Klein, Hugo Klein, Marli Back, Lori Klein, Liria Storich, Romeu Klein, Siria Klein, Nestor Klein e Selvino Klein (in memorian).
(Darcilo e sua família) Passou sua infância ao lado de seus pais e irmãos na sua casa em Alto Boa Vista, onde se dedicavam totalmente a agricultura. Juntos, a família construía sua vida através dos lucros obtidos pela lavoura. Darcilo em particular, amava essa vida, e amava ainda mais a agricultura. (Darcilo no tempo que trabalhava na agricultura) Fez até a quinta série na Escola Estadual Ensino Fundamental Guilherme Simonis na localidade de Boa Vista. Com dezoito anos de idade, veio para a cidade de Santa Cruz do Sul, onde serviu seus serviços à pátria
no 7º Batalhão de Infantaria Blindado da cidade. Morou em uma pensão da cidade e terminou seus estudos na Escola Estadual Alfredo José Kliemann. Conheceu o amor de sua vida, Valéria de Souza da Silva através da mãe dela e uma amiga que apresentaram Darcilo e Valéria. Valéria lembra que no dia que foram se conhecer, Darcilo estava olhando Xuxa, e convidou ela para assistir junto dele. A partir daquele momento, Darcilo e Valéria perceberam que já não podiam mais viver um sem o outro. O casal ainda desejava se casar, desejava que todos celebrassem com eles essa união, mas nesse tempo, Valéria engravidou e veio a perder seu filho, o que abalou muito o casal, porém através de muito amor e dedicação, construíram uma família linda, com os filhos Alexandre e Eduarda Klein. (Darcilo com sua esposa e filhos na comunhão da sua filha Eduarda) Inter, estaremos contigo/ Tu és minha paixão /Não importa o que digam, / Sempre levarei comigo/ Minha camisa vermelha/ E a cachaça na mão/ O gigante me espera/ Para começar a festa. Popular do Internacional Colorado daqueles fanáticos, Darcilo Klein não perdia um jogo sequer. Acompanhava o Inter a todos os momentos, seja eles bons ou ruins. Com os amigos, Darcilo colocava essa paixão em prática. Não ficava apenas
observando como os outros jogavam, mas também pisava em campo sempre que dava. Apesar de seu amor pelo futebol, para Darcilo, existia outro jogo que lhe chamava mais a atenção. Jogar cartas, por exemplo, era o que Darcilo amava fazer. Quando se reunia com os amigos, sempre saia algum jogo. Outra coisa que Darcilo adorava fazer era visitar os seus pais, e isso para ele era algo muito sagrado. Sempre que tinha tempo Darcilo dava algum jeito de ir ver seus pais, nem que não pudesse ficar muito tempo. Seus melhores amigos eram seus irmãos Nestor e Selvino (in memorian), Os manos como se chamavam. (Darcilo e seu irmão Nestor) Herdou do seu pai o amor pela cozinha. Seu pai foi cozinheiro, e Darcilo quando serviu ao quartel, trabalhou na cozinha onde aperfeiçoava assim os seus dotes culinários. Quando saiu do quartel, Darcilo decidiu seguir na profissão que mais amava, e então resolveu cozinhar para festas e
eventos. Adorava um churrasco, mas sabia fazer de tudo, desde salgados até sobremesas de diversos tipos. Correto e Honesto. Darcilo sempre incentivou seus filhos a estudarem, sempre mostrou o caminho do bem e sempre deu bons exemplos de trabalho e honestidade. Eduarda lembra que seu pai adorava jogar bola com ela e com seu irmão Alexandre no pátio da casa deles. Era um homem muito calmo, mas possuía um gênio muito forte. Não gostava de sair, e como tinha uma personalidade forte, para ele sair era uma briga. Preferia ficar na sua casa e aproveitar sua família. Feliz. Esse era o adjetivo mais apropriado para descreve-lo. Darcilo possuía muitos sonhos, como trocar de carro e comprar uma chácara, um lugar para que o casal pudesse ir e descansar, talvez isso traria um pouco da infância de Darcilo de volta já que foi muito apegado ao tempo em que passou na lavoura.
Darcilo já possuía problemas de coração. Sua família já estava lutando ao seu lado para assim poder tratar a doença. Sua família o levou para o hospital e após quinze dias, Darcilo teve um infarto e veio a falecer. Deixou para trás uma linda família, sua união de dezoito anos, sonhos e amigos. Mas conseguiu através de exemplos, ensinar para sua família a tratar as pessoas com igualdade, independente da sua cor e religião. Ensinou que as pessoas merecem respeito, e que não é a sua cor que julgará seu caráter. Darcilo foi mas permanece aqui, dentro dos corações de quem o ama. Eu vou lembrar sempre de você, seja dos momentos bons ou até mesmo os ruins, que me fizeram melhorar e me tornar quem eu sou hoje. Obrigado por tudo pai, eu te amo -Eduarda Jamais vou me esquecer de ti. A saudade aumenta a cada dia. Obrigado por todos os momentos bons que me proporcionou. -Valeria A morte não separa os que se amam -Chico Xavier