Aeronaves de caça da Marinha do Brasil em manobras a bordo do Navio Aeródromo São Paulo TENSÃO NOS ANDES.



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Transcrição:

-------------------------- Edição nº 005 Ano 01 ------------------------------------------------------------ janeiro de 2011 -- www.redteam.com.br ---------------- Aeronaves de caça da Marinha do Brasil em manobras a bordo do Navio Aeródromo São Paulo A crise deflagrada pela disputa entre Chile e Argentina pelo petróleo descoberto nos Andes alcançou o nível de tensão mais elevado nas ultimas horas, quando se intensificou a movimentação de tropas no Brasil e Chile. Forças navais começam a serem enviadas para o Atlântico Sul, visando tomar posição junto aos pontos de bloqueio que casa governo decretou. (Pagina. 04) FORÇA AÉREA BRASILEIRA EM ALERTA MÁXIMO. As autoridades brasileiras confirmaram que toda a aviação de combate está de prontidão. Operando desde bases instaladas no litoral, os esquadrões de patrulha da Força Aérea tem acompanhado atentamente o tráfego marítimo ao largo do litoral brasileiro. Embora as autoridades não confirmem, é provável que as aeronaves estejam acompanhando de perto o transito de embarcações de guerra britânicas, com destino as ilhas Falklands. (Página. 02). AONDE O ITAMARATY FALHOU? Tendo se envolvido na presente crise como um mediador, agora o Brasil se vê diante de uma manobra de demonstração de força, tal como não se via desde o episódio conhecido como Guerra da Lagosta. Onde a diplomacia brasileira falhou? (Página. 05) Editorial. Ontem o Brasil era um pais pacifico e sem inimigos. Mas e hoje, será que temos forças armadas capazes de respaldar nossa diplomacia ou ainda, defender nossos interesses? (Página. 04) Argentina e Inglaterra firmam acordo de não agressão. Em meio á crise que aflige o Atlântico Sul, representantes da Inglaterra e Argentina firmam acordo que assegura que não ocorra uma nova guerra pela posse das ilhas Falklands. Mediado pelo vaticano, tal medida sinaliza para uma possibilidade de saída mediada para a crise que se estabeleceu entre Brasília e Santiago. (Página. 03) TENSÃO NOS ANDES. Enquanto a Argentina assina acordo de não agressão com os ingleses, forças chilenas se posicionam na fronteira com a Argentina. População da região em disputa abandona suas casas temendo um confronto entre forças militares. (Página. 04) VENEZUELA BLOQUEIA O MAR DO CARIBE. Buscando se fazer presente na crise, o presidente venezuelano declarou que irá perseguir navios chilenos no Caribe. (Página. 03) Jogos de Guerra: OPEN DRAKE. Depois de muitos preparativos, finalmente tem inicio a simulação OPEN DRAKE, através da qual pretendemos demonstrar como seria um conflito aeronaval envolvendo a esquadra da Marinha do Brasil. Além de aspectos militares, também procuraremos aprofundar os desdobramentos políticos, relatados através deste jornal, levantando reflexões sobre a necessidade de mantermos Forças Armadas modernas e capazes. (Página. 02)

Governo Brasileiro declara o Atlântico fechado aos navios Chilenos. (Brasília) Em resposta ao fechamento do Estreito de Drake aos nossos mercantes, o governo brasileiro decidiu responder no mesmo nível, declarando o Atlântico Sul fechado á navegação de navios de bandeira chilena, ou que tenham como destino ou origem portos daquele pais. Segundo a Marinha do Brasil, responsável pela manutenção do bloqueio, as forças navais foram instruídas a agirem de maneira distinta, de acordo com a nacionalidade do navio abordado. Quando questionado sobre a restrição a navios de outras nacionalidade que estejam indo ou vindo do Chile, o comandante da Marinha respondeu: "Não queremos ampliar a crise, gerando desentendimentos com outros paises, apenas estaremos assegurando que não há nenhuma arma sendo enviada ao Chile, quando se tratar de navios de bandeira estrangeira." Há um certo questionamento sobre a viabilidade desta atitude, uma vez que a Marinha dispõem de poucos navios para realizar a guarda de todo o mar territorial brasileiro e ainda, mobilizar sua esquadra para ações contra forças chilenas. Em Santiago, as autoridades chinelas ainda não se manifestaram sobre a posição tomada pelo governo brasileiro, limitando-se apenas a sustentar que o bloqueio no estreito de Drake será mantido a todo custo e que o povo chileno não desistirá de seu direito sobre a reserva de Chubut. FORÇA AÉREA BRASILEIRA EM ALERTA MÁXIMO. [Enviado especial a Salvador] Temendo ações da Inglaterra, que sempre manteve boas relações com o governo chileno, a FAB colocou suas aeronaves em alerta máximo. Tal preocupação existe em razão da aproximação de um pequeno grupo tarefa, composto por escoltas da Royal Navy que se dirigem para as Falklands. Segundo informes oficiais, todas as unidades de patrulha marítima estão mantendo aeronaves no OPEN DRAKE. Tudo o que vocês verão através da Gazeta Independente é ficção, sendo baseado nos desdobramentos de um Wargame jogado através de e-mail. O objetivo deste jornal é o de ilustrar o cenário em que estarão se confrontando duas forças navais latino-americanas, onde estarão sendo avaliadas duas esquadras de composição distinta, buscando avaliar o desempenho de cada uma na moderna arena aeronaval do século XXI. De um lado, a esquadra Brasileira, nucleada em um Portaaviões com caças-bombardeiro. Do outro, a esquadra chilena equipada com modernas escoltas capazes de disparar mísseis antinavio Harpoon. Acompanhe o desenrolar desta simulação através do site: www.redteam.com.br ar 24 horas por dia, acompanhando o trafego marítimo ao largo de nosso litoral, enquanto aeronaves armadas permanecem em alerta, para serem acionadas se necessário. Da base aérea de Salvador, onde o comandante do 4º Grupo de Aviação concedeu coletiva à imprensa, os bimotores "bandeirulha" estavam sendo preparados para voar. Uma aeronave taxiava para a cabeceira da pista, enquanto outra era abastecida. "Estamos mantendo nossos aviões de patrulha em alerta total, vasculhando o oceano e vetorando unidades da Marinha do Brasil para abordar quaisquer embarcações suspeitas". Segundo especialistas, o Bandeirulha, versão de patrulha marítima do C.95 Bandeirante, desenvolvido pela Embraer, é uma aeronave altamente 2 2

3 VATICANO MEDIA ACORDO ENTRE BUENOS AIRES E LONDRES. Com a escalada da crise diplomática entre Brasil e Chile, decorrente da disputa pelo campo de Chubut entre este e a Argentina, velhas diferenças e rivalidades vieram a tona na região. Temendo que o nacionalismo argentino, perigosamente exaltado em razão da disputa pelo petróleo encontrado nos Andes, o governo britânico passou a mobilizar tropas para proteger as ilhas Falklands, que já fora palco de confronto entre os dois paises em 1982. Desprovida de sua força de Porta-aviões, a Inglaterra mobilizou esquadrões de caças e escoltas para suas ilhas, visando dissuadir qualquer iniciativa portenha sobre o arquipélago, sobre o qual vem reivindicando posse desde fins do século XIX. Devemos ressaltar que em 1982 a presença dos porta-aviões HMS Invincible e Hermes, que operando caças Sea Harrier, foram vitais para assegurar a superioridade aérea sobre o arquipélago, o que viabilizou as operações anfíbias que capturaram as tropas invasores. Por outro lado, diferente do que ocorreu há 28 anos atrás, as forças argentinas também não se encontram em condições de realizarem operações de grande vulto como um assalto anfíbio, o que associado ao temor de um ataque chileno através dos Andes permitiu que a prédisposição dos dois governos em evitar maiores aborrecimentos resultasse em um encontro no Vaticano, onde os representantes da Inglaterra e Argentina chegaram a um acordo. Apesar de relutarem, os argentinos aceitaram a manutenção de uma zona de exclusão de 100NM em torno das Falklands em troca da mais absoluta neutralidade britânica, que se comprometeu a não auxiliar os chilenos. Embora tal acordo possa assinalar que Argentina e Inglaterra concordaram com a paz, esta condição se sustenta apenas na confiança de que ambos os lados permanecerão afastados de um iminente conflito no atlântico sul, o que se mostra problemático uma vez que forças navais brasileiras e chilenas se encaminham para a passagem de Drake, próximo a águas argentinas. capacitada para a missão que lhe está sendo atribuída porém, mesmo contando com um poderoso radar de busca de superfície e sistemas de inteligência eletrônica (que permitem rastrear passivamente unidades adversárias, através de suas próprias emissões de radar e comunicações) carecem de real capacidade de combate, isto é contando apenas com lançadores para foguetes não-guiados de 70mm, são alvos fáceis para aeronaves de caça embarcadas, enquanto o ataque a navios inimigos deve ser realizado por outros vetores (caças armados com mísseis anti-navio). COnsiderando a função primaria de patrulhar e fiscalizar as atividades de navegação e pesca em nossas águas territoriais, a atual frota, composta por cerca de 20 unidades do P.95 Bandeirulha cumpre com suas funções porém, em um cenário de conflito, carece de sensores para detecção de submarinos hostis (capacidade perdida em 1996 com a desativação da frota de P.16 Tracker do 1º GAE, e que será retomada com a chegada dos P.3M Orion) e capacidade de transporte de mísseis ASM. VENEZUELA FECHA O MAR DO CARIBE PARA O CHILE. [Washington] A Secretaria de Estado norte-americana, em encontro com o embaixador brasileiro se revelou preocupada com o desdobramento da crise no atlântico sul, especialmente após novas declarações do presidente venezuelano. Discursando ao vivo desde uma Fragata, em cadeia de radio e TV, o presidente mais uma vez clamou por uma união panamericana contra o governo do Chile e Colômbia, a quem acusou de serem "bastiões avançados do imperialismo ianque". Reforçou seu irrestrito apoio ao Brasil e Argentina e ainda, declarou que irá afundar qualquer navio chileno que for identificado navegando no mar do Caribe. CONSEQUENCIAS DOS BLOQUEIOS. Em resultado aos bloqueios declarados, certamente quem mais sofrerá com tais medidas serão os chilenos, uma vez que tendo o Atlântico Sul fechado pelo Brasil, poderiam ainda contar com o Mar do Caribe para manterem as rotas mercantes com a Europa. Diante da decisão venezuelana em aplicar um bloqueio contra o Chile no Caribe, embora se trate de medida de efeito limitado (após deixar o Canal do Panamá, os navios chilenos podem contornar pelo norte, fazendo uso de águas de nações amigas, o que certamente irá desestimular os venezuelanos a qualquer medida mais drástica) sem dúvida irá afetar a economia chilena, uma vez que os custos com o frete deverá aumentar, não apenas pelo maior curso a ser seguido mas, principalmente devido aos riscos de embarcações serem apresadas. Outro problema a ser levantado é a questão da navegação internacional, ou seja, quais as conseqüências e os riscos de mercantes civis estarem navegando por águas que estão próximas de se transformarem, no mínimo, em palco de manobras militares de demonstração de força. 3

4 Editorial: As FFAAs e o respaldo à política externa. Houve um tempo em que era comum a alegação de que somos uma nação pacifica ou ainda que não temos inimigos para justificar o descaso com o preparo permanente e o reaparelhamento periódico de nossas forças militares. Em resultado a esta mentalidade, em especial a partir da abertura política e o regresso á democracia, não apenas lançamos nossos militares em um estado de completo abandono com também, desmontamos nosso parque bélico, que figurava com importantes vendas para o exterior. A partir do final da Segunda Guerra Mundial as forças militares passaram a ser instrumentos de defesa, isto é, em lugar de estarem prontas para levar a guerra ao inimigo, passaram a ter a função de dissuadir um possível agressor a desistir de dar o primeiro tiro. Também não podemos nos esquecer que contar com uma capacidade expedicionária ou então, no mínimo, capacidade de projetar algum tipo de poderio bélico é um elemento indispensável para respaldar qualquer manobra diplomática, forçando sempre seu oponente a manterse sentado à mesa de negociações, evitando a opção militar como meio de solucionar uma crise. Assim foi nos anos sessenta, quando pesqueiros franceses realizavam ilegalmente a pesca da lagosta em águas brasileiras, questionando nossa soberania. Diante do insistente questionamento brasileiro, os franceses enviaram um navio de guerra, no intuito de intimidar nossa esquadra, a quem compete a fiscalização de nossa Zona Econômica Exclusiva. O pronto envio e manutenção (ainda que às duras penas) de uma Força Tarefa brasileira à região foi o bastante para levar o governo francês a desistir de violar nossos direitos de pesca. Sem disparar um único tiro, a simples presença de um moderno navio de guerra pode ter peso incomparável nas mesas de negociações. Considerando-se que crises surgem da noite para o dia, muitas vezes sem aviso prévio, e que sem aviso podem requerer o respaldo militar, se faz urgente modernizar nossas Forças militares. ATENÇÃO: Os fatos aqui narrados têm por finalidade servirem de ambientação para uma simulação / Jogo de Guerra, onde serão avaliados os desempenhos de forças navais sul-americanas. Esta é uma obra de ficção, não havendo intenção de incitar qualquer tipo de rivalidade entre nações vizinhas ou fazer apologia à guerra. Gazeta Independente: Editor: Marcelo Nichele Anderson Salafia Editor/ Redator: Anderson Salafia Para mais informações sobre a simulação Open Drake, acesse: www.redteam.com.br ARGENTINA E CHILE EM ESTADO DE GUERRA [Correspondente especial] Na província de Chubut, todas as estradas que dão acesso à sua porção oeste, e que no sentido inverso também levam para longe da área de conflito se encontram congestionadas. Deixando o local, inúmeras famílias abandonam tudo para trás, buscando refugio na casa de familiares. Quem não tem escolha estoca alimentos e trata de proteger portas e janelas. Em sentido inverso o fluxo de caminhões transportando soldados e artilharia é incrível. Em alguns vilarejos, principalmente ao cair da noite, é possível ouvir a passagem de aeronaves de combate em patrulha. Segundo autoridades militares, a maior preocupação tem sido quanto a uma ofensiva terrestre contra cidades na província de Chubut. "Em algumas delas estamos mobilizando inclusive batalhões de artilharia anti-aérea" relatou um comandante que preferiu o anonimato. "Iremos instalar um quartel general avançado, e manter nossas tropas de prontidão" confidenciou um jovem soldado, a bordo de um caminhão a caminho da região. Em Buenos Aires a maior preocupação do governo, segundo a imprensa local, é a de proteger a população civil. "Descartamos qualquer iniciativa caso venha a ocorrer uma guerra com o Chile" destacou o presidente em entrevista a uma radio nesta manhã "Mas se formos atacados, responderemos a altura!" assim concluiu a 4

BRASIL À BEIRA DA GUERRA: O que deu errado? Não é de hoje que o Brasil tem tradição em atuar como mediador de crises envolvendo outros paises. Porém, sempre houve sucesso em solucionar o impasse nas mesas de negociações. Então, o que deu errado desta vez? O que surgiu como uma mera disputa por recursos naturais, envolvendo nações com as quais o Brasil tem uma história de boas relações desenvolveu rapidamente para uma crise onde o dialogo cedeu espaço para demonstrações de força, onde cada um busca intimidar seus opositores por meio do uso de seu poderio militar. Será que o Itamaraty errou ao se envolver na crise entre Chile e Argentina? Como saber em quais situações o Brasil deve ou não se envolver? Infelizmente, não há como prever o desenrolar de disputas envolvendo nações, e se realmente o Brasil deseja assumir uma posição destacada como uma liderança regional forte e atuante, mediando conflitos e ainda, intervindo onde se fizer necessário, deverá estar preparado para respaldar sua posição não apenas com o dialogo mas também, com Forças Militares adequadas, permitindo que qualquer negociação em que se envolva jamais seja tumultuada por ação de terceiros (como vemos neste caso a Venezuela, que em outros momentos também incitou nações do continente à guerra, no caso a Colômbia e o Peru) ou ainda pela tentativa de um dos paises envolvidos optar por mostrar força, deixando o dialogo em favor das armas. VENEZUELA E A GUERRA. entrevista. Da mesma maneira, o Chile também se prepara para o inevitável. Convocando os reservistas e deslocando unidades para a fronteira com a Argentina, agora chegou a vez da força aérea. Caças F.16 modernizados foram deslocados para bases no sul do país, enquanto prosseguem a mobilização de unidades terrestres em direção a fronteira com a Argentina. DIferente do governo argentino, que trocou o discurso nacionalista de alguns meses atrás por um tom mais defensivo, as autoridades em Santiago parecem querer intimidar seus inimigos, veiculando informes na TV mostrando a mobilização de suas tropas. Comandantes militares chilenos entrevistados, declararam que estão prontos para responder a qualquer provocação, quer seja da Argentina ou mesmo do Brasil. ARMADA ARGENTINA EM ALERTA Embora os argentinos estejam respeitando a zona de exclusão acordada com os britânicos, seus navios saíram ao mar, e tomaram posição na região da foz do Rio da Prata. Segundo comunicado oficial do presidente, a manutenção de sua esquadra nesta posição é uma maneira de assegurar que haverá uma pronta resposta caso os ingleses violem o acordo firmado entre os dois governos. Também foi destacado o fato de que estando sua esquadra ao norte de seu território, os argentinos demonstram que não tem interesse em invadir as ilhas Malvinas, uma vez que não dispõe de meios para tal feito. ROYAL NAVY REFORÇA ILHAS DO ATLANTICO SUL. 5 Desde que a tensão entre Chile e Argentina começou a aumentar, foi destacada a atitude venezuelana, marcada pela incitação á ações em lugar do dialogo. Mesmo afastado da mediação da crise, seu governo insistiu em fazer pronunciamentos e ainda, adotar medidas que mais atrapalharam do que ajudaram no debate sobre o petróleo andino. A questão que fica no ar, é até quando o presidente venezuelano continuará a tumultuar as relações entre os paises latino-americanos? Mesmo com o acordo firmado com a Argentina, o governo britânico determinou que suas forças no Atlântico Sul sejam reforçadas. Alguns navios de guerra já se encontravam a caminho das ilhas Falklands porém, há relatos de que pelo menos outros três, que operavam no Mediterrâneo e Oceano Indico, estejam se deslocando para o Atlântico Sul, tendo como objetivo manter patrulhas também nas ilhas Geórgia do Sul e Sandwich do Sul, declaradas neutras pelos britânicos. Quanto as unidades alocadas nas ilhas Falklands não existe previsão de que o contingente aéreo ou terrestre seja reforçado. 5