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Transcrição:

O3-11-2013 Realidade da consciência do Criador Pedro (Espírito) Psicofonia compilada por Maria José Gontijo Revisão: Filipe Alex da Silva Resumo: Relembra os estudos sobre as realidades conscienciais, dividida didaticamente em unidimensional, tetradimensional e transdimensional. Relembra também o estudo das comunidades e hipercomunidades espirituais. Conceitua o que é realidade consciencial divina. Fala sobre o objetivo e do sentido do Universo Material. Fala da importância da matéria. Explica sobre o objetivo da vida e da manutenção e ordem do universo. Explana sobre o plano divino para todos os seres, sobre a pedagogia divina da consciência, autoconsciência e liberdade. Dá a explicação de todas as dores, sofrimentos e dificuldades encontradas por cada Espírito, comunidade, país e cada planeta desse Universo. Responde diversas questões sobre: Deus e o Infinito. Percepção de Deus. Relação de Deus com o Universo. Louvor a Deus. Como manifestar o amor a Deus. Sobre a flexibilidade da lei divina. Prazer e felicidade e outras correlatas. Palavras chaves: realidades conscienciais, unidimensional, tetradimensional, transdimensional, comunidade espiritual, hipercomunidades espirituais, realidade consciencial divina, Universo, plano divino, pedagogia divina, consciência, autoconsciência, dores, sofrimentos, Deus, Infinito, percepção de Deus, louvor, amor a Deus, flexibilidade da lei divina, prazer, felicidade. É uma alegria imensa que novamente nos colocamos à disposição para este intercâmbio de idéias entre duas esferas da nossa existência. Continuando nossos estudos vamos abordar hoje, algo a respeito da consciência do Criador ou a realidade da consciência divina. É um tema um pouco complexo, esperamos poder transmiti-lo de uma forma que todos possam compreender. Já havíamos estudado as realidades conscienciais, que cada um de nós vive. E que o mundo espiritual é consciencial, é lá que realmente vivemos essa realidade. A realidade consciencial é a essência daquilo que somos e do ambiente que fazemos e criamos. Estudamos que a realidade consciencial pode ser dividida em um plano tetradimensional, que seria muito parecido com a realidade física, um unidimensional que seria parecido com aquilo que alegoricamente as religiões chamam de inferno, lugar de martírio e sofrimento, e um plano transdimensional onde são superadas as dimensões de tempo e espaço. Vimos também que na realidade tetradimensional, que é muito parecida com a realidade física, existem realidades conscienciais diversas e podemos, em última instância, dizer que cada espírito vive numa realidade de sua própria consciência. Porém, unidas pelas sintonias; estas formam comunidades conscienciais, que chegam ao ponto de super comunidades conscienciais, mantidas por espíritos que conseguem dividir, distribuir, comunicar, comungar aquela realidade consciencial que vivem com vários outros espíritos. O que seria então, a realidade consciencial divina? É o que nós chamamos de Universo, de realidade material. Todos os encarnados estão inseridos na realidade consciencial divina. O Universo é construído e mantido por Deus. 1

O objetivo do Universo é a criação e manutenção da evolução dos Espíritos. Ele é uma grande maternidade e escola de espíritos. Nós fomos criados dentro da realidade da consciência divina e evoluímos por meio dela. É por isso que, de tempo em tempo, é necessário que, de novo, retornemos a essa realidade para continuar o nosso processo evolutivo através da reencarnação. Então a matéria e tudo que ela contém são necessárias para a evolução do espírito. O processo evolutivo inicia-se com ela. Deus na sua sabedoria e bondade cria uma forma e uma estrutura que permitem que os Espíritos se formem e se distribuam. Esta estrutura é chamada Universo. Tudo nele tem o sentido de fazer com que os Espíritos evoluam. Uma das criações divinas do Universo para que estes espíritos evoluam chama-se Vida. A vida palpita em todo o Universo, em todos os planetas, de formas variadas; ainda inconcebíveis para o estágio evolutivo em que se encontra a humanidade. O que mantém o Universo é a própria sabedoria divina e também as leis que o regem: a forma da matéria, tempo e espaço. As coisas são como são, como as compreendemos, e são ainda, além da nossa compreensão mantidas por ela. A sabedoria divina é a ordem do Universo. No Universo encontramos toda a plenitude do seu Criador. Qual é o plano divino para nós? A perfeição. Essa palavra não é compreendida no estágio evolutivo, tão primário em que ainda nos encontramos. Mas ela poderá ser compreendida e sentida com o advento de um novo sentido, de uma nova percepção que ainda não foi alcançada pelos Espíritos na evolução humana. Na transdimensionalidade ela poderá ser sentida de forma mais ampla, porque Deus quer que nós sejamos, junto com Ele, co-criadores. Daí o ensinamento de Jesus: vós sois deuses, porque este é o plano divino para nós. Que nós sejamos aquilo que Deus projetou em nós, em essência, a divindade. Mas o que representa essa co-criação? Representa que cada um de nós é capaz de criar realidades conscienciais por nós mesmos. Somos capazes de criar nosso próprio universo. Isto é loucura? É loucura, enquanto pensamos aprisionados na realidade divina que nos impede de expressar toda nossa potencialidade espiritual. Mas, lembrem-se que na realidade espiritual a matéria não é mais limite, o mundo é percebido pela nossa própria consciência. Então eu, Espírito, crio o mundo em que me manifesto. Eu posso ter esse poder. E na evolução eu poderei também manipular o fluido cósmico universal, ou o princípio universal da matéria para criar mundos conscienciais conforme a minha evolução. Então, Deus espera que possamos também, junto com Ele, ser co-criadores em plano maior, porque já o somos em plano menor. E qual foi a pedagogia que Deus criou nesta realidade que nós chamamos de Universo? A primeira se chama autoconsciência. Através da lei de mudança, diversidade, destruição, porque todas elas significam transformações. Através das experiências que a realidade do Universo permite ao Espírito, faz com que ao longo de milhões de anos, desenvolva a consciência. Depois da consciência, desenvolve-se a autoconsciência, que é a consciência de si mesmo. Ela surge quando se alcança o pensamento contínuo. Esta é a fase em que se encontra a humanidade. Com o pensamento contínuo cria-se com a autoconsciência, o livre arbítrio, a liberdade. Então a pedagogia divina dá a cada um dos Espíritos, seus filhos indiretos, a capacidade da liberdade. A liberdade é a mais contraditória das capacidades humanas, porque ela parece ter o poder de desafiar o próprio plano divino para nós, porque senão não seria liberdade. Mas Deus deseja que tenhamos a compreensão e o mérito pelo nosso próprio progresso. Que a perfeição não seja um prêmio dado por Ele, mas que seja uma conquista da nossa liberdade e 2

da nossa autonomia. Daí a explicação de todas as dores, sofrimentos e dificuldades encontradas por cada Espírito, comunidade, país e cada planeta desse Universo. É porque nos exercícios da construção da liberdade, autoconsciência, autonomia espiritual, o filho se vicia, erra, exagera, equivoca-se, e como conseqüências vem a dor, os dissabores, efeitos maléficos, o sofrimento espiritual, para que o filho possa aprender o melhor caminho, aprender a discernir entre o que é o bem, o que é melhor para ele e o que é a perfeição. E o que é o mal? É o que prejudica a ele e aos outros, o que o afasta da perfeição. É neste exercício de liberdade, autonomia, que o espírito caminha para Deus. Aproxima-se Dele. Caminha para ser um co-criador com Ele. Colocamo-nos à disposição para as questões. P1 (G.A.B.): Como encaixar Deus na questão do infinito, como entender Deus através dessa idéia? E a ideia inata que Deus existe? Sempre houve a ideia de um Criador? Na verdade a percepção de Deus só pode ser feita de forma indireta, porque falta-nos o sentido para percebê-lo de forma direta. É uma percepção que só será desenvolvida num grau a mais de evolução, na transdimensionalidade, quando superarmos a noção de tempo e espaço, que é uma prisão espiritual, que nos retém ainda nesta realidade material. Mas quando superarmos isso, perceberemos Deus, como percebemos a luz através da visão. Por enquanto a percepção de Deus é de forma indireta. Como de forma indireta? Só existem duas possibilidades: ou o Universo sempre existiu, ou ele foi criado. Se ele foi criado, logo existe um Criador; se ele sempre existiu, nos confunde a razão. Então, não existe um sentido ainda para percebermos Deus, a não ser por estas intuições lógicas que, se houve um começo, um início, algo que criou o Universo este algo é o Criador e mantenedor do Universo. Percebemos o efeito, mas não somos capazes de perceber a causa. Só de intuir, quando necessário. P2(E.E.O): Então só percebemos Deus através dos efeitos? Seria razoável acreditarmos na perfectibilidade apenas porque acreditamos na existência de Deus? R2: Sim. Disse Jesus: sedes perfeitos como vosso Pai o é. Vós sois deuses. Ele não falaria isso em vão. P3(E.E.O): Nós podemos alcançar a perfeição através do conhecimento e discernimento? R3: Na verdade isso é o que nós chamamos de pedagogia do Criador. Como alcançar a perfeição? O discernimento entra aqui: liberdade e autoconhecimento. São palavras diferentes que se referem à mesma capacidade humana. Discernir é escolher. Escolher é exercer a liberdade. P4 (M.J.G.): A relação entre Deus e o Universo é imanente e transcendente? R4: Deus é ao mesmo tempo imanente e transcendente com o Universo. É transcendente porque não pertence ao Universo. Se o Universo fosse destruído, Deus não seria com ele. Mas Ele é imanente porque todo o Universo é conseqüência de Deus. Todo o Universo está recheado de Deus, na verdade a vontade de Deus se manifesta em tudo que o Universo é. Então está também imanente em todo o Universo. Para esclarecer melhor: o Universo não teve um início? Então Deus era antes do Universo. Ele não precisa do Universo para existir. Ele transcende o Universo. Trans é além. A nossa percepção de Deus pelos sentidos que hoje possuímos, é somente por meio dos seus efeitos, da sua Criação, ou melhor ainda, por meio da ordem e sabedoria que se manifesta no Universo. 3

P5 (G.A.B): E como entender o louvor a Deus? R5: O louvor tem muito a ver com o sentimento inato da sua primeira pergunta, porque a necessidade de louvor é, exatamente, o início de uma percepção de algo muito maior do que aquilo que conseguimos ver e ouvir. Temos certeza no fundo do nosso coração, no íntimo do nosso Espírito, que existe alguma coisa muito mais bela, maior, inteligente, sábia, bondosa além da compreensão humana. E aí quando você observa as árvores, os pássaros, as flores, as borboletas esvoaçando no ar, você cai no louvor àquilo que concebeu tudo isso em sua consciência e a tornou realidade. P6 (G.A.B): Entendemos Deus pela inteligência? R6: Só pelos efeitos. É indizível. Não se pode conceituar o divino. Mas é perceptível por outro sentido. Não os que você tem agora. P7(J.A.S): Se cada um de nós somos co-criadores, criamos um universo próprio, como fica a nossa unificação no mundo de regeneração? R7: Na verdade cada um já criou seu próprio universo: o universo do Ananias é separado do universo Rita, do Jomar, e assim por diante. Cada individualidade consciencial é um universo em si. P8(J.A.S):: Então esse universo consciencial é criado junto com o espírito, desde o início. R8: Não. No início a sua criação é comum. Você só sai do comum no decorrer de milhões de anos, vai se individualizando primeiro, mas ainda em comum na espécie e depois vai se individualizando mais, até que no momento crucial, você adquire a individualidade. Deste momento em diante começa a criar seu universo consciencial e à medida que vai evoluindo o seu universo consciencial vai se ampliando, através das escolhas. Só que é Lei de Deus também, o que nós chamamos Lei da mediunidade ou Lei da comunicação, que todos os Espíritos, todos os seres da criação se comunicam, se interajam vibracionalmente. Aí vocês vão começar a entender, em profundidade, porque que fora do amor não há perfeição. É através do amor que eu saio do meu universo egoísta e egóico alcançando o universo do outro. Então através do amor, os universos conscienciais se encontram. Quanto mais eu amo, mais sintonizado estarei com os outros seres que se amam, numa relação de reciprocidade, onde os universos se encontram. E o modelo para nossos universos conscienciais é o modelo supremo de Deus. As leis divinas são modelos para as nossas aqui na Terra. P9 (M.J.G): Como podemos manifestar nosso amor a Deus? R9: Uma das formas de manifestar este amor a Ele que você não percebe, é por meio do amor ao que você percebe e vê. É pela manifestação do amor à natureza, ao Universo, a tudo que Ele criou, até chegar ao próximo, que é o ser que está compartilhando com você o espaço e o tempo. Manifesto o amor a Deus por meio do amor ao próximo. Rezar para Deus é rezar para a ordem, sabedoria, bondade suprema, aquilo que é mais puro que consigo conceber. É um equívoco atribuir a Deus qualquer forma ou imagem. P10 (G.A.B): Tem como perceber a flexibilidade da Lei de Deus no plano consciencial? R10: A flexibilidade é a permissão de Deus para o usufruto da liberdade porque neste usufruto que a lei divina se torna flexível, ou seja, ela é única para cada universo consciencial. É o respeito ao absoluto de Deus para cada indivíduo que é único. Então, a lei divina difere da lei humana que tem um critério rígido; o pecado, erro, punição é o mesmo para todos. Já a Lei Divina é para todos, mas trata cada um de acordo com a liberdade individual. 4

Por exemplo: eu fiz muitas coisas pelas quais me arrependo. Com certeza, essas coisas me trarão conseqüências maléficas. Mas, a partir deste momento, o que eu vou fazer com o meu livre arbítrio? Posso mudar o sentido da vida e caminhar em direção à perfeição. Enquanto que outro pode, devido ao orgulho ou outros fatores decidir se revoltar e não fazer nenhuma mudança. A Lei divina age sobre esses indivíduos de forma diferente de acordo com suas atitudes. Lembram-se do nosso ultimo estudo? Noventa e cinco por cento da resposta de Deus para nós depende de como reagimos. Aí está a flexibilidade da lei divina. P11 (G.A.B): É difícil para nós entendermos esta flexibilidade. R11: O problema está na nossa lógica inflexível do verdadeiro e falso. Porque a Lei Divina é inflexível e é absolutamente flexível. E as duas coisas são verdadeiras. É ainda aquela nossa dificuldade de entender aquilo que é muito simples, porém foge às questões lógicas absolutas de sim e não. É necessário entender que a complexidade do Universo é que permite o nascimento da liberdade, da nossa autonomia. Quando tentamos simplificar, a lei é flexível ou é inflexível? Na verdade ela é as duas coisas, por mais difícil que seja entender isso. A lei de Deus é tão fantástica que se diz que ela está escrita na consciência de cada Espírito, veja a flexibilidade. Está escrita em todas, sem exceção, olha a inflexibilidade. Não tem jeito de você fugir. Porque você pode fugir do policial, do padre, da mãe, do pai, até da mulher; mas da consciência não. P12(J.A.S) Burlar a lei divina já não é perder a liberdade? R12: A perda da liberdade, isto é, a perdição, não está fora de nós, mas dentro. P 13 (G.A.B): Já está traçado a Lei Divina para nós. R 13: Já. É plano divino para nós. Querendo ou não, todos nós chegaremos lá. Vou lhes dizer uma coisa surpreendente. Não importa quanto tempo leve: um milhão ou trinta milhões de anos. No infinito, trinta milhões, um ano, trinta segundos valem a mesma coisa. O que importa é o ser estar fazendo o trajeto, é você deitar à noite e sentir por você mesmo que está dentro do seu objetivo. Isto é o que milhares e milhões de pessoas do planeta Terra ainda não perceberam. Elas não vivem a própria trajetória. Vivem uma trajetória que indicaram para elas. Não vivem a própria vida. Vivem a vida de outros. A nossa necessidade hoje, planetária, é um retorno para dentro de nós mesmos para perguntar se eu estou vivendo o que deveria viver. Se estou na senda que gostaria de passar. A maioria das pessoas está vivendo inconsciente disto, não estão vivendo a realidade essencial delas. Estão vivendo como corpos ambulantes. Para a grande maioria no mundo, o espetáculo do outro, externo, a tecnologia, o dinheiro, ter, comer, beber, os prazeres diversos, estão deixando como que bêbados os espíritos inconscientes, que muitas vezes, no final da existência percebem que perderam o seu tempo. P14 (J.A.S): Mas isso sempre foi assim? R14: Sim. Porém estamos passando por momentos de provas, expiações e é necessário avançar mais, alcançar um novo degrau evolutivo. Que é o degrau da consciência. P15(J.A.S) O ter e o prazer são contrários à felicidade? 5

R15: Não são contrários. O problema é confundir a perfeição, a evolução que está diretamente proporcional a felicidade espiritual com o prazer e o desejo, porque somente com eles não alcançaremos a felicidade. P16 (J.A.S) : Muitas vezes o desejo e o prazer nos conduzem à felicidade? R16: Todos são caminhos da pedagogia Divina: poder, desejo, relação. Todos trabalham para que o ser alcance autoconsciência, autonomia e liberdade para ele saber discernir. Aliás, nós sabemos que o Espírito começa a alcançar graus maiores de espiritualidade quando ele consegue colocar os limites para as necessidades corpóreas. Quando o Espírito define para o próprio corpo os limites dos instintos. Quando as necessidades corpóreas vencem, significa que o Espírito ainda não tem a força suficiente para dominar a matéria. P-17 (J.A.B.): Você disse em aula passada que é bom ter um trabalho prazeroso, isto nos ajuda na nossa evolução? R17: O prazer não é errado. Fomos educados durante milênios que ter prazer é ruim. Ter prazer não é ruim. Em tudo, em todas as coisas. Não posso confundir o meu objetivo espiritual e da reencarnação com a busca do prazer. Estarei trocando algo que é meio pelo fim. O fim não é o prazer. As pessoas que buscam o prazer como finalidade das vidas delas se perdem nesta busca, porque querem o prazer e este não as satisfaz, não a preenchem. O prazer é um meio não é o fim. Pode-se ter prazer em tudo: no trabalho, comer; é importante comer com prazer. Mas o objetivo de comer não é o prazer que dá a comida. O objetivo de comer é a nutrição corpórea. Então, devo comer com prazer para me nutrir. Se eu começar a comer pelo prazer de comer, sem parar, porque cada vez que como vou ter prazer, estarei invertendo o fim com o meio. E as conseqüências, as próprias leis do universo vão nos mostrar para o reequilíbrio. P-18(G.A.B): O plano divino interfere na nossa liberdade? R18: Sim e não. Nós estamos totalmente presos ao plano divino que é a liberdade. Somos livres e não somos livres. Nós somos totalmente livres e totalmente aprisionados pela realidade da consciência divina. Não podemos superá-la, transcendê-la, mas mesmo tempo somos totalmente livres porque este é o plano dela, somos livres porque ela nos permite a liberdade. Faz parte do plano divino para nós a liberdade. Por exemplo: você está aqui porque quer. P-19(E.E.O.): Essa liberdade está determinada no tempo? R19: Não. Somente não demarcado no tempo, mas possibilitando suas decisões a respeito do seu universo, dentro da sua capacidade de compreensão. Sua liberdade, cada vez será maior, mas por maior que seja a sua liberdade, ainda está sobre a realidade consciencial divina. Irá chegar ao ponto de você ser co-criador, uma realidade maior, irá ser um Cristo planetário, um Cristo da galáxia e mesmo assim estará de alguma forma subordinado ao plano divino. 6