UTILIZAÇÃO DO MÉTODO PILATES NO TRATAMENTO DA LOMBALGIA EM PRIMIGESTA: RELATO DE CASO



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Transcrição:

UTILIZAÇÃO DO MÉTODO PILATES NO TRATAMENTO DA LOMBALGIA EM PRIMIGESTA: RELATO DE CASO V CONGRESSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA DE JUNDIAÍ - 2010 ¹Milena Carrijo Dutra 2 Fernanda Romano da Silva e Oliveiro, ³Jamiler Macedo Antunes ¹Especialista em Fisioterapia Músculo Esquelética pela Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo-ISCMSP 2 Especialista em Atividade Física adaptada e Saúde pela Universidade Gama Filho UGF ³Especialista em Educação Física Adaptada pela Universidade Gama Filho-UGF

Introdução: O Método Pilates é um importante trabalho de educação corporal que visa à reabilitação, cinestesia, alinhamento postural, flexibilidade, consciência corporal e o condicionamento físico e mental. A dor lombar é muito comum em mulheres gestantes, devido as inúmeras modificações fisiológicas, anatômicas e orgânicas que ocorrem no período gestacional, as quais favorecem ao desequilíbrio postural e biomecânico do sistema músculo esquelético. Objetivo: investigar a eficácia do Método Pilates na redução do quadro álgico lombar gestacional. Metodologia: Esta pesquisa se refere a um estudo de caso, sexo feminino, primigesta, 25 anos, com sintoma de lombalgia. Os exercícios em solo foram aplicados em trinta aulas, duas vezes semanais, com duração de uma hora. Para coleta de dados, foram aplicados um escala analógica de dor e o questionário de Oswestry, onde a voluntária deu a classificação da intensidade da dor, sendo avaliada antes e depois ao programa de exercícios. Conclusão: a aplicação do Método Pilates, trouxe alívios importantes nos quadros álgicos da gestante participante deste estudo. Observou-se que a elaboração direcionada de exercícios específicos para a estabilização da coluna pode ser uma medida de extrema importância e necessária para reabilitação nos casos de lombalgias no período gravídico. milenadutra@bol.com.br

ABSTRACT Method Pilates is an important body education work aimed at rehabilitation, cinestesy, flexibility, postural alignment, body awareness and physical and mental conditioning. The low back pain is characterized by pain in the pelvic region lombo and being pathology of high incidence among the population, causing the inability to move work etc. Despite there is a consensus that determine the prevalence of low back pain In gestation, authors searched show pregnant every ten are eight seized by pathology. A pain lumbar is also very common in women pregnant, the numerous physiological changes, anatomic and organic, postural imbalance, and favours to biomechanical. Its source in non communicable, however, many researchers report on its work, that instance in people with life sedentary lifestyle. The method Pilates is a techinique very used to this type pathology, because method calls the central region of the body (abdomen). This search refers to a case study, in which, had the participation of an individual, bhimeswara, pregnancy and carrier low back pain. The goal os this work is to investigate if the Pilates method can promote the reduction of voluntary pain of frames. The work was applied the frequency of thirty lessons in the period August to October 2009, double weekly. For data collection were applied an analog scale for pain and Oswestry questionnaire, where voluntary gave the classification of intensity pain, being evaluated before and after applied exercises programme whit order to verifyeffectiveness of the same. Key words: Low Back Pain, Pregnancy;Pilates

INTRODUÇÃO A lombalgia é conceituada como toda condição de dor e/ou rigidez, localizada na região inferior do dorso, em uma área situada entre o último arco costal e a prega glútea. É freqüentemente acompanhada pela lombociatalgia, que se constitui de dor que se irradia daquela região para um ou ambos os membros inferiores (Sperandio et al., 2004). Na grande maioria das vezes, a dor se relaciona com problemas mecânicos da coluna vertebral, isto é, com defeitos na sua função. A dor lombar baixa resultante destes problemas é o mais comum de todos os sintomas musculoesquelético. Tem sido estimado que 80% de adultos, pelo menos uma vez em suas vidas, irão sofrer um ou mais episódios de dor na coluna severamente suficiente para que parem de trabalhar temporariamente (Salter, 2001). Aproximadamente 50% a 75% das mulheres experimentam algum tipo de dor nas costas em alguma fase de sua gravidez, acarretando em prejuízo ou limitação em suas atividades domésticas e profissionais. A dor lombar é considerada três vezes mais comuns entre mulheres grávidas quando comparada ao resto da população (Sperandio et al., 2003). As mudanças anatômicas ocorridas durante a gestação podem causar alterações no andar da gestante contribuindo para uma variedade de condições de uso excessivo do sistema músculo-esquelético. As exigências que essas mudanças fazem sobre a mulher nunca devem ser subestimadas. Sendo que para a metade de todas as gestantes esse acontecimento é inevitável, existindo,

porém, falta de conhecimento sobre patogenia e as manifestações clínicas (Polden & Maltle, 1997). A postura da gestante está influenciada pela modificação do centro de gravidade, que apresenta uma tendência em deslocar-se para frente, devido ao crescimento útero-abdominal e o aumento ponderal das mamas. Para compensar, o corpo projeta-se para trás, favorecendo o aumento da lordose lombar, amplia-se o polígono de sustentação, os pés se distanciam e as escápulas se dirigem para trás, a porção cervical da coluna condensa-se e alinha-se para frente. No cotidiano da mulher gestante trabalhadora essas modificações têm aumentado a fragilidade da musculatura compensatória das regiões lombossacra e cervical, o que tem dificultado o desempenho profissional com lombalgias e cervicalgias freqüentes (Baracho,2002). Apesar de não existir um consenso que determine a prevalência da lombalgia na gestação, os autores pesquisados revelam que de cada dez grávidas oito são acometidas pela patologia. Segundo Sperandio et al.,(2004), mais de um terço das mulheres grávidas se referem a lombalgia como um problema severo, que interfere em suas atividades de vida diária e capacidade de trabalho, além de contribuir para insônia por se manifestar durante a noite. Ostgaard & Lee afirmam que o desconforto na coluna lombar pode ocorrer, tanto devido ao ganho de peso durante a gestação, quanto às alterações hormonais que diminuem a estabilidade da articulação sacro-ilíaca. O peso adicional adquirido durante a gestação aumenta a carga sobre as estruturas do sistema músculo-esquelético, mesmo ao realizar atividades diárias consideradas leves (Ferreira & Nakano, 2001; Sperandio et al., 2003). Segundo Ostgaard HC, Andersson GBJ, Karlsson K (2001) existe uma banalização das queixas durante a gestação, principalmente no que se diz respeito à lombalgia, que é considerada por muitos como sendo uma característica inerente ao período gestacional. Essa visão contribui para a reduzida busca de terapêuticas que visem minimizar o quadro álgico dessas

mulheres. A inatividade física está direta ou indiretamente relacionada com dores na coluna. Porém, com o grande avanço tecnológico, as informações tornaram-se mais acessíveis e as próprias mulheres têm buscado alívio para seus incômodos. A aplicação de um programa de exercício físico, principalmente na forma de grupos específicos para grávidas, tem sido um caminho tanto buscado quanto indicado para essas mulheres (Khanna N. 1998). Segundo Balogh A. (1998) O Método Pilates, tem efeitos positivos quando utilizado em gestantes. Estas buscam o Método devido à leveza dos movimentos, e através dele obtêm relaxamento e aumento na abertura da caixa torácica, devido à respiração. Além disso, por trabalhar a musculatura abdominal e do assoalho pélvico, há prevenção da diástase abdominal e da incontinência urinária. O Método Pilates desenvolvido por Joseph Pilates no início da década de 20 tem como base um conceito denominado de contrologia. Segundo Pilates, contrologia é o controle consciente de todos os movimentos musculares do corpo. É a correta utilização e aplicação dos mais importantes princípios das forças que atuam em cada um dos ossos do esqueleto, com o completo conhecimento dos mecanismos funcionais do corpo, e o total entendimento dos princípios de equilíbrio e gravidade aplicados a cada movimento, no estado ativo, em repouso e dormindo (Kolyniak, 2004). O Método Pilates compreende seis princípios: concentração, centro, controle, precisão, respiração e fluxo. O princípio do centro é o objetivo primário do conceito do Método Pilates. São três efeitos que o Método Pilates descreve sobre a saúde e integridade do powerhouse: o seu efeito sobre a postura pélvica, o efeito sobre a coluna vertebral e o efeito sobre a integridade postural ou tônus da cavidade abdominal pélvica. A soma total desses três efeitos é para criar o que pode ser a terminologia da postura powerhouse de Pilates (Muscolino, 2004) Segundo Bittar, (2003) assinala [...] O Método tem proposta reabilitadora aliando a prática física ao relaxamento mental, ensinando as gestantes a conhecerem melhor o seu corpo e a se sentirem preparadas e confiantes em si

mesmas. A praticante reorganiza o seu centro de força, como o abdome, quadril e lombar, através de uma prática variada com poucas repetições, concentração, precisão de movimentos e fluidez melhorando a postura e minimizando as compensações típicas desse período gestacional; previne e/ou ameniza as dores na coluna vertebral; alonga e relaxa os músculos; fortalece a musculatura perineal preparando para o parto e pós-parto; estimula a circulação; desenvolve a consciência corporal; melhora a respiração; aumenta a sensação de bem estar, além de otimizar a auto - estima. Percebe-se que o Método acaba apontando a consciência corporal e o domínio cinestésico durante o movimento como definições do seu trabalho. Tudo isso é adquirido pela educação apropriada de idéias de tensão e relaxamento, que corrigiriam os maus hábitos assegurando assim, uma melhor saúde. São através desses princípios de consciência corporal, domínio cinestésico e proprioceptivo durante o movimento e repouso que o Método é utilizado atualmente nas diversas área da reabilitação. A Pesquisa torna-se relevante pela carência de estudos que abordem a prática do Método Pilates com indivíduos que apresentam lombalgia gestacional. Logo, o objetivo deste estudo é investigar se um programa de exercício do Método Pilates promove a diminuição da lombalgia nos dois últimos trimestres de gestação em primigesta.

METODOLOGIA Este estudo apresenta um delineamento experimental verdadeiro que se caracteriza pela seleção aleatória individual equivalente para o início da pesquisa, sendo do tipo pré - teste/ pós com o propósito de determinar o grau de mudança produzido pela intervenção (THOMAS e NELSON, 2002). A pesquisa trata-se de um relato de caso, no qual teve a participação de 1 voluntária (T.D) do sexo feminino, casada, primigesta, com quatro meses de gestação, 25 anos de idade, sedentária e apresentando de lombalgia. Como pré-requisito foi necessário que voluntária apresentasse lombalgia durante a gestação, ser primigesta, praticasse exclusivamente o Método Pilates, não estivesse utilizando nenhum tipo de medicamento e consentisse em participar do estudo assinando o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Por medida de segurança, a voluntária teve a liberação médica para a realização do estudo no início do quarto mês de gravidez. Para iniciar a elaboração do programa de exercícios foi aplicado um Questionário de Anamnese (ANEXO I), no qual se investigou possíveis fatores de risco que interferissem no treinamento a ser aplicado com a gestante. Foram utilizados dois instrumentos específicos para aferição da dor: O Questionário da Escala Visual Analógica EVA (ANEXO II), que consiste em auxiliar na aferição da intensidade da dor no indivíduo, classificando a dor em leve, moderada e intensa, este, é um importante instrumento para verificar a evolução dos quadros álgicos durante o período de aplicação do programa de exercícios, verificando-se a eficiência do procedimento utilizado. Também foi aplicado o Questionário de Oswestry (ANEXO III), específico para mensurar a dor nas costas e como está afetando sua capacidade de lidar com as tarefas da vida diária, neste existem dez categorias, cada uma com seis respostas possíveis, deve-se escolher apenas uma alternativa em cada categoria. A pontuação para cada escolha varia de zero (primeira alternativa em cada categoria), para cinco (quinta categoria resposta de cada categoria). Assim, a maior pontuação possível é 50 (100%).

A interpretação sugerida para Escala de Oswestry é a seguinte: 0-20 % - incapacidade mínima; 20-40% incapacidade moderada; 40-60% - incapacidade importante; 60-80% - incapacitado e 80-100% - restrito ao leito. A mesma classificou no pré-teste incapacidade moderada. O Questionário para Escala de Oswestry foi aplicado duas vezes ao mês no período das aulas, sendo no primeiro dia do mês e último para verificação da evolução da voluntária. Todo processo de intervenção prática ocorreu no Estúdio Corpore Pilates, na cidade de Salvador-Ba, as aulas aconteceram nos meses de Agosto à Outubro de 2009, totalizando 30 aulas dentro desse período, cada aula teve em média uma hora de duração. O Método compreende a utilização de acessórios alguns equipamentos e acessórios como: bola suíça 65 e 75 cm; theraband; Flex Ring Toner (círculo mágico); bastões; rolo proprioceptivo; bolinhas de tênis; meia lua; halteres para (membros superiores); tornozeleira para (membros inferiores) e foram selecionados exercícios nos aparelhos também próprios do Método Pilates, tais como: Reformer, Combo Chair, Cadilac, Wall Unit e Ladder Barril, da marca PhisioPilates. Para melhor entendimento dos termos utilizados neste artigo sobre o Método Pilates consultar. O primeiro momento iniciou-se a prática da voluntária com exercícios preparatórios de alongamentos e aquecimentos do corpo no Mat/Solo também denominados de Pré-Pilates: são exercícios executados para a compreensão e treino dos princípios básicos do Método como: concentração, respiração, centro, controle, precisão e fluxo. A primeira fase foi compreendida fundamentalmente pelos princípios básicos do Método, sendo considerada a etapa mais importante para o desenvolvimento e a base para o início do trabalho muscular e corporal.. Nas primeiras duas semanas os exercícios educativos foram: mobilização cervical (flexão lateral, flexão e extensão no plano sagital, rotação); massagem nos pés com bolinha de tênis; alongamento dos membros de toda cintura escapular 3 à 4 repetições; 30 segundos de duração, estes exercícios tinham a opção de serem executados em posição ortostática ou sentada; treino

respiratório (com ênfase na expiração); treino do assoalho pélvico com adutores; mobilidade de região lombar (utilizando overball murcha ou tonning ball no sacro); Basic Briding (rolamentos pélvicos na meia lua; estabilização lombar com uma e duas pernas em decúbito dorsal ou decúbito lateral; corcel com uma e duas pernas (trazer pernas alternada - overball, rolo) estes exercícios eram executados em decúbito dorsal no Mat/Solo; nos aparelhos (Reformer) footwork series ; (Cadilac ou Trapézio) - o exercício supine scapular series para mobilização da articulação glenoumeral, otimizando o ritmo escapuloumeral, além de favorecer o fortalecimento de flexores e extensores de ombro e cotovelo associado à estabilização de tronco; cada exercício foi realizado por dez repetições em decúbito dorsal. Quanto aos exercícios de alongamentos mmii utilizou-se variações de acessórios ou aparelhos como: theraband, no rolo, ou aparelho Ladder Barril e Reformer para íleo psoas e quadríceps; alongamentos de flexores laterais do tronco, da cadeia posterior dos mmii isquiostibiais, dos adutores, tensor da fáscia lata, glúteos, piriforme no tempo máximo de 30 segundos ao início e ao final de cada aula A partir da terceira aula foi mantido o programa citado anteriormente sendo acrescentados outros exercícios no Mat/Solo: o Equilibrista (alinhamento axial - balanço do quadril descomprimindo a sobrecarga das vértebras da coluna, ativação de transverso com dissociação de mmii), executado em decúbito lateral; Quadrúpede (posição inicial em quatro apoios) - ativação do músculo transverso e com dissociação de mmii; Bent knee Fallout (borboleta: dissociação bilateral e unilateral com pés apoiados no chão, executado em decúbito dorsal no Mat/Solo, para mobilizar a pelve e região abdominal, diafragma e assoalho pélvico), Rolling Back na bola: simples abdominal e massagem na lombar; com a utilização do acessório tonning Ball abdominal oblíquo; extensões torácicas no rolo, no banco sentada com a bola mobilização de coluna flexão e extensão, Mermaid (sereia sentada) combinação de flexão e rotação; (Breathing; Círculo do Sol; Mergulho; Rolling Back) no aparelho: Cadilac ou trapézio 3 a 4 repetições. No aparelho Cadilac em decúbito lateral, com pernas posicionadas em 90º de quadril e joelhos (simulando a figura de uma cadeira), facilitava a

execução e dava maior conforto a mesma utilizaram-se, halteres de 1 kg e repetições 2x10; adução de braços e tríceps; na Combo Chair - footwork series; no banco sentada com theraband: exercícios de elevação e depressão de ombros; adução de braços; manguito rotador; extensão de ombros; circundução de braços; mobilização de cintura escapular e membros superiores no Mat/Solo (openning books - eu me amo), Tendon Stretch (bombeamento distal, panturrilha (na theraband, no rolo, nos aparelhos Reformer, Cadilac ou Trapézio), 10 a 15 repetições. Da nona até a última aula o grau de dificuldade ou a manutenção dos exercícios era alterado de acordo com o avanço gestacional e também de forma coerente a atender o estado físico da voluntária no dia de cada aula, principalmente, em resposta aos exercícios no Mat/Solo. No trabalho prático com a gestante se deve levar em consideração a alternância dos decúbitos, buscando facilitar o posicionamento e execução dos exercícios sem desconfortos, excluindo a possibilidade de qualquer risco de intercorrência próprios da gestação. As manipulações dos músculos piriforme e glúteo foram solicitadas pela voluntária em grande parte das aulas, era uma queixa dela durante o programa de atividades, além de dor associada com a região lombo-pélvica. O relaxamento corporal com imagens ou músicas de meditação, também era utilizado no programa, principalmente ao final das aulas. Em todas as sessões os relatos da voluntária eram de diminuição dos quadros álgicos. Para uma prática segura dos exercícios, durante a execução dos mesmos, era necessária a ativa manutenção de um alinhamento corporal e boa distribuição de peso, fatores estes que são reforçados pela gestação causada pela frouxidão ligamentar e excesso de peso, sobrecarregando, a articulação sacro-ilíaca gerando assim inflamação e dor. RESULTADOS

A análise de forma comparativa entre o pré-teste e o pós-teste do programa de treinamento, mostra que: ocorreu uma importante redução dos níveis de dor na participante do estudo, conforme os gráficos constantes nas figuras 1 e 2 em anexo. DISCUSSÃO Em se tratando de uma voluntária sedentária com encurtamento de cadeia posterior, associada a todas as alterações fisiológicas e hormonais inerentes ao estado gravídico, e que muito contribuem para o surgimento das dores lombares. Houve uma confirmação em relação à falta de atividade os autores (Hartmann S, Bung P,1999; Jesus GT, Marinho ISF, 2006) corroboram a inatividade física está direta ou indiretamente relacionada com dores na coluna. O sedentarismo, aliado à deficiência no sistema musculoesquelético e sobrecargas na coluna tornam os indivíduos propensos a ter dor lombar ou pélvica. Ostgaard & Lee afirmam que o desconforto na coluna lombar pode ocorrer, tanto devido ao ganho de peso durante a gestação, quanto às alterações hormonais que diminuem a estabilidade da articulação sacro-ilíaca. O peso adicional adquirido durante a gestação aumenta a carga sobre as estruturas do sistema músculo-esquelético, mesmo ao realizar atividades diárias consideradas leves (Ferreira & Nakano, 2001; Sperandio et al., 2003). Seguindo a lógica das cadeias musculares do corpo humano, qualquer mau posicionamento de um segmento corporal pode causar uma desorganização do todo. No Método Pilates o corpo é convidado a se alinhar, a manter essa isometria da musculatura estática organizando os tecidos ao redor dos ossos e articulações e o resultado é uma organização biomecânica e o movimento eficaz (Neves, 2002). Citando Abrami; Browne (2003) Para iniciar qualquer exercício do Método Pilates, deve ser ativado o centro de força para a estabilização do tronco. O fortalecimento da região é uma conseqüência natural do Método.

O Método Pilates compreende seis princípios: concentração, centro, controle, precisão, respiração e fluxo. O princípio do centro é o objetivo primário do conceito do método Pilates. São três efeitos que o Método Pilates descreve sobre a saúde e integridade do powerhouse: o seu efeito sobre a postura pélvica, o efeito sobre a coluna vertebral e o efeito sobre a integridade postural ou tônus da cavidade abdominal pélvica. A soma total desses três efeitos é para criar o que pode ser a terminologia da postura powerhouse de Pilates (Muscolino, 2004). Segundo Balogh A. (1998) O Método Pilates, tem efeitos positivos quando utilizado em gestantes. Estas buscam o Método devido à leveza dos movimentos, e através dele obtêm relaxamento e aumento na abertura da caixa torácica, devido à respiração. Além disso, por trabalhar a musculatura abdominal e do assoalho pélvico, há prevenção da diástase abdominal e da incontinência urinária. Este foi o objetivo integridade do powerhouse o efeito positivo entre assoalho pélvico para que de forma associada estes efeitos de dor lombar fossem amenizadas. O movimento deve ser controlado e coordenado pela mente, justificando a ligação com a concentração. O controle do movimento o torna harmonioso, sem sobrecargas e compensações musculares (Camarão, 2004). Buscando justificar a diminuição do quadro álgico e melhor realização das atividades diárias. Os exercícios do Pilates promovem uma maior estabilização corporal tanto estática quanto dinâmica (Anderson B.2006; Muscolino JE, 2004), aumenta a consciência corporal e os exercícios podem simular gestuais de atividades do dia-a-dia que no ambiente Pilates podem ser facilitados ou dificultados pelo auxílio de molas, da respiração ou da gravidade e assim proporcionar estratégias mais eficientes (Anderson B.2006). De acordo com Camarão, 2004 defende que a respiração é o grande diferencial para se obter um resultado profundo no Pilates. A respiração estimula as células, aumenta a oxigenação do sangue, elimina gases nocivos e junto com os exercícios, ajuda a relaxar os músculos, diminuindo o nível de tensão, ajudando no controle dos movimentos. Segundo Craig (2005) o corpo e a mente trabalham juntos. A cada movimento realizado é necessário que

homem crie uma sinergia entre o corpo e a mente, isso desenvolve uma maior consciência corporal no individuo. Observou-se ganhos desta perspectiva, menos ansiedade, sono mais tranqüilo, menos inchaço dos mmii, o que promoveu melhor circulação. Segundo Sperandio et al.,(2004), mais de um terço das mulheres grávidas se referem a lombalgia como um problema severo, que interfere em suas atividades de vida diária e capacidade de trabalho, além de contribuir para insônia por se manifestar durante a noite. É importante ressaltar que durante o período das sessões não aconteceu nenhuma intercorrência, reforçando a segurança e coerência dos exercícios selecionados e direcionados para a voluntária. CONCLUSÃO Através desta pesquisa, foi possível observar que a aplicação de um programa de exercícios, baseado no Método Pilates, trouxe alívios importantes nos quadros álgicos da gestante participante deste estudo. Observou-se que a elaboração de um programa direcionado para a estabilização da coluna pode ser uma medida de extrema importância e necessária para reabilitação nos casos de lombalgias no período gravídico. A fragilidade muscular da cintura pélvica associada com fatores mecânicos inadequados e a todas as modificações no corpo da mulher, têm forte influência na dor lombar. Na medida em que o fortalecimento da musculatura do tronco ocorre a organização da postura, a gestante poderá ter suas atividades diárias facilitadas. Desta forma, acredita-se que o custo-benefício do exercício com objetivo terapêutico voltado para a saúde lombar, é positivo em todas as fases da vida, pois as síndromes lombálgicas promovem sérios problemas de incapacidade física e conseqüentemente na motivação em realizar as atividades da vida diária dos indivíduos.

Em razão dos resultados obtidos, tivemos indicativos de que o protocolo utilizado foi um importante meio de intervenção não farmacológica para redução da dor lombo-pélvica em gestantes. Porém, vale ressaltar que este trabalho ficou limitado a um relato de caso, sendo assim, necessita-se de novas pesquisas com grupo maior da amostra, para demonstrar a eficiência do Método aplicado em gestantes com lombalgia e oferecer mais subsídios aos profissionais que atuam nesta área. BIBLIOGRAFIAS 1. ABRAMI, M.C.R.; BROWNE R.G.; Material didático do Curso de Formação CGPA Pilates. São Paulo, 2003. 2. Anderson B. Reabilitação com Pilates. IN: Davis CM. Fisioterapia e reabilitação: terapias complementares. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2006.p.257-267 3. ALLSEN.P.E.; HARRISON, J.M.; VANCE, B. exercício e qualidade de vida: uma abordagem personalizada. 6 ed. São Paulo: Manole, 2001. 4. BALOGH A. Pilates and pregnancy. RCM Midwives. 2005;8(5):220-2. 5. CAILLIET, R. lombalgias: Sindromes Dolorosas. 3 ed. São Paulo: Manole, 1998. 6. CAMARÃO, T. Pilates no Brasil: corpo e movimento. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. 7. CRAIG.C. Pilates com a Bola. 2 ed. São Paulo: Phorte, 2005. 8. DILLMAN, E. O pequeno livro de Pilates: Guia prático que dispensa professores e equipamentos. Rio de Janeiro: Record, 2004. 9. FERREIRA, C. H. J.; NAKANO, A. M. S.Reflexão sobre as Bases Conceituais que fundamentam a Construção do Conhecimento a cerca da Lombalgia na Gestação.Revista Latino - Americana de Enfermagem. V Nove, n 3, 95-100, maio 2003.

10. HARTMANN S, BUNG P. Physical exercise during pregnancy: physiological considerations and recommendations. J Perinat Med.;27:204-215. 11. JESUS GT, MARINHO ISF. Causas de lombalgia em grupos de pessoas sedentárias e praticantes de atividades físicas. Rev Dig EF Deportes. Jan;10(92):1-11, 2006. Disponível em http:// www.efdeportes.com, acessado em 10 de agosto de 2010 12. KHANNA N. Effects of exercise on pregnancy. Am Fam Physician, 1998. 13.KOLYNIAK, Inélia Ester Garcia Garcia, Cavalcanti, Sonia Maria de Barros and Aoki, Marcelo Saldanha. Avaliação isocinética da musculatura envolvida na flexão e extensão do tronco: efeito do método Pilates. Rev Bras Med Esporte, Dez 2004, vol.10, no.6, p.487-490. ISSN 1517-8692 14. MUSCOLINO, J. E., Cipriane, Simona. Pilates and the Powerhouse. Journal of bodywork and Movement Therapies. Ago 2004, p.15-24. 15. NEVES, C. Prevenção de Lombalgias em Gestantes Primigestas com a Utilização do Método Pilates. TCC (monografia de graduação) Universidade do Estado de Goiás, Goiânia, 2002. 16. OSTGAARD HC, ANDERSSON GBJ, KARLSSON K. Prevalence of back pain in pregnancy. Spine; 16 (5):549-52, 1991 17. PEIXOTO,G.B.; RIBAMAR, S. DESAFIO. Esta á com a certeza a palavra que melhor define esse grandioso conceito de saúde e felicidade. Disponível em htttp:// studiozen.com.br/pilates.htm.2002. acessado em 01 de agosto 2009. 18. Pilates JH. Your Health a corretive system of exercicing that revolutionizes the entire field of physical education. New York; 1934. 19. POLDEN, M.; MALTLE, J. Fisioterapia em Ginecologia e Obstetrícia. 2 ed. São Paulo: Santos, 1997. 20. SALTER, Robert B. Distúrbios e Lesões do Sistema Musculoesquelético. 3ª ed. Rio de Janeiro: Medsi, 2001.

21 SPERANDIO, F. F.; SANTOS, G. M.; SOUZA, M. S. et al. Análise da Marcha de Gestantes:um estudo preliminar. Fisioterapia Brasil. v 4, n 4, 259-264, jul/ago. 2003. 22. SPERANDIO, F. F.; SANTOS, G. M.; PEREIRA, F. Características e Diferenças da Dor Sacroilíaca e Lombar Durante a Gestação em Mulheres Primigestas e Multigestas.Fisioterapia Brasil. v 5 n 4, 267-271, jul/ago, 2004. 23. THOMAS, Jerry R; NELSON, Jack K. Métodos de pesquisa em atividade física. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2002.

ANEXOS ANEXO I ANAMNESE INFORMAÇÕES GERAIS Data: / / Quem Colheu os Dados? Nome: Endereço: N.º Cidade: Tel. Residencial: Tel. Celular: Sexo: ( ) Masculino ( )Feminino Idade: Profissão: HITÓRICO DE ATIVIDADE FÍSICA Qual a sua modalidade escolhida? ( ) Musculação ( ) Qual é o seu objetivo com esta atividade física? ( ) Estetica ( )Ind. Médica ( ) Cond. Físico Atualmente já faz algum exercício físico? ( ) Sim ( ) Não Qual? Já praticou algum exercício físico? ( ) Sim ( ) Não Qual? Há quanto tempo não faz exercício físico? ( ) Menos de 6 meses ( )Menos de 1 ano ( ) Mais de 1 ano HISTÓRICO CLÍNICO/PATOLOGICO Há quanto tempo fez o ultimo exame clínicos? ( ) 6 Meses ( ) 1 Ano ( ) Acima de 1 ano Sua Pressão Arterial é : ( ) Alta ( ) Baixa ( ) Normal Tem colestero1: ( ) Alto ( ) Baixo ( ) Normal Tem diabetes? ( ) Sim ( ) Não Tipo: ( ) I ( ) II Tem algum problema cardíaco? ( ) Sim ( ) Não Qual? É fumante? ( ) Sim ( ) Não Sente dor no peito? ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim ( ) Não ( ) Em repouso ( ) Em Já sentiu seu coração falhar? atividade Já teve alguma fratura? ( ) Sim ( ) Não Em qual local? Tem artrite ou artrose? ( ) Sim ( ) Não Em qual local? ( ) Sim ( ) Não Rergião ( ) Lombar ( ) Sente dores na coluna? Dorsal ( )Cervical Tem algum problema de tireóide? ( ) Sim ( ) Não Qual? Tem algum problema de visão? ( ) Sim ( ) Não Tem algum problema de audição? ( ) Sim ( ) Não Tem algum distúrbio no sono? ( ) Sim ( ) Não ( )Oito horas ( )Menos de oito horas ( Quantas horas dorme ao dia? )Mais de oito horas Seus tornozelos e/ou joelhos ficam inchados? ( ) Sim ( ) Não Sente câimbras freqüentes em suas pernas? ( ) Sim ( ) Não Sente dores nas pernas ao andar ( ) Sim ( ) Não

pequenas distâncias? Tem alguma alergia? ( ) Sim ( ) Não Tem algum problema respiratório? ( ) Sim ( ) Não Qual? Sente tontura? ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim ( ) Não ( ) Em repouso ( ) Em Sente ou já sentiu falta de ar? atividade Já fez alguma cirurgia? ( ) Sim ( ) Não Em qual local? Toma algum medicamento atualmente? ( ) Sim ( ) Não Qual? Histórico Médico Familiar de: Ataque Cardíaco abaixo de 50 anos? ( ) Sim ( ) Não Quem? AVC abaixo de 50 anos ( ) Sim ( ) Não Quem? Pressão Arterial elevada? ( ) Sim ( ) Não Quem? Colesterol elevado? ( ) Sim ( ) Não Quem? Diabetes? ( ) Sim ( ) Não Quem? Obesidade? ( ) Sim ( ) Não Quem? Cardiopatia? ( ) Sim ( ) Não Quem? Algum óbito com alguma das patologias acima? ( ) Sim ( ) Não Quem? ANEXO II ESCALA VISUAL ANALÓGICA EVA A Escala Visual Analógica EVA consiste em auxiliar na aferição da intensidade da dor no paciente, é um instrumento importante para verificarmos a evolução do paciente durante o tratamento e mesmo a cada atendimento, de maneira mais fidedigna. Também é útil para podermos analisar se o tratamento está sendo efetivo, quais procedimentos têm surtido melhores resultados, assim como se há alguma deficiência no tratamento, de acordo com o grau de melhora ou piora da dor. A EVA pode ser utilizada no início e no final de cada atendimento, registrando o resultado sempre na evolução. Para utilizar a EVA o atendente deve questionar o paciente quanto ao seu grau de dor sendo que 0 significa ausência total de dor e 10 o nível de dor máxima suportável pelo paciente. Dicas sobre como interrogar o paciente: Você tem dor? Como você classifica sua dor? (deixe ele falar livremente, faça observações na pasta sobre o que ele falar) Questione-o:

a) Se não tiver dor, a classificação é zero. b) Se a dor for moderada, seu nível de referência é cinco. c) Se for intensa, seu nível de referência é dez. ANEXO III

FIGURAS Figura 1: Questionário da Escala Analógica de Dor (EVA) Figura 2: Questionário de Oswestry Pré-teste Pós-teste Incapacidade moderada Incapacidade mínima