VI Congreso ALAP Dinámica de población y desarrollo sostenible con equidad

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Transcrição:

VI Congreso ALAP Dinámica de población y desarrollo sostenible con equidad Dinâmica migratória da Região Nordeste do Brasil: considerações a partir do Censo de 2010 Vivian Alves da Costa Rangel Gomes Etapa 3 1

Dinâmica migratória da Região Nordeste do Brasil: considerações a partir do Censo de 2010 1. Resumo Vivian Alves da Costa Rangel Gomes 2 A Região Nordeste apresentou um crescimento demográfico abaixo do crescimento brasileiro se compararmos as taxas geométricas de crescimento para período 1991-2000, o crescimento do Brasil foi de 1,17 a.a. e da região foi de 1,06 a.a.. Na época dos grandes deslocamentos populacionais no Brasil, entre as décadas de 1960 e 1980, a Região Nordeste se caracterizou como uma área de expulsão populacional junto as Unidades da Federação de Minas Gerais, Espírito Santo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, Ervatti apud Oliveira et al (2011, p. 29). Com o Censo de 1991 muitos estudiosos apontaram o arrefecimento das migrações do Nordeste para o Sudeste do Brasil, assim como identificaram reversões nos saldos migratórios e transformações no comportamento de antigos fluxos. Com o Censo 2000 já foi possível perceber que a população se redistribuía no espaço de forma diferenciada. Neste levantamento, a Região Nordeste se caracterizou como a área de maior perda absoluta de população. A análise do processo migratório entre os anos 2000 e 2010 será fundamentada na análise dos resultados da matriz dos migrantes de última etapa construída a partir dos microdados do Censo. Vale ressaltar que nesta matriz só contém informação dos migrantes que fizeram o movimento migratório de última etapa. Os deslocamentos captados são aqueles de origem e destino entre as grandes regiões (Norte, Nordeste, Centro-oeste, Sudeste e Sul) e entre as Unidades da Federação (UF). O objetivo do estudo é conhecer o que o Censo 2010 revela sobre os deslocamentos internos no Brasil. Para tanto, a migração internacional foi excluída do escopo de análise. Dinâmica migratória da Região Nordeste do Brasil: considerações a partir do Censo de 2010. Introdução A Região Nordeste apresentou um crescimento demográfico abaixo do crescimento brasileiro se compararmos as taxas geométricas de crescimento para período 1991-2000, o Brasil cresceu 1,63 a.a. e a Região Nordeste de cerca de 1,31 a.a.. No período seguinte, entre os anos de 2000 e 2010, o crescimento demográfico do Brasil foi de 1,17 a.a. e da região em estudo foi de 1,06 a.a.. Na época dos grandes deslocamentos populacionais no Brasil, entre as décadas de 1960 e 1980, a Região Nordeste se caracterizou como uma área de expulsão populacional junto as 1 Trabalho apresentado no VI Congresso da Associação Latino Americana de População realizado em Lima-Peru de 12 a 15 de agosto de 2014. 2 Doutoranda em Demografia IFCH/DD/UNICAMP, viviankosta@nepo.unicamp.br>. 2

Unidades da Federação de Minas Gerais, Espírito Santo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, Ervatti apud Oliveira et al (2011, p. 29). Com o Censo de 1991 muitos estudiosos apontaram o arrefecimento das migrações do Nordeste para o Sudeste do Brasil, assim como identificaram reversões nos saldos migratórios e transformações no comportamento de antigos fluxos. Com o Censo 2000 já foi possível perceber que a população se redistribuía no espaço de forma diferenciada. Neste Censo, a Região Nordeste se caracterizou como a área de maior perda absoluta de população. De acordo com a tabela abaixo, a Região Nordeste, de uma forma geral, se apresentou como uma região de evasão migratória, pois a proporção de emigrantes em relação à população total é maior do que a de imigrantes no período de trinta anos circunscritos nos Censos Demográficos dos anos de 1991, 2000 e 2010. Tabela - 01 No período 1991-2010 a Região Nordeste apresentou um aumento singelo do volume de imigrantes, porém importante. O mesmo pode ser observado em relação ao volume de emigrantes no período, pois apesar de uma pequena variação, a Região mantém a característica de área de evasão migratória, mas se classifica como baixa evasão. Procedimento de análise: A análise do processo migratório entre os anos 2000 e 2010 é fundamentada na análise dos resultados da matriz dos migrantes de última etapa construída a partir dos microdados do Censo. Vale ressaltar que nesta matriz só contém informação dos migrantes que fizeram o 3

movimento migratório de última etapa. Os deslocamentos captados são aqueles de origem e destino entre as grandes regiões (Norte, Nordeste, Centro-oeste, Sudeste e Sul) e entre as Unidades da Federação (UF). O objetivo do estudo é conhecer o que o Censo 2010 revela sobre os deslocamentos internos no Brasil. Para tanto, a migração internacional foi excluída do escopo de análise. A Região Nordeste é o principal foco de análise neste estudo. Na matriz de origem-destino de última etapa dos migrantes, a origem é a UF de residência anterior do migrante e, nesta lógica, o destino se constitui pela UF de residência atual do migrante. A análise do processo migratório interno captado pelo censo 2010 pode ser dividida nas seguintes dimensões: a análise dos deslocamentos inter-regionais, movimentos intrarregionais e as trocas interestaduais. Calculou-se o índice de eficácia migratória (IEM), que de acordo com Oliveira e Oliveira (2011, p. 31), é um indicador que permite a comparação entre os estados independente do volume absoluto da imigração e da emigração. Assim, foram classificadas as UF s da Região Nordeste quanto a sua capacidade de absorção migratória seguindo a classificação elaborada pelos autores citados e representada no quadro abaixo. Quadro 01. Classificação do Índice de Eficácia Migratória Fonte: Oliveira e Oliveira (2011, p.31). A dinâmica migratória da Região Nordeste do Brasil: Segundo a classificação do IEM, a Região Nordeste apresentou três grupos diferenciados de UF s no que se refere à capacidade de absorção e evasão migratória e ainda se a área se configurava como um espaço de rotatividade migratória. Para classificar as UF s tomamos os índices do período 1991 a 2010. Conforme tabela abaixo. 4

Tabela - 02 Classificação do Índice de Eficácia Migratória da Região Nordeste, segundo UF 1991-2010. Percebe-se que a UF do Maranhão e da Bahia se apresentaram com potencialidade para média evasão migratória no período estudado; Piauí, Pernambuco e Alagoas foram UF s que saíram de uma característica de baixa para média evasão migratória o que representa o aumento da proporção de emigrantes no passar do tempo; Ceará e Paraíba foram classificados como área de baixa evasão migratória; o Rio Grande do Norte como uma área potencial de rotatividade migratória; e, o Sergipe partiu de uma característica de baixa absorção migratória para a rotatividade. Para refinar a classificação, optamos por considerar o IEM do ano de 2010 e, desta forma, compomos a classificação que será considerada em todo o estudo para analisar os deslocamentos de origem e destino das UF s. Segundo o IEM para o ano de 2010 a Região Nordeste teve suas UF s selecionadas da seguinte forma: (ver quadro 02). Quadro 02 Classificação das Unidades da Federação da Região Nordeste segundo (IEM) 2010. 5

O processo migratório na Região Nordeste: resultados. A Origem No que tange à origem dos imigrantes para a Região Nordeste, percebemos ser dispersa e distribuída por todo o país. Ao observarmos a origem dos imigrantes para cada UF da Região, a Região Sudeste tem o estado de São Paulo como o principal emissor de imigrantes. Seu fluxo se direciona em volume e intensidade para Bahia, Pernambuco e Ceará. O estado do Rio de Janeiro é a segunda UF que mais perde população para a Região Nordeste, em especial para os estados do Ceará, Paraíba, Pernambuco e Bahia. Na Região Sul, os estados que representam principal origem dos imigrantes para o Nordeste são os estados do Paraná e do Rio Grande do Sul. Quanto a Região Centro-Oeste os deslocamentos que se destacaram em direção à Região Nordeste partiram dos estados de Goiás e do Distrito Federal e se direcionaram para o Maranhão e para a Bahia, ambos classificados como área de média evasão migratória. Na Região Norte, o estado do Pará é a principal origem dos imigrantes para o Nordeste, mas o movimento que mais se destaca em função de seu volume é em direção ao estado do Maranhão e Ceará. Analisamos também a origem dos imigrantes no deslocamento intra-regional. Neste caso, detectou-se uma intensa troca (acima de 50% dos imigrantes), entre os estados do Maranhão e do Piauí. De uma forma geral, os estados de Sergipe e Rio Grande do Norte enviaram e receberam população de outras UF s da região confirmando sua classificação como área de rotatividade migratória. Na tabela abaixo podemos identificar a distribuição dos imigrantes na Região Nordeste. O estado da Bahia foi o que mais recebeu imigrantes, seguido por Pernambuco, Ceará e Maranhão. Vale ressaltar que todos esses estados foram classificados como área de evasão migratória. Tabela - 03 6

A Região Sudeste é responsável por 29% dos imigrantes da Região Nordeste, assim como a Região Norte colabora com 21,4% dos imigrantes e a Região Centro-Oeste com cerca de 20,7%. O Destino O destino dos emigrantes da Região Nordeste mostra que a Região Sudeste permanece como principal destino daqueles que emigram do nordeste brasileiro. O estado de São Paulo é o principal destino seguido pelo estado do Rio de Janeiro. As UF s classificadas como áreas de evasão migratória, independente do gradiente de média ou baixa, apresentam perdas de população de volume elevado. Apenas os estados do Rio Grande do Norte e Sergipe, áreas de rotatividade migratória, perdem um volume de população considerado baixo se comparado aos anteriores. As Regiões Centro-Oeste e Norte também são receptoras de boa parte dos emigrantes nordestinos, enquanto a Região Sul não se apresenta de forma destacada. Na tabela a seguir observa-se a distribuição por UF dos emigrantes da Região Nordeste. Os resultados indicam que o estado que mais perde população atualmente no nordeste é a Bahia com participação de 27,4% dos emigrantes, seguida por outros estados que foram classificados como área de evasão migratória, Maranhão (16,6%), Pernambuco (14,4%) e Ceará (11,1%). Os estados que menos perderam população foram os que constituem a área de rotatividade migratória, o Rio Grande Do Norte (3,5%) e o Sergipe (2,9%). Tabela - 04 7

O principal destino dos emigrantes nordestinos é a Região Sudeste que recebe 56,5% do total absoluto de 3.663.364 emigrantes. Desses, maior parte deixou a Bahia, um total de 1.119.514, no ano de 2010. Caracterização etária do migrante Através do estudo da composição etária do migrante é possível captar mais informação sobre o processo migratório. Em função disso, foram elaboradas pirâmides etárias sobre a idade ao migrar para que, analiticamente, busquemos por detalhes sobre a população que se movimenta nesse processo. Quanto à idade ao migrar do imigrante que segue para a Região Nordeste, observamos na figura a seguir, que os grupos etários que mais imigram para a Região Nordeste são as crianças de 5 a 9 anos, os jovens de 20 a 24 anos, os adultos de 25 a 29 anos seguidos pelos adultos de 30 a 34 anos. Isto pode indicar que a família está migrando unida. Por outro lado, essa imigração poderá ser compreendida como uma migração que representa um retorno, que faz o homem ou a mulher que havia deixado esta região retornar com filhos e cônjuges, o chamado efeito indireto da migração. Na análise por sexo, a pirâmide etária apresenta uma imigração proporcionalmente maior das mulheres em idade fértil. Figura 01 Observando a figura abaixo, a idade ao emigrar apresenta uma espécie de padrão etário específico para os migrantes que deixam a Região Nordeste. No caso da idade ao emigrar, a pirâmide etária demarca de forma clara a representação das faixas etárias da população que mais deixa a Região Nordeste. Se perguntarmos quem deixa a região Nordeste, a resposta através desta pirâmide seria os jovens entre 20 e 29 anos com um equilíbrio entre os sexos masculino e feminino. 8

Figura 02 Considerações Por fim, podemos considerar que os resultados do Censo 2010 indicaram que a Região Nordeste, em termos de processo migratório, é uma grande área de baixa evasão migratória, conforme classificação do IEM. Especificamente, é possível circunscrever três áreas segundo características migratórias, que são aquelas de média evasão, as de baixa evasão e as de rotatividade. As UF s apresentam características distintas de mobilidade espacial da população e os grandes destaques podem ser representados pelo fato do estado de São Paulo ser a principal origem dos imigrantes para a Região Nordeste em direção aos estados de Pernambuco, Ceará e Bahia. Em relação ao destino dos emigrantes nordestinos, o principal destino é a Região Sudeste, os estados de São Paulo e do Rio de Janeiro e, o estado que mais perde população no Nordeste é a Bahia. A caracterização etária da idade ao migrar do imigrante e emigrante nordestino, revelou que quem chega à Região Nordeste tende estar no grupo etário referente à crianças e adultos jovens o que sugere migração familiar e retorno, além dos efeitos indiretos de migração. Em relação aos emigrantes, o perfil etário está atrelado aos adultos jovens de 20 a 29 anos, o que pode ter relação com migração laboral e estudantil. 9

Referências: BAENINGER, R. Migrações internas no Brasil século 21: evidências empíricas e desafios conceituais. In: CUNHA (ORG.) Mobilidade espacial da população: desafios teóricos e metodológicos para o seu estudo. NEPO/UNICAM, Campinas, 2011. CARVALHO, J. A. M.; MACHADO, C. C. Quesitos sobre migrações no Censo Demográfico de 1991. Revista Brasileira de Estudos de População, Campinas, ABEP, v.9, n.1, 1992. CARVALHO, J. A. M.; RIGOTTI, J. I. Análise das metodologias de mensuração das migrações. In: ENCONTRO NACIONAL SOBRE MIGRAÇÃO, 1998, Curitiba. Anais. Curitiba: ABEP, 1998. CARVALHO, José Alberto Magno de. O significado das matrizes de migrantes de última etapa, de migrantes de data fixa e da matriz-diferença entre migrantes de última etapa e de data fixa. Encontro Nacional Sobre Migrações, Caxambú: 1999. Disponível em: http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/outros/2encnacsobremigracao/anais2ensmig racaoouropreto1999p15a34.pdf>. Acessado em 02/12/2012. CUNHA, J. M. P. da. Urbanización, redistribución espacial de la población y transformaciones socioeconómicas en América Latina. Santiago de Chile: CELADE- FNUAP, 2002. (Serie Población y Desarrollo, 30) CUNHA, Jose Marcos Pinto da. e Baeninger, Rosana. A migração nos estados brasileiros no período recente: principais tendências e mudanças. Disponível emhttp://www.nepo.unicamp.br/textos/publicacoes/livros/migracao_ambiente/01pronex_02_ migracao_nos_estados_brasileiros.pdf>. Acessado em 28/11/2012. OLIVEIRA, L. A. P. e OLIVEIRA, A. T. R. (Org.) Reflexões sobre os deslocamentos populacionais no Brasil. Estudos e Análises. Informação demográfica e socioeconômica, nº 1, Rio de Janeiro: IBGE, 2011. 10

ANEXOS 11

Região anterior Sudeste Sul Centro Oeste Nordeste Norte Origem dos imigrantes por Estados da Região Nordeste do Brasil - 2010 UF atual Maranhão Piauí Ceará R. G. do Norte Paraíba Pernambuco Alagoas Sergipe Bahia UF anterior absoluto % absoluto % absoluto % absoluto % absoluto % absoluto % absoluto % absoluto % absoluto % Minas Gerais 6.582 15.3 2.758 5.4 7.164 5.4 4.000 6.9 3.132 3.1 7.619 4.9 3.431 6.0 2.528 7.1 55.638 15.0 Espírito Santo 1.007 2.3 473 0.9 1.159 0.9 565 1.0 433 0.4 1.281 0.8 678 1.2 464 1.3 28.914 7.8 Rio de Janeiro 9.424 21.9 4.236 8.2 32.500 24.3 19.255 33.5 38.294 38.5 23.030 14.7 5.569 9.8 6.809 19.2 36.494 9.8 São Paulo 25.948 60.4 44.066 85.5 93.004 69.5 33.735 58.6 57.599 57.9 124.557 79.6 47.042 82.9 25.717 72.4 250.002 67.4 Total 42.961 100 51.533 100 133.827 100.0 57555 100.0 99458 100.0 156487 100.0 56720 100.0 35518 100.0 371048 100.0 Paraná 2.660 43.8 880 34.3 4.111 41.5 1.553 35.5 1.535 35.1 3.438 39.6 1.286 47.1 1.084 44.6 10.150 46.9 S. Catarina 1.086 17.9 655 25.6 2.127 21.5 1.247 28.5 1.059 24.2 1.686 19.4 737 27.0 450 18.5 3.753 17.4 R. G. Sul 2.331 38.4 1.028 40.1 3.676 37.1 1.576 36.0 1.779 40.7 3.556 41.0 709 26.0 896 36.9 7.720 35.7 Total 6.077 100 2.563 100 9.914 100.0 4376 100.0 4373 100.0 8680 100.0 2732 100.0 2430 100.0 21623 100.0 M. G. do Sul 865 2.2 693 2.4 1.117 4.7 1.389 11.6 1.248 9.4 1.243 9.0 802 13.3 424 10.3 2.627 5.0 Mato Grosso 5.604 14.6 1.588 5.5 1.819 7.6 692 5.8 627 4.7 2.025 14.7 2.157 35.9 864 20.9 4.205 8.0 Goiás 15.165 39.4 6.988 24.4 6.070 25.4 3.255 27.1 3.132 23.5 4.328 31.5 1.386 23.0 711 17.2 22.544 43.0 Dist. Federal 16.832 43.8 19.413 67.7 14.910 62.3 6.679 55.6 8.304 62.4 6.148 44.7 1.669 27.8 2.129 51.6 23.002 43.9 Total 38.466 100 28.682 100 23.916 100.0 12015 100.0 13311 100.0 13744 100.0 6014 100.0 4128 100.0 52378 100.0 Maranhão 0 42.918 54.1 15.872 14.4 2.039 2.6 2.225 2.2 4.536 2.5 820 1.1 766 1.0 4.824 3.3 Piauí 45.112 57.3 0 21.063 19.1 1.566 2.0 1.706 1.7 9.934 5.5 297 0.4 330 0.4 7.913 5.3 Ceará 14.197 18.0 17.290 21.8 0 19.784 24.8 11.225 11.2 23.606 13.2 3.220 4.3 1.475 1.9 16.943 11.4 R.G.Norte 1.151 1.5 964 1.2 16.146 14.6 0 22.965 23.0 8.305 4.6 1.536 2.0 662 0.9 4.985 3.4 Paraíba 3.127 4.0 1.479 1.9 12.324 11.2 31.868 40.0 0 42.834 23.9 2.788 3.7 1.806 2.3 10.106 6.8 Pernambuco 6.772 8.6 7.771 9.8 26.231 23.8 15.944 20.0 50.734 50.8 0 42.822 57.1 6.705 8.6 50.371 34.0 Alagoas 2.121 2.7 942 1.2 3.700 3.4 2.166 2.7 2.923 2.9 40.126 22.4 0 26.357 34.0 19.772 13.3 Sergipe 1.055 1.3 521 0.7 1.056 1.0 1.260 1.6 1.082 1.1 3.840 2.1 12.449 16.6 0 33.223 22.4 Bahia 5.226 6.6 7.423 9.4 13.986 12.7 5.019 6.3 7.001 7.0 46.225 25.8 11.060 14.7 39.512 50.9 0 Total 78.761 100 79.308 100 110.378 100.0 79646 100.0 99861 100.0 179406 100.0 74992 100.0 77613 100.0 148137 100.0 Rondônia 1.650 1.6 544 4.7 2.837 9.2 860 11.0 1.248 19.7 1.290 10.2 241 7.4 363 16.2 2.179 13.6 Acre 170 0.2 6 0.1 813 2.6 253 3.2 103 1.6 372 2.9 165 5.1 34 1.5 263 1.6 Amazonas 4.336 4.2 938 8.0 6.347 20.5 1.878 23.9 1.139 18.0 3.083 24.3 972 30.0 549 24.6 1.451 9.1 Roraima 2.905 2.8 375 3.2 1.543 5.0 671 8.5 546 8.6 627 4.9 117 3.6 0 0.0 410 2.6 Pará 72.304 70.7 7.222 61.8 15.695 50.6 3.125 39.8 2.432 38.4 5.207 41.1 1.221 37.6 915 40.9 8.068 50.4 Amapá 3.411 3.3 371 3.2 1.655 5.3 651 8.3 351 5.5 417 3.3 12 0.4 91 4.1 275 1.7 Tocantins 17.447 17.1 2.235 19.1 2.101 6.8 412 5.2 513 8.1 1.675 13.2 517 15.9 283 12.7 3.373 21.1 Total 102.223 100 11.691 100 30.991 100.0 7850 100.0 6332 100.0 12671 100.0 3245 100.0 2235 100.0 16019 100.0 12

LEGENDA área de média evasão migratória área de rotatividade migratória área de baixa evasão migratória Origem dos imigrantes dos Estados do Nordeste por região em 2010 UF atual NORDESTE Maranhão Piauí Ceará R. G. do Norte Paraíba Pernambuco Alagoas Sergipe Bahia UF anterior absoluto % imigração absoluto % imigração absoluto % imigração absoluto % imigração absoluto % imigração absoluto % imigração absoluto % imigração absoluto % imigração absoluto % imigração absoluto % imigração norte 268.498 21.4 102223 38.1 11691 6.7 30.991 10.0 7.850 4.9 6.332 2.8 12.671 3.4 3.245 2.3 2.235 1.8 16.019 2.6 nordeste 173.783 13.8 78761 29.3 79308 45.6 110.378 35.7 79.646 49.3 99.861 44.7 179.406 48.4 74.992 52.2 77.613 63.7 148.137 24.3 sudeste 364.693 29.0 42961 16.0 51533 29.7 133.827 43.3 57.555 35.7 99.458 44.5 156.487 42.2 56.720 39.5 35.518 29.1 371.048 60.9 sul 190.372 15.1 6077 2.3 2563 1.5 9.914 3.2 4.376 2.7 4.373 2.0 8.680 2.3 2.732 1.9 2.430 2.0 21.623 3.5 centro oeste 259.850 20.7 38466 14.3 28682 16.5 23916 7.7 12015 7.4 13311 6.0 13744 3.7 6014 4.2 4128 3.4 52378 8.6 Total 1.257.196 100 268488 100.0 173777 100 309.026 100 161.442 100 223.335 100 370.988 100 143.703 100 121.924 100 609.205 100 13

Região anterior Sudeste Sul Centro Oeste Nordeste Norte Destino dos emigrantes por Estados da Região Nordeste do Brasil - 2010 UF atual Maranhão Piauí Ceará R. G. do Norte Paraíba Pernambuco Alagoas Sergipe Bahia UF anterior absoluto % absoluto % absoluto % absoluto % absoluto % absoluto % absoluto % absoluto % absoluto % Minas Gerais 19.699 13.7 8.142 5.5 20.273 8.3 5.971 11.1 7.650 4.4 17.407 5.7 27.584 16.5 3.711 7.1 87.500 11.3 Espírito Santo 1.861 1.3 1.064 0.7 2.470 1.0 684 1.3 1.166 0.7 3.137 1.0 5.644 3.4 1.599 3.1 79.355 10.2 Rio de Janeiro 30.485 21.1 11.942 8.1 65.028 26.8 15.912 29.5 67.834 38.6 43.339 14.1 11.480 6.8 8.913 17.0 67.391 8.7 São Paulo 92.114 63.9 126.882 85.7 155.121 63.9 31.320 58.1 99.043 56.4 244.174 79.3 122.895 73.3 38.157 72.8 541.959 69.8 Total 144.159 100 148.030 100 242.892 100 53887 100 175693 100 308057 100 167603 100 52380 100 776205 100 Paraná 3.357 36.6 1.868 35.7 5.423 30.7 1.916 34.1 3.264 39.3 7.330 42.4 4.041 52.4 1.741 48.2 13.649 39.8 S. Catarina 3.505 38.2 1.579 30.1 6.257 35.4 1.509 26.9 3.173 38.2 6.145 35.6 2.364 30.7 1.068 29.6 12.021 35.0 R. G. Sul 2.317 25.2 1.791 34.2 6.012 34.0 2.187 39.0 1.864 22.5 3.806 22.0 1.302 16.9 802 22.2 8.632 25.2 Total 9.179 100 5.238 100 17.692 100 5612 100 8301 100 17281 100 7707 100 3611 100.0 34302 100 M. G. do Sul 1.792 1.0 1.439 1.7 2.527 5.5 1.565 9.1 947 3.7 4.764 12.8 4.551 15.9 644 11.2 5.216 3.5 Mato Grosso 30.001 16.9 4.584 5.3 4.282 9.3 818 4.7 2.674 10.5 7.202 19.3 14.191 49.5 1.617 28.2 9.669 6.5 Goiás 92.664 52.1 34.183 39.5 16.633 36.1 8.180 47.4 10.603 41.6 15.146 40.6 6.798 23.7 1.611 28.1 80.804 54.7 Dist. Federal 53.434 30.0 46.415 53.6 22.651 49.1 6.711 38.9 11.264 44.2 10.163 27.3 3.137 10.9 1.853 32.4 52.029 35.2 Total 177.891 100 86.621 100 46.093 100 17274 100 25488 100 37275 100 28677 100 5725 100 147718 100 Maranhão 0 45.112 51.3 14.197 13.2 1.151 2.0 3.127 2.9 6.772 3.3 2.121 2.2 1.055 1.9 5.226 3.9 Piauí 42.918 58.0 0 17.290 16.0 964 1.7 1.479 1.4 7.771 3.7 942 1.0 521 1.0 7.423 5.5 Ceará 15.872 21.4 21.063 24.0 0 16.146 28.5 12.324 11.6 26.231 12.7 3.700 3.8 1.056 1.9 13.986 10.3 R.G.Norte 2.039 2.8 1.566 1.8 19.784 18.4 0 31.868 30.0 15.944 7.7 2.166 2.2 1.260 2.3 5.019 3.7 Paraíba 2.225 3.0 1.706 1.9 11.225 10.4 22.965 40.5 0 50.734 24.5 2.923 3.0 1.082 2.0 7.001 5.2 Pernambuco 4.536 6.1 9.934 11.3 23.606 21.9 8.305 14.6 42.834 40.3 0 40.126 40.9 3.840 7.0 46.225 34.1 Alagoas 820 1.1 297 0.3 3.220 3.0 1.536 2.7 2.788 2.6 42.822 20.7 0 12.449 22.8 11.060 8.2 Sergipe 766 1.0 330 0.4 1.475 1.4 662 1.2 1.806 1.7 6.705 3.2 26.357 26.9 0 39.512 29.2 Bahia 4.824 6.5 7.913 9.0 16.943 15.7 4.985 8.8 10.106 9.5 50.371 24.3 19.772 20.2 33.223 61.0 0 Total 74.000 100 87.921 100 107.740 100 56714 100 106332 100 207350 100 98107 100 54486 100 135452 100 Rondônia 6.250 2.3 803 3.4 3.268 8.6 828 11.0 1.898 21.9 1.990 10.9 1.190 24.0 672 24.3 4.599 17.8 Acre 390 0.1 65 0.3 1.154 3.0 177 2.4 152 1.8 443 2.4 201 4.0 37 1.3 528 2.0 Amazonas 12.195 4.5 2.482 10.6 8.696 23.0 1.861 24.8 1.146 13.2 3.649 19.9 605 12.2 214 7.7 2.066 8.0 Roraima 15.100 5.5 1.085 4.6 2.575 6.8 666 8.9 993 11.4 1.131 6.2 135 2.7 121 4.4 633 2.4 Pará 181.894 66.8 11.791 50.2 17.347 45.8 2.551 34.0 2.811 32.4 7.157 39.1 1.406 28.3 1.187 42.9 11.717 45.3 Amapá 8.817 3.2 866 3.7 1.503 4.0 719 9.6 269 3.1 496 2.7 136 2.7 55 2.0 409 1.6 Tocantins 47.475 17.4 6.402 27.2 3.313 8.8 694 9.3 1.406 16.2 3.431 18.8 1.294 26.1 478 17.3 5.885 22.8 Total 272.121 100 23.494 100 37.856 100 7496 100 8675 100 18297 100 4967 100 2764 100 25837 100 14

LEGENDA área de média evasão migratória área de rotatividade migratória área de baixa evasão migratória UF atual Destino dos emigrantes dos Estados do Nordeste por região em 2010 NORDESTE Maranhão Piauí Ceará R. G. do Norte Paraíba Pernambuco Alagoas Sergipe Bahia UF anterior absoluto % emigração absoluto % emigração absoluto % emigração absoluto % emigração absoluto % emigração absoluto % emigração absoluto % emigração absoluto % emigração absoluto % emigração absoluto % emigração norte 324.497 8.9 272121 40.2 23494 6.7 37856 8.4 7496 5.3 8675 2.7 18297 3.1 4967 1.6 2764 2.3 25837 2.3 nordeste 588.276 16.1 74000 10.9 87921 25.0 107740 23.8 56714 40.2 106332 32.8 207350 35.2 98107 32.0 54486 45.8 135452 12.1 sudeste 2.068.906 56.5 144159 21.3 148030 42.1 242892 53.7 53887 38.2 175693 54.1 308057 52.4 167603 54.6 52380 44.0 776205 69.3 sul 108.923 3.0 9179 1.4 5238 1.5 17692 3.9 5612 4.0 8301 2.6 17281 2.9 7707 2.5 3611 3.0 34302 3.1 centro oeste 572.762 15.6 177891 26.3 86621 24.7 46093 10.2 17274 12.3 25488 7.9 37275 6.3 28677 9.3 5725 4.8 147718 13.2 Total 3.663.364 100 677350 100 351304 100 452.273 100 140.983 100 324.489 100 588.260 100 307.061 100 118.966 100 1.119.514 100 15