Resolução Estadual nº 08, de 11 de março de 1987



Documentos relacionados
Resolução Estadual nº 05, de 1988

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL DIVISÃO DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA Centro Estadual de Vigilância em Saúde Núcleo de Estabelecimento de Saúde PODOLOGIA

FARMÁCIAS E DROGARIAS

Tatuagem e Colocação de Adornos

Uma arte que deve andar lado a lado com a saúde. Secretaria de Saúde de Vila Velha Vigilância Sanitária

NORMAS PARA VEÍCULOS DE TRANSPORTE DE PACIENTES

ROTEIRO PARA SALÕES DE BELEZAS, INSTITUTO DE BELEZA, ESTETICA, BARBEARIAS E SIMILARES.

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE SECRETARIA MUNICIPAL DA SAÚDE COORDENADORIA GERAL DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE NORMA TÉCNICA 2/07

GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE PÚBLICA COORDENAÇÃO DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE DEPARTAMENTO DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA

Telefone: Fax:

O PREFEITO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO, no uso de suas atribuições legais,

ROTEIRO DE INSPEÇÃO PARA AVALIAÇÃO DA ESTRUTURA FÍSICA DAS INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA PARA IDOSOS

DEPARTAMENTO DE DEFESA ANIMAL

Ministério da Saúde Agência Nacional de Vigilância Sanitária RESOLUÇÃO DA DIRETORIA COLEGIADA - RDC N 6, DE 30 DE JANEIRO DE 2012

ANEXO I REGULAMENTO TÉCNICO PARA O TRANSPORTE DE ALIMENTOS, MATÉRIA- PRIMA, INGREDIENTES E EMBALAGENS.

ROTEIRO PARA COLETA DE ALIMENTO EM CASO DE SURTOS DE DOENÇAS TRANSMITIDA POR ALIMENTO DTA

*RESOLUÇÃO SMSDC Nº DE 16 DE FEVEREIRO DE 2009

INSPEÇÃO EM CLINICAS E CONSULTÓRIOS MÉDICOS I- DADOS CADASTRAIS

ROTEIRO DE INSPEÇÃO EM HOTEIS E MOTEIS

PORTARIA CVS Nº 02, de 11/01/2010

Câmara Municipal de Volta Redonda Estado do Rio de Janeiro

Serviço Público Federal Conselho Regional de Farmácia do Estado de Santa Catarina - CRF/SC

DISTRIBUIDORA DE COSMÉTICOS

ROTEIRO DE INSPEÇÃO CRECHES, BERÇÁRIOS E SIMILARES.

Em Distribuidora de Medicamentos, Correlatos, Cosméticos e Saneantes Domissanitários.

RESOLUÇÃO SEMA Nº 028/2010

FISPQ Ficha de Informação de Segurança de Produtos Químicos

RESOLUÇÃO Nº 670, DE 10 DE AGOSTO DE 2000

Divisão de Enfermagem CME Página 1 de 6 Título do Procedimento: Limpeza concorrente e terminal da CME

PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE MODELO SIMPLIFICADO PGRSS - ANEXO I

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO GABINETE DO MINISTRO INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 19, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2003

INSTRUÇÕES PARA ELABORAÇÃO DE MANUAL DE ROTINAS E PROCEDIMENTOS - ODONTOLOGIA

1. REGISTRO DE ESTABELECIMENTO DE PRODUÇÃO, PREPARAÇÃO, MANIPULAÇÃO, BENEFICIAMENTO, ACONDICIONAMENTO E EXPORTAÇÃO DE BEBIDA E FERMENTADO ACÉTICO.

CAPÍTULO II REQUISITOS DE INSTALAÇÃO E FUNCIONAMENTO SECÇÃO I REGIME GERAL

RESOLUÇÃO SESA Nº 465/2013 (Publicada no Diário Oficial do Estado nº 9036, de 04/09/13)

RESOLUÇÃO RDC ANVISA Nº 345, DE 16 DE DEZEMBRO DE (D.O.U. de 19/12/02)

a) sempre que se produza uma mudança nas condições de trabalho, que possa alterar a exposição aos agentes biológicos;

PORTARIA SMS Nº 028, de 9 de outubro de 2014.

Prefeitura Municipal de Vitória Estado do Espírito Santo DECRETO Nº

PORTARIA SMSA-SUS/BH Nº 017 DE 03 DE MARÇO DE 1999

Avaliação de Serviços de Higiene Hospitalar

REGIMENTO INTERNO DOS LABORATÓRIOS DE QUÍMICA E FÍSICA DO CAMPUS CAÇAPAVA DO SUL TÍTULO I DOS FINS

1 Documentação 1.1 S N NA

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ - SESA SUPERINTENDÊNCIA DE VIGILÂNCIA. Nota Técnica nº 08/13 DVVSA/CEVS/SESA 29 de agosto 2013.

ORIENTAÇÕES GERAIS. Aplique revestimento liso e impermeável em piso, paredes e teto;

SECRETARIA MUNICIPAL DA AGRICULTURA, DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E MEIO AMBIENTE

Portaria nº 612/97 SES/GO de 25 de novembro de 1997

Hepatites B e C. são doenças silenciosas. VEJA COMO DEIXAR AS HEPATITES LONGE DO SEU SALÃO DE BELEZA.

Tania Pich Gerente Geral de Saneantes - ANVISA

BOAS PRÁTICAS EM CONSULTÓRIOS MÉDICOS. Alessandra Lima

RELATÓRIO DE SUPERVISÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE

O Secretário de Vigilância Sanitária d Ministério da Saúde, no uso de suas atribuições legais e considerando:

Frutas e Hortaliças embaladas Aspectos Legais

Ficha de Informação de Segurança de Produtos Químicos VEDAPREN FAST - TERRACOTA

INSTRUÇÃO DE SERVIÇO DDA 04/03

INSTRUÇÃO NORMATIVA SSP Nº 03/2011. UNIDADE RESPONSÁVEL: Unidades de Saúde e Secretaria Municipal de Saúde.

Transporte Interno. Transporte Interno. Manejo de Resíduos Sólidos e de Serviços de Saúde Transporte e Armazenamento interno 17/10/2014

ANEXO IV LAUDO DE CONDIÇÕES SANITÁRIAS E DE HIGIENE

RESOLUÇÃO - RDC Nº. 176, DE 21 DE SETEMBRO DE 2006.

FICHA DE INFORMAÇÃO DE SEGURANÇA DE PRODUTO QUÍMICO AMACIANTE DE ROUPAS 1) IDENTIFICAÇÃO DO PRODUTO E DA EMPRESA

FORMULÁRIO DE AUTO-INSPEÇÃO PARA SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO

TENDO EM VISTA: O Tratado de Assunção, o Protocolo de Ouro Preto e as Resoluções Nº 91/93, 151/96 e 21/01 do Grupo Mercado Comum.

Assinale a alternativa correta: a) V,V,F.F b) V,F,V,F c) V,F,F,F d) V,V,F,V e) V,V,V,F

Normas de Segurança para o Instituto de Química da UFF

Roteiro de Inspeção LACTÁRIO. Realiza Programa de Saúde do Trabalhador com controle periódico, admissional e demissional

DELIBERAÇÃO N.º 594/2003

Responsabilidades/Autoridades. Supervisionar e garantir o cumprimento das atividades Bioquímicos

BAR TENDA ELECTRÓNICA FESTAS DE SÃO PEDRO 2014

REGULAMENTO GERAL DOS LABORATÓRIOS DA FACULDADE TECSOMA REGRAS DE BIOSSEGURANÇA

ANEXO 7 ROTEIRO DE INSPEÇÃO DE LABORÁTORIOS DE ANÁLISES CLÍNICAS E OUTRAS ESPECIALIDADES

Parágrafo Único - A execução da N.T.E de que trata esse artigo será de competência do Instituto de Saúde do Paraná.

ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA MOBILIZAÇÃO, CONSTRUÇÃO E DESMOBILIZAÇÃO DO CANTEIRO

Sandra Heidtmann 2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE PALMAS SECRETARIA MUNICIPAL DE GOVERNO

Manual de Orientação e Organização sobre a Educação Infantil em Porto Alegre

LABORATÓRIOS DE ANÁLISES CLÍNICAS

REGIMENTO INTERNO HOME234

18.4. Áreas de vivência

ANEXO 4 ROTEIRO DE INSPEÇÃO DE SERVIÇOS DE ODONTOLOGIA

PUBLICADA NO DOC EM 26/JUN/ Página 56

HIGIENIZAÇÃO DO AMBIENTE, PROCESSAMENTO E PREPARO DE SUPERFÍCIE DOS EQUIPAMENTOS E CONSULTÓRIO ODONTOLÓGICO

PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 2.647, DE 4 DE DEZEMBRO DE 2014

INSTITUIÇÃO: DATA: RESPONSÁVEL PELA INSPEÇÃO: NOME DO RESP. PELO SERVIÇO;

Diário Oficial da União Seção 1 DOU 26 de julho de 1999

LISTA DE VERIFICAÇÃO - Itens 1. IDENTIFICAÇÃO

NORMAS INTERNAS DA UTILIZAÇÃO DO HERBÁRIO DO CÂMPUS DE AQUIDAUANA - UFMS/CPAq

NR 24 - INSTALAÇÕES SANITÁRIAS E DE CONFORTO NOS LOCAIS DE TRABALHO

MEDICAMENTOS. CAPACITAÇÃO EM FARMACOLOGIA PARA AS EQUIPES DE SAÚDE BUCAL Auxiliares e Técnicos em Saúde Bucal 2015

BOAS PRÁTICAS EM SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO: Segurança ao Cliente, Sucesso ao seu Negócio!

2. DEFINIÇÃO E CONCEITO

Atualizada.: 19/04/2012 ANEXO 1 E

PORTARIA N 1279, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2010

CLÍNICA ODONTOLÓGICA. MODELO DE CHECK LIST PARA DIAGNÓSTICO SITUACIONAL DO PGRSS Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde.

SECRETARIA MUNICIPAL DA AGRICULTURA, DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E MEIO AMBIENTE

Sistema Integrado de Licenciamento - SIL

Aplicação de injetáveis. Hotoniel Drumond

O manipulador de alimentos tem que conferir todas as informações do rótulo?

RESOLUÇÃO Nº- 5, DE 28 DE JUNHO DE 2012

PASSO A PASSO PARA RELACIONAMENTO DE APIÁRIO - Unidade de Extração - Casa de Mel NO MAPA

Transcrição:

Resolução Estadual nº 08, de 11 de março de 1987 O Secretário de Estado da Saúde e do Bem-Estar Social, no uso de suas atribuições conferidas pelos artigos 45, letras A e P da Lei Estadual nº 6636/74, artigo 28, inciso I, letras A, B e j e inciso II, letras H e I do Decreto Estadual nº 920/73 e artigos 1º e 2º da Lei Complementar nº 04/75. CONSIDERANDO a necessidade constante do aperfeiçoamento às ações de preservação da saúde pública mormente ao que concerne aos estabelecimentos e serviços de Análises Clínicas. RESOLVE: Art. 1º - Aprovar a Norma Técnica Especial relativa aos Laboratórios de Análises Clínicas, Postos de coleta de Materiais que fica fazendo parte integrante da presente Resolução. Art. 2º - Esta Norma Técnica Especial entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Gabinete do Secretário, 11 de março de 1987. LUIZ CORDONI JUNIOR, Secretário de Estado.

NORMA TÉCNICA ESPECIAL QUE DISCIPLINA AS INSTALAÇÕES, SERVIÇOS DE ALBORATÓRIOS DE ANÁLISES CLÍNICAS E POSTOS DE COLETA DE MATERIAL I FINALIDADE Esta Norma Técnica Especial tem por finalidade, melhorar a qualidade dos serviços, segurança dos resultados prestados pelos Laboratórios de Análises Clínicas e Postos de Coleta de Material do Estado do Paraná, visando garantir aos serviços de saúde, subsídios adequados ao diagnóstico e consequentemente a melhoria da qualidade de vida da população. II CARACTERIZAÇÃO E DEFINIÇÃO: As exigências contidas nesta Norma Técnica Especial resultam na melhoria dos serviços prestados pelos Laboratórios de Análises Clínicas e Postos de Coleta de Material do Estado do Paraná. a) Laboratório de Análises Clínicas: Local destinado a realização de análises clínicas necessárias ao diagnóstico. b) Posto de Coleta de Material: Local destinado a coleta, acondicionamento, conservação e envio de material biológico para Laboratório de Análises Clínicas. II CRITÉRIOS DE USO: Esta Norma Técnica visa manter a Vigilância Sanitária das instalações, execução de técnicas, proteção aos funcionários, disciplinando a coleta, análises e resultados no que diz respeito aos aspectos higiênico-sanitários, técnicos, físico e legal. IV LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS 1 Aspecto Legal: 1. Os Laboratórios de Análises Clínicas, somente poderão funcionar depois de devidamente licenciados, com suas especificações definidas, sob responsabilidade técnica de profissionais legalmente habilitados. 2. O licenciamento será constituído de Licença Sanitária e do Exercício Profissional solicitado junto ao Serviço Regional de Vigilância Sanitária do distrito Sanitário pertinente ou Centro de saúde local. 3. O licenciamento só será fornecido após inspeção do Serviço Regional de Vigilância Sanitária pertinente. 4. É obrigatório a afixação da licença no estabelecimento em lugar visível ou de fácil acesso. 5. Para a obtenção da referida licença o Laboratório de Análises Clínicas deve apresentar: - condições físicas, higiênico-sanitárias e técnicas adequadas (de acordo com o estipulado nesta norma Técnica e legislação Sanitária pertinente) 6. A autorização do funcionamento de Laboratório Ambulante dependerá da prévia avaliação da Autoridade sanitária do Serviço Regional de Vigilância Sanitária da Sede da Empresa ou Instituição que dispuser deste serviço. O licenciamento só será fornecido mediante apresentação de cronograma anula de viagens desde que atendidas as condições mínimas técnicas, legais, físicas, higiênico-sanitárias e de equipamento exigidas nesta Norma. Qualquer alteração no Cronograma de Viagens deverá ser comunicada ao Serviço Regional de Vigilância Sanitária do Distrito Sanitário pertinente. 7. Qualquer alteração em relação ao local, razão social e responsabilidade técnica deverá ser requerida junto ao Serviço Regional de Vigilância Sanitária do Distrito Sanitário pertinente ou Centro de Saúde local. 2 Aspectos Físicos, Higiênicos-Sanitários e Técnicos 2.1. Os Laboratórios de Análises Clínicas deverão dispor no mínimo de 3 salas: uma para atendimento de clientes (Secretarias) outra para coleta de material e outra para o laboratório propriamente dito. 2.2. Os locais de trabalho devem ser isolados entre si, para que possam disciplinar as operações que em cada um deles se processam. 2.3. Laboratórios situados em Hospitais, clínicas ou Centro de Saúde poderão utilizar em comum a sala de atendimento de clientes e Secretaria Geral. a) Sala de Coleta de Material: a.1. Deverá possuir área mínima de 6m²; piso e paredes até no mínimo 2m de altura com revestimento impermeável, lavável, resistente, de fácil limpeza e desinfecção.

a.2.lavatório no local ou próximo, dotado de pia com água corrente, sabão e toalhas individuais ou descartáveis para lavagem das mãos. a.3. Sanitário de uso exclusivo do paciente no local ou próximo, desde que na mesma área física e que as instalações estejam de acordo com o Código Sanitário do Estado. a.4. Lixeiras com tampa e pedal e sacos plásticos duplos no interior das mesmas. a.5. Equipamento mínimo 1 cadeira 1 suporte de braço ou similar 1 armário de material impermeável, liso, resistente e de fácil limpeza e desinfecção. 1 mesa ginecológica com colchão impermeável (de acordo com as atividades desenvolvidas e a critério da autoridade sanitária). Material antissepsia: álcool iodado a 1%, ou solução alcoólica de PVP-I a 10% de iodo ativo ou solução alcoólica de cloro-hexidina a 0,5% para casos de alergia ao iodo. Recomenda-se que a solução de álcool iodado deva ser trocada no mínimo semanalmente e acondicionada em frasco escuro. a.6 Os móveis, utensílios e rouparia que compõem o ambiente deve ter boas condições de conservação e higiene. a.7 uso obrigatório de agulha descartável. a.9 Poderão ser utilizadas seringas de vidro esterilizadas desde que acondicionadas adequadamente, contendo no seu invólucro a data da esterilização e o prazo de validade. b)secretaria: b.1. No mínimo deverá ser dotada de um arquivo próprio, em cada ficha ou cópias dos laudos deverão constar número, nome do paciente, idade, data, endereço, médico que solicitou o exame e resultado. b.2. Em laboratórios de pequeno porte os dados do item anterior poderão ser registrados em livros próprios. b.3. O livro de registro, as fichas ou cópia dos laudos deverão ser guardados no mínimo por 2 anos. OBS. O laboratório poderá omitir os itens supra-citados quando possuir serviço de computação de dados. c. Laboratório: c.1. Área mínima a ser avaliada pela autoridade sanitária competente de acordo com as atividades que este venha a desenvolver. c.2. Piso e paredes até no mínimo 2m de altura com revestimento lavável, resistente e de fácil limpeza e desinfecção. c.3. Iluminação e ventilação adequadas. c.4. Deverá possuir no mínimo uma pia revestida de material liso, impermeável e de fácil limpeza e desinfecção com água corrente exclusiva para lavagem de material. c.5. Deverão contar obrigatoriamente com os seguintes equipamentos: 1 microscópio biocular com lâmpada, 2 pares de oculares e 4 objetivas (10, 20, 40 e 100) 1 centrifuga para tubo de ensaio 1 centrifuga para microhematócrito 1 banho-maria com controle de temperatura 1 estufa para secagem de material 1 deionizador e/ou destilador de água 1 geladeira com temperatura regulada entre 2ºC e 6º C 1 relógio marcador de tempo com alarme 1 bico de Bunsen ou lamparina 2 cestos de lixo com tampa e pedal OBS: o deionizador ou destilador poderá ser dispensado em laboratório de pequeno porte que adquiram água destilada industrializada desde que comprovada a procedência e qualidade desta. Bacteriologia Autoclave Estufa regulada a 37ºC com termômetro Bioquímica Fotocolorímetro ou espectofotômetro c.6. Os equipamentos deverão estar em boas condições de funcionamento e ajustados de acordo com suas especificações técnicas. c.7. O estabelecimento deverá possuir equipamentos e vidrarias com patíveis quali e quantitativamente de acordo com os exames que se propõe fazer e o volume destes.

c.8. Os balcões e mesas deverão ser revestidos de material impermeável resistente, liso e de fácil limpeza e desinfecção. c.9. O laboratório mesmo possuindo um só ambiente, deverá organizar sessões separadas de acordo com a natureza dos exames. c.10 As vidrarias deverão ser guardadas ao abrigo do pó. c.11. Deverá ser observada a conservação adequada do material biológico, assim como soros, antígenos e reagentes de acordo com as orientações técnicas e especificações do fabricante. c.12. Os reativos, sais e outros materiais de consumo deverão ser acondicionados em prateleiras ao abrigo da umidade, da luz solar direta e excessiva temperatura. c.13. Caso não haja um almoxarifado, o material de consumo citado no item anterior deverá ser acondicionado em local que não interfira no andamento dos exames. c.14. Não utilizar soro, kits e antígenos e outros com o prazo de validade vencido. c.15. Deverá ser observado criteriosamente a identificação do material biológico a partir do momento da coleta ou recebimento do material. c.16. Não é permitido a guarda de alimentos em geladeiras e outros equipamentos destinados ao laboratório. c.17. Evitar a presença de objetos pessoais ou estranhos ao serviço. c.18. Os laudos ou resultados deverão ser legíveis, conferidos e assinados por profissional legalmente habilitado, seguido de carimbo contendo nome do profissional e número do Conselho Regional. d) Sanitários para funcionários Instalações de acordo com o Código Sanitário do Estado do Paraná. e) Controle de Qualidade É obrigatório, no mínimo, a manutenção de um controle de qualidade interno, constituído de: e.1. Registro diário de temperatura de estufas, banhos termorreguláveis e geladeira (mapas) e.2. Controle e registro semanais da eficiência da autoclave. e.3. Manter e utilizar controles negativos e positivos para as reações sorológicas. e.4. Manter e utilizar soros e soluções padrões para as reações e gráficos em bioquímica. e.5. Notificar ao Setor de Epidemiologia do Distrito Sanitário pertinente as doenças transmissíveis de acordo com as normas estabelecidas pelo Departamento de epidemiologia e Controle de Doenças. e.6. Quando encaminhar material biológico para análise em laboratório de referência, deverá ser observada criteriosamente a identificação e a conservação do material de acordo com as exigências técnicas. O laudo proveniente do laboratório de referência deverá estar dentro dos padrões exigidos nesta Norma e será arquivado em pasta própria ou junto à ficha do paciente. f) Aspectos de Proteção Individual, Limpeza, Desinfecção e Esterilização f.1. Todos os funcionários deverão usar avental de mangas compridas, cor clara, fechado ou abotoado na frente. f.2. A lavagem do material, limpeza e desinfecção em geral, manuseio com o lixo, só poderá ser realizado por funcionário protegido com avental, luvas de borracha e botas de borracha. f.3. O preparo e manipulação de reativos que possuam ou produzam gases tóxicos e irritantes deverão ser feitos em capelas. f.4. Após o expediente de trabalho, ou quando se fizer necessário, deve ser feita a limpeza e desinfecção de balcões, superfícies, paredes e pisos com solução desinfetante (de acordo com a Portaria do MS nº 196 de 24/06/83). f.5. A esterilização das seringas deverá ser feita em: Autoclave 121ºC 30 minutos Estufa 170ºC 2 horas O prazo de validade da esterilização é de 7 dias. 6. LIXO 6.1. Todo o material proveniente da bacteriologia deverá ser autoclavado antes de ser eliminado. 6.2. Todo o material utilizado que será desprezado deverá ser acondicionado em sacos de polietileno, ou sacos duplos, segregados de outros resíduos não contaminados, com uma cruz vermelha ou a palavra Contaminada inscrita na embalagem. Este lixo deverá ser transportado cuidadosamente e a disposição final deve ser adequada (incineração, aterro, coleta especial ou outro processo de destruição que não contamine o ambiente e manipuladores).

V POSTO DE COLETA DE MATERIAL 1. Aspecto Legal 1.a. Os Postos de Coleta de Material somente poderão funcionar depois de devidamente licenciados sob a responsabilidade técnica de um profissional devidamente habilitado por lei, o qual deverá manter sistema de supervisão. 1.b. O licenciamento será constituído de Licença Sanitária e do Exercício Profissional, requerida junto ao Serviço Regional de Vigilância Sanitária pertinente ou Centro de Saúde local. 1.c. O licenciamento só será fornecido após vistoria do Serviço Regional de Vigilância Sanitária. 1.d. É obrigatória a fixação da licença no estabelecimento em lugar visível ou de fácil acesso. 1.e. Para a obtenção da referida licença deve apresentar condições físicas, higiênico-sanitárias e técnicas adequadas (de acordo com estipulado nesta Norma técnica e Legislação Sanitária pertinente). 1.f. Qualquer alteração em relação ao local, razão social e responsabilidade técnica deverá ser requerida ao Serviço Regional de Vigilância Sanitária do Distrito Sanitário pertinente. 1.g. A autorização do funcionamento de Posto de Coleta de material Ambulante dependerá de prévia avaliação de autoridade sanitária do Serviço Regional de Vigilância Sanitária e do distrito Sanitário da sede da Empresa e/ou instituição que dispuser deste serviço. O licenciamento só será fornecido mediante apresentação do Cronograma anual de viagens, desde que atendidas as condições técnicas, legais, físicas, higiênico-sanitárias e de equipamentos exigidos nesta Norma. Qualquer alteração no Cronograma de Viagem deverá ser comunicada ao Serviço Regional de Vigilância Sanitária do Distrito Sanitário pertinente. 2. Aspectos Higiênicos-Sanitários e Técnicos: 2.a. Deverá possuir pisos e paredes no mínimo até 2m de altura com revestimento impermeável, lavável e resistente, de fácil limpeza e desinfecção, iluminação e ventilação adequadas. 2.b. Lavatório no local ou próximo, dotado de pia com água corrente, sabão e toalhas individuais ou descartáveis para lavagem das mãos. 2.c. Sanitário no local próximo. 2.d. Lixeiras com tampa e pedal e sacos plásticos duplos no interior dos mesmos. 2.e. Equipamentos mínimos: 1 armário ou balcão revestido de material impermeável 1 cadeira 1 suporte de braço 1 geladeira 1 fichário ou similar 1 mesa ginecológica com colchão impermeável (de acordo com as atividades desenvolvidas e a critério da autoridade sanitária) 1 bico de Bunsen ou lamparina. Material Antissepsia: álcool iodado a 1%, ou solução alcoólica de PVP-I à 10% - contendo 1% de iodo ativo ou solução alcoólica de cloro-hexidina a 0,5% para casos de alergia ao iodo. Recomenda-se que a solução de álcool iodado deva ser trocada no mínimo semanalmente e acondicionada em frasco escuro. 2.f. Os móveis, utensílios e equipamentos que compõem o ambiente devem estar em boas condições de uso, conservação e higiene. 2.g. Uso obrigatório de agulha descartável. 2.h. Proibida a reutilização de seringas e agulhas descartáveis. 2.i. Poderão ser utilizadas seringas de vidro esterilizadas desde que acondicionadas adequadamente, contendo no seu invólucro a data de esterilização e o prazo de validade. 2.j. Deverá ser observada criteriosamente a identificação do material biológico, acrescentando a data da coleta. 2.k. Deverá ser observada a conservação adequada do material biológico, de acordo com as exigências técnicas. 2.l. Não é permitido a guarda de alimentos em geladeiras ou em outros equipamentos. 2.m. Evitar a presença de objetos pessoais ou estranhos na área do Posto de Coleta de Material. 2.n. Todos os funcionários deverão usar avental de mangas compridas, de cor clara, fechado ou abotoado na frente.

2.o. Após o expediente de trabalho, ou quando se fizer necessário, deve ser feita a limpeza de desinfecção de balcões, superfícies, paredes e pisos com solução desinfetante de acordo com a Portaria MS nº 196 de 26/06/83. 2.p. Todo o material utilizado que será desprezado (seringas descartáveis, etc.) deverá ser acondicionado em sacos de polietileno ou em sacos duplos, segregado de outros resíduos não contaminados, com uma cruz vermelha ou a palavra CONTAMINADO, escrito na embalagem. Este lixo devera ser transportado cuidadosamente e a disposição final deverá ser adequada (incineração, aterro, coleta especial ou outro processo de destruição que não contamine o ambiente e manipuladores) GABINETE DO SECRETÁRIO, 12 de março de 1987 LUIZ CORDONI JUNIOR